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Jonas 'atira' em senador e no PR (Foto Max Haack/B.Notícias).

O presidente do PT baiano, Jonas Paulo, assina nota pública em que, praticamente, chama o PR para a briga. Acusa o “chifre” político ao dizer que, “por razões próprias, o PR encerrou as negociações” para compor com a chapa governista – e cair nos braços do adversário Geddel Vieira Lima.

Jonas considera que o PR do senador César Borges fechou com os peemedebistas “certamente por sentir-se mais próximo dos métodos, da forma e dos trejeitos do PMDB de fazer política, decidiu buscar os ares em que melhor se adapta”.

Trata-se de menção subliminar (ou nem tanto) à imagem de autoritarismo atribuída aos irmãos Vieira Lima, que comandam a legenda peemedebista, e à origem dos líderes das duas legendas: tanto Geddel como César Borges derivam do carlismo.

A nota deixa claro que o fracasso das negociações com César Borges e o PR não vai alterar o perfil da chapa governista. Ou seja, uma das vagas ao Senado pertencerá a uma legenda mais alinha com o centro e a direita. Assim, Otto Alencar volta novamente a ser um dos nomes para a Senatoria, abrindo o espaço de vice possivelmente para Walter Pinheiro, do PT de Jaques Wagner.

“Reafirmamos o perfil e a composição da chapa majoritária de centro-esquerda e uma das vagas do Senado ocupado pela esquerda; além da abertura do nosso partido às coligações proporcionais”. A nota também esclarece que o PT lutará por composições, nas proporcionais, que garantam o crescimento das bancadas da própria legenda à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal. Confira a íntegra da nota clicando em “leia mais, logo abaixo:

Nota pública

Assunto PR é passado.

Com enormes dificuldades internas e na opinião pública buscamos integrar o PR à nossa coalizão de forças, ampliando ainda mais a nossa base, por entendermos que seria importante para os objetivos e a estratégia eleitoral da nossa candidatura presidencial e consequentemente ampliaria as possibilidades de decisão do pleito do governo estadual no 1º turno, pois é o cenário que se delineia como principal em todas as pesquisas; além de garantir a centralidade da disputa nacional e a polarização de projetos entre a coalizão liderada por Lula e os neoliberais demo-tucanos.

Por razões próprias, o PR encerrou as negociações e certamente por sentir-se mais próximo dos métodos, da forma e dos trejeitos do PMDB baiano de fazer política, decidiu buscar os ares em que melhor se adapta.

Nós reunimos em torno da candidatura a reeleição do Governador Wagner a imensa maioria da forças da coalizão do Lula e o seu núcleo histórico e seguiremos buscando a sua ampliação e com a convicção inabalável da vitória para o Governo e o Senado; reafirmamos o perfil e a composição da chapa majoritária de centro-esquerda e uma das vagas do Senado ocupado pela esquerda; além da abertura do nosso partido às coligações proporcionais; federal e estadual, para ampliar a representação parlamentar do PT uma maioria estável da Assembléia e da bancada federal baiana.

PT Saudações,

Jonas Paulo

Presidente Estadual

9 respostas

  1. Essa Chapa esta praticamente fechada,
    onde aparece J.Wagner com Lidice da Mata na Vice,
    e a composição do senado, Otto Alencar e Waldir Pires ou Walter Pinheiro.
    Sobre a Coligação do PMDB-PR-PTB-PSC-PRTB, ficou excelente para Cesar borges(PR), pois com isso poderá levar a eleição de governador para o 2° turno, e a negociação será melhor, pois o senador já eleito e com uma base boa eleita de deputados estaduais e federais seu passe fica mais caro. No caso do PMDB de Geddel,eu vejo um quadro de deputados mais dificil do que o ano 2002, acredito que Lucio Vieira Lima será um unico deputado eleito do PMDB.
    Essa Coligação foi boa para o DEM-PSBD que ainda sonhão com o apoio no 2°turno,já o PT terá os dois lados da moeda, uma consiguirá fazer um maior numero de deputados com um numero menor de votos, e outro lado sem a composição com o PR poderá ter o 2° turno para governador.
    Lembrem-se da eleição de Salvador.
    segundo turno foi PMDB-PR-DEM-PSBD todos juntos!

  2. Zelão diz:- Quando a ordem dos fatores altera o produto

    Apesar de política não ser uma “ciência exata,” alterações na ordem dos fatores (nomes) colocados, podem sim alterar o resultado final. A busca incessante do Governador Jaques Wagner, para ter na chapa majoritária do PT, o nome do Senador César Borges (PR), fazia parte da equação de apoios, cujo resultado tido como certo era a reeleição no primeiro turno.

    O PT baiano, a exemplo do PT nacional, pródigo na arte de “dividir” e não de somar, ignorou a lógica matemática da adição de fatores positivos, mesmo que heterogêneo de uma conta complexa, para ficar com as incertezas de uma subtração, que embora possa parecer possuir a lógica dos fatores iguais, se apresenta a priori, como de resultado incerto.

    A nota de (dor de corno) esclarecimento, emitida pelo diretório petista na Bahia, só faz adicionar mais lenha no caldeirão da política baiana. Ao afirmar que o PR optou pela manutenção das práticas da política baiana, anteriores a Wagner, a nota, acaba deixando claro, o que todos já sabíamos: – A tentativa de se juntar a Cesar Borges, era uma atitude oportunista na busca de se manter no poder a qualquer preço.

  3. Com PMDB e PR juntos na chapa, não tem para o PT e nem para os carlistas que se bandiaram para o lado do governo. O Povo vai ver quem realmente está a favor da Bahia e escolher na hora do voto. Eleição se decide é nas urnas, não adianta cantar vitoria antes de época com essas pesquisas de opinião batizadas.

  4. Prezado Jonas Paulo,
    Tenho certeza de que o PMDb baiano e o PR estão mais alinhados em métodos e valores exatamente porque concordam com a necessidade de desenvolver a Bahia e mudar a maneira como se faz política no nosso estado. O PT, partido de esquerda e de origem sindical, tentou incluir TODAS as vertentes num saco de gatos sem ideologia nem lógica, e com isso desagradou a todos os lados. Apenas um grupo deve ter ficar feliz e satisfeito com essa nova orientação do PT: o daqueles que querem poder acima de tudo e não tem compromisso com o desenvolvimento do nosso estado nem com o Bem estar da nossa população. Com isso acredito que Geddel e Borges estão certos em se unir e lutar para trazer a Bahia de volta aos tempo de crescimento e prosperidade.

  5. Ontem César Borges era ético, político de visão, bom companheiro, queridinho de Wagner. Hoje; FILHO DO DEMO!!! É coisa de petista.

  6. César Borges não tem votos; Geddel conta com o maior índice de rejeição entre todos os candidatos. Pra onde vai essa chapa?

    Jaques Wagner tem trabalho suficiente para que o povo baiano não caia na armadilha que Geddel pensa está armando. A Bahia não admite retrocesso.

    Nova quadrilha não pode se formar no Estado. estamos atentos.

  7. Esse desfecho foi melhor para o PT. Esta tentativa de aliança com o PR e apoio de César ao senado, em busca apenas de tempo de propaganda na TV, menosprezava as conquistas recentes e realizações do atual governo da Bahia, além de se distanciar de suas bases e preterir nomes de peso, como é o caso de Walter Pinheiro, que tem expressiva votação e mudou a cara do governo dando uma nova dinâmica.
    Sem dúvida o nome de Pinheiro para o Senado soma muito mais para uma reeleição de Jaques Wagner do que o nome de César Borges, que, com toda certeza, se dará melhor agora ao lado de Geddel que tem o estilo de fazer política mais parecido com o do velho Carlismo que César está acostumado e tanto se submeteu, e hoje, frise-se, sequer é praticado pelo DEM de Paulo Souto e ACM Neto.

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