DEBATE NA RECORD

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Os quatro principais candidatos à Presidência da República debatem, neste momento, na TV Record (TV Itapoan). Dilma Rousseff, Marina Silva, José Serra e Plínio de Arruda Sampaio participam de confronto com previsão para durar duas horas.
Acompanhe do twitter do Pimenta (@seupimenta).

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O rubro-negro baiano vacilou diante do Fluminense-RJ e perdeu a segunda partida no Barradão pela Série A em 2010. O Vitória estava embalado por uma série invicta de cinco jogos, mas não suportou o Flu, que goleou o Atlético-MG na quinta, por 5 a 1. O jogo desta tarde acabou 2 a 1 para os cariocas.
O Flu abriu o placar numa cobrança de pênalti de Conca, aos 11 minutos do segundo tempo. Aos 17min, Henrique empatou após aproveitar rebote do goleiro Rafael em cobrança de falta de Bida. Nem deu tempo de o Vitória comemorar. Rodriguinho aproveitou passe açucarado de Conca e estufou a rede do goleiro Lee, aos 19min.
O rubro-negro perdeu a oportunidade de escalar algumas colocações na classificação geral. O Fluminense retomou a liderança do campeonato favorecido pela derrota do Corinthians diante do Inter-RS. O Vitória volta a jogar na quarta, na Arena da Baixada, contra o Atlético-PR.

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O DEM divulga inserção nos intervalos comerciais das tevês baianas sobre o último Datafolha em que Wagner aparece com 48% (tinha 53%) e Paulo Souto com 21% (ante 16% na pesquisa anterior do mesmo instituto).
Uma voz diz que Wagner caiu 5 pontos, enquanto Souto subiu cinco.
Para fechar, o locutor democrata diz que a diferença entre eles caiu “doze pontos“.
Ou seja, conseguiram fazer com que 5+5 seja igual a 12.

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Com o empate registrado entre Geddel (PMDB) e Paulo Souto (DEM) na última pesquisa (cada um com 15%, e Wagner com 52%), o Ibope fará três simulações de segundo turno na pesquisa com campo de 29 de setembro a 2 de outubro, véspera do Dia D. Eis os cenários que serão apresentados aos 2.002 eleitores:
1º cenário – Wagner x Geddel
2º cenário – Geddel x Souto
3º cenário – Wagner x Souto
A pesquisa, contratada pela Rede Bahia, será divulgada no BA-TV do dia 2, e tem margem de erro de 2 pontos percentuais. Será a maior já feita em solo baiano desde o início da corrida eleitoral, O registro foi feito ontem, conforme disponibilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Esta semana que se inicia terá ainda, pelo menos, duas pesquisas. O Datafolha consulta 1.170 eleitores nos dias 28 e 29. O Vox Populi ouvirá mil eleitores, nos dias 25 a 27 de setembro, afora as de boca de urna.

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Leonardo Boff | do site Vermelho
Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso” pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais”, onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.
Esta história de vida me avaliza fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de ideias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.
Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando veem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos de O Estado de São Paulo, de A Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja, na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem desse povo. Mais que informar e fornecer material para a discusão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.
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Em seu blog, o jornalista Luiz Carlos Azenha, levanta questão bastante pertinente sobre o comportamento do Partido Verde (PV). Ele observa que os militantes da legenda demonstram grande interesse em salvar a Amazônia e pelo desenvolvimento sustentável (perfeito!), mas têm atuação anêmica (para não dizer, nenhuma) com relação às condições ambientais nas grandes metrópoles, como São Paulo.
Questões como o controle da qualidade do ar em Sampa, ou a despoluição do Tietê, passam ao largo das preocupações dos “verdes”.
O jornalista destaca a condição do PV em São Paulo, onde o partido é satélite do PSDB. E lembra que o cumprimento de medidas de preservação e recuperação ambiental naquele estado impactaria na margem de lucros de grandes empresas… Entre elas, as grandes financiadoras da aliança PSDB/PV.
Isso, nem pensar…

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Na campanha, Tiririca popularizou o bordão "pior que tá não fica"

O palhaço Tiririca, candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados e provável fenômeno eleitoral, está na mira do Ministério Público. Segundo reportagem da Época que circula neste fim de semana, há fortes indícios de que Tiririca seja analfabeto.
A revista tentou submeter o candidato a um questionário, o que deu certo enquanto as perguntas foram lidas pelo repórter. No momento em que pediram a Tiririca para ler as questões, “o bicho pegou”.
PIOR QUE TÁ, FICA – O MP poderá obrigar o palhaço a fazer um teste para ver se ele sabe ler e escrever. Colegas de profissão e funcionários da Record, onde Tiririca participa de um programa humorístico, dizem que ele é analfabeto. Se realmente for, estará proibido de manter a candidatura, por conta de impedimento constitucional.

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Secretária do prefeito de Itabuna está presa desde o dia 23 de agosto

Entediada e desconfortável com a temporada no Conjunto Penal de Itabuna, a secretária do prefeito José Nilton Azevedo, Suzana Andrade, estaria ameaçando gente que prometeu tirá-la da prisão, mas não cumpriu.
Suzana se encontra atrás das grades desde o dia 23 de agosto, sob acusação de homicídio. De acordo com a polícia, ela matou o próprio companheiro, Alex Santos, com dois tiros pelas costas.
Consta que o advogado da secretária, Carlos Burgos, impetrou pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça, mas a corte negou o benefício. A negativa teria irritado Suzana e, de acordo com o blog do radialista Reginaldo Silva,  a acusada mandou recado “para uma autoridade executiva de uma cidade da América Latina”.

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Marco Wense

Nem mesmo Leonel Brizola, então candidato ao Palácio do Planalto, sofreu tanta discriminação por parte dos “jornalões”.

A livre manifestação do pensamento é imprescindível para o Estado de Direito. É condição sem a qual não existe democracia e, como consequência, o exercício pleno da cidadania.
Essa prerrogativa constitucional não poder servir de escudo para proteger os que violam a imagem, a vida privada e, principalmente, a honra das pessoas. Não é à toa que a Carta Magna assegura o direito de resposta e a indenização por dano moral.
Setores do PT estão chiando em relação aos chamados “jornalões”, que, segundo os petistas, maculam a imagem de Dilma Rousseff, candidata da legenda à Presidência da República. O alvo principal é a Folha de São Paulo.
Salta aos olhos – e não precisa ter olhos de coruja – que a Folha tem uma escancarada preferência pelo candidato do PSDB, o tucano José Serra, ex-governador do Estado de São Paulo.
Nem mesmo Leonel Brizola, então candidato ao Palácio do Planalto, sofreu tanta discriminação por parte dos “jornalões”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi vítima da parcialidade e do preconceito.
O tucano José Serra anda prometendo um salário mínimo de R$ 600,00 e reajuste de 10% para aposentados e pensionistas, sem falar no pagamento do décimo terceiro para os beneficiários do Programa Bolsa Família e dois professores para cada sala de aula.
Um estudo técnico do Ministério do Planejamento aponta que cada real acrescentado ao salário mínimo corresponde a um impacto de R$ 290 milhões nas contas públicas. O mínimo de Serra custaria R$ 17,7 bilhões a mais por ano.
Já que a possibilidade de um segundo turno é remota, o desespero do tucanato aponta para um único caminho: prometer tudo. A sabedoria popular costuma dizer que fulano está prometendo “Deus e o mundo”.
Em decorrência dessas mirabolantes e irresponsáveis promessas, o presidenciável do PSDB está sendo chamado, até mesmo por colegas economistas, de “tucano neopopulista”.
Se as promessas fossem da candidata do PT, a Folha e o Estadão, em editorial, estariam dizendo que a Previdência Social não suportaria esses aumentos, já que o déficit já ultrapassa R$ 5,4 bilhões.
O anti-Dilma da Folha e do Estadão, cada vez mais explícito, arranha a tão propagada credibilidade desses dois grandes jornais, que para o pessoal do PT são “jornalões”.
CEI

(Foto Duda Lessa)

O vereador Claudevane Leite, o Vane do Renascer, relator da Comissão Especial de Inquérito que apura irregularidades no Legislativo de Itabuna, tem a grande oportunidade de mostrar que é uma das poucas exceções da Casa, já que a regra, infelizmente, é o nivelamento por baixo.
Para isso, é preciso, com a coragem que o caso requer e em respeito ao seu cativo eleitorado, elaborar um relatório conclusivo, sem subterfúgios, dando nomes aos “bois”, apontando os vereadores envolvidos com o lamaçal que toma conta da “Casa do Povo”.
Se assim proceder, o vereador pode até se tornar um prefeiturável do PT, sendo mais uma opção aos nomes de Juçara Feitosa, Miralva Moitinho e do próprio Geraldo Simões.
Nas bolsas de apostas, a opinião de que a CEI vai virar uma gigantesca pizza, recheada com marmelada, é de 10 para 1. Ou seja, somente uma pessoa acredita que algum vereador seja punido.
DEBATE
No debate da TV Itapoan/Rede Record, o candidato do PMDB, Geddel Vieira Lima, presenteou o governador Jaques Wagner (reeleição-PT) com uma declaração de Paulo Souto.
Questionado pelo peemedebista sobre o aumento da violência no seu governo – o então pefelista governou a Bahia por oito anos -, o agora democrata (DEM) disse que não podia resolver tudo “em dois mandatos”.
Pois é. Quer dizer que o governador Jaques Wagner tem que solucionar todos os problemas de segurança pública em apenas quatro anos? Tenha santa paciência, diria o jornalista Luiz Conceição.
Com a reeleição, Wagner governaria a Bahia por oito anos, que é a metade dos 16 anos, o tempo que o carlismo mandou – ininterrupamente – na Bahia. O tempo do manda quem pode, obedece quem tem juízo (ou medo).
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.
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Os postos de combustível que abastecem os tanques dos veículos da prefeitura de Itabuna estava assim, ó, minutos antes da carreata do candidato a governador da Bahia, Geddel Vieira Lima (PMDB). Como bem anotou o vibrante Trombone, houve uma correria aos dois postos, localizados na Amélia Amado e na Inácio Tosta Filho, coladinhos e no centro de Itabuna.

Postos anotaram uma corrida nunca antes vista (Foto Blog O Trombone).

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INTELECTUAIS SÃO SENSÍVEIS A ELOGIOS

Ousarme Citoaian

Algum escritor (ou, para ser justo na provocação, algum profissional) é insensível ao elogio? Provavelmente não, mas alguns disfarçam bem essa humana fraqueza. Parece que tudo se resolve se tratarmos o assunto com certa dignidade, sem entregar o jogo, desfazendo-se em felicidade a propósito de qualquer referência encomiástica, feito donzela pudica que se ruboriza diante de um galanteio oblíquo. Quando Machado de Assis disse, a propósito da Academia, “Esta é a glória que fica, eleva, honra e consola”, denotou certo pendor para a vaidade. Mas, anos antes, ele foi mais específico: “Amo elogios. Eles fazem bem à alma e ao corpo”.

“UM ELOGIOZINHO, PELO AMOR DE DEUS”

Na crônica “Tudo são vaidades” Fernando Sabino fala de um intelectual que vivia de chapéu na mão, dizendo: “Um elogiozinho, pelo amor de Deus…”. Seria Jorge de Lima (foto) e a história foi uma maldade criada pelo genial Nelson Rodrigues: numa cafeteria, o poeta viu Clarice Lispector, aproximou-se dela e se apresentou: “Sou o poeta Jorge de Lima”, ficando à espera de algum elogio, que não veio. Clarice não tugiu nem mugiu e o escritor alagoano afastou-se tristonho, cabisbaixo, à beira da depressão. Dê-se à estória o desconto de ser da lavra de Nelson Rodrigues, um autor que se valia, como poucos, do exagero.

MÁRIO E AS SUAS “VAIDADES JUSTIFICÁVEIS”

Se o taciturno e contido Machado amava o elogio, Mário de Andrade (foto) não lhe ficou atrás, ao dizer que “são justificáveis certas vaidades, quando nascidas de um sadio desejo de ver o valor de sua obra reconhecido e aclamado”. No popular, circunlóquios à parte, vaidoso. Conta-se que Cyro dos Anjos, a exemplo do autor de Dom Casmurro, preferiu ser direto. Quando lhe perguntaram por que entrou para a ABL, respondeu: “Vaidade”. Se não estou enganado, é Marques Rebelo (citado por Hélio Pólvora) quem tem a receita para suprir a necessidade de elogios: “A única crítica que realmente interessa é a dos amigos”.

PONTO COMUM ENTRE FUTEBOL E NOVELA

Um jogo de futebol tem sua duração dividida em duas frações de 45 minutos, chamadas de primeiro e segundo tempos. Qualquer brasileiro sabe disso, pois futebol é o esporte nacional, de sorte que todos nós conhecemos um pouco dele, nem que seja por osmose. É como novela da Globo: somos tão bombardeados pela mídia que não há como não ter informações sobre o gênero, por mais que se o deteste. Voltando ao esporte bretão: na tevê, fico sabendo que o árbitro deu, na partida a que assisto, “três minutos de acréscimo”, e que “o jogo vai até os 48 minutos”. É mais uma bobagem dita por um comunicador e repetida por outros: a lei do futebol estabelece duas etapas de 45 minutos, num total de 90. Nada mais.

DESCONTO E ACRÉSCIMO SÃO INIMIGOS

O árbitro não acrescenta nada aos tempos definidos pela Fifa. Ele desconta o tempo em que o jogo, por qualquer motivo, esteve interrompido (substituições, atendimento médico, fenômenos meteorológicos, troca de sopapos, falta de bola, algum engraçadinho que invadiu o campo, e por aí vai). O árbitro (preferível a juiz!) controla com um cronômetro o tempo jogado, com outro as interrupções – que são os descontos do período de 45 minutos. Se o jogo foi parado durante cinco minutos, por hipótese, ele precisa dar esses cinco minutos de desconto, para atender à exigência legal. Se ele não der esse desconto das paralisações o tempo de 45 terá sido reduzido a 40, com flagrante trauma às normas da Fifa.

RIQUEZA QUE VEM DAS ARQUIBANCADAS

Nossa tese é de que as redações precisam ler mais e repetir menos, tendo zelo com a linguagem, não só no esporte. A renovação da língua não deve ser feita com invenções elitistas e agressivas, mas de forma natural, aquela que nasce nas ruas e, para o caso, nas arquibancadas. O português absorveu expressões que enriqueceram a linguagem do futebol: chapéu, meia-lua, comer a bola, freguês, chega-pra-lá, passeio, chocolate, cama-de-gato, ladrão (aquele que “rouba” a bola), bola quadrada, bola comprida e outras de agradável sabor brasileiro. Mas desconto e acréscimo são termos antagônicos – e se o árbitro acrescentar será demitido por justa causa: o jogo só tem 90 minutos – é a Fifa quem o diz.

NOME PRÓPRIO IMPOSTO PELO CARTÓRIO

Dia desses falávamos aqui de nomes próprios e as barbaridades que com eles são feitas nos cartórios brasileiros (brasileiros, sim, pois em Portugal não tem disso não – lá, ao que me consta, se observa a norma da língua!). Pois lembrei-me de uma prova de que, além de anotar nomes de grafias esdrúxulas (muitas vezes por sugestão dos pais), o cartório também impõe nomes, de acordo com o gosto do escrivão. Esta aconteceu em São Paulo, nos anos cinqüenta e está narrada em livro de grande êxito de vendas.

SEBASTIANA NÃO É NOME DE GENTE FINA

Ao procurar registrar a filha, a mãe disse o nome: Sebastiana (um bom nome português, com origem em São Sebastião). A escrivã foi direta: “Com este nome eu não registro, pois todo nortista que chega aqui quer botar o nome de Sebastião ou Sebastiana. Povo sem criatividade!” O argumento da mãe (“é um nome bonito”) não convenceu a escrivã: “Pode ser bonito, lá pras suas bandas” (…), mas que em SP ela teria que botar um nome de gente fina, “gente classificada”. E decidiu que a menina se chamaria Ruth.

E ASSIM TIANA FOI “PROMOVIDA” A RUTH

O episódio está bem contado no livro A história de Lula, o filho do Brasil (da jornalista Denise Paraná), mostrando como a irmã mais nova do futuro presidente da República (de nome Sebastiana e apelido Tiana), passou a se chamar Ruth (assim com TH, coisa fina, de gente classificada). O melhor dessa página de autoritarismo e desrespeito aos pobres Denise Paraná deixa por último: quando dona Lindu, a mãe de Lula e Tiana, perguntou o  nome da escrivã, esta respondeu: Ruth. Mulher classificada, já se vê.

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HAVIA UMA LUA BRANCA NAS PEDRAS NEGRAS

Havia céu e sol na correnteza,
Brilhinhos chuviscando a natureza.
Nos peraus e pedras negras havia
Uma lua, branca ave sem ser fria.

Não havia dúvida nem certeza
Apenas rioflor, risos de pureza.
Certamente, canção de noite e dia,
Certamente uma fábula que havia.
E olhos de outras águas, de lei renhida,
Rosto de sofrido sol, de sombria
Lua, decididamente haveria

Vendo vidrinho sem antiga dança,
Prata da noite em superfície mansa
Reinventando o mistério da vida.

SE “ELA” FALA, EU ME CALO E BATO PALMAS

“Soneto do rio Cachoeira” é de Cyro de Mattos, tirado de Vinte poemas do rio (na foto, a capa do livro em alemão). O tema é recorrente (basta ver o título do livro). “Cyro de Mattos é um dos grandes escritores da minha terra, da minha cidade, Itabuna. Portanto, um irmão das mesmas águas, das mesmas sombras dos cacauais”, assinala Margarida Fahel, dizendo da prosa de Cyro que “muitas de suas palavras falam por mim, falam de mim, também grapiúna”. E acrescenta que ler Cyro de Mattos é “participar da missão de eternizar em cada um a alma de um rio, de uma terra, de uma civilização”, além de “reconhecer um pouco que seja da verdade humana, pungente de dor e de mistérios”.  E quando Margarida Fahel se pronuncia, eu me calo e aplaudo.

ENCANTO ADORMECIDO HÁ MEIO SÉCULO

A marcha-rancho (que já foi conhecida como marcha de rancho) está tão demodé quanto o sapato de duas cores, o vestido tubinho, a calça boca de sino e a coqueluche. Tão surpreendente quanto o espartilho, a bengala, o chapéu palheta, o cabriolé e o fusca de quatro portas. Mas o gênero já teve seus dias de glória – e coleciona clássicos da MPB que embalaram gerações e, supõe-se, embora adormecido, ainda conserva seu encanto. Em épocas diferentes (talvez até os anos sessenta), uma marcha-rancho sempre esteve nas boas bocas do Brasil. Sem ameaçar os grandes hits da hora, mas sempre presente, graças a seu público fiel.
</span><strong><span style=”color: #ffffff;”> </span></strong></div> <h3 style=”padding: 6px; background-color: #0099ff;”><span style=”color: #ffffff;”>E FRED JORGE CRIOU CELLY CAMPELLO!</span></h3> <div style=”padding: 6px; background-color: #0099ff;”><span style=”color: #ffffff;”>No auge do sucesso, em 1965, a música teve uma versão no Brasil, gravada por Agnaldo Timóteo. Como costuma ocorrer com as

PEQUENA RELAÇÃO DE OBRAS-PRIMAS

As pastorinhas/1934 (Noel Rosa-Braguinha); Estrela do mar/1952 (Marino Pinto-Paulo Soledade); Rancho das flores/1961 (Vinícius, sobre tema de J. S. Bach); Estão voltando as flores/1962 (Paulo Soledade); Rancho das namoradas/1962 (Vinícius-Ari Barroso);  Marcha da Quarta-Feira de Cinzas/1963 (Vinícius-Carlos Lyra); Porta-estandarte /1965 (Fernando Lona-Geraldo Vandré) – e  certamente outras grandes que me escapam da memória – são exemplos da importância da marcha-rancho. Vinícius de Morais (foto), mestre no gênero (há três dele na minha relação de sete!), mantinha, como todo intelectual que se preza, permanente diálogo com o passado, e a marcha-rancho era uma de suas pontes.

MUITA POESIA, POUCO RECONHECIMENTO

Biógrafos atribuem ao poeta carioca a afirmação de que a marcha-rancho fazia parte de um tempo em que música de carnaval era poesia.  Alguns deles citam também como do Poetinha uma frase que resume, numa expressão de gíria, o que ele pensava sobre o conteúdo poético desse gênero: “Marcha-Rancho é covardia!” Aqui, para retomar a intimidade com um estilo quase extinto (e aproveitando o gancho da primavera recém-chegada), Estão voltando as flores, de Paulo Soledade – gravada inicialmente por Helena de Lima e Dalva de Oliveira (foto) – em registro moderno da melhor voz masculina surgida na MPB dos últimos 37 anos: Emílio Santiago.

(O.C.)
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Do G1
O Ibope divulgou mais uma pesquisa de intenção de voto para a Presidência da República. Na média nacional, segundo o levantamento, a candidata petista Dilma Rousseff tem 50%, contra 28% do tucano José Serra e 12% de Marina Silva (PV).
Além dos números gerais, o Ibope também calculou o percentual alcançado pelos candidatos em segmentos do eleitorado como sexo e nas regiões do país.

Eleitorado masculino e feminino
Entre os eleitores do sexo masculino, Dilma aparece com 53% das intenções de voto, contra 27% de Serra e 10% de Marina.
Já entre as mulheres, a petista tem 48%, o tucano, 29%, e Marina, 13%.
Por região
No Nordeste, Dilma foi de 66% para 64%; Serra de 16% para 20%; e Marina, de 7% para 8%.
No Norte/Centro-Oeste, Dilma tinha 46% e foi para 48%; Serra foi de 30% para 31%, e Marina manteve 13%.
No Sudeste, Dilma foi de 48% para 45%; Serra, de 24% para 30%, e Marina foi de 14% para 13%.
No Sul, Dilma foi de 42% para 44%; Serra manteve 35%, e Marina foi de 10% para 13%. O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 202 municípios de 21 setembro a 23 de setembro

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Do A Região
O Tribunal de Justiça da Bahia negou o recurso e Jeferson Cabral e Silva, o “Jefinho”, vai a júri popular pelo assassinato da ex-namorada Camila Vieira dos Santos. Ela foi morta no dia 9 de março na recepção do Eros Motel, na BR-415, em Itabuna.
O recurso para que o acusado aguardasse o julgamento em liberdade foi negado pelo desembargador Mário Alberto Simões. A decisão foi publicada na edição de quinta do Diário do Poder Judiciário. O TJ já havia negado habeas corpus no mês passado.
Jeferson Cabral é réu confesso do assassinato da ex-namorada. Ele alegou que matou Camila Vieira porque ela insistia em fazer programas. A mulher foi executada a tiros depois de horas de discussão com o acusado.