O TEXTO SOBREVIVERÁ AO MUNDO
Em jornal e revista (a dita mídia impressa), o texto fala por si, enquanto a foto é fundamental como ajuda. Por isso disseram por aí que quando o mundo se acabar será necessário um jornalista para dar a notícia. Sobrando fotógrafo, melhor ainda. Se o the end da “civilização cacaueira” chegou mesmo, montado na vassoura-de-bruxa, há controvérsia – alimentada pelos laboratórios, que tentam parir cacaueiros resistentes à doença. Enquanto isso, Daniel Thame (foto), pelo sim, pelo não, apresenta-se como o cronista que o assunto exige. Seu Vassoura (Via Litterarum) está na praça, para agitar, provocar e cutucar cérebros anestesiados. Só o bom texto nos redime.
COMBINAÇÃO DE MITO E REALIDADE
A ESPERANÇA AINDA ESTÁ VIVA
DITADOR É “IMORTALIZADO” EM ESCOLA
“Em sociedade, tudo se sabe” era um bordão do colunista social Ibrahim Sued (1924-1995). Pois, em conversa, fico sabendo que Itabuna possui uma escola chamada Garrastazu Médici (foto). E me ponho a pensar como a sociedade se curva aos interesses do poder, desdenhando sua própria dignidade. A escola, apesar de não estar poupada nestes tempos de violência, é um lugar sagrado. Sua identificação há de ser alvo de respeito, reverência e orgulho para a comunidade que ela se insere. Nomeia-se uma escola com pessoas que representaram bons exemplos a seguir.
ESCOLA FERNANDINHO BEIRA-MAR
NÃO QUEREMOS ABRIGAR A DESONRA
PALAVRAS DORMEM, MAS NÃO MORREM
RECUPERAÇÃO DO BRILHO ANTIGO
DO MANDU À MADRINHA DA TROPA
SUJEITO CHEIO DE NÓS PELAS COSTAS
BRASIL PÕE FRANK SINATRA NO GUINESS
Peças que a ignorância me prega. Só há poucos anos fiquei sabendo que uma das canções mais “americanas”, gravação famosa de Frank Sinatra, é… francesa. Trata-se de My way, que ao nascer chamava-se Comme d´habitude (de Thibault, Revaux e Claude François). Paul Anka (foto) comprou os direitos autorais da música, fez a versão para o inglês (dando-lhe o título de My way), em 1967, e a mostrou a Frank Sinatra. The Voice fez a gravação dois dias depois e prosseguiu cantando esse tema, quase obrigatório nos seus shows. No Maracanã, cantou My way para o maior público de sua carreira, 175 mil pessoas (o show entrou para o Guiness).
Respostas de 11
Infelizmente, e para vergonha de qualquer itabunense que se preza, a escola assim nominada existe, fica no Bairro Califórnia, já pertinho do Santa Inês. Já que o assunto veio à tona, seria interessante agora revelar os nomes do prefeito e do secretário de Educação da época.
É comovente ouvir essa musica “MAY WAY” cantada (interpretada por FRANK SINATRA),a gente e ver sentimento,pureza e melodia .Eu me considero fã nº1 de FRANK SINATRA,e tenho em minha coleção quase todas as musicas dele.Pena que ele morreu tão cedo e nos deixou orfãos.Mas suas musicas serão eternizadas ,e os seus fãs jamais deixarão de esquecer esse GRANDE CANTOR E INTERPRETE da MUSICA AMERICANA.
Sempre me perguntei porque as escolas já existentes com esse nome não já teria o modificado. Também fiquei abismada ao ver que aqui em Salvador ainda mantém uma escola com esse nome. Incongruência total, e o maior choque é ver os alunos fardados com esse nome no peito sem ter idéia do que o representa.
…E o centro acadêmico da nossa Universidade se chama “Carlos Marighella”. as novas gerações, ao invés de corrigir os erros, idolatram os criminosos que perderam.
Parabéns ao autor Daniel Thame.
Mais uma vez a literatura se antecipa à historia. O tema é fascinante e está na ordem do dia(diz respeito à vida de milhares de pessoas com quem convivemos). Agora cabe à historia (pela ação dos historiadores) a reordenação dos fatos adormecidos ou “esquecidos” pelo oportunismo político.Ildásio tavares costuma dizer que “o legado verdadeiro da civilização grapiúna são seus escritores”. A História confirma.
Quando as palavras dormem elas sonham, sonhos que nem o Freud explica. Quiçá um mau humorado.
Cara,
Eu pensei que só eu criticava aquele nome de escola, estudei no Ubaldo Dantas (próximo ao Médici) quando criança, me formei em história, e me pergunto sempre pq insistem em manter o nome daquela escola assim. Ressalto que tinha (tem?)uma Castelo Branco tambem na Califórnia. Uma professora, minha amiga, do Médici disse que já propôs plebiscito para mudar o nome da escola, mas foi apito mudo, voto vencido. Se nossa sociedade soubesse que foi este tirano, com certeza o nome teria mudando. Finalizando! Litinho, escritor das terras de Adonias Filho, disse em seu livro: “os bandidos que assassinaram, e cometeram diversos crimes, são os que tem os nomes das nossas ruas hoje.” Basta notar da alta política, às ruas de Itabuna para confirmar-mos a fala de Litinho. Com raras excessões, obviamente. Belo texto Ousarme.
Não fosse trágico seria cômico. Todavia,todo grapiúna que se preza tem um nome.
Colega Alvoro,
o nome da minha rua é dum coronel malvado. Felizmente, morto.
Li a coluna com certo atraso.
Observo somente a seletividade da indignação, uma vez que temos às pencas homenagens ao maior ditador da história do Brasil, Getúlio Vargas – inventor do DIP e chefe de Filinto “falta um em Nuremberg” Müller – (só em Itabuna são 5 ruas), contra as quais nunca soube de nenhum “plebiscito” para um novo batismo.
O Diretório Central dos Estudantes da UESC se chama “Marighella”, teórico e prático do terrorismo, que lutou para instalar uma ditadura genocida no Brasil – proposta pior que a prática de Médici.
Bom ou mau, Médici é parte da história do Brasil, e não vejo mais razão de vergonha em estudar numa escola com seu nome do que residir numa Rua Getúlio Vargas ou ser membro do DCE Marighella.
ESTIVE PROCURANDO POR VÁRIOS DIAS A MÚSICA MY WAY, CANTADA PO TIMOTEO, E QUANDO PENSEI QUE HA HAVIA ENCONTRADO FIQUEI FOI MAIS FRUSTRADA AINDA. SERÁ QUE POSSO SABER AO MENOS SEU NOME EM PORTUGUES? GRATA