Tempo de leitura: < 1 minuto

Foi durante entrevista a Paulo Lima, no programa Alô Cidade, da TVI, que o ex-prefeito Fernando Gomes confirmou o que todos já sabiam: ele está mesmo conversando, negociando com o ex-inimigo, o também ex-prefeito Geraldo Simões (PT).
Fernando disse ao jornalista, olhando para as lentes da verdade (e da desfaçatez) que um dos últimos papos com o agora amicíssimo Geraldo teve a ver com a conclusão do Teatro Municipal e Centro de Convenções.
Geraldo lhe perguntou se havia interesse por parte dele na conclusão da obra: – Disse que sim. Tenho um patrimônio [o terreno] meu lá.
Para quem duvida, é só recorrer à TVI.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Kokó: desistência.

O vocalista da Banda Lordão, Clovis Leite (Kokó), desistiu da candidatura a vereador de Itabuna, informa o Políticos do Sul da Bahia.
Depois de externar o desejo por uma das 21 vagas na Câmara de Vereadores, o músico avaliou que a candidatura poderia atrapalhar os festejos pelos 50 anos da banda itabunense.
Kokó sairia candidato pelo PT. A filiação ao partido ocorreria neste mês.

Tempo de leitura: 3 minutos

Marco Wense

Ninguém, aí incluindo o próprio Aleluia, ousava desafiar as ordens do chefe ACM.

O senador João Durval, eleito pelo PDT do saudoso Leonel Brizola, não pode ser crucificado pelo fato de ter retirado sua assinatura do requerimento de criação da CPI dos Transportes.
Se a presidente Dilma Rousseff estivesse tratando com desdém os sucessivos escândalos que tomam conta da República, o recuo de Durval seria imperdoável.
A maior autoridade do país está sendo implacável com os abutres do dinheiro público. Não é à toa que a aprovação ao governo tem 50% de ótimo e bom.
A impunidade, sem dúvida o maior câncer da administração pública, não pode ser alimentada pelo pretexto da governabilidade, pelo medo de perder a maioria parlamentar nas duas Casas do Congresso Nacional.
Ao fazer o jogo da oposição, o ex-governador da Bahia foi politicamente ingênuo. Qualquer oposicionismo, seja do PT, PSDB ou outra legenda, é adepto do quanto pior, melhor.
O estranho da história, até certo ponto hilariante, é José Carlos Aleluia, presidente estadual do Democratas (DEM), ficar indignado com o “servilismo” do senador Durval.
Aleluia esquece dos tempos do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, quando o carlismo dominava a política da Bahia na base do mandonismo e do chicote.
Aleluia sabe que o “servilismo” e a subserviência foram marcas registradas do carlismo. Ninguém, aí incluindo o próprio Aleluia, ousava desafiar as ordens do chefe ACM.
O destempero emocional de ACM com os subordinados, como bem disse o jornalista Samuel Celestino, “ia do desrespeito total e público ao tratamento às vezes carinhoso que não supria os ataques pessoais, invadindo o campo familiar do auxiliar ou até do aliado”.
No então governo FHC, os governistas do PFL, hoje democratas, se recusaram a assinar o pedido de instalação de uma CPI para apurar as denúncias de corrupção nas privatizações.
Depois, no mesmo governo tucano, estourou outro escândalo envolvendo a PEC da Reeleição, que terminou permitindo o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Nada de CPI.
Na época, os jornais, inclusive os grandes de São Paulo, falavam em R$ 200 mil para cada voto de deputado e senador a favor da Proposta de Emenda Constitucional, a famosa PEC da Reeleição.
O discurso da moralidade da coisa pública, quando protagonizado por políticos que no passado eram contra a qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito, não tem consistência e, muito menos, credibilidade.
PS – Ironicamente, o deputado Rubens Bueno, do PPS do Paraná, foi o que melhor definiu as sucessivas denúncias de corrupção no governo Dilma: “Parece saco de caranguejo. Você puxa um e vem outro grudado”.

O VICE DE AZEVEDO

O nome do candidato a vice na chapa encabeçada pelo prefeito Azevedo, que legitimamente busca sua reeleição, já faz parte das conversas entre os democratas (DEM).
O PMDB é o plano A não só do azevismo como do geraldismo. As duas correntes estão de olho no tempo da legenda no horário eleitoral destinado aos partidos políticos.
O PT tem outra preocupação: afastar qualquer possibilidade de coligação do PMDB com o PCdoB. A opinião de que os comunistas só terão candidatura própria com o apoio do PMDB é unânime entre os petistas.
O plano B do DEM é o PSDB do deputado estadual Augusto Castro. O jornalista José Adervan, presidente do diretório municipal, é o nome mais cotado do tucanato.
Falhando os planos A e B, vem o C com Marilene Duarte, a Leninha da Auto-Escola Regional, até agora a mais ilustre filiada do MSP (Movimento dos Sem Partidos).

Tempo de leitura: < 1 minuto

Azevedo: rejeição ascendente.

Uma pesquisa feita por instituto de credibilidade em Itabuna, no fervor do aniversário de 101 anos da cidade, revelou que a rejeição ao governo do prefeito Capitão Azevedo (DEM) se mantém em linha ascendente, quando comparada ao mesmo período do ano passado.
O mesmo instituto foi às ruas de Itabuna e aferiu 43,7% de reprovação em julho do ano passado e 47% um mês depois (relembre aqui).
Já na pesquisa feita do dia 26 a 28 do mês passado, a reprovação (ruim e péssimo) atingiu 51,4%, a um ano da eleição a prefeito.
A gestão de Azevedo acumula 27,8% de regular. O percentual dos que avaliam o governo com bom atinge 15,7% e apenas 3,5% o consideram ótimo. O percentual de “Não sabe” chegou a 1,3% e “não respondeu”, 0,3%. Foram ouvidas seiscentas pessoas e a margem de erro é de 3%.
AVALIAÇÃO DO GOVERNO AZEVEDO (JULHO-2011)
ÓTIMO: 3,5%
BOM: 15,7%
REGULAR: 27,8%
RUIM: 16,7%
PÉSSIMO: 34,7%

Tempo de leitura: < 1 minuto

Alan, Hélio (Dé), Gideon Ribeiro, Nilo e Elinho: 2014.

Já pensando em 2014, o deputado estadual Marcelo Nilo (PDT) corre trecho para ampliar a sua base política no estado. No sul da Bahia, o presidente da Assembleia Legislativa baiana reforçou o grupo político com a atração dos vereadores Alain Andrade e Gideon Ribeiro, além do  ex-prefeito e ex-presidente da Câmara de Barro Preto, Hélio Santos (Dé).
O empresário Elio Almeida (Elinho) e o pré-candidato a prefeito de Buerarema, Guima (PTB), também fazem parte da base e articulam apoios de lideranças regionais ao projeto político de Marcelo Nilo.
O presidente da Assembleia Legislativa é tido entre os nomes para compor a chapa majoritária de 2014. Mas a discussão, antes, passa por 2012. E o pedetista já articula para angariar apoios e eleger o máximo de prefeitos e vereadores.

Tempo de leitura: 3 minutos

Gerson Marques | gersonilheus@gmail.com
 

A política real não é a dos bastidores, do acerto por cima ou da rasteira quase certa; ela é feita aqui na cidade, com gente de carne e osso.

 
Estamos na entressafra política, em um ano que não é de eleições e nos permite tempo suficiente para especular. Alguns pré-candidatos, os mais experientes, aproveitam essa época em que as coisas estão assim “meio confusas” para “vender seus peixes” e algumas “ideias mirabolantes”.
Para evitar confusões e permitir a todos entender o jogo, resolvi escrever umas pretensiosas linhas, com opiniões pessoais sobre esse processo. Espero com isso ajudar os candidatos perdidos a encontrar o mapa do caminho.
1. A sucessão de 2012 para prefeito de Ilhéus passa, segundo qualquer analista político, pelo governador Wagner. Seu peso será maior ou menor à medida que as muitas obras previstas para Ilhéus estejam iniciadas ou não, e o apoio de Wagner ainda tem um enorme ganho extra: traz de quebra o apoio de Lula e Dilma.
2. O partido de Wagner é o PT, que, junto com outros partidos, forma a base do governo. O PT de Ilhéus aceitou em janeiro de 2010 a orientação do governador e da direção estadual no sentido de aliar-se ao PSB. Então é fato: PT e PSB são aliados em Ilhéus.
3. Até o momento não houve nenhuma orientação em sentido contrário a esta aliança. O PT estadual, através de Wagner, assim como o PSB da senadora Lídice da Mata, acabaram de reafirmar a aliança durante a última visita do governador à nossa cidade, onde mais uma vez o governador tratou da agenda de obras e ações para Ilhéus com o governo municipal, ampliando e reafirmando compromissos.
4. Sendo esses os dois maiores partidos da base do governador em Ilhéus, é natural que juntos liderem a formação de uma grande frente, capaz de reproduzir a base de sustentação do governador aqui em nossa cidade. Essa frente deverá ter ainda a presença do PCdoB, PRB, PDT, PSD e outros a serem convidados. Dentre eles, sairá o candidato que nos unifique.
5. E o PP? Bem, é claro que o PP também é base do governador e, por isso, cabe nessa frente; mas quem tem de definir seu rumo é o próprio PP. Como no momento a tese do partido é de não conversar com os partidos que estão no governo municipal, isso isola o PP fora da base do governador em Ilhéus, mas essa é uma opção deles.
6. Não existe a menor chance de acerto por cima no PT, como pretende certo candidato. O PT não funciona assim, a base tem muita importância e a opinião do diretório local é que vale. Repito: a opinião do diretório local é que vale, além disso a nossa turma “de cima”, leia-se Wagner, Josias Gomes, Geraldo Simões, Fátima Nunes, Jonas Paulo, Everaldo Anunciação etc., é a mesma que nos indicou o caminho da aliança com o PSB e até agora não “desindicou”, se assim pode ser dito e entendido.
7. A manutenção e ampliação da aliança PT e PSB têm sido amplamente discutidas pelas executivas locais nos últimos dias, e é aceita por praticamente a totalidade do partido. Nossos vereadores são unanimes neste caminho.
8. Este projeto não é contra ninguém, é por Ilhéus, é para viabilizar nosso futuro. Nosso desafio será construir a Ilhéus de amanhã, a aliança PT/PSB está por trás dos grandes projetos que começam a mudar o rumo de nossa história, a segunda ponte para o Pontal, a duplicação da Ilhéus/Itabuna, o novo aeroporto, o porto e a ferrovia Oeste/Leste entre outras. Nos próximos meses estaremos iniciando a preparação da cidade para as comemorações do centenário de Jorge Amado (ano que vem), assim como para a Copa do Mundo (quando poderemos hospedar algumas seleções).
9. A política real não é a dos bastidores, do acerto por cima ou da rasteira quase certa; ela é feita aqui na cidade, com gente de carne e osso. É verdade que existem projetos maiores em nosso partido como, governar a Bahia e o Brasil. É verdade que a política de alianças exige reciprocidade, mas é verdade também que quando um não quer dois não se juntam
10. O mapa do caminho passa pela humildade, confiança mútua e muita vontade de lutar por Ilhéus, por uma Ilhéus mais justa e mais desenvolvida, por uma nova Ilhéus.
Gerson Marques (PT) é diretor de Planejamento Estratégico da Prefeitura de Ilhéus.

Tempo de leitura: 8 minutos

O PIMENTA inicia a publicação de uma série de entrevistas com os principais atores do cenário político regional, nomes que certamente terão influência ou estarão diretamente na disputa pelo comando de Ilhéus e Itabuna, as maiores cidades do sul da Bahia. A primeira conversa foi com o secretário-geral do PP da Bahia, Jabes Ribeiro, que trabalha para conseguir mais um mandato à frente do governo ilheense.
Advogado e professor, Jabes já governou Ilhéus em três gestões. Foi também deputado federal e chegou a ocupar a vice-liderança do governo Itamar Franco (1992-1994) na Câmara. No período em que Waldir Pires governou a Bahia, Jabes foi seu secretário estadual do Trabalho.
Nesta entrevista, o político ilheense ataca com dureza a atual administração do município e, entre outros adjetivos, diz que o governo Newton Lima é “inepto” e “ineficiente”. Sobre a polêmica gerada com o PT, quando disse que não aceita fazer aliança com quem detém cargos na Prefeitura de Ilhéus (caso petista), Jabes afirma que não deu ultimato nem nominou qualquer partido.
O pepista diz que seu grupo está aberto a conversar com todas as legendas que integram a base aliada do governo Wagner, mas repete: “quem está com Newton, que fique até o final”.
 
PIMENTA – O PP ficou com uma bela fatia na distribuição dos cargos do Estado em Ilhéus. Isso gerou ciúme entre as demais legendas da base aliada?
JABES RIBEIRO – É do jogo democrático que aqueles que venceram as eleições normalmente ajudem a governar. É assim em qualquer democracia do mundo. Creio que o governador foi muito hábil no momento em que, ao invés de sair fazendo uma distribuição por pessoas, por deputados, ele resolveu convocar os partidos políticos para participar desse entendimento. Foi um debate longo e intenso, mas acredito que o resultado, mesmo não agradando a todos, foi o melhor que se poderia conseguir.
PIMENTA – A seu ver, não existe nenhum desequilíbrio?
JR – Essa distribuição representa o resultado das eleições de 2010. Os partidos que tiveram uma melhor performance acabaram tendo um posicionamento melhor. Falam: “ah, mas tirou o cargo de Fulano”. Não existe isso, o cargo não é de ninguém, senão do governador, do Estado. Eu representei o PP em toda a Bahia e fizemos um trabalho em que ocupamos os cargos com base na votação que tivemos. Por exemplo, no território sul o meu partido teve uma performance e em torno dela teve uma ordem de participação nos cargos. Em Ilhéus, nós ficamos com Detran, um cargo da Bahiapesca, uma coordenação da Direc, a Sudic e alguns outros cargos menores. Enfim, esse foi o espaço que nos coube dentro dessa distribuição e todos os partidos da base aliada participaram desse processo.
PIMENTA – Esse espaço que o PP está ocupando fortalece o partido para 2012. Como você faz essa análise e como está construindo um diálogo com os aliados para viabilizar o caminho para as próximas eleições?
JR – O PP tem um relacionamento ótimo e sem nenhuma contestação com todos os demais partidos da base aliada. Nosso relacionamento com o PT, o PCdoB o PSB, com o PDT, é absolutamente democrático, civilizado, solidário, contributivo. Não tem problema nenhum, tanto que, em vários locais da Bahia, após a distribuição dos espaços políticos, nós fizemos negociações com os partidos. Fizemos negociações com o PDT, o PCdoB, o PSB. Nós não tivemos nenhum problema nesse sentido. O relacionamento é absolutamente positivo com todos os partidos da base aliada.
PIMENTA – Em Ilhéus esse relacionamento não é tão positivo…
JR – É evidente que nos municípios existem problemas, mas eu acho que o diálogo, a conversa, o esforço no sentido da gente encontrar o caminho, isso tudo é absolutamente possível. É claro que você vai encontrar problemas aqui e acolá, mas nós partimos de um princípio: há um projeto nacional, esse projeto é comandado pela presidente Dilma Rousseff, e há um projeto estadual comandado pelo governador Wagner. O nosso partido está absolutamente comprometido com esses projetos.  Nos municípios, é natural que cada partido lute para ocupar o poder e se fortalecer, mas nós partimos do princípio de que onde haja condições de disputar as eleições, nós vamos disputar. Onde existe segundo turno, disputaremos comprometidos a no segundo turno estarmos juntos, dentro da base aliada.
 

Quando você tem um comandante que não gosta do que faz, não tem aptidão, não tem autoridade, gera esse caos que está aí, em que você tem vários prefeitinhos.

 
PIMENTA – O senhor acredita que os conflitos locais podem trazer dificuldades para o seu projeto de eleição?
JR – As disputas locais são absolutamente naturais. Veja em Itabuna, por exemplo,  a disputa do PCdoB com o PT. Em Salvador, praticamente todos os partidos têm candidato a prefeito. Em Ilhéus, da mesma forma, temos um debate natural e democrático. O governador sabe disso, não tem nada que esteja acontecendo em Ilhéus que não seja do conhecimento do governador. Nesse sentido, não creio que haja nenhum problema, muito pelo contrário. O PP quer se fortalecer em Ilhéus para ajudar o governador Wagner e a presidente Dilma Rousseff.
PIMENTA – Causou certo incômodo, sobretudo a pessoas ligadas ao PT, a espécie de ultimato feito pelo senhor, avisando que não faria aliança com pessoas que estão no governo municipal. Como fica isso?
JR – Eu nego veementemente ter dado ultimato a quem quer que seja, esse não é um papel meu. Eu tenho um projeto como líder do meu partido: nós trabalhamos em Ilhéus com um projeto de chegar à prefeitura. Há pessoas no PT de Ilhéus com quem eu tenho um ótimo relacionamento, assim como no PSB. Muitos até já estiveram comigo ao longo da história. Às vezes eu pergunto:  quem não esteve? O que eu disse e quero reiterar foi que eu e o meu partido estamos absolutamente abertos a conversar com todos, mas decidimos não fazer aliança com nenhum partido que esteja dentro do atual governo municipal. Não estou me negando a conversar, muito pelo contrário.
 
PIMENTA – Mas há lideranças locais que parecem não querer conversa.
JR – Quem conhece política sabe que isso é bobagem. O que não dá é as pessoas tentarem a vida inteira um artificialismo, um jogo de enganação que não funciona. A nossa posição clara é a seguinte: nós não iremos fazer nenhuma aliança com o atual governo de Ilhéus. Não cabe, pois temos uma atitude institucionalmente de oposição a esse governo. Não há nada de pessoal contra o Newton (Lima), e eu tenho dito isso. Muito pelo contrário, ele é uma pessoa cordial, não temos problema nenhum.  Agora, politicamente falando, o governo é um desastre, um caos, é uma desorganização completa, é a negação do que seja um governo. Mas isso quem está dizendo não sou eu, é quase 90% dos ilheenses.
PIMENTA – E como fica, então, a chance de prosperar algum diálogo com o PT, que está no governo municipal?
JR – Eu não quero nem nominar, nunca nominei. Eles ficam meio nervosos comigo, mas eu quero até que tenham tranquilidade. Quem quiser considerar que o projeto para 2012 passa por esse governo que está aí, fique com ele. Estou disposto a conversar com o PT, o PSB, PCdoB, PDT e já tenho conversado com muitos. Estão enganados aqueles que pensam que eu estou voltado apenas para o meu partido.  Não é essa a minha experiência e vale lembrar que no passado eu já tive alianças com o PT. O PT já me apoiou em Ilhéus, o PSB já me apoiou, e eu já apoiei o PT. Nas últimas eleições eu apoiei o PT a pedido do governador.

Já conversei com o deputado Josias (Gomes, do PT), com quem tenho um bom relacionamento e considero um político capaz, competente, que não age com o fígado, como muitos.

PIMENTA – Chegou a existir de fato algum ensaio de acordo para que o PP apoiasse o PT em Itabuna em troca de uma reciprocidade em Ilhéus?
JR – O que acontece é o seguinte: há em Salvador uma comissão com representantes de cada partido da base aliada. Tem o representante do Partido Progressista; tem lá o Jonas Paulo, do PT; Alexandre Brust, do PDT; Daniel Almeida, do PCdoB; Lídice da Mata, do PSB;  Toninho, do PSL; Bispo Márcio Marinho, do PRB, e por aí vai… Nós estabelecemos nesse grupo que vamos buscar o máximo de esforço para que haja uma unidade da base aliada nas 30 maiores cidades da Bahia, o que inclui Itabuna, Ilhéus e tantas outras. É uma conversa que se faz priorizando a defesa do projeto nacional e do projeto estadual . Se haverá possibilidade de termos êxito em todos os lugares, não sabemos. É evidente que em situações desse tipo, existem composições. Por exemplo, o PT pode precisar do nosso apoio em Vitória da Conquista, em Feira de Santana, em Salvador e nós poderemos precisar do apoio do PT em Ilhéus. Não significa que cada partido não irá consultar suas bases locais, agora há uma resolução do PT, assim como no PP, de que as questões locais terão que passar por uma análise da executiva estadual de cada partido. Eu, por exemplo, já conversei com o deputado Josias (Gomes, do PT), com quem tenho um bom relacionamento e considero um político capaz, competente, que não age com o fígado, como muitos. Converso com Geraldo (Simões), conversei há poucos dias com Everaldo Anunciação (secretário de Organização do PT na Bahia). Estão enganados aqueles que pensam que eu não estou conversando. É que tem alguns que estão tão envolvidos com o governo municipal, que não têm tempo para conversar.
PIMENTA – Nessas suas conversas com lideranças do PT, já se estabeleceu algum critério para definição de alianças, como desempenho em pesquisa, por exemplo?
JR – Não, mas eu topo. Pelo critério de pesquisa eu topo discutir aliança em Ilhéus com qualquer partido da base aliada, exceto, repito, com aqueles que fazem parte da atual administração municipal. Porque senão a gente descaracteriza nosso discurso. Ao escolher o nome que disputará as eleições com base em pesquisa, estaremos demonstrando consideração pelo que pensa a opinião pública, mas é claro que não é só o critério da pesquisa. Existem outros que podem ser utilizados e eu não tenho problema nenhum.
PIMENTA – Ilhéus tem problemas financeiros graves, com um volume imenso de precatórios e inadimplência que gera até a impossibilidade de firmar convênios para projetos e obras. Como equacionar isso?
JR – Eu deixei o município, no final de 2004, com os precatórios todos negociados. Eu fiz essa negociação quando era presidente da Amurc, e não foi só para Ilhéus. Itabuna negociou, Jequié negociou, toda a região negociou. Ilhéus teve uma administração, com o ex-prefeito Antônio Olímpio, que gerou milhões de precatórios. Isso está registrado, não tem o que se discutir, mas, enfim, existem os precatórios e nós negociamos em condições de honrar. Veio Valderico (Reis, ex-prefeito) e chutou tudo pra cima. As negociações com o INSS, eu deixei todas organizadas. Por que eu assinei convênios com os governos federal e estadual até o último dia do meu governo? Assinei porque estava tudo absolutamente em dia, as contas estavam organizadas. Deixei a folha de pagamento com menos de 50%, abaixo do limite legal. A Prefeitura estava organizada, as contas estavam organizadas. Eu vou apresentar no momento certo os dados que demonstram que Ilhéus estava crescendo. Foi feita uma reportagem naquele período, publicada na revista Veja ou na Época, que listava Ilhéus entre as dez melhores cidades do Brasil para se viver. Está escrito. Não dá para as pessoas ficarem na enganação, na mentira,na malandragem. Não existe isso.
PIMENTA – Quer dizer que todos os problemas da cidade são culpa do atual governo?
JR – O que está aí é produto de dois governos desastrados, que desorganizaram as contas públicas, o setor de pessoal, os programas sociais, a saúde, a educação. Esse é um desgoverno porque desorganizou todas as políticas de Ilhéus e acho que nós, ou qualquer outro que chegue à prefeitura, teremos um grande trabalho para enfrentar isso. Programas como o “Escola Campeã”, do Instituto Ayrton Senna, cadê? Ilhéus era a única cidade da Bahia que tinha esse programa. Cadê os programas voltados para a geração de emprego, como o Pead, por exemplo? Acabou tudo. Na área cultural, o que se fez? Fecharam biblioteca, fecharam o Circo Folias da Gabriela, que era um espaço importante para a cultura, as manifestações artísticas do povo de Ilhéus. O que eles fizeram mais de importante para a cultura? Fecharam o Memorial da Cultura Negra. Fizeram o que a mais? Transformaram o Bataclan num restaurante, só isso. Não tenho nada contra, acho até que está legal, mas era esse o projeto? Ou era o projeto de uma casa de cultura, que contou com dinheiro público, do município e da Petrobras? O restaurante está até bonito, mas você não vê uma placa que indique o que é aquilo. Será que a Petrobras iria me ajudar a fazer aquele trabalho se eu dissesse que seria um restaurante, por melhor que seja? Esse governo é inepto, ineficiente. Quando você tem um comandante que não gosta do que faz, não tem aptidão, não tem vocação, não tem talento, não tem liderança, não tem autoridade, gera esse caos que está aí, em que você tem vários prefeitinhos. Todo mundo manda e a cidade não avança.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Juçara e Geraldo: Wagner quer o deputado.

Fonte petista (graduada) revela ser praticamente zero a chance do PT ir para a disputa de 2012 novamente com Juçara Feitosa. Será mesmo o deputado federal Geraldo Simões, salvo acidente de (ou no) percurso.
“Jaques Wagner não admite outro nome do PT [que não seja Geraldo] e dessa vez não vai deixar correr solto”. Claro, trata-se de uma referência a 2008, quando Geraldo peitou Jaques Wagner e lançou a esposa na disputa. Perdeu. Wagner foi informado que o PC do B não marchará com o PT se o nome da “estrelinha” for Juçara.
Lançado na disputa, Geraldo terá antes como missão reatar relações com o PCdoB local e tentar nova reaproximação. Os comunistas andam pês da vida com o deputado e prefeito de Itabuna por dois mandatos (1993-1996 e 2001-2004). Acreditam que está na hora de GS perder, digamos, o orgulho.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O deputado estadual Gilberto Santana (PTN) realmente carregou o estilo militar da caserna para a atividade política. Neste sábado, 16, durante o encontro na sede do diretório do DEM em Itabuna, o parlamentar fez um discurso de comandante de tropa, endereçado ao prefeito Azevedo (também milico, mas de patente inferior). Disse, entre outras coisas, que é “parceiro” da administração municipal, mas que exige “mais respeito” do governo.
Santana não explicou exatamente como é que estão lhe faltando com respeito e deixou muita gente intrigada. O deputado tem cargos na gestão municipal, sendo o mais vistoso deles a Secretaria de Assistência Social, ocupada por sua “afilhada” Marina Silva. O que estaria faltando então ao nobre coronel?
Um observador atento da reunião afirmou o seguinte: “Santana só vai se sentir respeitado quando o Capitão Azevedo bater continência e abrir caminho para que ele dispute a eleição de 2012”.
Em tempo: no encontro deste sábado a empresária Maria Alice Pereira foi reconduzida à presidência do diretório do DEM. Estavam presentes vários caciques do partido, como o presidente da executiva estadual, José Carlos Aleluia, e o deputado federal ACM Neto.

Tempo de leitura: 2 minutos

Marco Wense

O caminho para a formação de uma boa coligação é complicado. As legendas da base aliada do governo Wagner estão descartadas.

O arquiteto Ronald Kalid, ex-secretário municipal de Viação e Obras do então governo Ubaldo Dantas, é um bom nome para a sucessão do prefeito José Nilton Azevedo (DEM).
Não há nenhuma voz que ponha em dúvida a capacidade, honestidade e, principalmente, a sua coerência diante do emaranhado jogo político, onde o interesse pessoal prevalece sobre o público.
Ronald Kalid, em que pese o apoio incansável e entusiasmado de José Adervan, presidente do PSDB de Itabuna, tem inúmeros obstáculos, alguns até intransponíveis.
O primeiro entrave é a cúpula estadual do tucanato, ainda indecisa sobre o lançamento de candidatura própria na disputa pelo cobiçado Centro Administrativo Firmino Alves.
O caminho para a formação de uma boa coligação é complicado. As legendas da base aliada do governo Wagner estão descartadas. As que fazem posição – DEM, PPS, PR e o PMDB – não vão se juntar ao PSDB.
O DEM de Maria Alice, se não houver nenhuma surpresa, deve apoiar a reeleição do prefeito Azevedo. O PPS é uma gigantesca interrogação. O PR do vereador Roberto de Souza quer distância do PSDB de Adervan. O PMDB de Renato Costa quer Ubaldo Dantas como candidato.
É evidente que os diretórios municipais não têm autonomia para uma decisão definitiva. Os partidos vivem sob a batuta autoritária do comando estadual. É o manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Para complicar, ainda tem o deputado tucano Augusto Castro contrário a qualquer iniciativa de candidatura própria pelo PSDB, já que é aliado do prefeito Azevedo.
Como não bastassem todas essas dificuldades, o prefeiturável Ronald Kalik tem pela frente a opinião dos amigos que acham sua candidatura uma loucura de Adervan.
PS – A “loucura” de Adervan lembra a dos ceplaqueanos quando lançaram Geraldo Simões na disputa pela prefeitura de Itabuna. Deu no que deu: o petista virou chefe do Executivo por dois mandatos.
UBALDO DANTAS
O comando estadual do PMDB, tendo a frente o deputado Lúcio Vieira Lima, presidente estadual da legenda, vai conversar com o ex-prefeito Ubaldo Dantas sobre a sucessão municipal.
Lúcio, irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, gostou da lembrança do nome de Ubaldo para a disputa da prefeitura de Itabuna na eleição de 2012.
O nome de Ubaldo causou um rebuliço no processo sucessório. Para muitos, a candidatura de Ubaldo elimina qualquer chance de vitória do PT, seja com Juçara Feitosa ou Geraldo Simões.
Marco Wense é articulista da Contudo.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Em sua coluna no Diário Bahia, o jornalista político Eduardo Anunciação faz previsões negativas para o vereador Claudevane Leite (Vane do Renascer), que pensa em sair do PT para viabilizar uma candidatura a prefeito de Itabuna.
Eis as anunciações de Eduardo, das quais muitos deverão democraticamente discordar:
“Vane do Renascer vai propagando que é prefeiturável, prefeitável. Nem tanto à terra, nem tanto ao mar. Ele (Vane do Renascer) se… candidato a prefeito vai ser ridicularizado, vai ser massacrado, vai ser humilhado nas urnas, embora seja um dos melhores vereadores desta temporada, safra. Não é fácil escrever, explicar a precipitação, ansiedade inútil, vazia de Vane do Renascer. Quem tem precipitação com as artes da política, geralmente, não tem futuro. A precipitação não é boa conselheira”.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O ex-vereador Luís Sena (PCdoB) nega qualquer rusga entre ele e o correligionário Wenceslau Júnior. Um blog local informou que os dois se encresparam por causa da indicação do novo coordenador do Núcleo de Tecnologia Educacional de Itabuna.
Sena apresentou o professor Corbulon Batista Filho para o NTE e a posse do novo coordenador ocorreu na última terça-feira, 28. “Foi tudo muito tranquilo e não houve qualquer disputa”, desconversa. Ele diz que Wenceslau não compareceu à posse porque tinha compromisso fora de Itabuna.
O motivo da celeuma tem a ver com o nome que o PCdoB lançará para a disputa da Prefeitura de Itabuna em 2012. Sena, Wenceslau e o presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães, disputam a indicação.
Na semana passada, um professor ouviu de Magalhães que ele ou Wenceslau seria o candidato comunista. Em conversa com o PIMENTA, Sena descartou a “fritura”, afirmando que esta é uma prática “da direita”.

Tempo de leitura: 4 minutos

O PCdoB itabunense quer fechar 2011 com o dobro de filiados e nesta sexta-feira (25) promoveu uma reunião com pré-candidatos a vereador já para definir plano de ação visando a disputa de 2012.

O partido definiu que não pensa em ser coadjuvante do processo eleitoral itabunense e quer a cabeça-de-chapa no arranjo de legendas oposicionistas. Falta definir “o nome” para a disputa. E possui três: Wenceslau Júnior, Luís Sena e Davidson Magalhães.

Vereador e presidente do PCdoB itabunense, Wenceslau conversou ao final desta manhã com o PIMENTA. E falou dos projetos do partido, como a legenda definirá o nome a prefeito e também fez avaliação do governo municipal.

A avaliação surpreende não pelo conteúdo, mas pelos adjetivos: ” Capitão Azevedo fracassou. É uma continuidade mal-amanhada de Fernando Gomes”, diz.

Noutro trecho, Wenceslau afirma que o prefeito agiu com covardia ao não entrar com processo de improbidade contra o ex-prefeito e, assim, tirar o município do cadastro de inadimplentes (Cauc).

Confira a entrevista.

A reunião desta manhã é já com foco também na disputa pela prefeitura em 2012?
O PCdoB reafirmou na reunião com os pré-candidatos que o PCdoB terá candidato a prefeito. Há unidade no partido em torno dessa proposta e a necessidade de ousar e apresentar projeto para Itabuna. Este projeto será construído com a comunidade, e não por marqueteiros.

E qual a estratégia do PCdoB para se viabilizar na disputa à sucessão?
Vamos dobrar o número de filiados até o final deste ano. Estamos preparando o partido para a batalha de 2012.

Davidson não esteve por aqui na tradicional procissão de São José e também falta a esta reunião de hoje. A ausência sinaliza algo para 2012?
Ele não esteve por causa da reunião do comitê central do PCdoB e esse processo de saída do [deputado federal] Edson Pimenta. Mas Davidson estará aqui no dia 2, quando faremos uma grande festa de aniversário do partido, na AABB.

Sendo mais direto, o partido já definiu qual será o nome da legenda na disputa?
Essa decisão sairá até o final deste ano, início de 2012.

Quais serão os critérios para definir o nome do PCdoB a prefeito de Itabuna?
O que vai contar é a viabilidade, capacidade de aglutinar. Vamos analisar as pesquisas, ver quem tem maior aceitação e, também, menor rejeição. Outro ponto será ver, ao final do processo, quem possui maior capacidade de atrair mais partidos em torno do projeto, se o companheiro Sena, Wenceslau ou Davidson.

Azevedo fracassou. O projeto não deu certo. É uma continuidade mal-amanhada de Fernando Gomes.

O PCdoB se lança na sucessão pela ambição de crescer ou por que discorda do governo local?
A avaliação nossa é que Capitão Azevedo fracassou. Por mais que se consiga alguma coisa agora, o projeto não deu certo. É uma continuidade mal-amanhada de Fernando Gomes. Há uma necessidade de novo modelo de gestão para Itabuna.

Se existem críticas ao senhor, algumas derivam mesmo das suas ligações com a gestão de Azevedo.
Existiram algumas pessoas que estavam no governo e me ajudaram, de fato, na campanha a deputado estadual, como o ex-secretário Gilson Nascimento. A gente não rejeita apoio. Mas existia um momento em que se podia dialogar e não podemos ser oposição por oposição.

E como se explica essa aproximação?
A aproximação ocorreu também como uma orientação do governo estadual. [Jaques] Wagner buscava o apoio eleitoral de Azevedo no ano passado. Havia um interesse em se aproximar. Mas digo que se Azevedo não veio, a estratégia valeu em 50%, porque se neutralizou a máquina [municipal].

O governo tem que limpar o nome da cidade e ter uma ótima equipe para elaborar projetos, captar recursos.

O senhor fala em construção de propostas, mas quais seriam os caminhos para mudar o quadro?
Pessoalmente, vejo que Itabuna tem dificuldades de captar recursos por problemas na prestação de contas de convênios, recursos. Nós batalhamos para que Itabuna tivesse o projeto Segundo Tempo. E por quê não teve? A cidade tem 13 tipos de pendências no Cauc (Cadastro Único de Convênio), inadimplente. O governo tem que limpar o nome da cidade e ter uma ótima equipe para elaborar projetos, captar recursos na União, Estado e organismos internacionais. Não temos isso hoje.

Como torná-lo adimplente?
Olha, se houvesse maior cuidado e rigidez na aplicação dos recursos nós não teríamos esse problema. Se tivesse esse cuidado, evitava o caos que vivemos na saúde. Evitava, por exemplo, tirar recursos que eram da dengue e fabricam nota para servir a interesses de outras áreas.

Azevedo teria que entrar com ação de improbidade administrativa contra Fernando, mas a covardia o impediu.

Quanto a Itabuna, é algo difícil de resolver?
Acho que não foi ainda solucionado por covardia de Azevedo. Ele teria, por exemplo, que entrar com ação por improbidade administrativa contra Fernando [Gomes, ex-prefeito], mas a covardia o impediu. Não importa, sendo Fernando ou qualquer outro gestor, tem que se fazer o correto.

E quais seriam essas pendências?
Se o município faz prestação de contas dos convênios ou não presta contas, já vai para o Cauc. Por quê Vitória da Conquista teve um boom de crescimento com a gestão de José Raimundo? Ele correu atrás, limpou o nome da cidade, tirou a cidade do Cauc e montou uma equipe para elaborar projetos, captar recursos. Veja o caso de Itabuna. O nosso plano diretor tem três anos e já caducou. Foi feito num momento em que Ferrovia, Porto Sul e outros investimentos ainda não tinham saído do papel.

Tempo de leitura: 2 minutos

João Xavier já foi vice-prefeito e vereador em Itabuna. Bancário aposentado e ex-secretário de Esporte, ele topou o desafio de lançar pré-candidatura a prefeito do município pelo PMDB. “Meu nome foi indicado e eu aceito o desafio”, diz.

Xavier defende que o PMDB tenha candidato a prefeito em 2012, aproveitando a fase do partido no plano nacional. Ele acredita que o partido tem nomes fortes para comandar o centro administrativo Firmino Alves. E cita Fernando Vita, Renato Costa, Ubaldo Dantas e… Fernando Gomes.

Confira bate-papo com Xavier:

A pré-candidatura é pra valer?
Meu nome foi indicado na reunião da Executiva, ontem, e eu aceito o desafio. Sou partidário e digo que sempre usei o bom senso – principalmente na política, para que as decisões não sejam precipitadas.

O partido estava em um chove-não-molha em relação à candidatura.
O PMDB passa por uma nova fase na Bahia e no Brasil. O partido está em evidência, tem o vice-presidente do País, o Michel Temer. Acho que essa nova posição dá uma “sacudidela” [na legenda] em Itabuna.

Cenário de indecisão. Mas qual é a do PMDB, composição ou lançamento de um novo nome para 2012?
O PMDB tem nomes para Itabuna. No decorrer, as coisas podem tomar outros caminhos. O partido é forte e deve apresentar candidato.

Dentro do partido, há quem defenda nomes que já foram prefeitos. O senhor repetiria 1992, quando foi vice de Geraldo?
(risos) Sempre fiz política sem ódio ou mágoas. Nunca fiquei inimigo de ninguém, embora defenda meus princípios.

Além do senhor, quais seriam os outros nomes do PMDB?
Temos Renato Costa, Fernando Vita e Ubaldo Dantas.

O senhor citou três nomes e esqueceu de um outro Fernando…
Fernando Gomes… Temos vários nomes.

Em relação a 2012, o senhor defende o novo, a continuidade ou recomposição com o passado?
(risos) Acho que não devemos menosprezar as qualidades e capacidades políticas[de cada um]. Estamos a mais de um ano das eleições e não vejo nenhum nome que se diga “esse não pode, não vai”.

Quais seriam as propostas do candidato João Xavier?
Isso passa por uma avaliação com a comunidade. Onde devemos investir? Saúde, educação, urbanismo, saneamento. Teremos que primeiro ouvir a população.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Azevedo: desejo de mudar.

O prefeito Capitão Azevedo finalmente admitiu a vontade (e até necessidade nesses tempos bicudos) de mudar de partido. O mandatário itabunense foi eleito pelo DEM, mas afirmou que está trabalhando – nas intocas – em busca de um outro abrigo partidário. Alguns falam em PP, outros até no PSD.

E foi numa entrevista ao Políticos do Sul da Bahia que o prefeito disse que já está arrumando seus (os dele, claro!) panos de bunda.

– Estou trabalhando para mudar de partido. Mas isso será na paz. Não quero sair brigado com o DEM. Se sair, quero ter o DEM como aliado em 2012, na minha reeleição.

E por que esse vai-não-vai? Simples: o vice de Azevedo é o médico e ex-secretário de Saúde Antônio Vieira, filiado também ao Democratas. Azevedo não quer arriscar uma mudança de partido e acabar sem mandato e com o trono ocupado pelo vice.

Além do apoio que espera contar por parte do PP e do governo estadual, o prefeito raciocina que

Confira a entrevista