Tempo de leitura: 2 minutos

ricardo1Ricardo Ribeiro
ricardoribeiro@pimentanamqueca.com.br

Vivemos dias muito estranhos, em que deixamos de nos preocupar com a crise econômica, o desemprego, a sogra e outras coisas difíceis de aturar para dirigir todas as nossas atenções, tensões e pavores a um mísero inseto. E é interessante que não parem de surgir aqui e acolá mil e uma receitas milagrosas e mirabolantes para enfrentar o inimigo, quando o mais simples seriam os cuidados de praxe que muitos insistem em não tomar.
Enfim, falemos das tais receitas. Eu já ouvi (e confesso que testei algumas) pelo menos uma dúzia delas, de poções quase mágicas, beberagens, repelentes naturais e alimentos com propriedades até então desconhecidas. Dizem até que comer aipim e inhame é bom para afasta o mosquito. Como custa quase nada, que mal há em experimentar?
Aliás, se tem alguém que gosta de uma experiência é a minha digníssima e querida mãe. Usa de tudo e não deixa de consultar uma enciclopédia de medicina natural que guarda há uns vinte anos. Na geladeira, o que mais se vê são produtos de suas pesquisas pelo misterioso mundo das ervas e raízes: do amargo boldo chileno ao amarguíssimo doutor imbira, um troço horrível de beber, mas que descobri ser uma maravilha para problemas de natureza digestiva.
Com a dengue, as bulas da vovó emergiram do fundo do baú e se multiplicaram. Nem sempre é possível saber se funcionam, mas na guerra não há tempo para se pensar nesses pequenos detalhes. E a verdade é que tem muita gente relatando efeitos impressionantes de certos alimentos e substâncias salvadoras.
Uma das armas contra o Aedes aegypti que mais se divulga é uma bolinha homeopática que, segundo os adeptos, faz com que organismo produza um odor imperceptível aos humanos, mas que desagrada o sensível olfato do inseto. Se é assim, pior pra ele.
Também surgiu a receita de uma mistura de álcool e cravo, apontada como grande repelente do mosquito assassino. Essa está sendo até usada aqui na trincheira, onde felizmente a dengue não apareceu, embora o arsenal de defesa ainda inclua dois tipos de repelentes industrializados, ventiladores e telas de proteção em todas as janelas.
Mas o remédio mais insólito e aparentemente infalível contra a dengue é o cravo amarelo, popularmente conhecido como “cravo de defunto” por ser bastante utilizado em velórios e cultivado nos cemitérios. Segundo a propaganda, a planta é tão eficaz que, além de afastar o mosquito com seu cheiro, ainda pode ser consumida como chá e combater os sintomas da dengue.
É claro que essa arma não poderia faltar no “laboratório” de minha mãe, que já plantou o seu pezinho de cravo de defunto no quintal. Cheguei ao centro de experimentações materno e fui logo convidado a tomar uma dose do chá milagroso, que recusei gentilmente sob o argumento de que não apresentava qualquer problema de saúde.
Mentira, o que me assustou mesmo foi aquele aroma cheio de maus-presságios…
Ricardo Ribeiro é um dos blogueiros do Pimenta.

3 respostas

  1. Caro Ricardo,
    Gostaria de utilizar deste espaço para fazer uma denuncia!
    A Prefeitura de Itabuna insiste em preservar leigos, utilizando-se do artificio de cargos politicos ou comissionados, para ocupar o cargo de ADMINISTRADOR nas UNIDADES DE SAÚDE (Postos Médicos)!
    Em 2007/2008 a Prefeitura de itabuna fez concurso para 30 vagas de ADMINISTRADOR (administrador ou Técnico Administrativo – nível superior – nomenclatura utilizada).
    Porém, os concursados como ADMINISTRADOR estão sendo utilizados para exercer funções básicas administrativas, enquanto em algumas UNIDADES DE SAÚDE, mantém-se leigos para gerenciar as UNIDADES DE SAÚDE!

  2. CARO RICARDO,
    Gostaria de utilizar deste espaço para fazer uma denuncia:
    A prefeitura de Itabuna insiste em preservar pessoas leigas para ocupar o cargo de ADMINISTRADOR nas UNIDADES DE SAÚDE, utilizando-se de artifícios como cargos politicos, comissionados e coisas do tipo.
    Em 2008 a Prefeitura de Itabuna fez concurso para 30 vagas de ADMINISTRADOR para gerenciar as UNIDADES DE SAÚDE.
    (Técnico Administrativo e Administrador – nível superior –
    nomenclatura utilizada).
    Acontece que,enquanto nós, ADMINISTRADORES que passamos no concurso, ficamos no Centro Administrativo, realizando funções básicas administrativas, pessoas sem capacitação ficam nas unidades de saúde desenvolvendo serviço sem nenhuma qualidade .
    Desse jeito a SAÚDE não melhora mesmo!!!!

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *