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Ettinger diz que corte de isenção será o fim das Santas Casas.
Ettinger diz que corte de isenção será o fim das Santas Casas.

Na manhã desta quinta-feira (9), representantes de entidades filantrópicas de todo país transformaram Salvador em polo nacional de debate sobre a Proposta de Emenda Constitucional nº 287, que prevê a reforma previdenciária. Dentre as mudanças, a suspensão da isenção de tributos ao SUS motivou a realização do evento no Hotel Fiesta, no Itaigara, o que preocupa todos os gestores das instituições, inclusive o médico Eric Ettinger Junior, provedor da Santa Casa de Itabuna.

Segundo justificativa do relator e deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), o benefício para as entidades gera uma perda anual de R$ 12 bilhões ao erário. Ainda, afirma que, em alguns casos, favorece instituições com interesses políticos.

Para o presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, Edson Rogatti, a reivindicação não é contrária à reforma da Previdência, mas busca a valorização do setor. “Se for tirada a isenção previdenciária das santas casas, que passa de 51% de atendimento do SUS, será o fim”, disse.

Rogatti prevê fechamento de Santas Casas e prejuízo ao usuário do SUS. “Acho que o governo ou o relator vai ter que usar de bom senso na isenção previdenciária das santas casas e hospitais filantrópicos”, observou.

Evento reuniu provedores em Salvador (Foto Divulgação).
Evento reuniu provedores em Salvador (Foto Divulgação).

Para Eric Junior, que também esteve presente, a discussão e problemas gerados em torno do subfinanciamento do SUS já são imensos, e tal medida só viria a prejudicar ainda mais a situação atual das santas casas, inclusive a de Itabuna. “Vivemos diariamente no limite das contas, se isso de fato ocorrer, sinceramente não sei o que será da instituição”, completa.

0 resposta

  1. Eu quero saber qual a filantropia que existe na Santa Casa de Misericórdia de Itabuna? Onde a maioria dos usuários atendidos ou tem plano de saúde ou são particular. Tem q cobrar sim. O que não é justo é deixar q o povo pague a obrigação dessas entidades. Se for o caso, cobra então a parte dos convênios e vcs verão o que acontece.

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