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Marival Guedes | marivalguedes@yahoo.com.br

O antigo Diário de Pernambuco já pertenceu ao poderoso grupo Diários Associados, comandado por Assis Chateaubriand. Um filho do velho Chatô assumiu a direção do jornal que tinha muitos funcionários antigos. Para não demiti-los, por causa das altas indenizações, arranjou funções mais leves pra eles.

Para o gráfico Anísio, um negro alto e forte, colocaram uma mesa e uma cadeira na porta da sala do diretor Albuquerque  (que contou este caso ao jornalista Ramiro Aquino) para fazer triagem entre as pessoas que pretendiam falar com o administrador.

Um dia Chateaubriand foi à sala de Albuquerque e flagrou Anísio debruçado sobre a mesa, dormindo. Entrou enfurecido na sala e determinou ao diretor: “dê-lhe uma advertência verbal, na reincidência uma reprimenda por escrito e, na terceira, ponha-o no olho da rua.”

Albuquerque, experiente administrador e velho amigo de Anísio, argumentou: “veja, bem chefe, o homem tem 46 anos de casa e a indenização não vai ser pouca coisa…”. Chatô refletiu: “É, neste caso, vamos pisar macio pra não acordá-lo.”

O CHATÔ DA REGIÃO

Quando li Chatô,o rei do Brasil, o também controvertido Manuel Leal dono do jornal A Região, assassinado em 14 de janeiro de 1998, estava vivo. Na legislatura 1997/2000, os vereadores Hamilton Gomes e Carlito do Sarinha se desentenderam. O primeiro era agressivo e treinava boxe em sacos de areia. Já o segundo, magro igual um faquir. Hamilton decidiu terminar a discussão desferindo um soco em Carlito.

Na edição seguinte, o jornal A Região publicou que Carlito havia aplicado uma surra em Hamilton. Teve até charge.

Hamilton foi “tirar satisfações” com Manuel Leal. A resposta de Leal foi bem ao estilo Chatô: “Hamilton, no meu jornal amigo meu não apanha, só bate.”

ENTREVISTA

Certa vez fui entrevistar Leal. Quando entrei na sala, o cumprimentei: “bom dia, Mau-nuel”. E ele, no ato: “bom dia, Mau-rival”. Transcrevo um trecho da entrevista:

Leal você faz imprensa marron?

– Não, meu jornal é vermelho magenta.

Mas você costuma atacar as pessoas…

– Quem não quiser ser denunciado, ande direito.

São vários os comentários que você faz jornalismo apenas por dinheiro.

– O jornal tem custos.

Mas jornal não é armazém de secos e molhados.

– Mas no final do mês os jornalistas querem dinheiro. Principalmente os comunistas, estes são os mais exigentes.

Marival Guedes é jornalista e escreve no PIMENTA às sextas-feiras.

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Ricardo Ribeiro | ricardoribeiro@pimentanamuqueca.com.br

É de pasmar a nota distribuída à imprensa, nesta quarta-feira, pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Itabuna. No texto, a entidade comemora como uma grande vitória o anúncio do pagamento dos salários de dezembro aos funcionários do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães. Isso em pleno dia 19 de janeiro!

Lamentável que os funcionários do Base já tenham chegado a uma situação na qual, após o vexame de ver seus salários atrasados por quase um mês, ainda têm que festejar a satisfação tardia como uma coisa grandiosa. Claro, certamente poderia ser pior, e considerando quem governa Itabuna hoje, é aconselhável estar preparado para tudo.

Nesta quinta-feira, dia 20, uma manifestação ocupa a principal avenida de Itabuna, a Cinquentenário, pedindo a estadualização do Base. A instituição convive com a esdrúxula circunstância de ser um hospital de perfil regional, porém vinculado ao município. Tem necessidades superiores à disponibilidade de recursos, o que gera ineficiência (nesse caso, traduza-se por mortes), dívidas cada vez maiores e sucateamento das instalações.

A situação é dramática, mas o prefeito José Nilton Azevedo vai irresponsavelmente empurrando o problema com a barriga. Não soluciona nem propõe alternativas, e ainda repele o debate sobre a estadualização.

Azevedo limitou-se a mudar o gestor, mas até agora não há qualquer sinal de que isso implicará em uma alteração real do quadro. Não basta trocar as peças, se mantiver o modelo de gestão e não atacar as mazelas imorais emperram qualquer iniciativa em benefício do maior hospital do sul da Bahia. O cabide de empregos, usado para agradar e amaciar vereadores, é uma dessas mazelas.

Do novo gestor do Base, Leopoldo dos Anjos, espera-se o anúncio de medidas arrojadas, um plano bem concebido, alguma ação enérgica. Por enquanto, a providência mais “chocante” é uma campanha para arrecadar lençóis.

Ricardo Ribeiro é um dos blogueiros responsáveis pelo Pimenta na Muqueca e editor do Política Etc.

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Paixão Barbosa

À exceção da substituição do secretário de Segurança Pública, César Nunes, não houve maiores surpresas no anúncio dos 15 primeiros nomes que irão compor o primeiro escalão do governo estadual. Para mim, a saída de Nunes tornou-se imperiosa para o governador Jaques Wagner como uma forma de reduzir o desgaste causado pelo insistente crescimento dos números da violência na Bahia.

Trocar o secretário é uma forma de dizer que o governo está preocupado com o assunto e ajuda a construir a imagem de que se pretende realmente reduzir a insegurança que tanto afeta as famílias baianas em todos os seus níveis. Colocar na pasta um novo secretário também é uma maneira de tentar fazer com que César Nunes carregue consigo o desgaste que o setor acumulou nos últimos anos.

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Luiz Conceição | jornalistaluizconceicao@gmail.com

O diretor do Hospital de Base de Itabuna repetiu na TV a cantilena que a cidade ouve desde os tempos do ex-prefeito Fernando Gomes: 101 municípios despejam pacientes naquela unidade, diariamente. Mas se esqueceu convenientemente de dizer que os procedimentos médicos-hospitalares são remunerados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ao contrário do que este discurso mentiroso insiste em afirmar, mas que, efetivamente, a tabela está em desacordo com os custos.

Os problemas do hospital são decorrentes da má gestão e do cabide de emprego em que se transformou desde a época de inauguração. Aliás, desde sua inauguração pela empreiteira que o concebeu e construiu com recursos do Governo Federal, via Orçamento Geral da União, o Base é um poço onde somem recursos públicos e disso ninguém tem dúvidas.

O político que o patrocinou só pensou nos seus interesses eleitorais e em quebrar o bom serviço prestado pela Santa Casa de Misericórdia de Itabuna. Nem os seus aliados médicos de então se preocuparam com o caos em que os serviços de saúde imergiriam pela gula das AIHs com o inevitável fechamento dos hospitais Santa Maria Goretti e São Lucas, que complementavam a oferta de leitos hospitalares aos cidadãos de Itabuna e região.

Atualmente, todos pagamos por tamanha irresponsabilidade. Administrador é administrador, médico é médico, vaqueiro é vaqueiro. Como diz o adágio popular, cada macaco no seu galho, xô xuá…

Portanto, em vez de fazer campanha para angarirar lençóis dos cidadãos para o Hospital de Base, os administradores municipais da saúde deveriam tomar vergonha e fazer diagnóstico para adequar pessoal e equipamentos para que a unidade preste serviços aos cidadãos e contribuintes que não suportam mais tantos desmandos e má gestão do patrimônio que é nosso. Chega da amadorismo!!

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Durante o século XX, o Sul da Bahia conviveu, numa espécie de montanha-russa, com as delícias e as agruras da monocultura. Como em nenhuma outra parte do planeta, o cacau encontrou aqui o solo fértil para brotar com uma qualidade inigualável, gerando muita riqueza e relativo desenvolvimento.

Apesar das crises cíclicas, duas delas terríveis, que originaram a criação do Instituto de Cacau da Bahia e depois da Ceplac, ambos destinadas a promover a recuperação de uma lavoura momentaneamente em frangalhos, o cacau foi suficiente não apenas para manter o Sul da Bahia com a mais próspera região do estado como, com o ICMS, alavancar o desenvolvimento da região metropolitana de Salvador.

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Gilson se dirigiu ao comandante da PM e pediu maior proteção para o auxiliar. Ele respondeu: “tudo bem, mas Ubaitaba tem que ganhar”. A proposta foi recusada.

Marival Guedes | marivalguedes@yahoo.com.br

A maioria das grandes disputas no futebol é decidida pelos pés dos jogadores ou pelas cabeças dos cartolas? O negócio envolve bilhões de dólares, por isso acredito na segunda opção. São várias as denúncias sobre as trapaças, algumas ficam apenas na especulação. Outras, comprovadas.

É o caso da Coreia do Sul, beneficiada escancaradamente pelas arbitragens em 2002; a água com tranquilizante que os argentinos deram ao lateral Branco em 90; e o gol com a mão do deus Maradona contra a Inglaterra, jogada que levou os argentinos para a final contra a Alemanha quando conquistou a Copa de 86.

Um dos maiores escândalos aconteceu em 1978, quando o Peru “abriu a guarda” e os argentinos enfiaram 6×0 desclassificando a invicta seleção brasileira pelo saldo de gols. A Argentina seguiu e conquistou sua primeira copa.

Mas o Brasil também já se beneficiou. Na copa de 62 no Chile, na semifinal contra os “donos da casa”, Garrincha se envolveu numa confusão e foi expulso. O Brasil venceu o jogo e um julgamento no dia seguinte decidiria se o craque jogaria na final. O Brasil já estava sem Pelé, que havia se machucado.

Na hora do julgamento o bandeira uruguaio Esteban Marino, responsável pela expulsão do jogador, desapareceu. Sem a testemunha, Garrincha foi absolvido e participou da final contra a Tchecoslováquia quando o Brasil venceu por 3×1.

A transação foi intermediada pelo árbitro brasileiro João Etzel que prometeu 15 mil dólares para o auxiliar não comparecer. Esteban confirma a história, mas diz que chegaram às suas mãos apenas cinco mil dólares.

Aqui no sul da Bahia, no Intermunicipal de 90, o árbitro da Federação Baiana de Futebol (FBF) e radialista Gilson Alves apitava Ubaitaba x Ipiaú. No momento em que o bandeira marcou um impedimento da seleção anfitriã, um grupo de torcedores começou a atirar paus, pedras e, quando acabaram estas armas, jogaram até os sapatos.

Gilson se dirigiu ao comandante da PM e pediu maior proteção para o auxiliar. Ele respondeu: “tudo bem, mas Ubaitaba tem que ganhar”. A proposta foi recusada. No entanto não houve maiores problemas porque  Ubaitaba venceu por 1×0. Honestamente, enfatiza o árbitro.

Outro fato mais escandaloso beirou o surrealismo. Gilson apitava Itaberaba x Irecê. A seleção de Itaberaba, que perdia por 1×0, chutou, o goleiro defendeu a dois palmos da linha das traves e o árbitro, que estava junto do lance, ordenou o tiro de meta.

O jogo prosseguiu normalmente, porém os torcedores começam a gritar:  “seu juiz, olha o bandeira”. Parece piada, nunca antes na história do futebol deste país ouvi falar de tal absurdo. Quando Gilson Alves se aproximou, o auxiliar com a bandeira levantada, na maior cara de pau falou: “bote a bola no centro que foi gol”. O árbitro não acreditou no que ouvia. O bandeira reafirmou com muita convicção: foi gol que eu vi.

Junto do alambrado, atrás do bandeira ladrão, vários torcedores ameaçavam o juiz com paus e pedras. Transtornado, Gilson marcou e colocou a bola no centro do gramado. Porém, chamou o capitão do Irecê e explicou que na súmula anularia o gol. Irecê venceu por 3×1.

Encerro com uma frase de Maradona em 2002 sobre o, então, presidente da FIFA: “O site de Joao Havelange se chamará ladrão.com”.

Marival Guedes é jornalista e escreve às sextas no PIMENTA.

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Do Política Etc:

Que governo é esse do Capitão Azevedo, que parece ser de todo mundo e ao mesmo tempo de ninguém? Nesses últimos dois anos e pouco, a Prefeitura de Itabuna transformou-se em verdadeira “Casa de Noca”, onde um prefeito-fantoche acha que governar é proferir chavões e desfilar pela cidade como se tudo estivesse às mil maravilhas.

Azevedo é um militar que desconhece princípios elementares de hierarquia. Não comanda e é adepto do “deixa como está pra ver como é que fica”. Governante sem atitude e sem pulso, que não delega o poder como meio de administrar, mas permite que a gestão seja loteada por pura incompetência.

Sem querer desmerecer a secretária particular, uma funcionária de carreira da administração municipal, mas é inconcebível que a servidora responsável por atividades secundárias tenha acumulado um poder que faz dela uma das figuras mais respeitadas (e temidas) no governo local. Perante ela, ocupantes do primeiro escalão tremem, encolhem, baixam a cabeça, por saber que estão diante de quem realmente manda e desmanda.

O prefeito, que tem mil preocupações antes daquelas que resultam do voto popular, vai deixando o barco correr. Enquanto isso, finge que governa e atribui as debilidades de sua gestão acéfala a traidores reais e imaginários, aos petistas e à vilã da novela das oito. Seria de grande proveito se fizesse uma auto-análise, pois assim descobriria onde está o verdadeiro problema.

Também seria de grande valia para Azevedo observar os fluxos de poder paralelo que vêm se formando ao longo de sua gestão. No núcleo duro do governo surgiu um enorme e purulento furúnculo e é preciso remover o carnegão para recuperar a área atingida. A operação dói um pouco e exige coragem.

Será que o prefeito tem?

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Quando os dirigentes do Itabuna chegaram, um funcionário da FBF perguntou se ganharia uma cervejinha caso beneficiasse a equipe na hora do sorteio.

Marival Guedes | marivalguedes@yahoo.com.br

No futebol são várias as denúncias envolvendo trapaças, algumas sofisticadas, outras mais simples. Na Copa de 90, na Itália, a atriz Sophia Loren pegou uma bolinha que colocou os Estados Unidos no grupo da seleção dos “donos da casa”.

Maradona, que nunca teve “freio na língua”, disparou que houve fraude para que os italianos não enfrentassem a seleção favorita, a Argentina, claro. Segundo Diego, a atriz teve os anéis magnetizados e pegou uma bolinha, no globo, também magnetizada. Na final, se enfrentaram Argentina e Alemanha. A seleção europeia venceu por 1×0 na cobrança de um pênalti que para a maioria não houve.

Da Europa para a Bahia- No início da década 60 as seleções de Itabuna e Ilhéus iriam novamente se enfrentar no Campeonato Intermunicipal em dois jogos. As equipes queriam jogar primeiro no campo adversário para, a depender do resultado, ganhar de qualquer jeito “dentro de casa”. Era o maior clássico do interior Baiano.

A decisão foi tomada num sorteio na sede da Federação Baiana de Futebol (FBF), em Salvador. Quando os dirigentes do Itabuna chegaram, um funcionário da FBF perguntou se ganharia uma cervejinha caso beneficiasse a equipe na hora do sorteio. E adiantou que o esquema seria infalível. Pragmáticos, os dirigentes do Itabuna imediatamente aceitaram a proposta.

No momento do sorteio, o presidente da federação, em tom solene, pediu para o funcionário mais velho (e mais atrapalhado, aquele da proposta) pegar uma taça conquistada por um time. No recipiente, foram colocadas duas bolinhas de bingo, uma número 1 e outra, o 2. O servidor meteu a mão na taça e tirou uma bolinha. Não teve erro, ganhou o Itabuna.

Depois do trabalho, o pagamento. Os dirigentes levaram o colaborador pra  jantar em um restaurante no Largo Dois de Julho. Na comemoração um curioso  integrante da equipe itabunense não se conteve e perguntou como funciona o esquema.

O atencioso servidor explicou que é muito simples, antes do sorteio coloca-se uma bolinha no congelador. E se dispôs a continuar prestando seus “nobres serviços”

Quanto aos resultados dos jogos, no primeiro Ilhéus venceu o Itabuna por 3×0. Mas quando chegou em Itabuna foi derrotado por 4×0. Não sei se houve atrapalhadas também nestes dois jogos.

Marival Guedes é jornalista e escreve no PIMENTA às sextas.

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Ricardo Ribeiro | ricardoribeiro@pimentanamuqueca.com.br

Ouvia hoje uma moça que estudou a carreira de Nara Leão e montou um espetáculo sobre a intérprete. Já passei em bares do Rio Vermelho onde jovens se divertiam ao som de um belo chorinho. Música de qualidade, brasileiríssima, fiel às nossas raízes, mas um oásis em meio à baixaria que ainda não reina, mas tumultua.

No Natal, percebi o “rei” Roberto Carlos um tanto incomodado, sem graça diante da apresentação do convidado Exaltasamba em seu especial de fim de ano. A banda, sem a menor reverência à Sua Majestade, entoou a apelativa música que chama a uma “fugidinha”. Era para ser um dueto, mas Roberto não cantou, apenas corou.

Não serve de consolo, mas a fuleiragem não é monopólio baiano. Está no funk carioca e nas músicas americanas que agridem os ouvidos e o ser humano, fazendo imerecido sucesso junto a pessoas que não se dispõem a refletir sobre o que ouvem. A música não é de pobre, como insinuou um defensor do estilo, mas serve para estigmatizar, humilhar, diminuir, ridicularizar e achincalhar exatamente o pobre.

Só ouve esse tipo de lixo quem ainda não teve acesso à boa música, aquela que faz bem ao espírito, que alegra e garante a festa, porém com criatividade, sutileza, inteligência. Mas nunca é tarde para procurar saber o que é bom, abandonando essas coisas que dizem ser de duplo sentido, mas não têm sentido algum.

Por isso tive grande satisfação ao ler o artigo de Daniel Thame publicado no PIMENTA (confira). Até porque, assim como o amigo, este escriba também foi submetido a uma tortura mental ao tentar passar alguns dias em confraternização familiar em um condomínio praiano na zona norte de Ilhéus. Acabei adoecendo e tenho certeza de que os sintomas da virose foram agravados pelo repertório que tocava na rua e em casas vizinhas, a um volume tão indecoroso quanto as letras das porcarias.

Estou plenamente convencido de que esse lixo, além de incomodar, também faz mal à saúde.

Ricardo Ribeiro é um dos blogueiros do PIMENTA e também escreve no Política Etc.

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Blog do jornalista Paixão Barbosa:

Caso não fosse evangélico, seria bom o prefeito João Henrique (ainda no PMDB) ir procurar urgentemente alguém que lhe ministrasse um banho de folhas ou lhe desse alguns passes para afastar a energia negativa que enche de nuvens a área da Praça Municipal de Salvador. Ao agir de surpresa e promover uma mudança gigantesca nos quadros do seu secretariado, ele tentou mudar o quadro negativo dos últimos meses e dar uma guinada em direção a ares mais saudáveis para sua imagem e popularidade.

Porém, revelando a improvisação que parece ter cercado todo o pacote, o prefeito recebeu, de imediato, a negativa do nome que havia escolhido para a Secretaria da Fazenda e teve que indicar outro, às pressas. Também teve que fazer ajustes em outras posições antes anunciadas como fechadas. E, nesta quarta-feira, mais dois golpes: a recusa do vereador Téo Sena de ser líder da bancada governista e a renúncia do vereador Alfredo Mangueira ao posto de chefe da Casa Civil da Prefeitura.

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Daniel Thame | www.danielthame.blogspot.com

Estava eu curtindo a virada de ano no paraíso que é a Península de Maraú, quando resolvi comprar umas latinhas de cerveja num mercadinho de Saquaíra.

Ao passar em frente a um bar, tive mais uma vez a confirmação de que a musica baiana, que já nos deu João Gilberto, Caetano Veloso, Dorival Caymmi e Gilberto Gil e hoje nos brinda com Psirico, Parangolé e É o Tchan (sim, eles estão vivos!) é imbatível no quesito baixaria.

Quem acha que a tal “mainha, eu tô com um pepino, meu pepino é muito grande, você tem que resolver” (hit edipiano do momento) era o fundo do poço, ainda não ouviu o que eu ouvi. Mas vai ouvir, porque o lixo se alastra mais do que o mosquito da dengue…

Trata-se de uma música (?) em que a letra (?) diz mais ou menos o seguinte:

A moça trabalhava numa loja chamada B… (digamos que era uma loja de bolsas, para que se chegue mais facilmente ao nome em questão), sem carteira assinada. Quando perdeu o emprego e foi reclamar os direitos trabalhistas, o patrão fez graça:

-Mostre a sua moral, bote a B… no pau.
A rima já é medonha, mas tem mais. O refrão da música, repetido à exaustão, é

-Bote a B… no pau, bote a B… no pau, bote a B…no pau…

Enfim, o axé, o arrocha e seus derivativos são coisa de quem tem dois neurônios, sendo que um está permanentemente de férias e outro se encontra em sono profundo.

Em tempo: caso a moça resolva mesmo botar a B… no pau, do jeito que alguns juízes do trabalho produzem aquilo com que os bebês alimentam a indústria de fraldas descartáveis, vai acabar é tomando…

Melhor parar por aqui, antes que saia inspiração involuntária para outra música do gênero.

Daniel Thame é jornalista, blogueiro e autor de Vassoura.

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Rosivaldo Pinheiro | rpmvida@yahoo.com.br

Celebramos a chegada de 2011. No ano que passou, tivemos alegrias, tristezas, frustrações, decepções, derrotas e vitórias. Perdemos algum amigo ou parente, mas também comemoramos a chegada de algum recém-nascido. Todos esses sentimentos estão diretamente ligados ao ciclo da vida humana e até mesmo a morte faz parte desse contexto.

Caberá a cada um de nós entendermos a ação da mão de Deus e valorizar aquilo que nos fará fortes e vencedores ou, simplesmente, caracterizar aqueles que se comportarão como derrotados e invocarão sempre as mazelas e dores acumuladas ao longo dessa caminhada.

A oportunidade é para agradecermos as conquistas. Para rever atitudes, corrigir rumos, planejar novos objetivos, fixar metas e traçar estratégias. É preciso ser firme e entender que a diferença entre vencedores e vencidos estará sempre na forma com que cada pessoa enfrenta os desafios cotidianos.

Não devemos encontrar culpados para os nossos problemas, mas entender que todos nós somos responsáveis por tudo que nos acontece e que só com o exercício da humildade e do perdão conseguiremos evoluir enquanto ser humano.

Que o ano de 2011 permita que vençamos as adversidades encontradas no caminho. Que possamos valorizar e respeitar a vida e adotar sempre postura de lucidez diante das contrariedades. Sejamos autores da nossa história e não vítimas dela. Procuremos entender os outros além do que é superficial.

Sejamos felizes e conscientes de que o indivíduo só é importante quando transcende a posição de ser isolado e passa a fazer parte, de modo efetivo e participativo, da sua comunidade.

Adeus ano velho e Feliz ano novo!

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Daniel Thame | danielthame@hotmail.com
Inicio da década de 90. A pretexto de inaugurar novas salas de aula numa escola da rede estadual, Antonio Carlos Magalhães, o todo poderoso governador da Bahia, fez um ato público na praça Adami, centro de Itabuna.
Era só pretexto mesmo. O que ACM fez foi desancar, com a verborragia habitual, seu ex-aliado Manuel Leal, dono do jornal A Região, que lhe fazia ferrenha oposição.
Embora fosse à época o jornal de maior circulação no Sul da Bahia, A Região era tratada, bem ao estilo ACM, sem pão nem água pelo Governo do Estado. Publicidade zero.
Mas o caudilho queria mais. Depois de atacar Leal, que assistia tudo da sede do jornal, bem ao lado da praça, ACM falou sem rodeios:
-Quem for meu aliado, meu amigo, não anuncia nesse jornal de merda…
Clique aqui para ler o texto completo.

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Ricardo Ribeiro | ricardoribeiro@pimentanamuqueca.com.br
Fim de ano é momento propício à renovação de projetos e construção de novas aspirações. É nesse embalo que meu coração bate nesse ocaso de 2010, com um otimismo que felizmente sobrevive às intempéries.
Temos visto, seguidamente, esperanças se transformarem em frustrações. Mesmo que alguns de nossos heróis tenham morrido de overdose e ainda haja tantos inimigos no poder, sinto uma incrível necessidade de acreditar. É como se fosse uma vacina, um remédio, um elixir ou simplesmente uma tática para não desesperar jamais. Simplesmente, vejo apenas vantagens no pensar positivo, em apostar no sorriso franco e no abraço caloroso, no ouvir bastante e falar com cautela, no propor em vez de reclamar.
Torço para que, em 2011, todos possamos assumir uma atitude de cooperação. Que tenhamos a capacidade de nos colocar no lugar do outro, entendê-lo como ser humano e somente cobrar na medida em que aceitamos ser cobrados, sem exigir nada além disso.
Proponho um ano novo em que deixemos de esperar pelas soluções que nunca vêm e comecemos a participar com disposição e sinceridade da vida política e comunitária. Logicamente, sem esquecer da família, que é onde tudo começa… Para o bem e para o mal.
Não nos iludamos. Os novos eleitos não serão salvadores da pátria, não farão milagres e, se muito, cumprirão uns 10% do que prometeram. Portanto, você tem duas alternativas: ou fica 90% frustrado ou vai em busca do que é seu de direito. Eu vou.
Feliz Ano Novo!
Ricardo Ribeiro é um dos blogueiros do PIMENTA e também escreve no Política Etc.

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Marival Guedes | marivalguedes@yahoo.com.br
Você já foi barrado alguma vez ? Qual foi sua reação?Algumas pessoas aceitam, ou resolvem o problema com tranquilidade, outras nem tanto.
O jornalista Ramiro Aquino, há alguns dias, foi barrado num evento. Educadamente explicou à pessoa da portaria que era o responsável pelo cerimonial, mas advertiu: “se eu for pra casa, não volto.” Recebeu autorização.
Luiz Melodia foi barrado num caruru organizado por ele. Já o músico Luiz Caldas foi proibido entrar num avião em Ilhéus por que estava descalço, hábito que não sei ainda se preserva. Outra companhia aérea o convidou para o embarque.
Na TV Cabrália, um episódio inesquecível envolveu o então prefeito Fernando Gomes, que tentou entrar sem cumprir as regras da emissora. O porteiro, Diógenes, argumentou, fazendo um comparativo: “Waldir Pires que é Waldir Pires entregou um documento e recebeu o crachá, porque o senhor não pode fazer a mesma coisa?
A frase soou como uma bofetada na cara do prefeito, que reagiu aos berros e xingamentos: “porra de Waldi Pire, carai de Waldir Pire!”. Saiu resmungando, entrou no carro e foi embora. Dia seguinte, adulado pelo departamento comercial da TV, aceitou retornar impondo a condição de não encontrar aquele “porteirinho ousado”.
Minutos antes da chegada do prefeito, Diógenes foi afastado da portaria e, quando FG foi embora, reassumiu o posto parabenizado com entusiasmo pelos colegas de trabalho.
Barrados no ministério – Neste mês a pretensa participação de muitos políticos no ministério do governo Dilma foi barrada. Recebi mensagem informando que o deputado Geraldo Simões estava cotado para ser o ministro do Desenvolvimento Agrário. Em anexo, uma reportagem citava o nome dele e de outros políticos que poderiam assumir o MDA.
No último dia 22, a presidente eleita confirmou o nome do ex-titular da Sedur (Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia), deputado eleito Afonso Florence , para o cargo. Afonso, ligado ao senador eleito Walter Pinheiro, “é um político sério”. Esta é a avaliação dos mais variados grupos, adjetivo raramente empregado nesta área. O nome dele não constava na reportagem.
O fato me fez lembrar uma história sobre a eleição de Tancredo Neves. Alguns jornais afirmavam que determinado político assumiria um ministério. Obviamente que as notas foram plantadas pelo interessado que, depois da “armação”, procurou o presidente e explicou o delicado problema, já que era comentário geral sua ascensão ao cargo. A velha raposa mineira Tancredo apontou a saída honrosa: “diga que eu lhe convidei e você não aceitou”.
Marival Guedes é jornalista.