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Boa parte dos filiados ao PT de Canavieiras ficou sem entender a decisão tomada pelo deputado Geraldo Simões com relação ao processo sucessório local. Sem considerar a existência de um pré-candidato do partido, o parlamentar declarou apoio ao “Dr. Juarez”, político do PSB.
A manifestação ocorreu neste domingo, 10, com direito a almoço oferecido a GS pelo contemplado. Logicamente, os petistas de Canes não receberam convite.

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Enquanto o PCdoB de Davidson Magalhães e Wenceslau Júnior esnoba o ex-vereador Luís Sena, o sindicalista é cortejado por outras legendas do campo progressista.
O PSB de João Carlos Oliveira escancarou as portas para o cururu. O flerte pode dar em casamento. Só depende do ex-vereador.
Por enquanto, Sena aperta o play e manda recado com Esnoba, do grupo Moinho.

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Marco Wense

Quando Geraldo é questionado sobre essa inusitada e estranha aliança com o peemedebismo, diz que tem um bom relacionamento com Lúcio Vieira Lima, seu colega na Câmara Federal.

Se não fosse a provável candidatura própria do PCdoB na eleição de 2012, Geraldo Simões não estaria correndo atrás de uma coligação do PT com o PMDB.

Se o PCdoB desse um sinal positivo para os petistas, indicando novamente o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Juçara Feitosa, Geraldo evitaria uma aproximação com o partido do ex-ministro Geddel.

É bom lembrar que o PMDB de Itabuna, além do médico Renato Costa na presidência da legenda, tem o ex-prefeito Fernando Gomes de Oliveira como presidente de honra.

Renato, que já foi aliado de Geraldo, não cansa de dizer que o deputado é um “inadimplente da palavra”. O outro, que já comandou a prefeitura por quatro vezes, é inimigo pessoal do petista.

Quando Geraldo é questionado sobre essa inusitada e estranha aliança com o peemedebismo, diz que tem um bom relacionamento com Lúcio Vieira Lima, seu colega na Câmara Federal.

Lúcio Vieira, irmão de Geddel, é o presidente estadual do PMDB. Aquele que na última sucessão municipal chamou a então candidata Juçara Feitosa de “farofeira”.

Geraldo quer o PMDB longe do PCdoB. Os preciosos minutos que o partido tem no horário eleitoral são indispensáveis para qualquer candidatura.

Davidson Magalhães é o prefeiturável do PCdoB que mais preocupa o petista. O diretor-presidente da Bahiagás, além do bom discurso político e administrativo, é o mais próximo do PMDB e do PSDB.

Uma iminente coligação PCdoB/PSDB/PMDB, com Davidson Magalhães encabeçando a chapa majoritária, tem a simpatia de Renato Costa e do jornalista José Adervan, presidente do tucanato local.

Se a reeleição do Capitão Azevedo não decolar, o voto do azevismo – o chamado voto útil – vai para o candidato do PCdoB.

O Partido Comunista do Brasil pode atrair o PSB, PP, PR e o PDT. E mais: se a reeleição do Capitão Azevedo não decolar, o voto do azevismo – o chamado voto útil – vai para o candidato do PCdoB.

As pesquisas de intenções de voto, direcionadas para os três pretendentes do PCdoB, colocam Davidson na terceira posição. Luis Sena e Wenceslau Júnior estão tecnicamente empatados.

Mas a opinião de que Davidson Magalhães pode crescer mais do que Sena e Wenceslau durante o processo eleitoral, com a possibilidade de polarizar com um dos adversários, é quase unânime entre os analistas políticos.

Petistas e comunistas já defendem um acordo entre os partidos. O fim do instituto da reeleição é quase certo para 2016. A legenda que lançasse o prefeiturável de 2012 apoiaria o candidato do outro partido na sucessão de 2016.

O problema é que entre o PT e o PCdoB existe uma histórica, enraizada e recíproca desconfiança. É como se o dono do galinheiro deixasse uma faminta raposa tomando conta das suas galinhas.

O PT e o PCdoB só se juntam pela conveniência eleitoral, por medo de perder as benesses inerentes ao poder. A sobrevivência política fala mais alto. O resto é blablablá. Conversa oca. Conversa fiada.

Se um chegar ao poder sem a ajuda do outro, coitado de quem ficar de fora. O massacre é inevitável.

Marco Wense é articulista da Contudo.

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Newton: todas as contas rejeitadas pelo TCM.

O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) manteve a rejeição às contas do prefeito Newton Lima (PSB), de Ilhéus, relativas a 2009. No pedido de reconsideração, o conselheiro Paolo Marconi acatou apenas parcialmente o recurso do prefeito e manteve a multa de R$ 32.153,00, a representação ao Ministério Público Estadual.

O relator ainda observou que o prefeito é reincidente na prática de fragmentação de e execução de despesas sem licitação. Foram R$ 1.818.206,00 só em 2009, aponta o parecer do TCM.

De acordo com a corte de contas, o prefeito só conseguiu comprovar que licitou R$ 143.987,00. Mais de R$ 1,7 milhão foram pagos sem licitação, mesmo após a reconsideração. Até aqui, todas as contas do prefeito ilheense analisadas pelo TCM foram reprovadas.

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Marco Wense

ACM Neto, que é forte pré-candidato ao Palácio Thomé de Souza na sucessão do prefeito João Henrique (PP), diz que não é mais candidato a deputado federal.

O deputado federal ACM Neto, sem dúvida um bom parlamentar, estava tramando sua saída do DEM para o PSDB. O avalista seria o ex-governador de Minas, o tucano Aécio Neves.

A cúpula do DEM, sabendo que a perda de ACM Neto seria um desastre para a legenda, tratou logo de prestigiar o baiano e indicá-lo para a liderança do partido na Câmara dos Deputados.

Agora, ACM Neto, que é forte pré-candidato ao Palácio Thomé de Souza na sucessão do prefeito João Henrique (PP), diz que não é mais candidato a deputado federal.

ACM Neto, dizendo que não quer mais disputar uma re-re-releição para o parlamento, procura evitar uma revoada de democratas para o Partido Social Democrático, o PSD.

Os democratas, principalmente os deputados federais, de olho no espólio carlista, nos eleitores de ACM Neto, permaneceriam no DEM.

PSB E CONSISTÊNCIA

O Partido Socialista Brasileiro, do saudoso Miguel Arraes, nordestino retado de bom, corre o risco de virar uma agremiação partidária totalmente desfigurada.

O PSB, hoje sob o comando nacional de Eduardo Campos, governador de Pernambuco, se não abrir os olhos, vai perder toda consistência programática e ideológica.

Com a criação do Partido Democrático Brasileiro (PDB), tendo à frente o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), muitos políticos vão se filiar ao novo lero-lero do prostituído sistema eleitoral.

Não existe nenhuma restrição para se filiar ao PDB. Todo tipo de político é bem vindo. Não interessa se é ficha suja ou não, se for bom de voto é político bom.

Depois de formalmente criado, o PDB vai se fundir ao PSB. O PSB vai ser a nova casa de todos os ex-filiados do PDB. A pombinha, símbolo do socialismo, vai se transformar em um “pombão”.

O PSB não pode perder sua identidade, sob pena de virar um simulacro de socialismo.

COLIGAÇÕES

Se tudo caminhasse na direção do entendimento, com uma disputa entre a petista Juçara Feitosa e o demista Azevedo, duas coligações seriam formadas.

Ou seja, PT/PCdoB/PSB/PDT/PP versus DEM/PSDB/PPS/PMDB/PR. Com óculos ou sem óculos, como diria o jornalista Eduardo Anunciação, o sonho de todos os dias do deputado Geraldo Simões.

Marco Wense é articulista da Contudo.

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Sócrates Santana

O PT tende a ser petista em relação aos outros e governista em relação a si próprio, quando a melhor maneira de compreender a condição do partido neste cenário seria a inversão desses ângulos.

Há um desassossego no ar. Temos a sensação de estar na orla do tempo, entre um presente quase a terminar e um futuro que ainda não nasceu. Algo debelado pela evidente inanição da oposição no estado, que expõe as vísceras da base governista. Após o declínio do império carlista, os holofotes estão voltados para ascensão de uma nova ordem petista.

Mas o establishment invoca a coalizão, impõe alianças fotográficas e implode no interior do governo as colunas do Palácio de Ondina. Por um lado, o alvoroço de sempre entre o PT e o PCdoB. Por outro, o castelo de cartas marcadas do PP e do PSB. E, mais adiante, o balcão de dificuldades do PRB e do PDT.

As colunas que sustentam o governo não estão projetadas simetricamente para as eleições de 2012. É notório, por exemplo, o constrangimento do PCdoB de Daniel Almeida, Edson Pimenta e, principalmente, de Alice Portugal. Apesar de negar, a condição de apêndice do PT incomoda até mesmo os comunistas mais arejados pelo o governo. As vereadoras Olívia Santana e Aladilce Souza acabam tendo o papel de foice e martelo do divã bolchevique.

Enquanto os comunistas esquivam-se das “condições históricas”, o PSB baiano contempla as investidas do cacique Eduardo Campos no cenário nacional. O governador pernambucano acena para tucanos, democratas e pedetistas, sem qualquer inibição ideológica. Insinua uma candidatura alternativa para o país, como inúmeras vezes, esperneou o cearense Ciro Gomes.

A articulação nacional congela as peças socialistas no estado. O exemplo é a inércia do partido em relação à saída de vereadores da legenda no âmbito da capital. Nem o legislativo estadual detêm a atenção da cúpula socialista. Sem o controle dos mandatos dos deputados estaduais, Sargento Isidoro e Capitão Tadeu, o comando do PSB aguarda a passagem das nuvens.

O retorno cabisbaixo de Domingos Leonelli para o executivo, após uma fragorosa derrota eleitoral, manchou a vitória da senadora Lídice da Mata. Resta aguardar o fim do carteado entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o vice-governador, Oto Alencar. A criação de um novo partido faz parte de uma crônica anunciada. Uma distração, que serve de ponte para uma aliança ampla e menos maniqueísta do que a dicotomia PT e PSDB. Sem opção para 2012, o PSB baiano recua em prol do que pode vir a ser 2014.

É uma história velha. Sem a mística brizolista, o novo PDT de Marcos Medrado, José Carlos Araújo, Marcelo Nilo e Paulo Câmara, estica a corda e estimula os demais. Entre eles, o PRB sitiado pelos interesses da Igreja Universal do Reino de Deus, que ao atrair o promotor Almiro Sena para a legenda, dando o empurrão necessário para assumir a secretara de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, também assinalou que a vestimenta religiosa não interfere na condução política do partido. Numa cidade predominantemente negra, endossar o nome de um militante voltado para os interesses dos povos de matriz africana é um gesto significativo para quem esboça vôos mais altos, sem tirar os pés do chão.

Do Palácio de Ondina ao Thomé de Souza é construída uma via expressa chamada PP. Sem contornos, o ingresso do prefeito João Henrique à legenda representa o alinhamento das esferas estadual e municipal. Ao ceder mais uma cadeira para o PT na Câmara Federal ao juazeirense Joseph Bandeira, o PP do novo secretário municipal João Leão não representa um adversário para 2012.

Ao contrário, o PP adquire mais gordura para quem sabe, sem pressa, nem palpitações, assistir à Copa do Mundo de 2014 da tribuna, seja ao lado do ministro Mário Negromonte ou do candidato ao senado João Henrique. O PP sabe que o comando da prefeitura é rarefeito, não possui densidade política, porque, não é fruto da vontade geral necessária para tal efeito. É apenas uma convenção, um arranjo de bastidor, que precisa do aval popular para encontrar o seu alicerce. Apesar de eleito por duas vezes, João Henrique não tem uma procuração do povo que lhe permita agir em desconformidade com o programa que lhe garantiu a reeleição. Um programa peemedebista, diga-se de passagem.

Já os petistas…os petistas estão seguros de que os hábitos pessoais e os interesses condicionam as doutrinas de aliados e opositores, assim como estão seguros de que as suas próprias crenças são absolutamente universais e objetivas. O PT tende a ser petista em relação aos outros e governista em relação a si próprio, quando a melhor maneira de compreender a condição do partido neste cenário seria a inversão desses ângulos. Ou seja: ser governista em relação aos outros e petista em relação a si próprio.

É da natureza do homem disputar, guerrear, ressentir-se e acabar pondo tudo a perder. Quem almeja acumular forças para manter ou alterar o próximo período, contudo, não pode agir como se estivesse brigando pela direção de um sindicato ou de um grêmio estudantil. Nem tão pouco encarar as eleições de 2012 como uma correia de transmissão, hereditária e determinista.

Diz o mestre Sun Tzu: “Quando o exército está inquieto e receoso, é certo haver perturbações provocadas por outros príncipes inimigos. Trata-se apenas de introduzir a anarquia nas tropas, jogando fora a vitória”.

Enquanto isso, a platéia, PSDB e PR, acompanham o camarote andante do governo, sem deixar de olhar os dois lados antes de atravessar: DEM e PMDB, que assumem o papel de intrigar, despistar e divergir.

Sócrates Santana é jornalista e mantém o blog Caríssimos Amigos.

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Marival Guedes | marivalguedes@yahoo.com.br

Os brutos também choram. Leonelli, apesar de toda a brutalidade política, não conteve as lágrimas ao ouvir de um correligionário que aquilo era “armação”.

Começo pelo cenário político baiano na época: em abril o vice-governador Otto Alencar tomou posse substituindo César Borges, que renunciou para candidatar-se ao senado. Antônio Carlos Magalhães estava desempregado.  Renunciou ao mandato por causa da sua estripulia no Senado, a fraude no painel de votação. Candidatou-se novamente.

O PSB lançou Itaberaba Lyra ao governo, Ruy Corrêa (Senado), Domingos Leonelli (deputado federal) e Lídice da Mata à reeleição na Assembléia Legislativa. Anthony Garotinho (PSB) era candidato à presidência da República e precisava de um palanque na Bahia, por isso entrou em contato com o presidente da legenda Domingos Leonelli.

O ASSALTO

Depois de combinar por telefone com Garotinho, Leonelli voou ao Rio para buscar a primeira parcela do dinheiro da campanha. No retorno, pegou seu carro, foi à casa de uma amiga com a pasta com o dinheiro debaixo do banco e, em seguida, para sua residência no Rio Vermelho. Lá estavam, dentre outras pessoas, a deputada Lídice da Mata e  Geovan, do PSB de Vitória da Conquista. Quando acabou de entrar , um grupo invadiu a casa e anunciou o assalto, levando toda a grana.

Os brutos também choram. Leonelli, apesar de toda a brutalidade política, não conteve as lágrimas ao ouvir de um correligionário que aquilo era “armação”.  A hipótese foi rechaçada pela direção do partido. Ele concedeu entrevistas e o fato foi noticiado pelos principais veículos de comunicação.

RESULTADO DAS ELEIÇÕES

Lula foi eleito presidente, Paulo Souto derrotou Jaques Wagner, Antônio Carlos e César Borges se elegeram, Lídice da Mata se reelegeu e Leonelli não conquistou a cadeira na Câmara. O advogado itabunense Ruy Corrêa obteve 85 mil votos, ficando em quinto lugar entre os nove candidatos ao senado.

QUESTÕES INTRIGANTES

Os ladrões nunca foram descobertos e alguns fatos chamaram a atenção. Por exemplo, eles entraram perguntando onde estava a pasta com o dinheiro. Logo após o assalto, Leonelli declarou nas entrevistas que a pasta tinha dez mil reais. Os jornais A Tarde e Tribuna da Bahia e outros veículos publicaram esta versão. Mas o Correio da Bahia publicou 190 mil. Chegou bem próximo. Na verdade havia 210 mil reais.

2002 foi um ano “quente” na política baiana. De março a setembro, houve um festival de grampos telefônicos clandestinos. O esquema era operado por pessoas da Secretaria de Segurança Pública. Foram grampeados 190 números de telefones dos desafetos de Antônio Carlos Magalhães.

Marival Guedes é jornalista e escreve no PIMENTA às sextas.

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Dono de 16.072 votos em Ilhéus na tentativa de conquistar uma vaga à Câmara Federal no ano passado, o presidente estadual do Sintepav na Bahia, Bebeto Galvão, não descarta disputar a sucessão do prefeito Newton Lima, ambos do PSB.

– Sou membro da direção estadual do partido e está decidido que o PSB terá candidatura própria nos municípios acima de 100 mil habitantes. Eu estou colocando o meu nome para avaliação – disse ao PIMENTA, observando que tudo dependerá das desenho da política ilheense até o início do próximo ano.

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O PCdoB caminha para ser a terceira força eleitoral na sucessão do prefeito Azevedo. Não pode continuar como apêndice do petismo e, muito menos, como favas contadas de Geraldo Simões.

Marco Wense

No momento certo, início do segundo semestre de 2012, em plena efervescência do processo eleitoral, o PT, o PCdoB, o PDT e o PSB vão conversar sobre a sucessão do prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo.

A orientação para que petistas, comunistas, pedetistas e socialistas procurem o diálogo como meio de solucionar qualquer impasse, virá do comando estadual.

É unânime a opinião de que o entendimento entre o PT, PCdoB, PDT e o PSB é indispensável para a retomada do Poder Executivo, hoje sob a batuta do Partido do Democratas (DEM).

O ex-prefeito Fernando Gomes (PMDB) condiciona sua candidatura a uma provável desunião entre essas agremiações partidárias. Se houver a cisão, o fernandismo volta a ficar vivo.

O critério para a escolha do candidato que irá encabeçar a chapa é o maior obstáculo para que se chegue a um denominador comum, evitando assim um racha entre os “vermelhinhos”.

O PT não abre mão das pesquisas de intenções de voto como fator decisivo na escolha do candidato. O PCdoB, PDT e o PSB não aceitam a consulta popular como único critério.

Para o PT, Juçara Feitosa – na frente em todas as pesquisas – é quem tem mais chance de derrotar o DEM do prefeito Azevedo e o PMDB de Fernando Gomes.

O PDT e o PCdoB defendem a capacidade de agregar como critério principal, formando assim uma grande coligação de partidos em torno do candidato escolhido.

Lideranças do PCdoB, PDT e do PSB acham que Juçara Feitosa não tem jogo de cintura, carisma, discurso e capacidade política para se manter na dianteira durante a campanha.

Na eleição de 2008, Juçara Feitosa, que passou um bom tempo como favorita, terminou sendo fragorosamente derrotada pelo então candidato Capitão Azevedo.

A derrota para o candidato do DEM, que colocou 12 mil votos de frente, foi atribuída a uma infeliz articulação de Geraldo Simões com o também militar Fábio Santana, que desistiu da candidatura para apoiar Juçara.

Os prefeituráveis do Partido Comunista do Brasil – Wenceslau Júnior, Luís Sena e Davidson Magalhães – apostam também no desgaste de “Minha Pedinha” com os partidos que compõem a base aliada do governador Jaques Wagner.

Depois de peremptórias declarações de independência, que o PCdoB não é legenda submissa ao PT, os comunistas não podem mais recuar de uma candidatura própria, sob pena de cair em total e irreversível descrédito.

O PCdoB caminha para ser a terceira força eleitoral na sucessão do prefeito Azevedo. Não pode continuar como apêndice do petismo e, muito menos, como favas contadas de Geraldo Simões.

PCdoB versus PT. A única saída digna para os comunistas de Itabuna.

Marco Wense é articulista da revista Contudo.

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No mesmo palanque, portanto, Wenceslau Júnior, Fernando Gomes, Lúcio Vieira Lima e o mano Geddel. Todos no mesmo barco e com o mesmo objetivo: derrotar o PT.

Marco Wense

O presidente do PCdoB de Itabuna, o vereador-prefeiturável Wenceslau Júnior, sonha com uma grande composição de partidos em torno do seu nome na sucessão municipal de 2012.

Diz que está “mexendo os pauzinhos” para reunir na mesma mesa o PMDB, PV, PSB, PDT, PRB, PTB, PMN e o PHS. Vai também convidar o PT e até o PSDB.

Pois é. Wenceslau só deixou de fora o DEM. A inclusão do PMDB na coligação do comunista, que anda eufórico com a votação que teve na eleição para deputado estadual, causou certo espanto.

Como o PMDB de Itabuna vai seguir o caminho traçado por Fernando Gomes, que é o presidente de honra da legenda, o PCdoB de Wenceslau vai ter uma conversa com o ex-prefeito.

No mesmo palanque, portanto, Wenceslau Júnior, Fernando Gomes, Lúcio Vieira Lima e o mano Geddel. Todos no mesmo barco e com o mesmo objetivo: derrotar o PT, com Juçara Feitosa ou Geraldo Simões.

O ex-alcaide Fernando Gomes, em conversas reservadas, já disse que na sucessão do prefeito Azevedo só não apoia o próprio Azevedo (reeleição) e o candidato do PT.

A modesta Coluna Wense, agora na revista Contudo, não sabe informar a posição de Davidson Magalhães e Luís Sena diante da inusitada aliança do PMDB com o PCdoB.

Marco Wense e articulista da revista Contudo.

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Eis a prefeita-deusa cardinalense, Maria Quitéria, 32 anos. E casada, afoitos. A foto é de Andréa Farias/CB.

O charme e a beleza da prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria Mendes (PSB), encantaram marmanjos e arrancaram elogios da ala feminina durante a posse da nova diretoria da União dos Municípios da Bahia (UPB), nesta semana.

A bela de 32 anos, casada e mãe de dois filhos é formada em administração, foi secretária de Cultura e Turismo em Penedo (AL), ofuscou o brilho do novo presidente da UPB durante a votação e posse dos novos diretores, na quinta (27), conforme anota Evilásio Júnior, do soteropolitano Bahia Notícias.

De fato, a prefeita de Cardeal da Silva chama atenção pelas curvas, sorriso, simpatia e sensualidade. Mas a mulher tem outra fama que se faz notar. É tida como inteligente, articulada e não esconde que usa a beleza para abrir portas, mas nada que vá além do profissional. Ela é a única mulher na nova diretoria-executiva da UPB, ocupando o cargo de vice-presidente institucional da entidade municipalista.

Quitéria, aliás, andou constando numa lista da senadora eleita e presidente do PSB, Lídice da Mata. A bonitona – e bote bonita nisso – foi acusada de não ter ajudado os candidatos do seu partido no processo eleitoral de 2010. A essa altura, a ameaça parece ter se dissipado. Ou não.

O PIMENTA tentou contato com a prefeita neste início de tarde. Ela não estava na cidade e o celular encontrava-se desligado. Fontes informaram ao blog que a gestora zarpou em voo com a família para os Estados Unidos. A partida foi neste sábado pela manhã.

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Paixão Barbosa (Blog Política e Cidadania)

Mais uma demonstração de como os programas e princípios dos partidos políticos no Brasil não tem nenhuma importância nem são levados a sério principalmente pelos seus filiados. Falo da anunciada decisão do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaff, de se filiar ao PMDB. Para quem não se lembra, Skaff, um dos grandes empresários da indústria brasileira, disputou o governo de São Paulo pelo PSB, sigla que, para não deixar dúvidas, quer dizer Partido Socialista Brasileiro.

É claro que em nenhum momento empresário revelou ter pendores socialistas e sua entrada no PSB se deu apenas pela necessidade de uma legenda para ser candidato. Tanto é que, agora, passados somente pouco mais de três meses da eleição, já busca novo novo abrigo para tentar atingir o seu sonho que é governar o maior Estado do Brasil.

E assim acontece com quase todos partidos brasileiros – e digo quase porque sempre há algumas exceções que confirmam a regra. Não há o menor compromisso por parte de quem quer entrar nem tampouco qualquer cobrança por parte de quem recebe a filiação.

Desta realidade surgem duas certezas. A primeira é que mais do que nunca se faz necessária uma reforma política séria, profunda e moralizadora no País. A segunda é que, se depender dos partidos e dos seus parlamentares, tal reforma nunca acontecerá.

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Enquanto dois prefeitos sul-baianos foram julgados infiéis  e perderão o direito de permanecer no PSB, o prefeito de Ilhéus, Newton Lima, escapou da “Degola das Pombinhas” em reunião realizada no Hotel Bahia Sol, em Salvador. A reunião da estadual contou com a participação de representantes do PSB do sul da Bahia.
Os prefeitos sul-baianos punidos são Dernival Dias Ferreira, de Itapitanga, e Gilberto Abade, de Porto Seguro. Dernival é prefeito reeleito. Abade poderia disputar reeleição pela legenda, mas terá que procurar abrigo em outro partido caso queira ser reconduzido ao cargo. Eles apoiaram candidatos de outras legendas, e sem o aval do PSB.
Newton Lima escapou, apesar de apoiar a reeleição da deputada estadual Ângela Sousa (PSC), que se aliou ao ex-candidato a governador Geddel Vieira Lima (PMDB). Internamente se diz que Newton se safou porque ficou com Domingos Leonelli na tentativa de retorno à Câmara Federal. Leonelli é intimamente ligado à xerifona do PSB, Lídice da Mata.

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Sócrates Santana

Enquanto o PSB construía uma pauta afirmativa para o Brasil, o PMDB virou uma sigla de lideranças regionais.

A coalizão entre o PT e o PMDB, beneficiou o PSB. O partido socialista assumiu o papel de aliado programático da candidatura petista. Ao PMDB, diferentemente, coube a carapuça de um mal necessário para a eleição de Dilma Rousseff.
A distinção entre os partidos, PSB e PMDB, colocou o PT numa posição ambígua, que beira a esquizofrenia ideológica. Por um lado, árbitro de uma rede de interesses distintos, que podem empurrar os principais aliados para as hostes do PSDB. Por outro, vítima de uma descaracterização política, oriunda da influência peemedebista, ou de um esvaziamento das esquerdas, que encontram refúgio no PSB.
Para o bem ou para o mal, contudo, o PT continua sendo o fiel da balança. Seja ao manter Ciro Gomes e Eduardo Campos à esquerda do governo; seja ao estabilizar a governabilidade ao lado de Michel Temer e José Sarney.
O malabarismo em questão implica no equilíbrio entre o modelo comumente dicotômico da política brasileira (PT versus PSDB) e o universo pluralista em desenvolvimento no país. De uma esquerda que tende a ver o centro como uma direita camuflada, ou de uma direita que tende a ver o mesmo centro como o disfarce de uma esquerda que não deseja declarar-se enquanto tal.
À esquerda de Dilma, o partido socialista elegeu 6 governadores, 35 deputados federais e 4 senadores. Mas não foi só. Ao longo dos anos, o PSB ocupou – pouco a pouco – o espaço deixado vago com o deslocamento do PSDB em direção à direita do espectro ideológico. Após a aliança de FHC com o então PFL (hoje DEM), houve uma descaracterização do PSDB, como a que ameaça hoje o PT sob a égide do PMDB.
Enquanto o PSB construía uma pauta afirmativa para o Brasil, o PMDB virou uma sigla de lideranças regionais. Aparentemente, após a Constituição de 1988, o partido deixou de possuir um ideário comum, que por um aspecto, favoreceu seus afins a terem uma maior flexibilidade na ocupação de espaços de poder. Tal trânsito, contudo, possibilitou que o partido se tornasse também a noiva cobiçada de todos. O PMDB de 5 governadores, 20 senadores e 79 deputados.
Sócrates Santana é jornalista.

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O senador César Borges (PR) foi “deletado” até pelos eleitores da sua cidade natal, Jequié, no sudoeste baiano.
Em solo jequieense, Walter Pinheiro (PT) teve 31,22% dos votos e Lídice (PSB), 27,50%.
Borges ficou distante: 19,96%.
Aliás, o senador não foi o único carlista a se dar mal na terra onde nasceu. Veja o caso do presidente do Democratas, Paulo Souto. Em Caetité, o ex-governador teve 22,66% dos votos, ante 68,87% de Wagner (PT).
Em números absolutos, foi algo como 3 votos pra 1. O petista obteve 15.856 votos e o democrata só 5.216.