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Allah Góes | allah.goes@hotmail.com
 

É a você, Alberto “Parafuso”, Meu Pai, grande responsável por eu ser quem sou, na impossibilidade de lhe dar um forte abraço neste Dia dos Pais, que presto homenagem.

 
O velho “científico” (hoje chamado ensino médio), além de servir de preparação para que possamos adentrar numa boa universidade, também funciona como uma espécie de transição para a vida adulta, pois é nessa fase que solidificamos os conceitos e enfrentamos os primeiros desafios do início de nossa vida adulta.
No meu caso, além de ter passado pelas experiências próprias daquele período, e que foram responsáveis por ter encontrado os amigos que até hoje nos acompanham, os quais considero meus “irmãos escolhidos”, tive a felicidade de poder contar com os conselhos de meu pai, que, mesmo com a saúde bastante debilitada, foi muito presente naquela complicada transição.
Uma das maiores dúvidas surgidas na passagem para a vida adulta, senão a maior de todas, foi: “e agora, concluí o segundo grau, o que vou fazer com a minha vida? O que quero ser?”.
Eu achava que queria ser jornalista, por entender que, nessa profissão, poderia ajudar a minha cidade, levando conhecimento e informação a todos. Mas em Itabuna não havia faculdades para aquela área, e o que mais se aproximava era o curso de letras na Uesc, pois o Curso de Comunicação na Ufba era um sonho impossível, dada a nossa situação financeira, decorrente da doença de meu pai.
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Marco Wense

Ninguém, aí incluindo o próprio Aleluia, ousava desafiar as ordens do chefe ACM.

O senador João Durval, eleito pelo PDT do saudoso Leonel Brizola, não pode ser crucificado pelo fato de ter retirado sua assinatura do requerimento de criação da CPI dos Transportes.
Se a presidente Dilma Rousseff estivesse tratando com desdém os sucessivos escândalos que tomam conta da República, o recuo de Durval seria imperdoável.
A maior autoridade do país está sendo implacável com os abutres do dinheiro público. Não é à toa que a aprovação ao governo tem 50% de ótimo e bom.
A impunidade, sem dúvida o maior câncer da administração pública, não pode ser alimentada pelo pretexto da governabilidade, pelo medo de perder a maioria parlamentar nas duas Casas do Congresso Nacional.
Ao fazer o jogo da oposição, o ex-governador da Bahia foi politicamente ingênuo. Qualquer oposicionismo, seja do PT, PSDB ou outra legenda, é adepto do quanto pior, melhor.
O estranho da história, até certo ponto hilariante, é José Carlos Aleluia, presidente estadual do Democratas (DEM), ficar indignado com o “servilismo” do senador Durval.
Aleluia esquece dos tempos do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, quando o carlismo dominava a política da Bahia na base do mandonismo e do chicote.
Aleluia sabe que o “servilismo” e a subserviência foram marcas registradas do carlismo. Ninguém, aí incluindo o próprio Aleluia, ousava desafiar as ordens do chefe ACM.
O destempero emocional de ACM com os subordinados, como bem disse o jornalista Samuel Celestino, “ia do desrespeito total e público ao tratamento às vezes carinhoso que não supria os ataques pessoais, invadindo o campo familiar do auxiliar ou até do aliado”.
No então governo FHC, os governistas do PFL, hoje democratas, se recusaram a assinar o pedido de instalação de uma CPI para apurar as denúncias de corrupção nas privatizações.
Depois, no mesmo governo tucano, estourou outro escândalo envolvendo a PEC da Reeleição, que terminou permitindo o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Nada de CPI.
Na época, os jornais, inclusive os grandes de São Paulo, falavam em R$ 200 mil para cada voto de deputado e senador a favor da Proposta de Emenda Constitucional, a famosa PEC da Reeleição.
O discurso da moralidade da coisa pública, quando protagonizado por políticos que no passado eram contra a qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito, não tem consistência e, muito menos, credibilidade.
PS – Ironicamente, o deputado Rubens Bueno, do PPS do Paraná, foi o que melhor definiu as sucessivas denúncias de corrupção no governo Dilma: “Parece saco de caranguejo. Você puxa um e vem outro grudado”.

O VICE DE AZEVEDO

O nome do candidato a vice na chapa encabeçada pelo prefeito Azevedo, que legitimamente busca sua reeleição, já faz parte das conversas entre os democratas (DEM).
O PMDB é o plano A não só do azevismo como do geraldismo. As duas correntes estão de olho no tempo da legenda no horário eleitoral destinado aos partidos políticos.
O PT tem outra preocupação: afastar qualquer possibilidade de coligação do PMDB com o PCdoB. A opinião de que os comunistas só terão candidatura própria com o apoio do PMDB é unânime entre os petistas.
O plano B do DEM é o PSDB do deputado estadual Augusto Castro. O jornalista José Adervan, presidente do diretório municipal, é o nome mais cotado do tucanato.
Falhando os planos A e B, vem o C com Marilene Duarte, a Leninha da Auto-Escola Regional, até agora a mais ilustre filiada do MSP (Movimento dos Sem Partidos).

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Manuela Berbert | manuelaberbert@yahoo.com.br

Defino amor de mãe como sublime e profundo. Aconchego. E acho que amor de pai é cuidado, zelo, confiança.

Eu sempre fico um pouco saudosa nessa semana que antecede o Dia dos Pais. Uma saudade sadia, de um tempo bom que não volta mais, de alguém que se foi muito cedo, especialmente porque eu só tive o prazer de conviver breves 13 anos. O suficiente para entender o sentimento de uma filha diante da falta que a figura de um pai faz.
Terça-feira, chego em casa no finalzinho da tarde e encontro minha mãe perplexa com o que acabara de assistir: um apresentador mostrou, em seu programa, a história de um pai que entregou sua própria filha a traficantes, como pagamento por uma dívida de drogas. Cheguei a questionar se a menina ainda estava viva. Sinceramente, ficaria mais aliviada se minha mãe me respondesse que não.
Defino amor de mãe como sublime e profundo. Aconchego. E acho que amor de pai é cuidado, zelo, confiança. Que me perdoem as feministas, mas a própria figura masculina já impõe isso nas nossas vidas. É da figura do pai que vem, teoricamente, a segurança. E imaginar que uma filha se viu entregue a marginais, para ser estuprada, usada, massacrada, é imaginar cenas de um filme de terror e humilhação que ser humano algum merece, sequer, assistir.
Confesso que, mesmo diante de uma realidade crua e perversa que observo nas mídias, diariamente, jamais ousei imaginar tal infelicidade. Estamos vivendo um tempo lamentável de degradação humana, e não sabemos onde e nem quando iremos parar.
Caberia, neste exato momento, adentrar numa discussão a respeito do crescimento exacerbado do consumo de drogas no país. Caberia também concordar com o apresentador, numa bandeirada a favor da pena de morte por aqui. Mas estou CHOCADA, sem forças para argumentar…

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Valéria Ettinger | lelaettinger@hotmail.com

E por que não conseguimos viver com elas? O que nos impede de enxergar o outro ou o comportamento do outro com aceitação?

Recebi a seguinte citação no meu post no Facebook “Dia do orgulho disso, dia do orgulho daquilo”… PQP. Anseio pelo dia em que héteros, gays, bis, tris, tetras, trans, pans, negros, brancos, amarelos, vermelhos, cristãos, mulçumanos, judeus, ateus, nortistas, sulistas, orientais e ocidentais possam juntos ir às ruas comemorar o ORGULHO DE SER GENTE!
Mas será que estamos preparados para viver com as diferenças? E por que não conseguimos viver com elas? O que nos impede de enxergar o outro ou o comportamento do outro com aceitação?
Partindo do pressuposto que o homem é um ser gregário e necessita de outro homem para satisfazer suas necessidades, então razoável seria uma tendência harmônica no quesito convivência. Mas esqueceram de dizer a esse homem que para tanto ele precisaria desfazer de parcela do seu interesse individual, para, unido à fração do outro homem, formatar um consenso. Isso não acontece! Porque o homem pensa como um ser individual, mesmo quando está vivendo coletivamente.
Spinoza disse que o bem maior de um homem é o outro homem, no entanto, ele enxerga o outro como um meio de satisfazer os seus instintos e, quando não, o conflito está instaurado. O homem individual é um homem que está sempre em busca de satisfazer os seus desejos e é munido pela paixão.
Somos seres coletivos, que agimos individualmente e jamais aceitaremos aquilo que não corresponde a nossa verdade ou vontade. Por isso que Montesquieu dizia que o homem é capaz de violar a própria lei que ele cria, visto que esta, por ter um caráter geral, pode não corresponder aos anseios desse homem.
No entanto, o Estado não pode agir assim, ele tem que responder às demandas sociais. Mas nem sempre responder às demandas sociais é satisfazer aos nossos interesses. Por isso que não aceitamos aquilo que não corresponde aos nossos desejos ou valores e rejeitamos quando o Estado no exercício de sua função age no tocante aos interesses coletivos, principalmente quando se referem aos interesses das “minorias”(qualitativas).
Não sabemos viver com as diferenças, porque ser diferente é não corresponder a um padrão, que um dia foi declarado como normal. Mas, para que eu possa viver em sociedade e de forma harmônica terei que compreender que o diferente também pode ser igual, ainda mais que ele é GENTE como a GENTE.
Valéria Ettinger é professora universitária.
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Gerson Menezes | publixcriativo1987@hotmail.com

Os primeiros passos do governo Dilma estão fazendo nascer o enigma: – O que quer e o que pensa essa mulher?

Se fosse proposto pela presidenta Dilma Rousseff, o enigma da esfinge, caberia muito bem. A “criatura”, a cada passo dado nesse início do seu governo, parece querer se distanciar do seu “criador” ou de, propositadamente, querer consertar os erros por ele praticados.
Apontada que foi como sendo um “poste”, Dilma, a mulher sobre a qual pouco se conhecia (até mesmo do seu passado na clandestinidade até hoje oculto), se mostra capaz de dar passos no exercício do poder. Passos, para muitos, incompreensíveis e até politicamente suicidas. Surpreendente para muitos, talvez seja apenas para poucos uma revelação.
Do pouco que se conhecia da personalidade da presidenta Dilma, era sua pouca flexibilidade em transigir com tudo aquilo que julgava administrativamente incorreto. Intransigência essa que fez nascer a admiração por parte do ex-presidente Lula, acostumado a negociações, e que da ministra Dilma usou e abusou para pôr freio na incompetência que gravitava em torno do seu governo.
Os primeiros passos do governo Dilma estão fazendo nascer o enigma: – O que quer e o que pensa essa mulher? Para os aliados do governo, Dilma está prestes a cometer um suicídio político ao “dizimar” as pretensões – mesmo que espúrias – dos políticos da sua base aliada. Para a oposição, Dilma apenas se utiliza dos recursos “midiáticos”, para aparecer diante da população como a “mãe” da moral e da ética da política brasileira.
Seja qual for a verdadeira Dilma Rousseff, eu, que não votei nela para presidenta, estou entre perplexo e admirado. E se mantiver na prática o discurso moralizador e conseguir manter a economia brasileira ao largo dos percalços da economia mundial, até 2014 o enigma Dilma estará decifrado e então se poderá clamar: – “O rei morreu! Viva o novo rei!”. Ou… rainha.
Gerson Menezes é publicitário.

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Marco Wense

O PMDB não vai apoiar em Azevedo e, muito menos, Geraldo.

O assunto mais enigmático da sucessão do prefeito Azevedo é, sem dúvida, o que envolve o PCdoB, PMDB e o PT, com Davidson Magalhães, Geddel Vieira Lima e Geraldo Simões.
Cito Davidson, deixando de lado Luís Sena e Wenceslau Júnior, também prefeituráveis pela legenda comunista, porque é o nome da preferência não só de Geddel como de Lúcio Vieira, presidente estadual do PMDB.
Não sei a opinião do médico Renato Costa sobre os três pré-candidatos do PCdoB. A impressão que fica é que Renato, que preside o diretório local, evita falar sobre a “disputa”.
A possibilidade do PMDB apoiar o vereador Wenceslau é muito pequena. Em relação a Sena, é quase nula.  Os senistas, obviamente os mais lúcidos, sabem que não existe sequer resquício de esperança.
Davidson é considerado o mais preparado. O que pode deslanchar durante a campanha. Sobre Sena, pesa o fato de ter sido o vice da petista Juçara Feitosa na última sucessão municipal.
Difícil mesmo é o peemedebismo se coligar com o PT, com o ex-ministro Geddel de mãos dadas com Geraldo Simões, tendo as companhias dos ex-prefeitos Ubaldo Dantas e Fernando Gomes.
Na bela festa de aniversário de 30 anos do jornal Agora, Geddel disse ao jornalista Paulo Lima que o PMDB não vai apoiar “nem Azevedo e, muito menos, Geraldo Simões”.
Em termos percentuais, diria que uma coligação PCdoB-PMDB, com Davidson Magalhães encabeçando a chapa, tem 50% para acontecer. Uma candidatura própria com Ubaldo Dantas, 30%. Com o vereador Wenceslau ou Sena, 15%.
Como o processo é político, e os próprios políticos costumam dizer que na política tudo é possível, os 5% restantes ficam por conta de um palanque com Geddel, Geraldo Simões, Renato Costa, Ubaldo Dantas e Fernando Gomes.
Os apupos, em decorrência da estranha e inusitada aliança, serão inevitáveis. Desta vez, Geddel pode ficar tranquilo: as vaias serão democraticamente distribuídas.
A VEZ DOS MÚSICOS

Kocó é pré-candidato.

A candidatura a vereador do conhecidíssimo Kokó do Lordão, pelo Partido dos Trabalhadores, pode incentivar a entrada de outros músicos na política.
O mesmo aconteceu com os militares. Temos hoje, democraticamente eleitos, uma enxurrada deles na vida pública: Capitão Azevedo (prefeito de Itabuna) e o coronel Santana (deputado estadual) são dois exemplos do sul da Bahia.
Sem falar no ex-deputado Capitão Fábio Santana e no major Serpa, convidado a se filiar no PSB para ser o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Geraldo Simões (PT).
A previsão de votos para Kokó é de mais de dois mil. Como o PT caminha para eleger dois vereadores, o ceplaqueano Emanoel Acilino pode sobrar. A outra vaga seria de Vane do Renascer (reeleição).
Marco Wense é articulista da Contudo.
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Ricardo Ribeiro | ricardoribeiro@pimentanamuqueca.com.br
 

Receio dizer que sou contra o projeto de lei estadual 19.203, da deputada Luiza Maia (PT).

 
Já escrevi alguns artigos contra a baixaria generalizada, que intoxica ouvidos voluntários e involuntários na Bahia. Chamam de música, mas não passa de lixo irreciclável, produto sem classificação, feito para quem diz querer curtir apenas o ritmo, sem se importar com a letra, como explica uma adepta enquanto desce até o chão.
Tenho ojeriza a esse detrito cultural que domina há alguns anos o carnaval da Bahia e é tocado em bares, micaretas, festa de largo, quermesse e até em aniversário de criança. É de pasmar ver menininhas inocentes a destrinchar coreografias obscenas, ao som de “Foge, foge, Mulher Maravilha”, “Só as cachorras” ou outra porcaria aviltante do mesmo naipe.
A deputada estadual Luiza Maia (PT), autora de projeto de lei que propõe a vedação de recursos públicos para o patrocínio de eventos onde se promove o culto à baixaria,  já falou que não quer censura. Ela não perdeu a chance de avisar que também é pagodeira, mas pouco adianta. Certamente, a turma acha atrasado e reacionário esse povo metido a besta para quem música de duplo sentido era, no máximo, um “Pagode Russo” (aquela que dizia que “na dança do cossaco, não fica cossaco fora”). Daquela brincadeira maliciosa do velho Lua, a coisa degringolou e não dá para chamar de arte ou qualquer coisa semelhante as melodias pobres que se conjugam com um fraseado chulo, apelativo e sem inspiração.
Ainda assim, receio dizer que sou contra o projeto de lei estadual 19.203, da deputada Luiza Maia (PT). As intenções da parlamentar podem ser as melhores, mas a iniciativa não dará certo e já começou criando um paredão em defesa da fuleiragem.
Um causídico, com embasamento constitucional, afirma que a proposta da petista se traduz em censura prévia, o que é vedado pela lei maior. Produtores da submúsica também já se levantaram, num alto lá contra a deputada, que corre o risco de virar tema de alguma produção misógina das “criativas” bandas que ela pretende boicotar.
Como se vê, o projeto trouxe o lixo para o centro das atenções e os holofotes podem acabar até fazendo bem para a indústria do detrito cultural. Pior ainda é que a intenção da deputada acabe criando em torno de tais “músicas” uma aura de coisa proibida, estimulando a curiosidade e levando muitos incautos a experimentar a droga.
Ops, o assunto era outro. Ou não?
Ricardo Ribeiro é um dos blogueiros do PIMENTA.

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Gerson Marques | gersonilheus@gmail.com
 

A política real não é a dos bastidores, do acerto por cima ou da rasteira quase certa; ela é feita aqui na cidade, com gente de carne e osso.

 
Estamos na entressafra política, em um ano que não é de eleições e nos permite tempo suficiente para especular. Alguns pré-candidatos, os mais experientes, aproveitam essa época em que as coisas estão assim “meio confusas” para “vender seus peixes” e algumas “ideias mirabolantes”.
Para evitar confusões e permitir a todos entender o jogo, resolvi escrever umas pretensiosas linhas, com opiniões pessoais sobre esse processo. Espero com isso ajudar os candidatos perdidos a encontrar o mapa do caminho.
1. A sucessão de 2012 para prefeito de Ilhéus passa, segundo qualquer analista político, pelo governador Wagner. Seu peso será maior ou menor à medida que as muitas obras previstas para Ilhéus estejam iniciadas ou não, e o apoio de Wagner ainda tem um enorme ganho extra: traz de quebra o apoio de Lula e Dilma.
2. O partido de Wagner é o PT, que, junto com outros partidos, forma a base do governo. O PT de Ilhéus aceitou em janeiro de 2010 a orientação do governador e da direção estadual no sentido de aliar-se ao PSB. Então é fato: PT e PSB são aliados em Ilhéus.
3. Até o momento não houve nenhuma orientação em sentido contrário a esta aliança. O PT estadual, através de Wagner, assim como o PSB da senadora Lídice da Mata, acabaram de reafirmar a aliança durante a última visita do governador à nossa cidade, onde mais uma vez o governador tratou da agenda de obras e ações para Ilhéus com o governo municipal, ampliando e reafirmando compromissos.
4. Sendo esses os dois maiores partidos da base do governador em Ilhéus, é natural que juntos liderem a formação de uma grande frente, capaz de reproduzir a base de sustentação do governador aqui em nossa cidade. Essa frente deverá ter ainda a presença do PCdoB, PRB, PDT, PSD e outros a serem convidados. Dentre eles, sairá o candidato que nos unifique.
5. E o PP? Bem, é claro que o PP também é base do governador e, por isso, cabe nessa frente; mas quem tem de definir seu rumo é o próprio PP. Como no momento a tese do partido é de não conversar com os partidos que estão no governo municipal, isso isola o PP fora da base do governador em Ilhéus, mas essa é uma opção deles.
6. Não existe a menor chance de acerto por cima no PT, como pretende certo candidato. O PT não funciona assim, a base tem muita importância e a opinião do diretório local é que vale. Repito: a opinião do diretório local é que vale, além disso a nossa turma “de cima”, leia-se Wagner, Josias Gomes, Geraldo Simões, Fátima Nunes, Jonas Paulo, Everaldo Anunciação etc., é a mesma que nos indicou o caminho da aliança com o PSB e até agora não “desindicou”, se assim pode ser dito e entendido.
7. A manutenção e ampliação da aliança PT e PSB têm sido amplamente discutidas pelas executivas locais nos últimos dias, e é aceita por praticamente a totalidade do partido. Nossos vereadores são unanimes neste caminho.
8. Este projeto não é contra ninguém, é por Ilhéus, é para viabilizar nosso futuro. Nosso desafio será construir a Ilhéus de amanhã, a aliança PT/PSB está por trás dos grandes projetos que começam a mudar o rumo de nossa história, a segunda ponte para o Pontal, a duplicação da Ilhéus/Itabuna, o novo aeroporto, o porto e a ferrovia Oeste/Leste entre outras. Nos próximos meses estaremos iniciando a preparação da cidade para as comemorações do centenário de Jorge Amado (ano que vem), assim como para a Copa do Mundo (quando poderemos hospedar algumas seleções).
9. A política real não é a dos bastidores, do acerto por cima ou da rasteira quase certa; ela é feita aqui na cidade, com gente de carne e osso. É verdade que existem projetos maiores em nosso partido como, governar a Bahia e o Brasil. É verdade que a política de alianças exige reciprocidade, mas é verdade também que quando um não quer dois não se juntam
10. O mapa do caminho passa pela humildade, confiança mútua e muita vontade de lutar por Ilhéus, por uma Ilhéus mais justa e mais desenvolvida, por uma nova Ilhéus.
Gerson Marques (PT) é diretor de Planejamento Estratégico da Prefeitura de Ilhéus.

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Marco Wense

Essa reação, externada de maneira incisiva, de que o PCdoB não é mais subserviente ao petismo, não quer mais o papel de coadjuvante, agrada também ao PSB e o PP.

As reações de Wenceslau Júnior, presidente do PCdoB de Itabuna, reafirmando candidatura própria na sucessão de 2012, têm provocado uma incontrolável euforia nos democratas (DEM).
Qualquer comentário de que o PCdoB não terá candidato, novamente apoiando o PT, é logo bombardeado pelos três prefeituráveis da legenda: Davidson Magalhães, Sena e Wenceslau.
Um racha na oposição, principalmente entre comunistas e petistas, é “a azeitona que faltava na empada do prefeito Azevedo”, costuma dizer um azevista de carteirinha.
Tem até correligionários com a opinião de que a reeleição de Azevedo depende mais da cisão oposicionista do que da realização de obras na periferia.
Essa reação, externada de maneira incisiva, de que o PCdoB não é mais subserviente ao petismo, não quer mais o papel de coadjuvante, agrada também ao PSB e o PP.
Com o PCdoB longe do PT, a indicação do candidato a vice na chapa encabeçada por Geraldo Simões seria disputada por socialistas e pepistas.  O empresário Roberto Barbosa, que preside o PP local, é um fortíssimo vice-prefeiturável.
O PT de Geraldo Simões não quer nem ouvir falar do médico Edson Dantas e do vereador Ricardo Bacelar como opções do PSB para uma composição na chapa majoritária.
Não é à toa que Ruy Machado, presidente da Câmara de Vereadores, trabalha para levar o colega Gerson Nascimento para o Partido Socialista Brasileiro.
Ruy Machado sabe que a coligação do PSB com o PT é favas contadas. A senadora Lídice da Mata, mandatária-mor do PSB, já decidiu que o partido deve apoiar o ex-prefeito Geraldo Simões.
De olho no segundo mandato, Ruy Machado, mesmo em outro partido, faria de tudo para emplacar o colega Gerson como vice de Geraldo. A contrapartida do edil seria o apoio a sua reeleição.
Para fazer frente ao ambicioso plano do presidente do Legislativo, alguns membros do diretório vão convidar o major Serpa para se filiar ao PSB, se tornando assim um vice-prefeiturável.
Pelo andar da carruagem, parece que o caminho da reconciliação entre petistas e comunistas é cada vez mais difícil. A tábua de salvação do PCdoB é o PMDB.
O PCdoB não pode lançar candidatura própria sem o imprescindível apoio do PMDB, sem o tempo que a legenda dispõe no horário eleitoral destinado aos partidos políticos.
Davidson Magalhães, por exemplo, não pode fazer uma campanha com alguns segundos na telinha. Uma campanha, digamos, enesiana, na base do “meu nome é Davidson”.
Marco Wense é articulista político.

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Manuela Berbert | manuelaberbert@yahoo.com.br

Peguei-me pensando a que ponto nós chegamos, ao observar a população agindo com as próprias mãos.

Noite fria e chuvosa de sábado, 30 de julho, e eu estava tentando escrever alguma coisa sobre o aniversário de Itabuna. Na verdade, já vinha rabiscando desde o início da semana, mas não consegui. Em primeiro lugar, não me senti à vontade para criticar a cidade que vivo justamente nos dias de comemoração pelo seu aniversário. Comparo com alguém que aproveita um evento familiar para “lavar roupa suja” com algum parente, deixando de ser sincero para ser deselegante. Por outro lado, a sua infraestrutura está decadente, e seria hipocrisia vendar os olhos diante de tudo e escrever um texto com votos de felicitações, como já fiz tempos atrás.
Escutei o som de um tiro. Não sei dizer quantos foram, mas o estampido de um tiro é inconfundível. Ao chegar à porta de casa, deparei-me com o fato em si: um ladrão, ao assaltar um estabelecimento comercial próximo, foi contido pela população. Torna-se desnecessário descrever detalhes do assalto ou da forma como o meliante foi pego. Atenho-me, neste momento, ao que me parece ser o grave e considerável problema: somos nós, cidadãos itabunenses e baianos, que estamos cuidando da nossa segurança!
Somos nós que estamos contratando seguranças particulares para as empresas e residências. Somos nós que denunciamos. Somos nós que fiscalizamos. E assim, vivemos acuados, com medo. Peguei-me pensando a que ponto nós chegamos, ao observar a população agindo com as próprias mãos.
É lamentável a atual situação. Estamos desprotegidos, desamparados, abandonados, vulneráveis. Não frequentamos praças e não caminhamos nas avenidas com tranquilidade. São assaltos, agressões e mortes gratuitas. O tema bate recorde nos noticiários e os índices já não nos assustam mais. A segurança pública está gritando, e os governantes fingem não escutar!
Manuela Berbert é jornalista e colunista da Contudo.

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Cláudio Rodrigues | formandus@formandus.com.br
 

Grande parte de nossos impostos vai para os bolsos de gestores corruptos.

 
Há 16 anos uma quadrilha se instalou no Ministério dos Transportes sob as bençãos dos ex-presidentes FHC e Lula. Nesse período, bilhões de reais foram drenados para os bolsos dessa quadrilha, uma facção criminosa que inicialmente usou a sigla PL (Partido Liberal ou Partido dos Ladrões) e depois passou para PR (partido da República ou partido da Roubalheira). Sempre chefiado pelo deputado Valdemar da Costa Neto e pelo ex-ministro e senador Alfredo Nascimento, esse bando não só nos roubou dinheiro, como também o desenvolvimento do Brasil e vidas, milhares de vidas.
Sabemos que boa parte dos acidentes que exterminam seres humanos nas rodovias brasileiras são fruto do péssimo estado de conservação dessas estradas. Para se ter uma ideia, no trecho da BR 101, entre os municípios de Eunápolis e Teixeira de Freitas, no extremo-sul do Estado, o condutor de qualquer veículo, além de habilidade e prudência, precisa contar com a proteção divina. Nesse trecho, o acostamento é dominado por imensos buracos e mato, que está prestes a tomar a pista. As placas de sinalização também estão cobertas pelo mato.
Na mesma rodovia, já em Itabuna, existem buracos capazes de engolir a roda de uma carreta. Nesse ponto da 101, há pouco mais de um ano o Dnit, um dos braços do esquema da ladroagem, fez uma “total recuperação”, mas o asfalto aplicado foi tipo Sonrisal e na primeira chuva derreteu.
O Brasil é formado por pessoas de bem, honestas e que ganham o pão de cada dia com o fruto do suor que escorre do rosto. Pagamos a maior carga tributária do mundo, e não temos os serviços básicos como saúde, educação, transporte público de qualidade e segurança. Grande parte de nossos impostos vai para os bolsos de gestores corruptos. Temos que dar um basta a essa situação, não podemos ver ladrões de colarinho branco se dar bem e achar que é assim mesmo, esperando que um novo escândalo apareça e apague o último.
Hoje ninguém fala mais das traquinagens de Eunice Guerra e seus filhos Metralhas, das consultorias milionárias de Palocci e dos atos secretos de Sarney no Senado, só para ficar nas pilantragens recentes. Vamos juntos criar o Dia Nacional de Mobilização Contra a Corrupção, mobilizar os homens e mulheres de bem dos quatro cantos do País, através dos veículos de comunicação e das redes sociais, para dedicar um dia a protestar e malhar esses políticos ladrões. Colher assinaturas para mudar o Código Penal e alterar a Constituição para acabar com o foro privilegiado dessa gente, mandar para a cadeia esses safados e tomar tudo o que eles nos roubaram.
Um povo que enfrentou as baionetas da Ditadura Militar, que foi às ruas exigir eleições diretas, que se uniu para expulsar um presidente ladrão, não pode ser permissivo com a atual situação que estamos vivendo. Está na hora de dar um basta.
Cláudio Rodrigues é empresário, sócio da Formandus Eventos.

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Ricardo Ribeiro | ricardoribeiro@pimentanamuqueca.com.br
 

O brasileiro, cordeirinho, passivo e anestesiado, vai “levando”.

 
Gostei muito de um texto em que a professora Valéria Ettinger fala sobre solidariedade e, mais que isso, acerca da responsabilidade de cada um de nós com o coletivo. Fala sobre a importância de se sentir parte da estrutura política e ser sujeito ativo, participante, atuante.
Há muito tenho pensado em como os brasileiros se habituaram a uma incompreensível passividade com tudo o que ocorre da porta pra fora. Povo se tornou um ente quase imaginário, o que é público não é de ninguém, que se dane se o lixo está espalhado na rua, se as praças estão mal-cuidadas, se não há espaços de lazer e se roubam aceleradamente no Ministério dos Transportes. Fazer o quê? Paciência!
Esse comportamento chamou atenção de um jornalista estrangeiro, que afirmou não entender como os brasileiros são tão conformados com tanta displicência e roubalheira. Além do conformismo, tem o costume, que é bem pior nesse caso. Por aqui, chegou-se ao ponto de acharem a safadeza dos políticos coisa normal e inerente à atividade deles. Eliminar esse entendimento e forjar uma sociedade que reaja diante do descalabro que a cerca talvez seja o maior desafio desses tempos.
Sonho com o dia em que o brasileiro se entenda como parte e não como vítima de todo esse processo. Que assuma o controle do seu destino e não aceite ou espere algo “de cima”. Cada um pode e deve cumprir o seu papel, pois, como bem diz a professora Valéria, de que é feito o Estado senão de nós mesmos? Quem são os políticos senão aqueles que, entre nós, escolhemos para nos governar e representar?
Somos parte de tudo isso e não meros espectadores de escândalos enxertados entre novelas e que muitas vezes até se confundem com obra de ficção. Falta ao brasileiro fazer o link entre a corrupção noticiada e os serviços públicos precários, a cidade mal-cuidada e os impostos escorchantes camuflados em todos os preços.
Divulgou-se recentemente que o Brasil é um dos países mais caros para se viver. Os aluguéis e diárias de hotel têm valores mais elevados no Rio e em São Paulo do que em Paris e Nova York. Os mesmos carros chegam a custar o dobro no País, tudo por conta de uma carga tributária abusiva, da qual não se vê retorno. O brasileiro, cordeirinho, passivo e anestesiado, vai “levando”.
Ricardo Ribeiro é um dos blogueiros do PIMENTA.
Clique no link abaixo para ler o artigo da professora Valéria Ettinger.
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Marco Wense

O PCdoB não terá mais candidato próprio na sucessão do prefeito Azevedo.

Salvo algum acidente de percurso, o candidato do PT à sucessão municipal de 2012 é o deputado federal Geraldo Simões, ex-prefeito de Itabuna por dois mandatos.
Depois de uma avaliação eminentemente política, ficou a conclusão de que a pré-candidatura de Juçara Feitosa criaria problemas com os partidos da base aliada do governo Wagner.
Com Geraldo Simões, o governador Jaques Wagner vai entrar na campanha de maneira incisiva, principalmente em relação ao apoio das legendas aliadas.
A opção Geraldo Simões, além de por fim na discussão sobre a imposição do nome da ex-primeira dama, freia a intenção do PCdoB de lançar candidatura própria.
Com Geraldo candidato, os “meninos” do PCdoB vão conseguir tudo que desejam: Ciretran, vaga no Parlamento estadual para Wenceslau Júnior e a permanência de Davidson Magalhães na Bahiagás.
Com Geraldo candidato, o vereador Claudevane Leite, o Vane do Renascer, deixa o pesadelo de ser o candidato do PT na sucessão do prefeito Azevedo e vai atrás da sua reeleição.
A candidatura de Geraldo Simões muda todo o cenário eleitoral. Recente pesquisa de intenção de voto aponta Geraldo na frente, em uma posição confortável em relação ao segundo colocado.
Os favoritos na eleição municipal de 2012, sem dúvida o prefeito Azevedo (DEM-reeleição) e o deputado Geraldo Simões (PT), sabem da importância de uma boa coligação no processo sucessório.
O petista corre atrás dos partidos que compõem a base de sustentação política do governo Wagner, principalmente o PCdoB, PSB, PDT e o PP. O demista busca o importante apoio do PSDB, PPS, PR, PV e do PTN.
Pela frente, o PMDB com seu invejável tempo no horário eleitoral. O partido vai ficar com quem? O PMDB de Itabuna é uma democrática mistura de fernandistas, geraldistas, azevistas, ubaldistas e renatistas.
E por falar no PMDB, a legenda ainda conta com a irreverência, conhecimento, sabedoria e a polemicidade dos inquietos Juvenal Maynart e Ruy Correa.
Marco Wense é articulista da Contudo.

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Marco Wense

Quando alguém perguntava a Paulo Souto, então candidato ao Palácio de Ondina, se o prefeito Azevedo iria votar nele, o ex-governador respondia com um “sei lá”.

Agora é ponto final. As interrogações, aspas, reticências sobre o futuro político do prefeito José Nilton Azevedo devem desaparecer.
O chefe do Executivo sabe que não pode mais ficar indeciso, como aconteceu na sucessão estadual, deixando toda a cúpula do DEM irritadíssima.
Quando alguém perguntava a Paulo Souto, então candidato ao Palácio de Ondina, se o prefeito Azevedo iria votar nele, o ex-governador respondia com um “sei lá”.
Azevedo não pode mais vacilar, sob pena de dificultar ainda mais sua pretensão de governar Itabuna pela segunda vez, empatando com o petista Geraldo Simões.
Pelo DEM vai buscar sua reeleição ou o fracasso eleitoral. Não pode prescindir de uma coordenação política tendo na linha de frente Maria Alice, presidente do Partido do Democratas.
Maria Alice, merecidamente mantida no comando do DEM, já deu provas suficientes de que sua ligação política com o ex-prefeito Fernando Gomes, hoje no PMDB, é coisa do passado

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Giorlando Lima | Blog de Giorlando

Redes sociais funcionam hoje, mas não são a razão nem a arma da revolta.

Sempre houve reações populares de protesto, revoltas. Acalentadas em reuniões secretas, conclamadas por bilhetes e boca-a-boca sussurrantes. Sem Twitter e Facebook os estudantes sacudiram a França em 68, governos já caíram em todo mundo e caras-pintadas derrubaram um presidente no Brasil.
As panelas já falaram no lugar das redes sociais, bem como os recados dados nos bordéis e os cochichos no açougueiro e nas feiras-livres. Redes sociais funcionam hoje, mas não são a razão nem a arma da revolta.
Concedamos que agora a divulgação para o mundo é mais rápida e mais livre. Isso reacende estopins, incita, estimula, emula, mas não cria o sentimento, não inicia a manifestação, não lota a praça.
O que lota é amplitude da dor, a proximidade do sofrimento, o avizinhamento da esperança, os gritos que chegam pela janela e reverberam por todos os cômodos e chamam para a rua.
Isso se daria, no momento e na circunstância histórica inevitáveis, ainda que scraps, tweets e posts voassem presos às pernas de pombos-correio ou viajassem em garrafas de náufragos.
Prefiro menos teoria. Mas, aceito estar errado e espero mudar de opinião quando as “redes” levantarem Cuba ou puderem fazer nossos políticos votarem um mínimo mais decente ou barrar Belo Monte, por exemplo. Ou isso só funciona na direção da direita?
Giorlando Lima é jornalista, publicitário e se amarra em Twitter e Facebook.