“A GENTE VÊ MUITAS POSSIBILIDADES PARA A CULTURA DO CACAU”

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ENTREVISTA

O paulista Helinton Rocha substituiu na semana passada o paraense Jay Wallace Mota no cargo de diretor geral da Ceplac. Quem saiu era criticado por privilegiar as atividades do órgão no Pará e o sucessor chega com a missão de preparar a Ceplac para um novo momento, no qual a questão ambiental se tornou prevalente e o diálogo com a sociedade absolutamente necessário para romper uma estrutura encastelada.

Engenheiro agrônomo, com duas pós-graduações (uma delas em Tecnologia de Sementes pela Universidade de Pelotas), Rocha está no Ministério da Agricultura há quase 30 anos.

Abaixo, os principais trechos da entrevista concedida ao PIMENTA, na qual o novo diretor mostrou irritação quando ouviu que sua nomeação seria para um período não muito longo:

PIMENTA – O senhor foi escolhido como um nome de transição pelo Ministério da Agricultura para dirigir a Ceplac. Qual é a sua missão?

HELINTON ROCHA – Transição em que sentido você fala?

PIMENTA – É que há a expectativa de que essa gestão seja por um período transitório.

HELINTON ROCHA – Tudo é transitório. Minha nomeação é até que o ministro queira. Eu tenho 30 anos de Ministério e nunca assumi um cargo vitalício ou hereditário.

PIMENTA – Mas foi noticiado que sua nomeação será para uma temporada breve…

HELINTON ROCHA – Isso é boato, até agora eu não sei. Toda missão tem um fim. Eu por exemplo estou há sete anos ocupando diretorias dentro da Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário. Depende sempre da conveniência da administração e da confiança do ministro, e acho que é natural. O Jay (Wallace) fez um brilhante trabalho e estava com interesses pessoais, de voltar ao Pará, e acredito que isso motivou essa transferência, mas isso é natural. Cada administrador busca perfis diferentes para diferentes missões. A gente tem que estar preparado para isso, formando lideranças e buscando as parcerias necessárias para tocar o que faz.

PIMENTA – Qual é sua prioridade na gestão da Ceplac?

HELINTON ROCHA – A Ceplac tem um planejamento estratégico e não é um fim em si mesmo. Ela é um instrumento de desenvolvimento das culturas – da cacauicultura, do dendê, da borracha, da agrofloresta – e que são importantes. Há soluções que já estão encontradas há bastante tempo, então a missão da Ceplac tem acompanhado a questão do desenvolvimento sustentável. Acredito que o período que estamos vivendo, pós-Rio + 20, define papéis novos para as instituições. Acontece que a Ceplac já tem um rumo muito bem definido e acredito que nós vamos ter oportunidade de fazer o amadurecimento, a institucionalização e outros processos. A Ceplac é um órgão federal e há necessidade sempre de harmonizar essas políticas com as políticas regionais. A regionalização é uma bandeira do ministro Mendes (Ribeiro), e a Ceplac tem soluções regionais para problemas regionais no que diz respeito à questão do desenvolvimento sustentável.

 

O Jay (Wallace) fez um brilhante trabalho e estava com interesses pessoais, de voltar ao Pará.

 

PIMENTA – A produção de cacau tem crescido, mas ainda é necessário aumentar a produtividade por hectare. Como a Ceplac pode ajudar o produtor a enfrentar esse desafio?

HELINTON ROCHA – Esse é um desafio que faz parte da história da Ceplac, que nunca descuidou da questão da produtividade, da eficiência e estabilidade do sistema de produção, da melhoria da renda e portanto da distribuição do benefício gerado pela cadeia do cacau. Já existe uma estrutura definida e o que a gente pode eventualmente contribuir é fazendo com que ela seja uma instituição que se articule ainda mais com as forças e possibilidades. A gente vê muitas possibilidades para a cultura do cacau.

PIMENTA – A cabruca oferece um ganho ambiental importante, com a preservação da Mata Atlântica, mas hoje existe uma proposta de se investir na cacauicultura em outras regiões, inclusive com o cacau irrigado no semiárido, que oferece maior produtividade. Como o senhor vê essa tendência?

HELINTON ROCHA – É um caminho natural. A cacauicultura baiana tem suas peculiaridades e as potencialidades disso vão ocorrer fundamentalmente com o apoio da cacauicultura baiana, porque aqui você tem as melhores referências científicas, técnicas, conceituais e que são capazes de instrumentalizar essa nova experiência. Não podemos imaginar que as coisas vão nascer da estaca zero com todo esse capital humano que nós temos dentro da Ceplac.

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Ao responder a uma leitora sobre as incertezas da vida, o colunista Ousarme Citoaian (que assina a coluna UNIVERSO PARALELO aqui no Pimenta) disse que também ele emprega expressões do tipo “penso”, “parece” e semelhantes, por não ter “propriedade sobre as tais certezas certas”. O jornalista “pensa” que quem não duvida de si mesmo se transforma em morada da presunção – sendo esta “irmã siamesa da arrogância e da empáfia, e inimiga inconciliável da humildade”.

O titular do UP repete o conselho que um amigo seu ouviu do pai: “ao se sentir cheio de afetação e superioridade, visite o cemitério, para ver como, no final das contas, ali todos se igualam” – e lembra um curioso diálogo de José Lins do Rego e Graciliano Ramos, sobre o pessimismo deste.

Para ver a coluna desta semana e o total do comentário, clique aqui.

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Boa notícia: cerca de 80 mil toneladas de açúcar, produzida no Tocantins, estão sendo embarcadas para países da Europa e da Ásia, através do Porto do Malhado, em Ilhéus. É mais uma carga importante para o porto ilheense, que hoje vive basicamente a importação de cacau e dos navios de turismo.

Agora a má  notícia: a profundidade do cais de atracação está em preocupantes 9,5 metros. Caso a dragagem não seja feita com urgência, o movimento de navios poderá se tornar impraticável.

E ai, acabou-se o que era doce.

E também o que era grão, o que era minério, o que era turista…

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Quitéria, à esquerda, já é vice-presidente da UPB (Foto Marcos Souza/Pimenta).

A atual vice-presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeita da cidade de Cardeal da Silva, Maria Quitéria (PSB), tem trabalhado para ser a sucessora do atual presidente da entidade, o prefeito Luiz Caetano (PT), gestor de Camaçari.  A concretização da candidatura de Quitéria representa um passo a mais para que a união baiana tenha a primeira mulher no comando.

– Estamos alinhados com o contexto nacional. A presidente Dilma chegou ao poder pelo mérito, por capacidade. Temos uma mulher também na presidência da Petrobras, uma representante feminina baiana no Senado que é Lídice da Mata. Então, isso solidifica o trabalho das mulheres que se destacam – analisa Quitéria.

Segundo a prefeita, o seu trabalho realizado no seu município e ao lado de Caetano a credencia para a disputa. Já como atividade de campanha, a postulante terá reunião na próxima semana com prefeitos da região de Ipiaú. De acordo com ela, gestores de municípios como Caetité, Luís Eduardo Magalhães, Juazeiro, Irará e outros já demonstraram apoio a sua candidatura. Informações do Bahia Notícias.

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Da Agência Brasil

A data das provas do concurso para o preenchimento de 28 vagas e de cadastro de reserva do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região foi remarcada para 3 de fevereiro de 2013. A decisão foi tomada durante reunião da presidenta do TRT-10ª Região, desembargadora Elaine Vasconcelos, com  representantes do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) da Universidade de Brasília (UnB) e da comissão do concurso. As informações são confirmadas pelo TRT-10ª Região.

O novo calendário vai valer para todos os 54,9 mil inscritos que disputam 28 vagas e a formação de cadastro de reserva para os cargos de técnico judiciário e analista judiciário do TRT, que abrange o Distrito Federal e o Tocantins. Para o TRT, a nova data atende às exigências de segurança, eficácia e qualidade.

O concurso foi suspenso anteontem (11) em decorrência de problemas identificados na estrutura do prédio no qual ocorria as provas. Em Brasília, os candidatos que faziam o exame na Universidade Paulista (Unip) ouviram um forte barulho que foi confundido, inicialmente, com tiros. No momento do barulho, foi levantada a possibilidade de o prédio estar caindo e as pessoas começaram a correr.

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A disputa eleitoral no Sindicato dos Rodoviários e o protesto contra a ampliação ilegal da jornada de trabalho levaram a nova paralisação dos ônibus em Itabuna.

O protesto entra no segundo dia. O presidente do Sindicato, Joselito Paulo, o Pé de Rato, diz que as duas empresas que operam o serviço em Itabuna (São Miguel e Expresso Cachoeira) ignoram a legislação, enquanto as empresas acusam suposta jogada político-eleitoral.

Nos últimos anos, o sistema municipal reduziu a frota circulante de 100 para apenas 88 ônibus, além de ter implantado o sistema motocobra em que o motorista executa também a função de cobrador. Usuários se queixam de atrasos generalizados há muito tempo – e que isso piorou desde o ano passado com as mudanças implementadas pelo município.

Fiscais municipais anotam queda na qualidade do serviço. Reguladora do serviço, a Prefeitura de Itabuna não definiu representantes para tentar intermediar a disputa entre o sindicato e as empresas. O sistema transporta, aproximadamente, 40 mil passageiros por dia, que hoje estão recorrendo a serviços de táxi e mototáxi.

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Um detento ainda não identificado morreu na madrugada desta terça-feira, 13, durante briga no Conjunto Penal de Itabuna. Outros dois presos ficaram feridos.

Segundo o blog Vermelhinho, os envolvidos na confusão chegaram a ser levados para o Hospital de Base, mas um deles não resistiu aos ferimentos, que teriam sido produzidos por arma de fabricação artesanal (uma faca chamada “chucho”).

Há informações de que o Conjunto Penal está prestes a enfrentar uma rebelião. A unidade prisional é superlotada e dividida entre facções de traficantes que costumam ordenar homicídios de dentro da cadeia.

 

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Além de Ilhéus (ver nota abaixo), o serviço de transporte coletivo sofreu paralisação também em Itabuna nesta segunda-feira, 12. As empresas acusam o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Joselito Paulo dos Santos, o “Pé de Rato” de esvaziar pneus dos ônibus para evitar que os veículos saíssem da garagem.

Pé de Rato alega que as empresas do setor descumprem a regra legal que determina intervalo de 11 horas entre as jornadas de trabalho. As empresas, por sua vez, afirmam que o presidente da entidade que representa os trabalhadores utiliza essa situação como pretexto para gerar tumulto e capitalizar politicamente junto aos rodoviários, num período em que se aproxima a sucessão no sindicato.

Em nota, a Associação das Empresas de Transporte Urbano (Aetu) diz que em julho deste ano obteve, em dissídio coletivo, o direito de conceder os intervalos entre as jornadas de forma fracionada entre a primeira e a última hora de trabalho. Mas a entidade patronal admite que não conseguiu “êxito nos controles exigidos por lei, além do que, algumas poucas linhas não permitem que os intervalos sejam feito como previsto”.

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Ônibus parados, trabalhadores e estudantes a pé – esse foi o cenário hoje em Ilhéus (foto Blog Rumas)

Um verdadeiro rebu envolvendo a disputa pelo comando do Sindicato dos Rodoviários de Ilhéus deixou grande parte da população da cidade a pé nesta segunda-feira, 12. O motivo foi um protesto coordenado por integrantes de uma chapa que não conseguiu participar da eleição da entidade, ocorrida hoje.

Apesar de contar com apoio maciço da categoria, a chapa 3 foi alvo de uma operação que teria sido articulada pelas empresas do setor de transporte coletivo. A estratégia utilizada foi incentivar a renúncia do próprio candidato a presidente pela chapa, que desistiu de participar da eleição alegando manipulação política no grupo, que tem por trás o vereador Jailson Nascimento (PMN) e o sindicalista e ex-candidato a deputado federal Bebeto (PSB). As outras duas chapas que disputaram o pleito são ligadas à União Geral dos Trabalhadores e à Força Sindical.

Quem acabou sofrendo as consequências dessa briga foi o usuário do transporte, já que os membros da chapa 3 articularam uma paralisação geral do serviço. Nas ruas, o que se via eram filas de ônibus parados, trabalhadores e estudantes a pé e muita confusão no trânsito. Com informações do blog Rumas.

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A sessão das Comissões Técnicas da Câmara de Vereadores de Itabuna transcorria normalmente na tarde desta segunda-feira, 12, até que um som inusitado para aquele ambiente (ou não!) tirou todos do foco e provocou uma risadaria geral. O barulho foi simplesmente o relinchar de um jumento, que é o toque do telefone celular do vereador Del Gally (PTdoB).

A algazarra que se seguiu à chamada recebida pelo vereador combinaria com um circo ou uma feira, mas não com uma Câmara Municipal, casa que alguns insistem em desrespeitar das mais variadas formas… Quando não é se locupletando, é fazendo presepada.

Felizmente, o telefone de Del Gally não irá relinchar no legislativo por muito tempo, já que ele não se elegeu em outubro.

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Caso vingue as mudanças aprovadas no texto que propõe nova partilha de royalties do petróleo entre estados e municípios, Itabuna e Ilhéus terão receita extra superior a R$ 4,5 milhões.

Hoje, os dois maiores municípios sul-baianos arrecadam, anualmente, em torno de R$ 930 mil. Se o texto aprovado pela Câmara não for vetado pela presidente Dilma Rousseff, os dois municípios passam a receber R$ 5.447.538,00 de royalties.

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Os vereadores de Itabuna discutiram nesta segunda-feira, 12, na sessão das Comissões Técnicas, o projeto que dispõe sobre mudanças no Código Tributário do Município.

A proposta corrige distorções da lei aprovada em 2009, quanto à definição de taxas por zoneamento. Como se trata de tema complexo, os vereadores solicitaram que os técnicos do Departamento de Tributos voltem nesta terça à Câmara para esclarecer dúvidas. O diretor da área, Emerson Carvalho, já esteve com os membros do legislativo na semana passada.

Ao contrário do que havia anunciado, o vereador Adeládio Pezão (DEM) não apresentou hoje seu parecer sobre as contas do ex-presidente da Câmara, Edson Dantas, referentes ao 2008. O vereador é também o relator das contas de 2009 do prefeito Capitão Azevedo (DEM).

Pezão disse que apresentará o parecer sobre a gestão de Edson Dantas na próxima sessão das Comissões Técnicas.

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Barragem é apontada, tecnicamente, como solução para Itabuna.

Apontada como solução para o abastecimento de água em Itabuna, a obra da Barragem do Rio Colônia, em Itapé, já tem empresa definida. A Construtora Andrade Galvão venceu o processo licitatório para construção da obra orçada em R$ 70,9 milhões. O prazo máximo de conclusão da obra é de 18 meses. Ainda cabe recurso à definição do nome da empresa.

A barragem é sonho dos itabunenses e, segundo estudos técnicos, aumentará a vazão do sistema de água no município de pouco mais de 800 para 1.405 mil litros por segundo. A obra dos governos da Bahia e Federal deve começar no início do primeiro semestre de 2013.

A área a ser alagada com a construção da barragem é de 1.621 hectares, compreendendo os municípios de Itapé e Itaju do Colônia. A estrutura para represamento d´água terá altura de 19 metros e armazenamento de até 62 milhões de metros cúbicos, conforme projeto apresentado pelo Governo do Estado.

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Spartakus e a premiação do Festival Brasileiro de Publicidade (arquivo pessoal).

O itabunense Spartakus Santiago recebeu a lâmpada de prata do concurso cultural universitário do 38º Festival Brasileiro de Publicidade, no último final de semana. Calouro, Spartakus cursa Publicidade na Universidade Federal Fluminense (UFF).

Spartakus diz que ser calouro, fazer um anúncio e já ganhar uma lâmpada de prata o faz imaginar como será o futuro profissional. “Dá muito autoestima e [enxergar] um futuro muito grande para mim”, disse à InterTV. O concurso cultural foi vencido também por um aluno da UFF, Gabriel Gomes de Almeida.

O 38º Festival Brasileiro de Publicidade teve 800 anúncios e os vencedores foram as agências paulistas Almap Bbdo e Leo Burnett Tailor Made. A Burnett ganhou com a campanha de incentivo à doação de sangue (feita para o Vitória).

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Seleções e concursos públicos em todo o País oferecem cerca de 32 mil vagas e salário que chegam a R$ 22.911,72, caso do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Na Bahia, vagas estão sendo oferecidas em concursos públicos como o da Prefeitura de Itamaraju, no extremo-sul do Estado.

O governo baiano oferece vagas por meio do Reda no Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) e Superintendência de Estudos Econômicos (SEI), da Secretaria Estadual de Planejamento, além de vagas na área ambiental. Confira as vagas e os editais clicando no link

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