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marcowenseMarco Wense

“Não sofra calada à desresponsabilização do Legislativo e do Judiciário no aumento das despesas. Vete os gastos propostos de quase R$ 80 bilhões nos próximos três anos, que nas últimas semanas foram postos no seu caminho. E vá à televisão mostrar à sociedade, com clareza, que, para desgastá-la, alguns oportunistas recusam os caminhos institucionais e ensaiam jogar o Brasil no caos financeiro”.

Se Delfim Neto, economista e ex-ministro da Fazenda, não quer dar nome aos bois, a modesta Coluna Wense diz que Eduardo Cunha, Renan Calheiros e Aécio Neves, respectivamente presidente da Câmara dos Deputados, do Senado e ex-presidenciável, são os “bois” do quanto pior, melhor. São os mosqueteiros do golpismo.

A mais recente “desresponsabilização” é o projeto, já aprovado no Senado, que autoriza criação de mais de 200 municípios. É bom lembrar que a megalomaníaca proposta já foi vetada duas vezes pela presidente Dilma.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Milhares de pessoas se concentraram na lavagem das escadarias da Igreja Matriz (Foto Wagnevilton Ferreira).
Milhares de pessoas se concentraram na lavagem das escadarias da Igreja Matriz (Foto Wagnevilton Ferreira).

Fiéis católicos de Canavieiras encerram nesta terça (14) as homenagens São Boaventura, santo padroeiro do município. Os nativos da Canes sul-baiana completam 300 anos de devoção a São Boaventura em 1718. Ontem (12), milhares de pessoas se uniram em uma mistura de sagrado e profano na procissão e lavagem das escadarias da Igreja Matriz.

O cortejo teve início às 11h30min, saindo da praça Maçônica, percorrendo a avenida Octávio Mangabeira (rua 13) até chegar à praça São Boaventura, onde está localizada a Igreja Matriz. O percurso foi animado pela Banda Selva Branca, no trio elétrico Atrevido, acompanhada de blocos, grupos de baianas, caboclos, capoeira, charangas e fanfarra.

Ao chegar na praça São Boaventura, o cortejo deu lugar ao comando das baianas e grupos de candomblé, que lavaram a escadaria da Igreja de São Boaventura e aspergem água de cheiro na cabeça das pessoas, num cerimonial que simboliza a purificação da vida. Esse simbolismo contagia a todos, que buscam a proteção do Santo e da entidades que representam o sincretismo das entidades do candomblé.

Prefeito e fiéis participam de lavagem (Foto Walmir Rosário).
Prefeito e fiéis participam de lavagem (Foto Walmir Rosário).
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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

Na verdade, em atos falhos, o senador Aécio Neves, outro inconformado, logo após a convenção tucana declarou que foi “reeleito presidente da República”.

A sugestão do jornalista Ricardo Boechat a Silas Malafaia gerou comentários e paródias nas conversas pessoais e na internet. Nunca antes na história deste país as rolinhas fizeram tanto sucesso. Não sei se o pastor acatou e foi caçar o passarinho. Aproveito pra lembrar outras frases históricas.

Quando Brizola se elegeu governador do Rio de Janeiro, em 1982, o irmão do então presidente-general João Batista Figueiredo, o militar Euclydes Figueiredo, inconformado, disse que o eleito era “um sapo que a gente engole e depois expele”.

Brizola também utilizou o anfíbio, numa comparação, no segundo turno da eleição para presidente em 1989. Ao declarar apoio a Lula, provocou: “Política é a arte de engolir sapo. Não seria fascinante fazer agora a elite brasileira engolir o Lula, este sapo barbudo?”

Com relação à mídia, destaco duas frases, uma bem humorada e criativa, outra raivosa: “Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data.” (Luis Fernando Veríssimo). “A mídia é safada.” (ACM), ao provar do próprio veneno, sobre a cobertura da mídia quando ele fraudou o painel eletrônico do senado.

Voltando à disputa para presidente, a atriz e ex-deputada estadual Ruth Escobar ofereceu jantar ao casal Ruth Cardoso e Fernando Henrique. Na reunião, a anfitriã discursou: “Nesta eleição, temos duas opções, votar em Sartre ou escolher um encanador. ”

Dia seguinte um batalhão de jornalistas foi entrevistar Lula sobre a declaração. “Diga a dona Ruth que uma dona de casa pode viver sem um filósofo, mas não vive sem um encanador”, respondeu o candidato. A atriz pediu desculpas, mas o comentário já estava nos principais veículos.

Recentemente, duas frases fizeram sucesso e, utilizando linguagem dos internautas, viralizaram nas redes sociais. Na verdade, em atos falhos, o senador Aécio Neves, outro inconformado, logo após a convenção tucana declarou que foi “reeleito presidente da República”. Na mesma entrevista, afirmou que o PSDB é o maior partido de oposição ao Brasil.

Marival Guedes é jornalista e escreve crônicas semanais no Pimenta.

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Jackson LessaJackson Lessa | jacksonslessa@hotmail.com

O primeiro passo para fugir do pesadelo é acordar. Caso contrário, teremos que parafrasear Paulinho da Viola e dizer “Rio Cachoeira, foi um rio que passou em nossas vidas”.

Estamos diante de um problema sem precedentes na cidade de Itabuna, a morte de um rio. É um pesadelo prestes a se tornar realidade, também tornando inquestionável a urgência em enfrentar esse problema. Essa crise não se limita ao aspecto natural, envolve também a história e cultura do município. Enfrentar a crise é olhar para o futuro. Precisamos trazer o tema para o centro do debate, seria o ponto de partida para um verdadeiro programa de salvação do Cachoeira.

É necessário criar uma agenda local para garantir uma gestão racional desse recurso hídrico, um projeto que envolva também os municípios vizinhos. Que estejam incluídos, seus afluentes, mata ciliares, famílias que vivem da pesca, da agricultura e da criação de gado.

O rio desaparecerá se nada for feito. Devemos entender que a intervenção na gestão do rio também tem relação com a luta contra a pobreza e a melhoria das condições econômicas e ambientais da região. Será que temos a capacidade de enfrentar essa crise?

O grande obstáculo para solucionar essa questão é assumir a responsabilidade. As pessoas da cidade reclamam da estética, se incomodam com o mau-cheiro, se lamentam da presença de mosquitos, falam sobre a possibilidade da proliferação de doenças, mas não tomam nenhuma atitude realmente efetiva para “ressuscitar” o rio. Não podemos mais esperar pela ação do poder público, nossos governos, em sucessivas gestões não planejaram nada referente à recuperação do rio e se milagrosamente planejaram erraram na execução. Dessa forma, passa a ser dever dos cidadãos a iniciativa de lutar pela existência de nosso Cachoeira.

Sabemos que há um distanciamento do governo com o povo, o que provoca a redução da participação cidadã e consequentemente um esvaziamento dos processos democráticos. Infelizmente, os partidos políticos não conseguem definir prioridades para o município e muito menos assimilar as manifestações organizadas pela população ou movimentos sociais.

Precisamos da atuação de grupos que ajam de forma paralela ao mundo da política, associações que organizem debates, universidades, escolas, igrejas. É fundamental contar com o apoio de toda a sociedade, porém precisamos informá-la, transferir responsabilidades, democratizar a gestão.

O primeiro passo para fugir do pesadelo é acordar. Caso contrário, teremos que parafrasear Paulinho da Viola e dizer “Rio Cachoeira, foi um rio que passou em nossas vidas”.

Jackson Lessa é professor de Geografia e Atualidades em escolas e cursos pré-vestibulares de Itabuna e região.

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marco wense1Marco Wense

Os principais defensores do impeachment podem ser réus a qualquer momento.

Se existisse outra oposição, diferente dessa protagonizada por tucanos (PSDB) e democratas (DEM), o governo da presidente Dilma Rousseff estaria mais fragilizado, sem força para reagir.

Quando o assunto é a desenfreada cobiça do poder, o PT e o PSDB são a mesma coisa, comportam-se do mesmo jeito. Rezam na cartilha de que o fim justifica os meios. O petismo com o mensalão e o petrolão. O tucanato com os escândalos da reeleição e das privatizações.

Ora, não é a vontade de partidos e de lideranças pregadoras do golpismo, ainda inconformadas com o fracasso nas urnas, que vão respaldar um pedido de impeachment, e sim provas sólidas obtidas pelas instituições.

Os principais defensores do afastamento da presidente Dilma podem ser réus a qualquer momento. O presidente da Câmara dos Deputados, o incendiário Eduardo Cunha, é alvo da Operação Lava Jato.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, já é réu em processo na Justiça Federal de Brasília. O senador é acusado de ter recebido propina da construtora Mendes Junior para apresentar emendas parlamentares que beneficiavam a empreiteira.

Agripino Maia, dirigente-mor do diretório nacional do DEM, coordenador da campanha do candidato Aécio, é acusado de receber propina de R$ 1 milhão para aprovar uma lei que torna obrigatório a inspeção veicular no seu estado, o Rio Grande do Norte.

Como não bastasse, tem o depoimento do doleiro Alberto Youssef dizendo que Aécio Neves pegava mesada de US$ 120 mil. O ex-presidenciável comandava uma das diretorias de Furnas no então governo FHC.

Ainda vem o José Serra defendendo a implantação do parlamentarismo, querendo ser primeiro-ministro, como se o parlamento brasileiro, adepto do toma-lá-dá-cá, estivesse preparado para tal missão.

E, para finalizar, o sincero e corajoso depoimento de Alberto Goldman, vice-presidente do PSDB: “Os tucanos não são capazes de dizer o que fariam se tivessem vencido as eleições presidenciais. Nós não temos um projeto de país”.

Portanto, uma óbvia e inquestionável conclusão: a oposição, desprovida de credibilidade e coerência, não tem moral para acusar ninguém. É o sujo falando do mal lavado, como diria a ex-presidenciável Luciana Genro.

PS – Se a presidente Dilma Rousseff, na condição de ex-presidente da República do Brasil, resolvesse escrever um livro sobre a banda podre do PT, o título seria “Nunca vi nada igual”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

Waldick pegou o microfone e, em vez de cantar, discursou acusando a rádio de ter lhe boicotado. Para comprovar afirmava que até o cantor que ele levou, anunciaram como se fosse violonista. Detalhe, os shows eram transmitidos pela emissora.

Ele gravou mais de 80 discos, gostava de cachaça e assumia que era briguento. Waldick Soriano, baiano de Caetité, curso primário, foi motorista de caminhão, garimpeiro e peão. Casou com uma mulher que antes era prostituta. Ficou viúvo. Reagia quando falavam que suas músicas são bregas: “Brega é cabaré, minhas músicas são românticas.”

Assistiu Durango Kid e, quando saiu do cinema, encomendou roupa igual à do cowboy. Pra completar, comprou óculos escuros, chapéu preto, um cavalo e foi desfilar na praça de Caetité. Vaiado por estudantes, reagiu “jogando” o cavalo em cima deles. Porém, nunca mais abandonou o traje preto.

Reação mais assustadora teve durante Quem tem medo da verdade (TV Record), programa sensacionalista onde artistas eram interrogados e julgados. Quando participou, estavam também Agnaldo Rayol e Ângela Maria. Um padre o acusou de ter “deflorado várias meninas”. Waldick sacou o revólver e “deu um tiro” pra cima. Foi uma correria. As luzes foram apagadas e, quando acenderam, ele foi embora

Uma das suas apresentações em Itabuna foi no Cine Catalunha, no prédio onde funcionava a Rádio Difusora, da mesma família. Dias depois quis retornar. Mas o diretor da emissora, Hercílio Nunes, avaliou que não haveria público por causa do curto período entre o último e o próximo evento.
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O artista não se conformou e propôs pagar o espaço. Já a Difusora, bancaria a publicidade. Negócio fechado. Na hora do show, casa vazia. Revoltado, Waldick pegou o microfone e, em vez de cantar, discursou acusando a rádio de ter lhe boicotado. Para comprovar afirmava que até o cantor que ele levou, anunciaram como se fosse violonista. Detalhe, os shows eram transmitidos pela emissora.

Um vexame. O coordenador da área técnica, Lourival Ferreira, correu desesperado ao estúdio e colocou o som da fanfarra, abertura dos noticiários. Mas o estrago já estava feito. Um grupo, liderado por Hercílio, foi ao cinema e expulsou o artista, que tentou cantar em cima da própria Rural estacionada em frente. Foi novamente impedido e empurrado pra dentro do carro.

Não se deu por vencido. Retornou ao Lord Hotel, onde estava hospedado, e cantou da janela do prédio.

Waldick morreu em setembro de 2008, aos 75 anos, vítima de câncer na próstata.

Encerro solicitando, na humildade, ao diretor deste blog, Davidson Samuel, postagem da belíssima Tortura de Amor. Lembrando que a música foi censurada pela ditadura militar em 1974 por causa da palavra tortura, apesar da composição ser de 1962, dois anos antes do golpe. Parece piada, mas é verdade.

 

— Marival Guedes é jornalista e escreve crônicas semanais no Pimenta.

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dr gustavo2Gustavo Leal de Lucena Tavares

A maioria das pausas respiratórias não é passível de ser observada durante o sono sem o monitoramento adequado feito em um Instituto do Sono

A correria e do stress do dia a dia, associado à alimentação de má qualidade, levando ao sobrepeso e obesidade de grande parcela da população, acabamos desenvolvendo distúrbios que nos impedem de obter uma boa noite de sono.

Os distúrbios mais frequentes são o ronco e a apneia do sono (Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono – Sahos). A Apneia do sono é uma parada na respiração, durante o sono, maior ou igual a 10 segundos. Quanto maior o número de apneias, maior a gravidade do quadro clínico.

Os sintomas mais frequentes da Sahos são sonolência excessiva diurna, fadiga, sensação de sono não reparador, alterações do afeto, humor e comportamento em geral (depressão, ansiedade e irritabilidade) e alterações cognitivas (piora da concentração, atenção e memória).

Quando este quadro se apresenta e não é diagnosticado nem tratado com eficácia, pode resultar em alterações metabólicas no organismo e, consequentemente, em alterações hormonais, obesidade, aumento do colesterol e triglicérides, hipertensão arterial e arritmias cardíacas.

Há, ainda, risco de o paciente sofrer doenças cardiovasculares (infarto, angina) e cerebrovasculares, comparáveis ao risco oferecido pelo tabagismo e obesidade. Inclusive, está claro na medicina atual que o tripé apneia do sono-obesidade-hiperaldosteronismo (um hormônio) dificulta o controle da pressão arterial de muitos indivíduos, levando ao quadro de hipertensão refratária.

Na suspeita do distúrbio do sono, um otorrinolaringologista deve ser consultado, pois a maioria das pausas respiratórias não é passível de ser observada durante o sono sem o monitoramento adequado feito em um Instituto do Sono. Por isso, caso perceba um ou mais dos sintomas correlacionados abaixo, procure um médico especialista o mais breve possível.

1. Você ronca?
2. Engasga ou fica sem ar durante o sono?
3. Alguém lhe disse que você parou de respirar enquanto dormia?
4. O seu peso mudou nos últimos 5 anos?
5. Cochila com facilidade?
6. Sente dificuldade de concentração?
7. Tem tido dificuldade de memória?
8. Tem dores de cabeça pela manhã?
9. Tem se sentido depressivo?
10. Irrita-se com facilidade?
11. Tem tido insônia ultimamente?

Gustavo Leal de Lucena Tavares é medico otorrinolaringologista, cirurgião plástico facial e diretor do Otoclin (Centro Avançado de Otorrinolaringologia e Instituto do Sono).

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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

Para fraudar, a Proconsult computaria os votos brancos e nulos em favor de Moreira Franco (PDS). A Rede Globo preparava o espírito da população. Havia o argumento de que eleitores de Brizola errariam os votos.

Há 11 anos morreu o ex-governador do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, Leonel Brizola (22-01-1922- 21-06-2004). Exilado pelos golpistas militares em 1964, retornou ao Brasil em 1979 e se candidatou a governador do RJ em 82.

O TRE do Rio contratou a Proconsult, empresa dirigida por ex-integrantes do Serviço Nacional de Informações-SNI, para fazer a apuração. O voto era na cédula e a contagem no mapa, mas a totalização era informatizada.

O eleitor escolhia candidatos a governador, senador, deputado federal, estadual, prefeito e vereador. Com um detalhe, os votos tinham que ser em todos os candidatos de um mesmo partido, voto vinculado.

Para fraudar, a Proconsult computaria os votos brancos e nulos em favor de Moreira Franco (PDS). A Rede Globo preparava o espírito da população. Havia o argumento de que eleitores de Brizola errariam os votos.

O PDT montou um esquema de apuração paralela. A Rádio Jornal do Brasil também. Parecia que havia duas eleições, em função da disparidade dos números anunciados pela Proconsult/ Rede Globo e JB.

No terceiro dia de apuração Miro Teixeira, que também estava na disputa, reconheceu a derrota. Procurado por um advogado do PDT, concordou em enviar telegrama cumprimentando Brizola pela vitória.

No dia 19 com o telegrama em mãos, Brizola concedeu entrevista principalmente para jornalistas estrangeiros afirmando que “só a fraude nos tira a eleição”.

A Globo recuou e solicitou entrevista com o candidato do PDT, que só aceitou falar ao vivo. Depois de muita confusão, Leonel de Moura Brizola foi proclamado governador eleito do Rio de Janeiro.

Outra fraude histórica foi na Bahia, em 1994, na disputa pelo senado. Havia duas vagas e disputavam Antônio Carlos Magalhães, Waldir Pires e Waldeck Ornellas. As pesquisas, às vésperas das eleições, davam como certas as vitórias de ACM e Waldir.

Mas os votos brancos e nulos foram computados para Ornelas, havendo urnas em que ele teve mais votos que ACM. Waldir Pires pediu recontagem, mas o TRE negou.

Além das fraudes, existe também a compra dos votos, a pressão. Numa das formas, o eleitor fingia que depositava a cédula na urna e entregava ao chefe político.

Surgiu até piada sobre esta modalidade. O peão retorna para a fazenda, entrega a cédula para o chefe. No final do dia pergunta: “coroné, eu votei em quem?”. O patrão responde com firmeza: “você sabe que o voto é secreto, rapaz”.

Marival Guedes é jornalista e escreve crônicas semanais no Pimenta.

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jorge portugal2Jorge Portugal | jpportugal@uol.com.br

Não à toa, em recente encontro internacional de educação, realizado na Coreia do Sul, o ministro da Educação, Prof. Renato Janine Ribeiro, classificou a UFSB como uma das duas universidades de vanguarda do Brasil.

Acaba de começar no sul da Bahia uma verdadeira revolução no âmbito do ensino superior do país, e para o ensino baiano em particular. Seu nome: UFSB. Seu comandante-em-chefe: Prof. Naomar Almeida. Sim, ele mesmo que, ainda na condição de reitor da Ufba, implantou a bem sucedida política de ações afirmativas, que mudou a cara e a cor da universidade, e ainda instituiu os Bacharelados Interdisciplinares, buscando atualizar a nossa “Federal”, ajustando-a à moderna visão de universidade, mundo afora. Sei que não foi fácil. Acompanhei a sua árdua luta de convencimento aos seus pares, e vibrei com sua vitória final.

Cumprida a missão “ufbeana”, Naomar partiu para a concretização do seu sonho maior e pleno: a criação da Universidade Federal do Sul da Bahia, dando forma final e definitiva ao modelo que sempre esteve na cabeça de Anísio Teixeira, mas também no bojo do pensamento de Paulo Freire, Darcy Ribeiro e Milton Santos. Não à toa, em recente encontro internacional de educação, realizado na Coreia do Sul, o ministro da Educação, Prof. Renato Janine Ribeiro, classificou a UFSB como uma das duas universidades de vanguarda do Brasil. A outra é a Universidade Federal do ABC paulista.

A UFSB já nasce com um elenco de professores-doutores na sua totalidade; mantém e até amplia a estrutura dos Bacharelados Interdisciplinares e, culminância das culminâncias, em vez de estar narcisicamente voltada para as suas pós-graduações, inclina o seu olhar para o ensino médio da rede pública, como forma de desativar a “bomba social” do país. Por isso, a participação do Prof. Naomar e da UFSB no Pacto Social da Bahia tem sido necessariamente fundamental. Os colégios universitários nas demais cidades onde não há campus formal (Ferradas/Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas) darão nova vida e qualidade aos estudantes da região, que já respirarão o “ar universitário” antes mesmo de ingressar no ensino superior.

Reitor Naomar e sua equipe da UFSB: magníficos!

Jorge Portugal é poeta, educador e secretário estadual de Cultura.
(Artigo publicado no Facebook da UFSB.)

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marco wense1Marco Wense

Revigorado com uma pesquisa que aponta uma melhora na avaliação do governo, o prefeito Claudevane Leite volta a sonhar com o segundo mandato.

Nos bastidores, o tititi é de que o PCdoB não teve acesso a essa nova consulta financiada pelo chamado “núcleo vanista”, que tem na linha de frente Oton Matos, controlador-geral do município.

Ansiosamente esperada, principalmente pelo enigmático chefe do Executivo, é a enquete que será feita no segmento evangélico. É essa que vai decidir se Vane será ou não candidato à reeleição.

Se o alcaide não disputar o processo sucessório de 2016, o Centro Administrativo vai pegar fogo. As grandes labaredas surgirão do duelo entre o PCdoB e o PRB.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Scolari deixou o comando do Grêmio e vai comandar time chinês.
Scolari deixou o comando do Grêmio e vai comandar time chinês.

De uns anos pra cá, treinadores brasileiros não figuram dirigindo equipes em praças importantes no mundo do futebol. Os últimos profissionais que treinaram equipes importantes da Europa foram Felipão, de 2003 a 2008 na seleção de Portugal e de 2008 a 2009 no Chelsea, e Vanderlei Luxemburgo que comandou o Real Madrid no ano de 2005.

Mas por que os “professores” não vingam ou sequer despertam interesse, mesmo de equipes pequenas daquele continente? Um dos motivos é a metodologia utilizada pela grande maioria deles. O famoso “rachão”, abolido dos treinamentos no futebol europeu há anos, ainda é muito usado como preparação dos times. Na Europa, a prioridade são treinos táticos, muitas vezes por setores, defesa e ataque, e as atividades em campo reduzido para aperfeiçoar posicionamento e toque de bola. Por aqui, se o técnico não der o tal rachão é criticado por dirigentes e também por jogadores. Outra razão é a falta de inovação e de conceitos de jogo, a pobreza tática e a mesmice nos jogos são evidentes.

Ao contrário, os técnicos argentinos, chilenos, uruguaios e colombianos, vêm cada vez mais ganhando espaço nos principais mercados da bola, como Espanha, Itália, Inglaterra, França e agora no Brasil. Esses treinadores são considerados mais estudiosos e mais atualizados em relação aos brasileiros. Conseguem fazer times de pouca força financeira e de elencos limitados, equipes competitivas e fortes, é o que vemos por exemplo em muitos times na Libertadores da América, ao passo que os comandantes daqui não conseguem fazer tal proeza, existem as exceções, logicamente, porém, a grande parte chamam a atenção por não mostrarem nada de arrojado nas suas equipes.

O fato é que os sul-americanos agradam e são muito procurados pelos cartolas do outro lado do Atlântico. São treinadores que superam os brasileiros tanto na quantidade como na qualidade de seus trabalhos. Diego Simeone saiu da Argentina para o Catânia da Itália, por lá fez trabalho razoável e seguiu para o Atlético de Madrid, time em que atuou como jogador. Simeone faz esplêndido trabalho por lá, foi campeão espanhol, já faturou Copa do Rei e neste ano garantiu seu time em mais uma edição da Uefa Champions League.

Confira artigo completo no Futebol e Prancheta

 

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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

Garrincha joga, o Brasil detona os tchecos e é bicampeão. Um mês depois Esteban, é convidado pela CBD, antecessora da CBF, para passar um mês de férias no Brasil, com familiares.

Sempre desconfiei que as grandes decisões do futebol não saem dos pés dos jogadores. Os maiores dribles são dos cartolas que divertem o povo e enchem os bolsos de dinheiro. Sem conhecimento suficiente sobre o assunto, conversei com quem entende: o jornalista Daniel Thame que, além de passar informações pelo celular, me enviou um texto.

Daniel lembra da Copa do Mundo de 1962 no Chile. O Brasil vence a seleção da casa por 4×2 na semifinal e está na decisão contra a Tchecoslováquia. Garrincha é expulso e não poderá jogar. O Brasil, que já não tinha Pelé, ficaria sem o craque que estava carregando o time nas costas. Era o cara do Mundial.

Mas, em plena Guerra Fria, a FIFA não iria permitir que um país comunista ganhasse a Copa. E acontece a mágica: o bandeirinha uruguaio Esteban Marinho, que viu a agressão que gerou a expulsão de Garrincha, volta repentinamente para casa. Na verdade, foge sem dar o testemunho para o juiz escrever a súmula com a expulsão.

Garricha joga, o Brasil detona os tchecos e é bicampeão. Um mês depois Esteban, é convidado pela CBD, antecessora da CBF, para passar um mês de férias no Brasil, com familiares.

Copa do Mundo de 1994, Estados Unidos. Entressafra no futebol e sem craques para chamar a atenção, num país onde o futebol nunca foi preferência nacional, Maradona, semiaposentado, mergulhado no drama da dependência de cocaína, mas ainda um nome estelar, entra em cena blindado pela FIFA.

Era pra ser apenas uma estrela, mas resolveu jogar seu futebol genial e transformou a limitada Argentina em favorito. Isso não estava no script, como também não estava no script o fato de Maradona ter dito, bem ao seu estilo, que a FIFA era dirigida por um bando de ladrões.

O método para alijar Maradona da Copa foi digno da Máfia: um nebuloso caso de doping que tirou El Dies da Copa e destroçou a Argentina. Brasil campeão numa insossa disputa de pênaltis com a Itália.

Final da Copa do Mundo de 1998, França, ou o dia em que o Brasil chorou. Horas antes do jogo, contra a seleção francesa, Ronaldo Fenômeno, tem uma convulsão e vai parar no hospital. Os alto-falantes do Stade de France anunciam a escalação do Brasil com Edmundo substituindo a estrela.

Meia hora antes do jogo, Ronaldo aparece e diz que vai jogar. Zagalo cede. Em campo, Ronaldo é um fantasma dele mesmo e o time não sabe o que fazer: joga ou se preocupa com seu atacante? Não joga. A França passeia, vence por 3×0 e é campeã do Mundo. O que de fato aconteceu com Ronaldo, porque ele insistiu em jogar e porque Zagalo cedeu? Mistério que a ´omertá` ainda não permitiu vir à luz.

Daniel Thame recomenda as seguintes leituras: Como eles roubaram o jogo, de David Yallop; O jogo sujo da FIFA e O Jogo cada vez mais sujo da FIFA, de Andrew Jennings.

Marival Guedes escreve crônicas às sextas, no Pimenta.

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marco wense1Marcos Wense

O imbróglio envolvendo o PDT e o médico Antonio Mangabeira, cada vez mais distante da legenda brizolista, vem criando um desentendimento entre pai e filho.

O pai, Félix Mendonça, que já foi prefeito de Itabuna, quer o comando do pedetismo municipal com o prefeiturável Mangabeira. O filho, Félix Júnior, insiste em manter a professora Acácia Pinho na presidência do partido.

Volto a ratificar que o PDT, se não tiver candidato próprio, vai cair no colo do também pré-candidato Augusto Castro (PSDB), junto com o PMDB de Renato Costa e o DEM de Maria Alice.

O que se espera de Félix Júnior é uma posição clara em relação a 2016. O PDT vai ou não disputar a sucessão de Claudevane Leite?

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

Na vida particular, lembro de dois amigos de Itabuna e um de Salvador, também punidos cruelmente com este tipo de movimento. No caso deles, com um agravante: são obrigados a dormir no sofá.

A Fonte das Mulheres, filme (2011) do diretor romeno Radu Mihaileanu, mostra o cotidiano de uma comunidade situada entre a África e o Oriente Médio, onde apenas as mulheres, além dos afazeres domésticos, vão buscar água na fonte, debaixo de um sol escaldante. Já os homens, há muito deixaram a dura vida do campo e trabalhavam no turismo. O tempo livre preenchem jogando.

Para pôr fim a esta situação, as mulheres iniciam a greve do amor. Nem um beijo, nem abraço. Nada. O movimento sacode a vila e até o líder religioso se envolve, obviamente, utilizando o lado machista da doutrina para por fim ao movimento.

Da ficção para a realidade, ano passado, as mulheres ucranianas fizeram campanha de boicote sexual aos homens russos em protesto contra a anexação da Crimeia. A campanha “Não dê para um russo” tinha logotipo com duas mãos em concha lembrando uma vagina.

Já na Bégica, em 2011, a senadora Marleen Temmerman propôs uma ‘greve de sexo’ para pressionar os políticos a resolverem um impasse que estava deixando o país sem governo. A proposta foi dirigida a todas as mulheres, em especial às esposas dos parlamentares.

Ela se baseou no Quênia onde, após um ano de mal-entendidos, um movimento de mulheres pediu às esposas dos negociadores para não cederem até que fosse solucionado o conflito. “Em uma semana havia um pacto sobre a mesa”.

No Japão, ano passado, as mulheres ameaçaram não fazer sexo com homens que votassem no candidato a governador de Tóquio, Yoichi Masuzoe, acusado de misoginia.

Ele havia declarado que as mulheres se comportam de forma anormal durante a menstruação e que nesse período “não se pode deixá-las tomarem decisões críticas como, por exemplo, se o país entrará ou não em guerra”.

As prostitutas espanholas fizeram greve específica contra dirigentes bancários em protesto contra a manipulação dos banqueiros na chamada economia real, a que atinge as classes média e baixa.

Na vida particular, lembro de dois amigos de Itabuna e um de Salvador, também punidos cruelmente com este tipo de movimento. No caso deles, com um agravante: são obrigados a dormir no sofá.

Marival Guedes é jornalista e escreve crônicas às sextas, no Pimenta.