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benito gamaDa Folha
Candidato a deputado federal pela Bahia, o presidente nacional do PTB, Benito Gama, contratou ilegalmente aliados políticos e distribuiu entre eles R$ 2,2 milhões com dinheiro da campanha.
Esses pagamentos foram incluídos na primeira prestação de contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na rubrica “serviços prestados por terceiros”. Estão na lista ex-vereadores, ex-prefeitos e até pastores evangélicos.
Cada um recebeu até R$ 300 mil para subcontratar serviços para a campanha. Essa contratação indireta de serviços, porém, é vedada pela legislação, segundo o TSE.
Na prestação de contas, Benito declarou gasto de R$ 3 milhões, ante arrecadação de R$ 2,2 milhões. Deputado federal de 1990 a 2002, ele assumiu a presidência do PTB em 2012, quando Roberto Jefferson, preso pelo mensalão, afastou-se do cargo. Em 2013, assumiu uma vice-presidência do Banco do Brasil, mas, neste ano, levou a sigla para a oposição, apoiando Aécio Neves para o Planalto.
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ricardo bikeRicardo Ribeiro | [email protected]
 

Sobre opiniões, é lícito e saudável evoluir, mas mudanças repentinas em momentos tão especiais como uma eleição, sempre irão gerar desconfiança.

 
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, poderia continuar em disparada rumo à vitória em primeiro turno, não fossem as opiniões vacilantes acerca de temas polêmicos. No programa da socialista, havia promessa de apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, o que acabou sendo retirado, supostamente por pressões do pastor Silas Malafaia, da Igreja Assembleia de Deus.
De acordo com pesquisa do Ibope, 53% da população brasileira rejeita a ideia do casamento gay e é provável que o recuo de Marina tenha mais a ver com esse posicionamento do eleitorado do que com a oposição de Malafaia. Até porque, estrategicamente falando, não faria sentido para a candidata ficar bem com o pastor e mal com a opinião pública.
No entanto, ainda que a retirada do tema tenha aproximado Marina do pensamento geral, a postura titubeante foi apontada pelos adversários como indício de que a herdeira de Eduardo Campos utiliza as tretas da velha política. Tipo dançar conforme a música ou jogar para a torcida, sem valorizar a firmeza do que defende.
A partir desse gancho, opositores passaram a lembrar que Marina já flexibilizou sua oposição ao agronegócio e ao cultivo de transgênicos e seu vice, Beto Albuquerque, recebe financiamentos de fabricantes de cigarros e de armas. Além disso, a atitude de “metamorfose ambulante” foi reforçada pelo fato de Marina já ter se filiado a quatro partidos políticos: PT, PV, Rede e PSB.
Sobre opiniões, é lícito e saudável evoluir, mas mudanças repentinas em momentos tão especiais como uma eleição, sempre irão gerar desconfiança. E foi esse “pé atrás” do eleitor que freou o ritmo de crescimento de Marina nas pesquisas, conforme se verifica pelos últimos dados do Datafolha e do Ibope.
Em campanha eleitoral, as pesquisas – sobretudo as qualitativas – indicam as estratégias dos candidatos. O que fazem, o que dizem, para onde vão, praticamente tudo é determinado pelos marqueteiros, a partir do que se colhe nos levantamentos. Isso é natural para todos, menos para uma candidata que vende uma imagem que exala autenticidade e uma etérea nova política.
A equação, em todo caso, é difícil. Se mantivesse fidelidade aos ideais que a fizeram surgir como um elemento novo na política, talvez Marina desagradasse e assustasse a muitos. Ao buscar harmonizar sua pauta com múltiplos interesses, correu o risco de ser tachada como incoerente. O fato é que hoje ela é dirigida e não determina sua própria pauta, o que já desestimula e frustra pessoas que viam Marina como uma política totalmente diferente de “tudo o que está aí”.
Ricardo Ribeiro é advogado e jornalista.

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Karoline VitalKaroline Vital | [email protected]

Em época de campanha, os babões ostentam a praguinha do candidato no peito como uma medalha de honra. Saem colando adesivos nas janelas de casa, no carro, na moto, na agenda, naquela pasta cheia de papéis velhos que ninguém sabe a serventia.

Eu não me lembro de quando aprendi sobre relações ecológicas, na escola. Aquele lance dos modos de relacionamento entre seres vivos de diferentes espécies: comensalismo, mutualismo, inquilinismo, parasitismo, etc. Em que série foi eu não sei, mas tenho certeza absoluta de que faz muito tempo!
Há alguns dias, assistindo à série prematuramente cancelada The Crazy Ones (assim como a vida de seu protagonista, Robin Williams), fui lembrada do relacionamento entre as rêmoras e os tubarões, chamado comensalismo. Como os pequenos peixes se grudam com ventosas para se alimentar dos alimentos que caem da bocarra dos grandões e ainda viajam longas distâncias. Outras relações – que a Wikipedia me ajudou a recordar – são entre os seres humanos e os urubus, as hienas e os leões.
Em tempos de campanha eleitoral, podemos incluir a relação ecológica entre os políticos e os babões. Funciona bem parecido com o papel desempenhado pelas rêmoras, urubus e hienas. Arrumam um “poderoso” para colar e beliscar alguma coisinha que o grandão não faça muita questão. Como se trata de alguém insignificante para o provedor, não causa incômodo ou prejuízo.
puxa-sacoMuitos comensais políticos se orgulham de sua condição. Afinal, além de alimento, ainda ganham proteção e passeios gratuitos. Ser babão é seu meio de vida, pois não sabem fazer muita coisa útil. Pelo seu papel na relação, não abocanham nada grandioso. Se muito, uma boca-livre em um restaurante devidamente paga com dinheiro público, uma gasolina, um vale em um supermercado, ingressos para eventos, e até, quem sabe, algum cargo comissionado de pequeno porte, cuja função não seja muito específica e nem exija qualificação profissional.
Os babões não acrescentam em nada na vida do político provedor. Uns fazem questão de valorizar os seus feitos dispensáveis e as vantagens que conseguiu para si e os seus chegados, principalmente quando estão entre pessoas de fora do seu ambiente “profissional”. Porque entre os “peixes maiores”, se muito, são motivo de piada, do quanto mostram os fundilhos ao se abaixar catando os restos.
Cômicos de verdade são os babões que sofrem de mania de perseguição. Mas os motivos reais e concretos do desespero se perdem entre achismos e fofocas ilógicas. Apesar da aparente falta de noção, eles sabem que seu papel insignificante torna-os facilmente descartáveis. Por isso, sustentam o sentimento constante de uma conspiração que coloca suas migalhas em xeque.
Em época de campanha, os babões ostentam a praguinha do candidato no peito como uma medalha de honra. Saem colando adesivos nas janelas de casa, no carro, na moto, na agenda, naquela pasta cheia de papéis velhos que ninguém sabe a serventia. Ligam para os programas de rádio defendendo o seu candidato, postam ofensas em blogs ou perfis de adversários. Em caminhadas, conferências e qualquer tipo de reunião onde seu político esteja, urram o nome do seu provedor e batem palmas tão alto até esfolar as mãos, se assim for preciso. Afinal, não é o político que estão defendendo, e sim a própria sobrevivência.
Karoline Vital é jornalista.

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claudio_rodriguesCláudio Rodrigues | [email protected]

Sem uma reforma política que mude esse atual processo, essa “Nova Política” do discurso da ex-ministra de Lula nada mais é que uma peça de seus marqueteiros.

A trágica morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos alçou à cabeça de chapa na disputa pela presidência da República a sua candidata a vice, a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Todos sabem que Marina ingressou no PSB aos 48 minutos do segundo tempo, após ter o registro do seu partido, o Rede, negado pelo TSE.
A candidatura da ex-senadora despertou no eleitorado brasileiro o desejo de mudança que o falecido Eduardo Campos e o senador Aécio Neves não conseguiram despertar. Mas algumas posições da candidata do PSB/Rede devem ser questionadas e precisam de respostas para que o desejo de mudança não se torne um salto no escuro. Marina defende uma “Nova Política” e, caso chegue ao Planalto, afirma que irá governar com os bons políticos que estão no banco de reserva.
A Constituição de 1988 transformou o Poder Executivo em refém dos partidos e institucionalizou a política do “toma lá, dá cá”. Como administrar o País sem a tão afamada “governabilidade”, que nada mais é que a troca de cargos pelo apoio dos partidos no Congresso, em que cada ministério vira feudo de partidos e dutos de desvios de recursos? Quem não se lembra da famosa limpeza no início do governo Dilma, que trocava o ministro, mas não o partido? Foi assim com FHC, com Lula e Dilma e assim será com qualquer outro que assumir a presidência.
Sem uma reforma política que mude esse atual processo, essa “Nova Política” do discurso da ex-ministra de Lula nada mais é que uma peça de seus marqueteiros. Outro ponto que caracteriza a candidata do PSB/Rede é sua intransigência religiosa. Ela é radicalmente contra as pesquisas com células-tronco, que é esperança de milhares de pessoas portadoras de necessidades especiais e que sofrem com algum tipo de doença degenerativa. Vale lembrar que o Brasil é um dos países líderes no processo de pesquisa com células-tronco. Suas posições contrárias às de setores do agronegócio, carro-chefe da balança comercial brasileira, também merecem ser esclarecidas.
Com relação à união homoafetiva, qual a real posição da ex-senadora? Suas convicções religiosas permitirão a união entre pessoas do mesmo sexo? De quem a candidata Marina irá se cercar caso chegue a presidência do Brasil?
Sabemos que a única experiência administrativa de Marina foi quando ocupou a pasta do Ministério do Meio Ambiente na gestão do ex-presidente Lula. Por lá, travou uma série de divergência com os colegas das demais pastas por inviabilizar licenças ambientais para a realização de obras essenciais para o desenvolvimento do País. É inegável a sua história na luta pela preservação do meio ambiente, mas isso não é certificação de experiência administrativa.
A eleição da ex-senadora Marina Silva é aventurar, é a incerteza, uma grande interrogação, e aventura é para os super-heróis da ficção, não para um presidente do Brasil.
Cláudio Rodrigues é empresário.

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Cleide Oliveira marcou reunião no quintal do PCdoB e enfrenta a zanga dos angelistas

O “bicho pegou” na manhã desta sexta-feira (22) no primeiro escalão do governo Claudevane Leite (PRB), prefeito de Itabuna.
No início da semana, o gestor municipal convocou os ocupantes de cargos comissionados para uma reunião, com o objetivo de reforçar o pedido de apoio aos candidatos de seu grupo político. O problema foi o local escolhido para o encontro.
A reunião, marcada para logo mais, às 14h30, ocorrerá no auditório do Sindicato dos Comerciários, terreno demarcado e comandado pelo PCdoB, um dos partidos da base, que tem na disputa dois candidatos: Aldenes Meira (deputado estadual) e Davidson Magalhães (deputado federal).
Como há divisões no grupo do prefeito, no qual há cabos eleitorais de outros candidatos, teve gente indo pra cima da secretária de Governo, Cleide Oliveira, justamente a pessoa que agendou a reunião dos comissionados e escolheu o local.
Segundo informações dos bastidores, o secretário da Fazenda, Marcos Cerqueira, e o controlador geral Otto Matos, ligados à deputada estadual Ângela Sousa (PSD) e ao federal Márcio Marinho (PRB), trabalham para vetar o encontro, caso seja mantido o Sindicato dos Comerciários como local de sua realização.
O clima é tenso na “cozinha” do prefeito.

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Decisão do TJ tira Azevedo da eleição
Decisão do TJ tira Azevedo da eleição

O presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Eserval Rocha, cassou a liminar que garantia a candidatura do ex-prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo (DEM), a deputado estadual. A decisão, que por enquanto tira do político a possibilidade de ser candidato, foi tomada na tarde desta segunda-feira (18) e publicada hoje (dia 19) no Diário Oficial do Poder Judiciário.
Azevedo teve contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e pela Câmara de Vereadores, o que o deixou na condição de ficha suja e barrado pela justiça eleitoral. No entanto, o ex-prefeito acabou conseguindo registrar sua candidatura, graças a uma liminar concedida no início de julho pelo juiz Marcos Antônio Bandeira.
A Câmara de Vereadores de Itabuna entrou com recurso contra a liminar e acabou mantendo os efeitos da rejeição das contas do ex-prefeito. A candidatura de Azevedo estava também sub judice em razão de outro recurso, interposto pela Procuradoria Regional Eleitoral.

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ricardo artigosRicardo Ribeiro | [email protected]
 

Marina representaria uma aventura? Por enquanto, não há informações para dizer que sim, mas também é impossível afirmar que não… Estamos diante de uma incógnita, na iminência de um mergulho no escuro.

 
Tenho sérias dúvidas sobre a legitimidade de Marina Silva incorporar o espírito de mudança que paira sobre o Brasil, sobretudo após a catarse vista nas ruas desde junho de 2013.
Marina pode ser uma política heterodoxa, mas tem feito concessões. Como, por exemplo, a de flexibilizar seus princípios para atender ao PSB e ser confirmada como substituta de Eduardo Campos.
Em política, muitas vezes é necessário negociar e ceder… Mas até que ponto isso não tira a “pureza” de Marina? Se é que pode ser imaculado quem está há tanto tempo na política partidária e no exercício de mandatos… De perto ninguém é normal, já dizia o poeta.
O jornalista Elio Gaspari indagou em sua coluna: quem banca as viagens de Marina pelo país? E olha que elas as faz há bastante tempo… É preciso verificar, analisar, observar a personagem de perto.
Há quem veja em Marina uma espécie de santa, uma líder espiritual que vem para limpar a sujeira reinante. Neste particular, além da dúvida sobre a santidade, soma-se outra, acerca da capacidade da gestora.
Marina representaria uma aventura? Por enquanto, não há informações para dizer que sim, mas também é impossível afirmar que não… Estamos diante de uma incógnita, na iminência de um mergulho no escuro.
Ao apropriar-se da frase “Não vamos desistir do Brasil”, dita por Campos em entrevista ao Jornal Nacional, Marina não está necessariamente sendo fiel ao legado do ex-governador pernambucano. Ela está de olho nos milhões de brasileiros que, decepcionados com tudo e com todos, tenderiam a votar em branco ou nulo.
Agora, pelo que o último Datafolha indica, a horda de desiludidos apresenta forte tendência para marinar. Na batalha, será preciso desnudar o mito e revelar a pessoa que há por trás da imagem projetada. Será uma missão difícil, por tudo o que envolveu a ascensão de Marina à cabeça da chapa socialista, depois de ser salva – como ela mesma afirma – pela “mão de Deus”.
Ricardo Ribeiro é advogado e jornalista.

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Candidato abraçou eleitores na Marquês de Paraguá (foto Marcos Souza)
Candidato abraçou eleitores na Marquês de Paraguá (foto Marcos Souza)

Com um corpo a corpo pelo comércio na manhã deste sábado (16), o candidato a deputado estadual Aldenes Meira (PCdoB) lançou sua campanha em Ilhéus. Acompanhado por militantes, o comunista percorreu a Avenida Dois de Julho e as ruas Marquês de Paranaguá e Araújo Pinho, onde conversou principalmente com comerciários, vendedores ambulantes e consumidores.
Aldenes diz que Ilhéus tem destaque em suas propostas para o mandato legislativo, principalmente pela defesa da região metropolitana do sul da Bahia. “Ela trará vantagens e novas possibilidades de crescimento tanto para Ilhéus, como para Itabuna e demais municípios circunvizinhos”, acredita o candidato.
No mesmo dia, Aldenes participou de encontro com lideranças e de um debate sobre o Plano Nacional da Cultura Afrodescendente.

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walmirWalmir Rosário | [email protected]

Novo na idade, mas experiente na arte de fazer política, fez escola com um dos grandes mestres da luta pela democracia, o seu avô Miguel Arraes.

A morte de Eduardo Campos, candidato a presidente do Brasil pelo PSB, o Partido Socialista Brasileiro, pegou a todos de surpresa. E os brasileiros ainda choram o seu desaparecimento, mesmo não sendo ele um político conhecido pela maioria da população.
Neto do ex-governador Miguel Arraes, se afastou do governo de Pernambuco para empreender um voo mais alto: disputar a Presidência da República. E morreu lutando por esse ideal, ao se deslocar do Rio de Janeiro para São Paulo, onde cumpriria compromissos de campanha.
E a vida Eduardo Campos foi interrompida aos 49 anos, no dia 13 de agosto, mesma data em que morreu seu avô, que também foi governador de Pernambuco. Agosto é um mês que causa pavor aos políticos, dado ao grande número de catástrofes. Entre elas, a que causou mais comoção foi a morte de Getúlio Vargas, quando presidente da República.
Eduardo Campos ocupava o terceiro lugar na intenção dos votos do eleitorado brasileiro. Mas a campanha estava ainda começando e o seu discurso era tido como moderno e esperançoso. Prometia fazer com o Brasil o que fez em seu estado.
Quer queira, quer não, mesmo os adversários respeitavam o político Eduardo Campos, que soube fazer história. Deixou a grande coligação que ajudou a eleger Lula e Dilma Rousseff presidentes do Brasil para empreender uma grande mudança na política brasileira.
Ele prometia e todos acreditavam numa nova forma de se fazer política, de governar o país. Para tanto, promoveu o crescimento do PSB em todo o Brasil e costurou alianças com partidos políticos alinhados com seu pensamento em todos os estados brasileiro.
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A coordenação das campanhas dos candidatos Davidson Magalhães e Aldenes Meira, que disputam mandato na Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa, respectivamente, determinou a suspensão das atividades na tarde desta quarta-feira (13), logo após a confirmação da morte do candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos. Com isso, militantes foram temporariamente dispensados e não houve circulação de carros de som.
Em Itabuna, além dos políticos, instituições como Amurc, Associação Comercial e Câmara de Vereadores emitiram notas de pesar. Na Câmara, houve um minuto de silêncio no início da sessão plenária.
Em sua página no Facebook, Aldenes Meira registrou que recebeu a notícia com perplexidade e observou que “o Brasil perdeu um grande cidadão e está de luto”.
São manifestações que repercutem o clima de comoção nacional. O site da presidente Dilma Rousseff substituiu sua página inicial por uma imagem do político pernambucano e a frase: “Todo o Brasil está em luto pela morte de Eduardo Campos”.

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ricardo artigosRicardo Ribeiro | [email protected]
Há pouco mais de seis meses, a notícia do nascimento do garoto Miguel, filho do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, chamou minha atenção. Não por ser o filho de um pré-candidato à Presidência (o quinto) nem por ter a Síndrome de Down, mas pela frase de outro filho de Campos. “O Miguel nasceu na família certa”, disse o irmão.
O tanto de acolhimento e amor que a frase despertava fez surgir uma admiração por aquela família numerosa e que parecia tão unida. Ainda que percebesse na divulgação do nascimento certa estratégia para dourar a imagem do futuro candidato, era plausível que houvesse um fundo de verdade na aparente ação de marketing.
Por essas e outras, Campos acabou por encarnar o bom moço das eleições presidenciais. Jovem, idealista, construiu imagem de bom gestor. E amarrou o discurso no combate à “velha política”, criticando o sistema de coalizão e propondo um governo sem atrelamento fisiológico. Uma cantiga boa de ouvir, mas com toda certeza muito difícil de ser tocada na prática.
Num contraste com a utopia, havia certas incoerências. Esteve ao lado do PT por mais de dez anos, até descobrir, já quando decidido a se candidatar, que o partido cometia graves equívocos. Formou chapa com Marina Silva, mesmo com tantas divergências, como as relacionadas ao debate entre desenvolvimento e conservação.
Prematuramente desaparecido, Campos deixa a imagem do bom pai e marido, do sujeito que defendia a renovação da política e a definitiva extinção de certos dinossauros que simbolizam o atraso e as mazelas nacionais.
Não se sabe até que ponto o socialista considerava viável a empreitada de enterrar a velha política, mas a ideia era (e é) alentadora. Está aí um debate que não pode ser sepultado com o homem que o propunha.
Ricardo Ribeiro é advogado e jornalista.

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Aldenes - fotoO prefeito Claudevane Leite (Vane) sancionou na segunda-feira (11) o projeto de lei que cria 44 cargos na Câmara de Vereadores de Itabuna, a serem preenchidos por concurso. Com isso, haverá substituição de cargos comissionados, aqueles que são preenchidos por indicação política.
Vane, que é ex-vereador, diz que sonhou com a realização do concurso. O atual presidente do legislativo municipal, Aldenes Meira (PCdoB), elegeu esse projeto como prioritário e conseguiu viabilizá-lo.
Com a lei que cria os cargos sancionada, a expectativa é de que em breve seja publicado o edital para contratação da empresa que organizará o certame. Se tudo correr bem, as provas poderão ocorrer ainda este ano.

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Azevedo é multado por contratação irregular
Em sua segunda campanha eleitoral depois de conquistar a prefeitura de Itabuna em 2008, vai ficando cada vez mais claro que o ex-prefeito José Nilton Azevedo, o “Capitão”, é uma verdadeira biruta de aeroporto quando se trata de fazer política.
Candidato a deputado estadual pelo DEM, Azevedo vive uma situação desconfortável na qual as principais lideranças do partido no município não o apoiam. De um lado, a presidente do diretório, Maria Alice, cabala votos para Sandro Regis; do outro, o ex-prefeito Fernando Gomes opera em alta para eleger Fábio Souto.
Enquanto isso, Azevedo, conhecido por pular mais que pipoca em caminhadas pelos bairros de Itabuna, vai tentando saltar outros obstáculos. Na briga por uma cadeira na Assembleia, acredita-se que ele precise de pelo menos 35 mil votos e de superar nomes como Herzem Gusmão, Tato Pereira e Augusto Castro (todos do PSDB), missão dificultada pela falta de estrutura para garimpar fora de Itabuna.
Assessores do capitão até haviam sugerido que ele teria melhores chances se pleiteasse uma cadeira na Câmara Federal, mas o prefeito de Salvador, ACM Neto, o convenceu a abrir espaço para a candidatura do Major Fábio. Agora, um tanto tarde, o ex-prefeito acredita que tenha feito um mau negócio.

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Não é à toa que até o governador Jaques Wagner se diz assustado com o crescente protagonismo do dinheiro nas campanhas eleitorais. Alguns podem achar que o petista quer passar imagem de inocente, mas a verdade é que, até para quem está acostumado com o “toma lá, dá cá” da política, a situação chegou a um nível assombroso.
Em Itabuna, por exemplo, não basta ao candidato chegar com dinheiro. É preciso “amarrar” bem a liderança, senão outro vem e leva quem já estava comprometido. Um clima de infidelidade medonho, que lamentavelmente está generalizado, o que justifica o espanto do governador.
É por conhecer essa natureza volúvel de certos negociadores de votos, que os políticos menos inocentes guardam o maior volume de seu “combustível” para o final. Nesse jogo, nem sempre quem chega primeiro à fonte bebe água limpa.

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Paulo Fernandes Souto é Rui e Otto de carteirinha
Paulo Fernandes Souto é Rui e Otto de carteirinha

O sujeito se chama Paulo Souto, é filiado ao PSB e apoia a candidatura de Rui Costa, do PT… Entendeu alguma coisa? O blog explica: a nota se refere ao prefeito de Itarantim, Paulo Fernandes Souto, que é crítico ferrenho do xará. Para ele, o ex-governador, ora candidato, representa o atraso.
“Vamos voltar ao que era há dez anos? Paulo Souto é governador de gabinete”, reprova o prefeito.
Apesar de seu partido ter candidata ao governo (Lídice da Mata), Paulo Fernandes Souto diz que não abre mão de permanecer no grupo do governador Jaques Wagner, além de ser amigo do candidato ao Senado, Otto Alencar. “Estou deste lado porque é o lado em que sempre estive, apoiando o governador Jaques Wagner”, explica o prefeito.
O socialista também acredita que Rui esteja crescendo no interior e irá “disparar” com o horário eleitoral. “A oposição sabe disso”, diz ele.