Balaio de flores para a Rainha do Mar || Foto Flávio Rebouças
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Os povos de terreiro de Ilhéus se movimentam para celebrar o Dia de Iemanjá, neste domingo (2), com festas na Maramata (Nova Brasília), Litorânea Norte e Praia do Cristo. As celebrações terão cortejo, procissão e música ao vivo. Nos três locais, a alvorada de fogos está marcada para as 5h.

Na Nova Brasília, às 10h, será a vez da Roda de Baianas. O cortejo marítimo está marcado para as 16h. A partir das 17h, a comunidade assistirá aos shows de Marcos Paulo, Pierre Onassis e Banda Afrodisíaco.

A Litorânea Norte recebe, às 9h, o Xirê do Candomblé, seguido da procissão marítima, às 16h, e dos shows de Samba de Treita, Andinho e Fusca Virado, a partir das 17h. Já na Praia do Cristo, o Xiré será mais cedo, às 7h, com entrega de oferendas. A festa continua com banho de cheiro, às 12h, e o cortejo de presentes, às 17h.

Escultura caiu de suporte e quebrou, admite Secult || Foto Michele Cristini/Pinterest
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Do PIMENTA

A Iemanjá da Casa de Jorge Amado, em Ilhéus, foi danificada. O dano ocorreu quando a Secretaria Municipal de Cultura interditou o imóvel e transferiu o acervo dele para o Teatro Municipal, do outro lado da rua que também leva o nome do escritor, no Centro Histórico. A obra faz parte de conjunto de dez esculturas de orixás doadas ao município pelo artista plástico Osmundo Teixeira, outro gênio grapiúna.

Na coleção, Osmundinho empregou técnica conhecida como casa de abelha. “Consiste em criar paredes de barro dentro da peça para sustentar a estrutura por fora. Sendo assim, a peça é oca e não maciça”, informou a assessoria do artista à reportagem do PIMENTA.

A secretária de Cultura do município, Anarleide Menezes, confirmou que, ao ser transportada, a peça se desprendeu do suporte e caiu. Segundo a gestora, não há registro fotográfico de como a escultura ficou após a queda. A Secult a entregou a Osmundinho, que doou a coleção e vai restaurá-la de forma gratuita.

Osmundo Teixeira recebe peça para restaurarão || Foto Secult

A assessoria do artista comentou o tamanho do estrago: “Ele vai tentar restaurar a peça, já que está muito quebrada. Caso não consiga, terá que ser feita uma nova para repor”. Também explicou que não é possível disponibilizar foto da obra hoje, pois o ateliê está fechado e será reaberto na próxima segunda-feira (3). Antes, no domingo (2), as comunidades dos povos de terreiro de Ilhéus celebram o Dia de Iemanjá, rainha das águas e mãe de todos os orixás.

INTERDIÇÃO

Estátua do escritor em frente à casa onde residiu || Foto PMI

De acordo com a secretária Anarleide Menezes, que é museóloga, a Casa de Jorge Amado foi interditada no último dia 8, pois não oferecia segurança ao próprio acervo e aos funcionários da Secult, que funcionava no mesmo espaço e se transferiu, provisoriamente, para o Teatro. A gestora disse que, desde 2022, documentos atestam a insalubridade do imóvel e os riscos a quem o frequentava.

Questionada se a decisão de interditá-lo deveria ter sido submetida ao Conselho Municipal de Cultura, respondeu que o órgão tinha ciência dos problemas há mais de dois anos e não cumpriu seu papel de fiscalização. Acrescentou que a Secretaria de Infraestrutura e Defesa Civil e a Vigilância Sanitária do município vão apresentar relatórios sobre a situação do imóvel, tombado como patrimônio histórico de Ilhéus desde 1993.

A secretária enviou ao site imagens para mostrar as condições atuais da Casa de Cultura Jorge Amado (veja as fotos ao final do texto). Contou que, em agosto passado, uma pessoa sofreu acidente no local. “Uma funcionária afundou, literalmente, num desses buracos do assoalho”. O imóvel, disse, foi entregue à nova gestão com espaços tomados por excrementos de gatos. Funcionários e visitantes estavam submetidos ao aroma fétido pairando no ar e expostos a doenças como a toxoplasmose, emendou.

Falando em nome da equipe da Secult, a gestora reafirmou compromisso com a população do município. “Estamos empenhados em trazer de volta à cena cultural a cidade que tanto amamos. Devolver Ilhéus ao lugar de onde nunca deveria ter saído, como protagonista da arte e da cultura regionais”.

Buraco no assoalho da Casa de Jorge Amado || Foto Secult
Dossiê reúne imagens da casa onde Jorge Amado escreveu O País do Carnaval || Foto Secult
Relatório aponta presença de insetos e fungos no imóvel || Foto Secult
Subsolo da Casa de Jorge Amado || Foto Secult
Secult recebeu dinheiro em 2023 e ainda não publicou editais || Foto Clodoaldo Ribeiro
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Do PIMENTA

Ainda impactado pela perda de R$ 1,6 milhão da Lei Paulo Gustavo, decorrente da incapacidade do governo do ex-prefeito Mário Alexandre de executar os recursos no prazo devido (relembre), o setor cultural de Ilhéus se movimenta para assegurar que o dinheiro da Lei Aldir Blanc seja executado, evitando a devolução de R$ 1.434.714,96 ao Tesouro Nacional.

No último dia 21, o Conselho Municipal de Cultura solicitou à nova gestão informações sobre a execução da Lei. O órgão pediu cronograma; atas das reuniões para as oitivas que fundamentaram a definição dos parâmetros e valores alocados para os diversos segmentos culturais; cópias das comunicações internas que tratam da Lei; extrato da conta dos recursos; e detalhamento da estratégia para a seleção dos responsáveis pela avaliação dos editais.

Para evitar a devolução dos recursos da Aldir Blanc, a Secretaria de Cultura precisa publicar os editais, selecionar os projetos e concluir os processos de pagamento até 30 de junho deste ano. O prazo terminaria ao final do ano passado, mas foi prorrogado para que as prefeituras retardatárias não deixem seus agentes culturais a ver navios.

De acordo com a Lei, o dinheiro deverá ser destinado a projetos de manutenção, formação, desenvolvimento técnico e estrutural de agentes, espaços, iniciativas, cursos, oficinas, intervenções, performances e produções; desenvolvimento de atividades de economia criativa e economia solidária; produções audiovisuais; manifestações culturais; programas e atividades artísticas, do patrimônio cultural e de memória.

DINHEIRO NA CONTA DESDE 2023

O Governo Federal transferiu R$ 1.327.457,49 para Ilhéus no dia 16 de dezembro de 2023. Com mais de um ano na conta, a verba rendeu R$ 107.257,47 e chegou a R$ 1.434.714,96. Mais de 390 dias não foram suficientes para que o governo do ex-prefeito Marão publicasse os editais de abertura de inscrições das propostas, deixando a tarefa para o sucessor.

Essa é a segunda versão da Lei Aldir Blanc, que deu origem a uma política anual e permanente de fomento à cultura. A primeira foi destinada ao socorro emergencial dos agentes culturais durante a pandemia de Covid-19. Além da importância dos recursos para o setor cultural de Ilhéus, a execução do primeiro aporte da lei permanente servirá de parâmetro para que o Ministério da Cultura defina quanto será destinado ao município na próxima remessa anual.

O QUE DIZ A PREFEITURA DE ILHÉUS

O PIMENTA entrou em contato com a secretária de Cultura, Anarleide Menezes, mas ela estava em reunião. Por meio da Superintendência de Comunicação, a Secult informou que as tratativas sobre a execução dos recursos da Lei Aldir Blanc são encaminhadas em diálogo com outras secretarias municipais e que o Governo terá respostas concretas na próxima semana.

Mãe Ilza completa 5 décadas na liderança do terreiro fundado em 1885
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Mãe Ilza (Mameto Mukalê) dá início, neste sábado (25), às 21h, às comemorações dos seus 50 anos à frente do Terreiro de Matamba Tombenci Neto, localizado na Avenida Brasil, nº 485, no Alto da Conquista, em Ilhéus. O primeiro ato será uma kizomba em homenagem à liderança da Casa.

Já amanhã (26), bem cedinho, às 5h, haverá o cortejo de entrega dos balaios nas águas, seguido de café da manhã. A celebração será retomada na noite de segunda-feira (27), 20h, com homenagem a Tateto Kavungo e Bolonan (recolhimento de Ndumbe – iniciandos).

A história do Terreiro Matamba Tombenci Neto teve início ainda no século 19, mais precisamente em 1885, quando Tiodolina Félix Rodrigues, a Nêngua de Inkice Iyá Tidú, fundou o Terreiro Aldeia de Angorô. Hoje, dirigido por Mameto Mukalê (Mãe Ilza), o Terreiro de Candomblé Angola da Bahia se caracteriza por manter intensa relação com a comunidade do Alto da Conquista.

Reeducandos vão escrever resenhas de livro que inspirou filme indicado ao Oscar
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O que tem em comum as oficinas de Remição pela Leitura no Conjunto Penal de Itabuna com a Academia do Oscar, em Hollywood? Todos querem conhecer a história que inspirou o filme Ainda Estou Aqui, que foi indicado ao Oscar em três categorias: Melhor Filme Estrangeiro; Melhor Filme; e Melhor Atriz, para a protagonista Fernanda Torres.

O livro, de mesmo nome, foi escrito por Marcelo Rubens Paiva, filho do ex-deputado federal Rubens Paiva, e conta a história de sua mãe, Eunice Paiva, que lutou contra a Ditadura Militar para saber o paradeiro de seu marido, morto durante o regime ditatorial. A obra está em estudo pelos reeducandos, e em breve serão escritas resenhas sobre essa que é uma passagem marcante da história do Brasil.

A adoção do livro pelas escolas baiana foi um pedido do governador Jerônimo Rodrigues (PT), e o Conjunto Penal de Itabuna, por meio da empresa Socializa, que co-administra a unidade com o Governo do Estado, foi uma das primeiras instituições a fazer a aquisição.

“Com o pedido do governador e sob a orientação do diretor da unidade, fizemos a aquisição de 25 cópias dessa obra tão importante para nosso país, por tudo que ela já representava, e agora para o mundo, pelo que passou a representar, após o sucesso do filme em diversos festivais e, mais ainda, com as indicações para o Oscar”, explica o gerente administrativo da Socializa no CPI, Yuri Damasceno.

TRANSFORMAÇÃO

O diretor do Conjunto Penal de Itabuna, Bernardo Cerqueira Dutra, afirma que o CPI está conseguindo, com muito esforço, mostrar para a sociedade o verdadeiro poder transformador para a população privada de liberdade. “Esse é o poder da transformação através da Educação. Com isso, o perfil da população carcerária, em Itabuna, está mudando”, afirma.

Ele completa: “Mantemos e aprimoramos constantemente todas as normas de segurança, mas aqui há educação, há universidades, cultura, leitura. Aqui, valorizamos a vida e a liberdade, ainda que se tratem de pessoas encarceradas, mas todas tem direito a alcançar a sua liberdade por meio da leitura, da cultura e da educação”.

Grupos de Juerana e Urucutuca se apresentam juntos na Terra da Gabriela || Foto DIvulgação
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Na próxima sexta-feira (31), será dia de prestigiar duas das mais tradicionais manifestações da cultura popular de Ilhéus, os grupos Bumba Meu Boi do Seu Oreco, de Urucutuca, e o Grupo Reisado de Vila Juerana. Eles têm encontro marcado, às 16h30min, na Praça Dom Eduardo, em frente à Catedral de São Sebastião, no Centro Histórico.

Aberta ao público, a segunda edição do Encontro dos Bumbas é uma medida de valorização da cultura, exigida como condicionante do licenciamento ambiental do Projeto Integrado da Bahia Mineração (Bamin), que envolve a exploração da mina Pedra de Ferro, em Caetité, e a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e do Porto Sul, em Ilhéus.

Além da Bamin, a inciativa tem o apoio do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente da Bahia, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Ibama), do Governo Federal. Atualizado às 9h36min para corrigir a data do evento.

"Ainda estou aqui" concorrerá ao Oscar 2025 em 3 categorias || Foto Divulgação
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Ainda estou aqui acaba de se tornar o primeiro filme brasileiro a ser indicado à categoria principal do Oscar. O anúncio foi feito nesta manhã de quinta-feira (23). Além de concorrer ao Oscar de Melhor Filme, a produção concorrerá nas categorias Melhor Filme Internacional  e Melhor Atriz, com Fernanda Torres.

A premiação está marcada para 2 de março, em Los Angeles, Estados Unidos.

Dirigido por Walter Salles, Ainda estou aqui é adaptação de livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. Narra a história de Eunice Paiva, mãe do autor do livro desde os anos 1970. Eunice se tornou das principais ativistas dos Direitos Humanos no Brasil ao ter o marido assassinado por militares. O ex-deputado Rubens Paiva, interpretado por Selton Mello, foi assassinado na Ditadura Militar.

EXPECTATIVA

É grande a expectativa brasileira para a maior premiação do cinema mundial, após Fernanda Torres ganhar o Globo de Ouro como Melhor Atriz por sua atuação em Ainda estou aqui. “Esse é um filme que nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos como esses. Então, para a minha mãe, para a minha família, para os meus filhos e para todos, muito obrigada ao Golden Globes”, afirmou a atriz ao ser premiada no último dia 5.

Mestre Gercino é o convidado especial do Ginga de Cordel || Foto Redes Sociais
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Ilhéus receberá, no próximo sábado (25) e domingo (26), o Ginga de Cordel, que reunirá capoeira angola, literatura de cordel e samba. Promovido pelo Coletivo Ginga de Angola, o evento será totalmente aberto ao público e contará com a presença do Mestre Gercino, de Minas Gerais, além do lançamento de três livros.

A programação começa no sábado, às 18h, no Galpão X, ao lado do Terminal Urbano, com a exibição do documentário Mestre Gê e o Estado da Arte, seguida de roda de conversa. Já no domingo, às 13h30min, no mesmo espaço, o Mestre Gercino vai ministrar a oficina Capoeira Angola e o Corpo Brincante da Cultura Popular.

Ainda no domingo, às 16h30min, a programação segue para a Praça Ruy Barbosa (Praça dos Namorados), na Avenida Soares Lopes, com a roda de capoeira angola. Depois, às 18h, a livraria Badauê, situada na mesma praça, será palco do lançamento de três livros, Sonho de Uma Noite de Verão, versão em cordel do clássico de Shakespeare adaptada pela escritora Maria Aparecida da Silva Ipiranga (Marosô); Sonho de Uma Noite no Sertão, de Sophia do Pirambu; e Cordel Homérico 2, de Sophia de Delos.

Para fechar o evento com suingue, após o lançamento dos livros, o grupo Vai Lá Samba se apresentará na Praça dos Namorados. É possível obter mais informações pelo Instagram (@ginga.de.angola) e pelo telefone/WhastApp (71) 9 9273-7765.

"Bumba da Juerana" faz tradicional cortejo neste Dia de Reis || Foto Ib Oliveira
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O tradicional Bumba Meu Boi da Vila Juerana, em Ilhéus, vai marcar este Dia de Reis com uma apresentação no litoral norte do município, nesta segunda-feira (6), a partir das 18h30min. O cortejo sairá da Vila Juerana, no distrito de Aritaguá, em direção à praça do Condomínio Mar e Sol, que fica em frente à comunidade fundada por pescadores.

O antropólogo Ib Campos de Oliveira, que acompanha o ‘Bumba da Juerana’ há três décadas, informou ao PIMENTA que a manifestação popular é mantida há, pelo menos, três gerações da mesma família e, hoje, é liderada pelos irmãos Laércio, Adená e Zé Raimundo Soares.

No Terno de Reis, conforme o pesquisador, Adená representa a Coordenadora; Laércio, o Vaqueiro; e Zé Raimundo, o Boi, a Mula e a Jaraguaia. “Essa é a forma sumária de uma manifestação que vem desde os tempos dos bisavôs dos três irmãos”, explicou. “Originalmente, essa manifestação é formada por oito figuras, o Boi, a Mula, o Bigodinho, o Veinho, o Piraqui, o Bicho de Folha, o Mandú e Jaraguaia”, acrescentou.

Além do Terno de Reis, o grupo promove o Samba de Roda. “Os eventos em torno dessas manifestações os identificam enquanto comunidade e resgatam suas ancestralidades”, constatou Ib Oliveira. O antropólogo ressalta que o grupo também faz apresentações quando contratado ou convidado para eventos fora da comunidade.

SUCESSO NO REMAKE DE “RENASCER”

O remake da novela Renascer, da TV Globo, exibido no ano passado, contou com a participação do Bumba Meu Boi da Juerana. A manifestação popular teve destaque na trama, aparecendo em festas e nas visões dos personagens Zé Inocêncio (Marcos Palmeira) e Inácia (Edvana Carvalho).

Fernanda Torres fatura Globo de Ouro || Foto Reprodução
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O cinema brasileiro vive um momento histórico. A atriz Fernanda Torres recebeu no início da madrugada desta segunda-feira (6), em Los Angeles, nos Estados Unidos, o prêmio Globo de Ouro de melhor atriz na categoria Drama.

A premiação, entregue pela primeira vez a uma brasileira, é um reconhecimento ao trabalho de Fernanda no filme Ainda Estou Aqui. Na produção, ela interpreta a advogada Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, deputado federal assassinado pela ditadura militar em 1971.

Fernanda concorria com grandes estrelas de Hollywood como Nicole Kidman, Angelina Jolie, Tilda Swinton, Pamela Anderson e Kate Winslet.

Há 25 anos, Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, disputou a mesma categoria pela atuação em Central do Brasil. Ela não venceu, mas o filme ganhou o Globo de Ouro na categoria melhor filme estrangeiro.

“Isso é uma prova que a arte dura na vida, até durante momentos difíceis pelos quais a Eunice Paiva passou e com tanto problema hoje em dia no mundo. Esse é um filme que nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos como esses. Então, para a minha mãe, para a minha família, para os meus filhos e para todos, muito obrigada ao Golden Globes”, disse Fernanda, ainda durante o discurso de agradecimento.

Tanto Ainda Estou Aqui como Central do Brasil foram dirigidos pelo cineasta Walter Salles.

Este ano, na categoria de melhor filme estrangeiro, o Globo de Ouro ficou com a produção francesa Emilia Pérez. Com Agência Brasil.

Prefeito Marão é alvo de ações judiciais por recursos da Lei Paulo Gustavo
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A menos de 48h para o fim do prazo de execução dos recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022), que termina nesta terça-feira (31), a Prefeitura de Ilhéus ainda não liberou o dinheiro destinado aos projetos culturais habilitados pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult). Caso os R$ 1.617.657,03 não sejam executados até a data limite, a legislação prevê que o valor seja devolvido à União.

Para obrigar o Governo Marão a liberar os recursos e evitar o prejuízo milionário ao setor cultural, o Conselho de Cultura de Ilhéus impetrou, neste domingo (29), mandados de segurança coletivos na 1ª Vara da Fazenda Pública de Ilhéus e na Justiça Federal.

Agentes culturais protestam em frente ao Palácio Paranaguá || Foto Redes Sociais

O presidente do Conselho Municipal de Cultura, Althemar Almeida Lima, afirma que os proponentes dos 127 projetos contemplados nos quatro editais da Secult estão sendo prejudicados pela omissão do município em fazer o repasse dos recursos já disponíveis. Segundo ele, os contratos já foram assinados, mas, até a última sexta (27), a Prefeitura não havia se manifestado sobre os pagamentos.

ADVOGADA APONTA OMISSÃO DA PREFEITURA

Presidente da Comissão Cultural da OAB em Ilhéus, a advogada Marcelle Paula é autora dos mandados de segurança coletivos. Segundo ela, a conduta do Governo Marão pode resultar na violação dos princípios constitucionais da legalidade, eficiência, moralidade e impessoalidade.

“Tal omissão também desrespeita os arts. 6º e 7º da Lei Paulo Gustavo, que estabelecem a obrigatoriedade de promover o fomento cultural de forma descentralizada e inclusiva, garantindo a implementação de ações culturais previstas nos planos de ação apresentados pelos entes federativos, com transparência e participação da sociedade civil”, escreveu a advogada nas ações judiciais.

Para assegurar que o pagamento seja efetuado aos beneficiários e os projetos culturais possam ser implementados, o Conselho Municipal de Cultura exigiu, por meio dos mandados, o pagamento dos recursos em 48h, sob pena de multas e bloqueio imediato de valores em contas do município.

Agentes culturais cercam Geraldo Magela no gabinete do secretário, nesta segunda (30) || Foto Redes Sociais

Para o agente cultural e representante do Fórum Permanente de Cultura de Ilhéus, Carlos Alberto dos Santos (Alábòjí), o prefeito Mário Alexandre tem, no apagar das luzes do seu governo, a oportunidade de evitar uma das atitudes mais irresponsáveis contra o setor cultural de Ilhéus e da história do município.

“Permitir, por pura inércia, que uma verba já garantida pelo Governo Federal para a execução de Políticas Públicas, com benefício direto a 127 projetos culturais, que passaram pelo rito de Editais, seja devolvida, prejudicando centenas de trabalhadores da cultura e suas famílias, é inadmissível”, alertou Alábòjí.

OUTRO LADO

O PIMENTA tentou obter esclarecimentos da Prefeitura de Ilhéus, por meio do secretário de Cultura, Geraldo Magela, mas o site não conseguiu contato com o gestor. A matéria será atualizada para acrescentar as informações do Governo Marão, caso ele se manifeste.

Grupo conta a história do sul da Bahia há 20 anos || Foto Divulgação
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O Coronel Horácio e quengas irreverentes são personagens que contam a história do auge ao declínio da lavoura cacaueira no sul da Bahia. A história é narrada há 20 anos por meio do projeto Ilheenses Amados. As duas décadas de encenações do Grupo Teatro/Circo Maktub serão comemoradas neste sábado (28), a partir das 10h30min, no Espaço Cultural Bataclã, em Ilhéus.

As comemorações dos 20 anos começaram com um ensaio fotográfico realizado pela fotógrafa Julay Santos e uma apresentação especial de Histórias de Cabaré na 10ª Mostra de Teatro do Velho Chico, em Ibotirama, Bahia. Para a temporada atual, o grupo prepara apresentações especiais no Bataclan e outros espaços da região, mantendo viva a tradição do projeto.

Ao longo de sua trajetória, o Ilheenses Amados conquistou reconhecimento nacional e internacional, com participações em programas de TV como Vídeo Show, Globo Repórter e Domingão do Faustão. Durante a pandemia, em 2020, o grupo produziu uma série documental celebrando os 15 anos do espetáculo, com depoimentos das mais de 15 atrizes que já integraram o elenco.

PRESERVAÇÃO DAS HISTÓRIAS REGIONAIS

O projeto Ilheenses Amados surgiu em 2004, reunindo teatro, literatura e turismo para preservar e celebrar histórias regionais sob a ótica jorgeamadiana. Inspirado em linguagens como Teatro de Revista, cabaré e teatro popular, o grupo mantém a proposta atualizada e relevante, oferecendo ao público uma imersão cultural que valoriza o patrimônio imaterial e a identidade local.

Desde sua estreia, a iniciativa do Grupo Teatro/Circo Maktub ultrapassou os limites do Bataclan, alcançando outros espaços culturais e eventos. Ao longo de sua trajetória, consolidou-se como um marco na cena teatral do sul da Bahia.

Entre as atividades que compõem o projeto estão o Receptivo Dramático no Bataclan(realizado em dias de paradas de transatlânticos), a Foto Temática do Cabaré, o Tour Dramático pelo espaço, os espetáculos Histórias de Cabaré e Das Matas ao Progresso, além de oficinas de teatro popular.

Em 2006, o projeto foi destaque no 2º Salão Nacional de Turismo, em São Paulo. Cinco anos depois, em 2011, recebeu financiamento da FUNCEB, levando apresentações a comunidades indígenas e assentamentos do sul da Bahia.

O elenco conta com Fábio Nascimento, idealizador e diretor do projeto, além de Larissa Paixão, Suzane Marques e Maria Cândida, que seguem encantando o público com o charme e a vivacidade do cabaré jorgeamadiano.

As atividades pedagógicas do Grupo Teatro/Circo Maktub, que é Ponto de Cultura da Bahia, são acompanhadas pelo Projeto de Extensão Teatro Popular e Interculturalidade da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Assim é garantindo o compromisso contínuo com a formação artística e o diálogo intercultural.

Filma conta história de lar de idosos grapiúna
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O Centro de Cultura Adonias Filho, em Itabuna, recebe, neste sábado (21), às 17h30min, a cerimônia de lançamento do documentário Fundação Dr. Baldoíno: A Última Esperança, que também será lançado na internet. Produzido com recursos da Lei Paulo Gustavo, o filme apresenta os bastidores de uma instituição que, há décadas, se dedica a acolher e cuidar de idosos, em sua maioria, marcados pelo abandono social.

O público será recebido com uma exposição fotográfica sobre a obra. Produzido pela Sul Bahia Filmes, o documentário foi dirigido por Carlos Neto e Cláudio Lyrio, também responsável pela captação das imagens. O filme está acessível em Libras e traz depoimentos emocionantes de idosos acolhidos, voluntários, funcionários, do médico e fundador Dr. Baldoíno e da diretora financeira Kátia Guedes.

O enredo intercala os desafios e vitórias de manter viva essa iniciativa essencial. Entre as histórias apresentadas, destaca-se a de Jan Costa, que cuida da mãe com Alzheimer, em casa, conectando diferentes perspectivas sobre o envelhecimento com dignidade e a labuta do cuidado contínuo.

“O maior problema de um lar de idosos é o abandono da família”, afirma Dr. Baldoíno. Já a diretora financeira Katia Guedes reforça a importância do voluntariado e das doações para manter a instituição funcionando, em meio às dificuldades financeiras enfrentadas atualmente.

Com uma abordagem sensível e envolvente, Fundação Dr. Baldoíno: A Última Esperança reconstitui o papel transformador da instituição de acolhimento e sua contribuição para uma sociedade que precisa, urgentemente, refletir sobre o futuro dos idosos e os cuidados que eles merecem.

O projeto foi financiado pela Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022), conforme Edital 003/2023, Linha 3 de audiovisual da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc). Assista ao trailer.

Arte circense ganha ruas do Centro Histórico de Ilhéus || Foto Karol Vital
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Karol Vital

Música, cantoria, dança, malabares, perna de pau e um grupo de palhaças e palhaços despertou olhares curiosos e arrancou muitos sorrisos, no último dia 14. Foi quando houve a culminância do 2º Festival e da 7ª Palhasseata de Ilhéus, com cortejo circense pelas ruas do Comércio e mostra cênica na Praça Pedro Mattos. Neste sábado (21), haverá o espetáculo PalhaçAs e PalhaçOs para crianças do bairro Nossa Senhora da Vitória. O evento gratuito será às 15h, no Centro Cultural Ocupaê.

Organizado pelo Grupo Teatro Circo Maktub, o evento que exalta a arte circense é um dos poucos do gênero no interior da Bahia. Além de celebrar o Dia Universal do Palhaço, 10 de dezembro, o evento reúne grupos e artistas locais oriundos de várias partes do Brasil e da América Latina. Após oito anos de ausência, o cortejo voltou a animar as ruas de Ilhéus com irreverência e alegria. Houve ainda homenagens aos saudosos palhaços Cocada e Tremendão e ao cordelista Gilton Thomaz, parceiros da Palhasseata de Ilhéus que deixaram saudade.

Artistas circenses em cortejo pelo centro da cidade || Foto Júnior Stiffer/Divulgação

Na sua primeira versão presencial, o 2º Festival Palhasseata de Ilhéus transformou a Praça Pedro Mattos em picadeiro. As oito atrações apresentaram números circenses clássicos e autorais. O riso também deu lugar ao protesto. As palhaças presentes homenagearam a palhaça Miss Jujuba, artista venezuelana vítima de feminicídio, enquanto viajava de bicicleta. As palavras de ordem destacaram demandas por segurança, respeito e liberdade.

Interação é uma das marcas da Palhasseata || Foto Karol Vital

Um dos diferenciais desta edição foi a inclusão. A 7ª Palhasseata de Ilhéus e o 2º Festival Palhasseata contaram com pessoas com deficiências trabalhando como monitores e no público, reserva de espaço especial, sinalização e intérpretes de Libras durante o cortejo e as apresentações. Os artistas também puderam se comunicar com os surdos da plateia, graças à Oficina de Acessibilidade em Libras ofertada pelo projeto.

FESTIVAL

Durante a 7ª Palhasseata de Ilhéus e 2º Festival Palhasseata foram arrecadados brinquedos para as crianças do bairro Nossa Senhora da Vitória. As doações partiram de lojistas, do público e também dos artistas que participaram dos eventos. A entrega e a apresentação do espetáculo PalhaçAs e PalhaçOs serão a contrapartida do projeto, que tem financiamento público. Inclusive, as ações foram acompanhadas pela coordenadora de Artes Circenses da Funceb, Laisa Ferreira.

Espetáculo gratuito será neste sábado (21), no Nossa Senhora da Vitória

Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.

Sarau natalino será nesta quinta-feira (19), na sede da CCT, no Conceição
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Evento promete emocionar o público com música, poesias, feira de artesanato e praça de alimentação

O Centro Cultural Teosópolis (CCT) promove às 18h30min desta quinta-feira (19), o 3º Sarau Cultural de Natal com diversas apresentações artísticas ao ar livre. O evento, gratuito e aberto ao público, ocorrerá na sacada do CCT, na Rua Professor Vieira Lima, 298, Praça dos Eucaliptos, no bairro Conceição, em Itabuna.

O sarau promete tratará cantatas de músicas natalinas, dramatizações sobre o nascimento de Jesus Cristo, recitação de poesias, apresentações musicais e exposição de artesanato, com participação de artesãos da Associação Praça das Artes, além de uma oficina de artesanato, ministrada pelo artista Anselmo, que ensinará a confeccionar flocos natalinos, além de uma praça de alimentação.

Entre as atrações confirmadas estão os grupos Doce Encanto e de Flautas, o Coral do Instituto Teosópolis e o Coral Teosópolis. Os músicos Caio e Clarice Palles também farão performance com canto e instrumentos. O poeta Donaciano Macedo estará presente recitando poesias natalinas. Artesãos da Associação Praça das Artes exibirão seus produtos, oferecendo ao público uma imersão cultural.

A programação começará com a apresentação da Cantata Milagre do Natal pelos alunos do Instituto Municipal Teosópolis, sob a regência da professora Gileade Campos Costa. Em seguida, a professora Lenilza Teodoro, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), fará a leitura de uma de suas poesias.

O poeta Donaciano Macedo recitará a poesia O Libertador, de sua autoria, e logo após será apresentada a peça teatral O Presente Esquecido. Clarice Macedo Palles trará a coreografia da música Melhor Presente de Natal, de Iasmim Veríssimo.

A sequência musical traz o grupo Doce Encanto, seguido de uma performance instrumental de Ana Beatriz, que interpretará Amazing Grace, de Hayley Westenra, ao piano. Em seguida, Thiago Nascimento tocará Hallelujah, de Leonard Cohen, ao violino.

Os irmãos Caio e Clarice Macedo Palles apresentarão a música Sua Paz, de Isadora Pompeu, e o Conjunto de Flautas da Emusita interpretará as músicas Reina em mim e o clássico Jingle Bells.

O professor e membro da Academia de Letras de Itabuna Wilson Caetano recitará o poema Feliz Natal para Você, de Carlos Drummond de Andrade. O poeta e professor Bira Lima também participará, recitando Na Manjedoura, de Clarice Lispector.

O sarau continuará com uma nova recitação de Donaciano Macedo, desta vez com a poesia Nome Bom, de sua autoria. Caio Macedo Palles apresentará a música The Scientist, da banda britânica Coldplay, e a equipe do CCT, composta pelo Centro de Memória Teosópolis e pela Escola de Música Sacra de Itabuna, encerrará com uma mensagem em forma de jogral.

O evento será concluído com a apresentação do Coral Teosópolis, considerado patrimônio imaterial artístico de Itabuna, seguido de uma oração com mensagem bíblica proferida pelo pastor Geraldo Meireles.