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Dilma e Aécio se enfrentaram no primeiro debate do 2º turno (Foto Site Band)
Dilma e Aécio se enfrentaram no primeiro debate do 2º turno (Foto Site Band)

Da Redação
A Band promoveu um dos mais tensos debates presidenciais da história. Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) confrontaram-se por mais de 1h20min. Corrupção, violência contra a mulher, Petrobras, programas sociais, economia e nepotismo foram assuntos mais presentes no debate.
O momento mais tenso ocorreu no terceiro bloco, quando Dilma Rousseff perguntou a Aécio as suas políticas de combate à violência contra a mulher. O tucano, sempre irônico até ali, mudou a fisionomia e abrandou mais a voz em quase todo o bloco. Recuperou-se no seguinte.
No questionamento sobre ações de proteção à mulher, ficou implícita mensagem de Dilma para Aécio, acusado de agredir a sua acompanhante, em 2009, com um empurrão e um tapa em evento da Calvin Klein, no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro.
A história da agressão é contada pelo jornalista Juca Kfouri, da Folha de São Paulo e do portal Uol. A assessoria do candidato desmentiu a agressão à época, mas Kfouri disse que manteria a notícia (relembre aqui). À época, Aécio era governador de Minas Gerais.
Outros assuntos incômodos foram o Aeroporto de Cláudio (MG), construído em terras de um tio de Aécio e o emprego de famílias do candidato no governo mineiro. Aécio acusou a adversária de ser “leviana”.
CORRUPÇÃO
Dilma Rousseff abusou do tema Pronatec e foi “prensada” por Aécio em temas como a corrupção na Petrobras. O tucano repetiu gesto de debates anteriores e sacou da cartola uma ata da demissão de Paulo Roberto Costa da Petrobras, homem que terá que devolver mais de 25 milhões de dólares aos cofres públicos, dinheiro desviado da companhia petrolífera. Dilma defendeu-se dizendo que Costa foi demitido pelo seu governo, no início de 2012, e os fatos de corrupção vieram à tona dois anos depois.
O clima de tensão, aliás, permitiu à Band, segundo dados da própria emissora ficar por dois terços do tempo do debate na liderança da audiência em São Paulo. Os números, no entanto, não foram divulgados. A audiência é aferida por um instituto, o Ibope.
Dilma ainda retrucou afirmando que, diferentemente dos tempos petistas, os escândalos do período do Governo Fernando Henrique, do PSDB, não foram investigados. A presidente e candidata à reeleição teve desempenho titubeante nos blocos iniciais e melhorou a partir do terceiro bloco, quando citou os casos de nepotismo e a violência contra a mulher.

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