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– AZEVEDO QUER EMPRÉSTIMO DE R$ 9 MILHÕES PARA TAPAR ROMBO NA SAÚDE
– DÉBITO FOI DEIXADO PELA GESTÃO DO EX-PREFEITO FERNANDO GOMES
– PROJETO AUTORIZATIVO SERÁ ENVIADO À CÂMARA EM ATÉ 30 DIAS

O contribuinte itabunense está prestes a arcar com o rombo de R$ 9 milhões provocado pela gestão temerária dos ex-secretário de saúde José Henrique Carvalho e Jesuíno Oliveira, entre janeiro de 2005 e dezembro de 2008, no último mandato do ex-prefeito Fernando Gomes.

A proposta apresentada pela equipe do atual prefeito Capitão Azevedo (DEM) é que o município tome empréstimo na rede bancária para tapar o rombo deixado pelos ex-gestores. Ela foi aceita pelos prestadores de serviço, que esperam receber pelos procedimentos de média e alta complexidade que deixaram de ser pagos em outubro.

A reunião que definiu pela tomada de empréstimo ocorreu na quarta (26), no auditório de uma clínica de olhos da Beira-Rio. Dela, participaram o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sintesi), Raimundo Santana, e os secretários municipais Antônio Vieira (saúde), Maurício Athayde (planejamento) e Carlos Burgos (Fazenda), além do promotor público Clodoaldo Anunciação.

Para tomar o empréstimo de R$ 9 milhões, a prefeitura encaminhará um projeto à Câmara, pedindo autorização para efetuar a transação financeira. A tomada de empréstimo na rede bancária foi sugerida após os secretários municipais afirmarem que a prefeitura não dispõe de receita para sanar a dívida.

VACILANTE

A dívida com os prestadores de serviço se refere ao faturamento da saúde no mês de outubro de 2008. O dinheiro sumiu da conta da prefeitura, segundo denunciou o atual secretário de Saúde, Antônio Vieira, numa entrevista coletiva em 9 de maio deste ano, quando explodiram os casos de dengue em Itabuna (confira nota e vídeo).

Apesar de denunciar o desvio, Vieira depois negou ter afirmado que o montante do desvio era superior a R$ 9 milhões. Agora, aparece com a proposta de tomar empréstimo para tapar o rombo deixado pelo ex-prefeito Fernando Gomes e os ex-secretários Jesuíno Oliveira e José Henrique Carvalho.

Na administração de FG e dos dois secretários, a saúde de Itabuna enfrentou a sua maior crise e foi descredenciada da gestão plena. Desde novembro do ano passado, o governo do estado gere os serviços de média e alta complexidade (laboratórios, hospitais, clínicas).

Então, vamos as contas de quanto o contribuinte pagará: o governo federal enviou para Itabuna R$ 9,5 milhões em outubro. O dinheiro, segundo Antônio Vieira, sumiu. Agora, o município propõe tomar empréstimo de R$ 9 milhões. Somou? Ao final, a conta para o itabunense sairá por não menos que R$ 18,5 milhões, fora os juros do empréstimo.

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Alterado às 12h09min
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Wagner promete que hospital fica pronto até dezembro.
Wagner promete que hospital fica pronto até dezembro.

O Hospital Regional do Recôncavo, em Santo Antônio de Jesus, já está quase pronto e será inaugurado até o final deste ano, segundo o governador Jaques Wagner, que visitou o município nesta quinta-feira, 27. “Esse era um sonho antigo da região e graças à parceria entre o Governo do Estado e o Governo Federal ficou pronto”. Exemplo de desperdício de dinheiro público, as obras do hospital foram iniciadas há 18 anos, mas só agora serão concluídas.

As instalações estão prontas e a maior parte dos equipamentos médicos já chegou. Em setembro estará concluído o processo de escolha da empresa que vai administrar o hospital. Na visita de hoje a Santo Antônio de Jesus, Wagner entregou 1.670 kits para agentes comunitários de saúde e assinou ordem de serviço para construção da primeira etapa do sistema de esgotamento sanitário do município. Ele também inaugurou um ginásio poliesportivo, orçado em R$ 300 mil.

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A assessoria do deputado federal ACM Neto (DEM) distribuiu nota à imprensa dando conta de que o parlamentar já está sentindo o clima de revolta nas ruas contra a Contribuição Social para a Saúde, proposta pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para substituir a CPMF. A CSS substitui a extinta CPMF, mas com uma alíquota de 0,1% em vez de 0,38%.

Interessante, esse feeling do nobre parlamentar. Sem querer duvidar de seus aguçados sentidos de político, que farejam uma oportunidade até nas profundezas do pré-sal – o DNA é imutável -, é de se perguntar: sinceramente, deputado, o senhor acredita que o povão saiba, realmente, do que o senhor esteja falando?

Será que, com os debates sobre a nova taxa apenas restritos às ameaças de briga da bancada da oposição na Câmara e no Senado, já deu pra rolar um clima?

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Pacientes estão reclamando de uma prática no mínimo suspeita de uma clinica popular – e particular – localizada no centro de Itabuna. A bronca é porque, segundo ouvem da recepcionista, para consultar um famoso cardiologista que atende no local, o paciente é obrigado fazer um eletrocardiograma. Se não fizer, não tem acordo. E advinha quem faz o tal eletro?

Semana passada, uma paciente que não pôde mais esperar pela autorização na rede pública, foi obrigada a cair na tal clínica. Como sua consulta era apenas uma avaliação para uma intervenção cirúrgica e ela já estava com seu eletrocardiograma em mãos, achou que não deveria pagar por outro procedimento.

“A moça que me atendeu insistiu tanto que fiquei até constrangida. Felizmente, depois de muita explicação, ela entendeu que eu não poderia roubar meu próprio dinheiro, pagando por um exame que já possuía”, relata a paciente. A consulta, de R$ 53,00, com o eletro iria para mais de R$ 80,00.

Saliente-se que, em sua maioria, o paciente padrão do tal estabelecimento é aquele que já não conseguiu o procedimento pelo SUS e está comprometendo suas despesas mensais. Esse paciente, claro, não tem dinheiro para um atendimento nas clínicas bacanas dos mesmos médicos que ali atendem por um terço do que cobram em seus consultórios classe A.

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VIGILÂNCIA INTENSIFICA COMBATE
NOS BAIRROS COM MAIOR INFESTAÇÃO

Mosquito volta a preocupar a população
Mosquito volta a preocupar a população

A partir desta segunda-feira (24), a Vigilância Epidemiológica de Itabuna vai iniciar uma operação de emergência contra a dengue. O objetivo é atacar os bairros nos quais o índice de infestação por focos do mosquito Aedes aegypti já é superior a 20%.

Encontram-se nesse grupo de risco os bairros Pedro Jerônimo, Carlos Silva, Novo Horizonte, Sinval Palmeira e Nova Ferradas. Para trabalhar exclusivamente nesses locais, foram escalados 60 agentes de controle de endemias, que receberam treinamento especial da Funasa e da 7ª Diretoria Regional de Saúde (Dires).

Itabuna registrou 150 casos neste mês de agosto, havendo ainda uma morte com suspeita de dengue hemorrágica. Do final do ano passado até abril deste ano, a cidade foi líder nacional em infestação por focos do mosquito transmissor da dengue e contabilizou mais de 13 mil casos, com oito mortes.

A mobilização que se inicia nesta segunda-feira pretende impedir que o município volte a viver o clima de pânico que se instalou nos primeiros meses de 2009. Grande parte das vítimas da doença foram crianças.

Além da aplicação de larvicida em reservatórios, as equipes da Vigilância darão o conhecido alerta sobre os maus-hábitos que precisam ser evitados para que o combate à dengue seja eficaz.

Caixas d’água e tonéis destampados, garrafas e pneus largados em quintais, pratos de caqueiros com água acumulada, somente para citar alguns exemplos, são convites tentadores para o mosquito da dengue. Enfim, tudo o que possa juntar água parada serve de foco para o Aedes e deve ser eliminado.

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A diretoria do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, de Itabuna, afirma que a demora nos repasses financeiros pela Secretaria de Saúde do Estado compromete cada vez mais o funcionamento da instituição.

De acordo com informações do Hblem, eram R$ 2 milhões nas mãos da Sesab até o último dia 20 e, no final do mês, mais R$ 1,75 milhão vão se somar àquele valor.

Os diretores reclamam da situação e avaliam que ela talvez só se resolva com pressão política e, como último recurso, judicial.

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A aplicação incorreta dos recursos destinados ao programa de controle das doenças sexualmente transmissíveis em Itabuna, no ano de 2008, levou o Conselho Municipal de Saúde a rejeitar as contas do departamento responsável por esta área na Prefeitura.

A rejeição foi decidida ontem à noite e teve como base um relatório apresentado pela conselheira Suzy Meire Azevedo, representante do Grupo de Apoio à Prevenção da Aids (Gapa).

De acordo com o relatório, entre outras irregularidades, foi detectado o contingenciamento de recursos que deveriam garantir a compra de preservativos masculinos. O Ministério da Saúde disponibilizou R$ 25 mil para esta finalidade no ano passado, mas a Prefeitura aplicou apenas R$ 5 mil.

Ninguém sabe o que foi feito com o resto, mas o CMS formou uma comissão para investigar o caso em todas as minúcias.