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Um adolescente de 14 anos morreu na noite de sábado, 16, no bairro de Matatu de Brotas, em Salvador, ao ser usado como escudo humano por um homem não identificado que fugia de bandidos.
Segundo a Superintendência de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Stelecom), o jovem, identificado pelas iniciais G.R.S., encontrava-se na Rua Barros Falcão, próximo ao posto Menor Preço, quando foi baleado em diversas partes do corpo, principalmente no tórax.
O homem que era perseguido pelos bandidos também foi atingido pelos disparos e encaminhado para o Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo informações da unidade médica, a segunda vítima levou tiros na cabeça e, até a tarde deste domingo, 17, o estado de saúde dele era gravíssimo.
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Marcos-BandeiraMarcos Bandeira 

Evidente, que o referido edital está maculado pela eiva da discriminação e inconstitucionalidade, pois viola flagrantemente o princípio da dignidade da pessoa humana e também o princípio da igualdade material. Não podemos permitir esse retrocesso.

É conhecido o axioma ou a “tirada” filosófica de um dos grandes governadores da Bahia, Octávio Mangabeira, quando verberou: “Pense num absurdo, na Bahia tem precedente”. Essa frase, embora proferida em meados do século passado, em face dos repetidos disparates cometidos na terra de todos os santos, continua cada vez mais atual. Pois bem, a última agora aconteceu no edital publicado pela Polícia Civil do governo baiano para o preenchimento dos cargos de delegada, escrivã e investigadora.

O malsinado edital exige das candidatas “avaliação ginecológica detalhada, contendo os exames de colposcopia, citologia e microflora”, sendo dispensado para as mulheres com “hímen íntegro”. Em outras palavras, a candidata deverá comprovar que é virgem para poder se candidatar aos referidos cargos. O ato hostilizado causou num primeiro momento perplexidade, seguido de incontida indignação, ante o ilegal constrangimento a que são submetidas as referidas candidatas.

Gostaria de penetrar às escondidas nos meandros dessa mente prodigiosa para descobrir  os caminhos que ele percorridos para encontrar a força do famoso hímen feminino. Será que a “virgindade feminina” constitui  requisito para o exercício regular da função de Delegada, investigadora ou escrivã? Qual a influência que o exigido hímen íntegro teria no desempenho das atividades dessas profissionais? Sinceramente, não consigo vislumbrar uma resposta racional que sustente o edital vergastado.

Os tempos mudaram. Hoje, uma candidata a delegada deve ter o bacharelado em Direito, o que, em regra, consome longos cinco anos. Logo, a faixa etária mínima de alguma candidata ao cargo de Delegada, dentro de um critério de razoabilidade, seria de 23 a 24 anos de idade. Indaga-se: no mundo de hoje, onde a vida sexual começa bem cedo e antes mesmo do casamento, é normal encontrar uma mulher nessa faixa etária virgem? Creio que não (tanto é raro o caso, que uma jovem brasileira ofereceu em leilão a sua virgindade pela internet). Se tiver, o número será tão insignificante que configurará exceção.

O sexo, abstraídas as mitificações do pecado, é uma coisa boa, prazerosa e que faz bem à saúde, principalmente, quando feito com amor e segurança. A falta de sexo é que é o grande problema, pois as pessoas mal-amadas normalmente represam suas paixões, psicoses, neuroses, e evidentemente que esses conflitos internos mal resolvidos é que podem influenciar no desempenho de qualquer atividade.

Os costumes mudaram. Houve um tempo em que existia no Código Penal Brasileiro um capítulo denominado “dos Crimes contra os Costumes”, no qual a “virgindade” era um bem jurídico a ser protegido, no crime de Sedução, quando se punia quem “seduzisse mulher virgem”, menor de 18 anos (art. 217 do CP), todavia, essa figura típica foi revogada; a expressão “mulher honesta” e o crime de adultério foram expurgados do nosso ordenamento jurídico, em face de sua inadequação com o atual momento histórico.

A influência religiosa em nossa legislação foi esmaecida pela opção feita pelo legislador constituinte de construir um verdadeiro estado laico e democrático de Direito. O bem jurídico a ser protegido pelo Estado é a dignidade do ser humano, seja ele homem ou mulher (art. 1º, III da CF). No caso específico da mulher, a sua dignidade sexual.

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O quarteto de aventureiros partiu da Catedral de São José para percorrer 17 mil quilômetros.
O quarteto de aventureiros partiu da Catedral de São José para percorrer 17 mil quilômetros.

Percorrer 17 mil quilômetros em 40 dias é a doce missão de três motociclistas aventureiros de Itabuna. O grupo partiu no dia 8 e incluiu no roteiro da viagem o Norte e o Centro-Oeste brasileiros e países sul-americanos.
Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Venezuela e Paraguai foram incluídos no roteiro. Entre um país e outro, uma passada no Deserto do Atacama ou na Cordilheira dos Andes. O grupo é formado por empresários e aposentados com idades entre 45 e 63 anos.
O mais experiente da turma, Olímpio Bispo, que exatamente por isso ganhou o apelido de Vovô, já fez viagens longas em duas rodas. Ele seguiu com o grupo, mas teve que abreviar o percurso. A sua Honda Falcon 400 “pediu menos” quando o quarteto estava em Goiás.
Danilo Azevedo Júnior, Delson Mesquita e Jeferson Silveira seguiram caminho lamentando a baixa no grupo. O grupo estará junto, novamente, em meados de abril. Para cumprir o percurso de 17 mil quilômetros, eles vão montados em motos possantes: Yamaha XT-660, Suzuky UF1-650 e Honda NX 700

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táxi itabunaTaxistas que atuam no Shopping Jequitibá estão temerosos. Grupo de espertinhos quer criar uma cooperativa de táxi para “regular” a atividade no centro de compras.
A praça conta com 45 veículos autorizados, sendo das mais rentáveis do município. Todos estariam obrigados a se associarem à ‘invenção’.
Pelo shopping, passam, aproximadamente, 450 mil consumidores por mês. Os criadores da cooperativa estão de olho nessa mina de ouro. Já os taxistas, veem prejuízo na jogada.
Pior é que, segundo fontes, o esquema conta com o apoio de gente de dentro do próprio governo municipal, detentor da concessão do serviço.

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Destino turístico, Itacaré vive onda de violência.
Itacaré está entre os principais destinos turísticos da Bahia.

A crescente onda de violência em um dos destinos mais procurados da Bahia tem afastado turistas e provocado dúvidas em empresários e moradores da paradisíaca Itacaré, no sul da Bahia. O Conselho Comunitário de Segurança estima que os índices de criminalidade tenham mais que dobrado nos últimos seis meses, principalmente as estatísticas de homicídio e assaltos.
Percorrer trilhas em um destino conhecido pelas suas belezas naturais tem sido tarefa arriscada. Ontem, um grupo de biólogos formado por brasileiros e estrangeiros viveu momentos de terror quando percorria a trilha entre a praias da Ribeira e Prainha. Os 17 biólogos Foram submetidos a sessões de tortura e “roleta russa” por três bandidos, armados com revólveres calibre 38, que roubaram documentos, dinheiro e equipamentos (confira matéria no Bahia Online). Quando foram à delegacia do município para prestar queixa, não havia delegado de plantão.
Ainda na semana passada, dois alunos de uma escola localizada na sede do município fora baleados por um rival na porta do estabelecimento de ensino. A comunidade cobra ação das polícias, principalmente a Militar. Reclama da passividade do trabalho da PM.
SESSÃO ESPECIAL E PRESSÃO NAS RUAS
Empresários, estudantes e populares vão às ruas de Itacaré nesta terça, às 10 horas, protestar contra a onda de violência. No mesmo horário, ocorre sessão especial na Câmara de Vereadores. O objetivo é cobrar soluções para a violência no município. Foram convidadas autoridades municipais e estaduais e os comandos regionais das polícias Civil e Militar.
A violência tem levado preocupação ao trade turístico, que já sofreu com a crise econômica mundial e a consequente queda de turistas estrangeiros. Suzel Saraceni, do Conselho Comunitário de Segurança de Itacaré, diz que jovens estudantes farão manifestação pacífica na próxima terça, 19, no centro de Itacaré.

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NAÇÃO DE BEBEDORES FERIDOS E CHOROSOS

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br

1AlencarAtônito, Caboco Alencar, com sua “farmácia” assaltada na calada da noite, teria se perguntado: “Mas, por que eu?”. É duro de aceitar um mundo em que nem o boteco (refúgio de vagabundos e cavalheiros, espaço da solidariedade, do sonho e da poesia) é respeitado. Quando grandes empresas comerciais ou industriais predadoras, molas mestras do enriquecimento nem sempre lícito (muitas vezes movido a sangue dos trabalhadores) são assaltadas é maior nosso nível de compreensão. Assaltar o ABC da Noite é mais do que atentar contra o diminuto patrimônio pessoal do Caboco; é ferir de morte uma imensa nação de bebedores – ato próprio de bandidos sem coração, lirismo ou paladar.

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O mundo fica cada vez mais inabitável
O ABC (justo, D. Ceslau não há de me recomendar à excomunhão por essa verdade nua) é espaço sagrado. Bem que ali, não se pode negar, possam  ter surgido algumas manifestações anticlericais, motivadas por uma dose a mais de batida.  Mas foram apenas engrolados discursos tentativos de consertar o vasto Brasil sem porteira, insuficientes para abalar o teto da Capela Sistina. Constato, com imensa tristeza, que o mundo se faz um lugar cada vez mais inabitável, pois nem líricos e inocentes botecos são dignos do respeito dos assaltantes, que invadiram o templo do ABC como se adentrassem um depósito de rinchona. Bem fez Eduardo Anunciação, que, em protesto antecipado, recusou-se a testemunhar tamanha heresia.
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NÃO QUEREMOS A MENTIRA COMO APANÁGIO

Decidi-me a “responder” (na verdade, ninguém me perguntou nada!) a alguns comentários, o que não fiz. Poderia dizer que foi devido à “roda viva” que tritura os que escrevem com data marcada. Mas não digo, pois tenho sido invadido por completo desapreço à mentira. Expulsemo-la, portanto, do capital dos jornalistas, para integrá-la ao apanágio dos políticos, que de tal valor não podem prescindir. Se não fiz o que me prometi foi por falta de planejamento – e não se pode debitar a culpa ao lixo nas ruas e a outras mazelas pequenas e provincianas. Então, mãos à obra, como disse o prefeito, diante do indefeso cofre municipal.
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4BebadosambaDebatedor culto, coerente e corajoso
Devo informar a Yan Santos, que me propõe discutir a questão “Camilo de Jesus Lima” com o professor Adylson Machado, ser impossível a tarefa. Quando Adylson (ex-roqueiro, professor de Direito e autor de, pelo menos, dois livros) fala, eu silencio. Culto, coerente e corajoso (eis uma inesperada aliteração!), ele está mais para ser ouvido do que contestado. Mas só a sugestão já me eleva, honra e consola. Comunista da Sibéria me emocionou com a citação de Paulinho da Viola (“Se lágrima fosse de pedra eu choraria”). Bebadosamba é um dos meus discos preferidos, que ganhei de uma “amiga secreta” de bom gosto, no Natal de 1996, ainda quentinho.
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Jornalismo genial e ditadura estúpida
5Tarso de CastroPor fim, não gostaria que passasse em branco a dica de leitura de Ricardo Seixas, o livro Memórias do esquecimento, de Flávio Tavares. Também acho pertinente o emprego de protetor auricular durante o Carnaval, mas esta é outra história… A referência me conduziu a dois outros livros de jornalistas: 75 Kg de músculos e fúria (Tarso de Castro – a vida de um dos mais polêmicos jornalistas brasileiros) e O sequestro dos uruguaios (Operação Condor – Uma reportagem dos tempos da ditadura), de Luiz Cláudio Cunha. São dois grandes momentos da vida brasileira: no primeiro, o jornalismo em tempos emoldurados pelo golpe militar; no segundo, a específica estupidez das ditaduras em nuestra America.
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(ENTRE PARÊNTESES)

Nas arquibancadas, assistindo a fumacinhas negras e brancas, torcedores verde-amarelos de eventos vaticanos lamentam o resultado do Habemus papam, como se fosse um jogo em La Bombonera: Argentina 1 x 0 Brasil. “Só nos faltava mesmo um papa argentino!”, lamentou-se um dos meus amigos mais pessimistas. Mas pior seria se pior fosse: dizem que o novo sumo não se chamou Maradona II porque Pelé, ao perceber a tendência, ameaçou fazer haraquiri na Praça de Maio. Entende?

BIBI FERREIRA E SUAS MALAS DE LIVROS

7Jane F.Levando duas malas de livros, Bibi Ferreira embarca para Nova Iorque, quando abril chegar. A artista vai comemorar o aniversário de 90 anos com uma apresentação no Lincoln Center, com ingressos disputadíssimos: a espevitada Jane Fonda (foto), que não é boba, reservou camarote no ano passado. A mala é de obras literárias, filosóficas e algumas partituras, publicações de que Bibi não se separa, textos que ela quer ter ao alcance da mão em qualquer tempo, em qualquer lugar. Uma curiosidade sobre a filha de Procópio Ferreira: estreou no palco com apenas 20 dias de nascida, em 1922, na peça Manhã de sol, no colo da madrinha Abigail Maia, mulher Oduvaldo Viana, padrinho do bebê.
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Matrícula negada em colégio paulista
Com cerca de oito anos, Bibi começa a trabalhar na companhia do pai famoso e aos nove, por ser filha de artistas, tem sua matrícula negada no tradicional Colégio Sion, de São Paulo. Mas Procópio responde à altura: manda a filha para a escola em Londres, onde ela também estuda teatro. Em 1936, outra vez no Brasil, participa de filmes, como atriz e cantora, monta sua própria companhia (por onde passam Cacilda Becker, Maria Della Costa, Sérgio Cardoso e Henriette Morineau) e não para mais: canta, representa, produz. Uma das primeiras mulheres a dirigir teatro no Brasil, fez tevê, mas não  novela. Aqui, um corte de show da Globo, em 1992, comemorativo dos 50 anos da artista.

(O.C.)

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Fróis deixou legião de amigos (Foto Arquivo pessoal).
Fróis deixou legião de amigos (Foto Arquivo pessoal).

A missa de Sétimo Dia de falecimento do empresário Carlos Fróis será celebrada nesta segunda-feira, 18, às 19h, na Catedral de São José.
Fróis morreu em um acidente de trabalho na última terça, 12. O empresário da construção civil despencou de um andaime de aproximadamente 10 metros de altura, no prédio onde morava. Socorrido pelo Samu 192 e levado para o Hospital Calixto Midlej, Fróis não resistiu às múltiplas fraturas.
Além da esposa e quatro filhos, Carlos Fróis deixou legião de amigos e sempre teve forte militância política. Era filiado ao PDT.