Tempo de leitura: < 1minutoMendigos na Praça José Bastos, no centro de Itabuna.
Indignado com o abandono de áreas de lazer em Itabuna e a desorganização na área central, leitor do blog resolveu desabafar. Eis o lamento:
Hoje, qualquer morador que gosta de Itabuna tem vergonha de receber um visitante e apresentar a cidade. O centro é uma completa desorganização: pedestres disputam espaço com ambulantes, o entorno da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) transformou-se numa extensão do Centro Comercial, uma grande feira-livre. As praças centrais são morada de mendigos e usuários de crack. A praça José Bastos, no coração da cidade, é cenário dos mais deprimentes. Ali, mendigos utilizam o espaço para lavar e secar suas roupas, cozinhar e até manter relações sexuais.
A atual gestão está vivendo seus últimos dias. Infelizmente, não podemos contar com a prefeitura nem para resolver os menores problemas do dia a dia. Parece que o prefeito Claudevane Leite não vê a hora de passar a bola, o pepino para o seu sucessor.
A agenda do desenvolvimento urbano de Itabuna para os próximos anos será discutida nos próximos dias 20 e 21, no Centro de Cultura Adonias Filho. O evento também irá definir os delegados locais para a edição estadual da Conferência das Cidades.
A programação da conferência será aberta na segunda, às 19h, com palestra de Eleonora Lisboa Máscia, superintendente de Habitação da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur).
O evento será encerrado na terça, 21, com discussões relacionadas à mobilidade urbana, ao meio ambiente e saneamento básico, com os especialistas Ricardo Pereira, Lanns Almeida e Homero Mazottini Saes, coordenador estadual técnico e especialista em Gestão e Planejamento Urbano da Sedur. A eleição dos delegados ocorrerá na terça, à tarde.
Obra de baixa qualidade cedeu com as chuvas dos últimos dias e o peso dos caminhões.
Marcos Monteiro, secretário de Desenvolvimento Urbano, respondeu aos questionamentos feitos por este blog sobre quem pagará a conta da “reconstrução” de parte da Avenida Amélia Amado (veja aqui).
Segundo ele, a direção da Construtora Casa Própria se comprometeu a “assumir os custos das obras corretivas”.
Ainda por meio da assessoria, Monteiro disse que a intervenção da prefeitura “se deu em função da necessidade” de fazer as “correções” logo para evitar novos acidentes como o registrado na última terça, 22.
É impossível assistir ao filme sem ficar permanentemente com um nó na garganta e um embrulho no estômago, além do sentimento de impotência diante da crueldade.
A dispersão da praga da vassoura-de-bruxa na região cacaueira não foi algo natural e isso ficou totalmente comprovado em inquérito conduzido pela Polícia Federal há alguns anos. As investigações não conseguiram apontar os autores, mas concluíram que a forma como a doença se instalou denuncia um “modus operandi” todo especial, um plano macabro e destruidor, um ato humano deliberado, como sugere o excelente e fundamentado documentário produzido por Dilson Araújo.
O filme traz uma série de depoimentos e documentos oficiais, além de histórias de perdas financeiras, familiares e humanas ocorridas nessas terras a partir do fim dos anos 80 do século passado. Foi o fim de uma era, e é impossível traduzir em palavras a tragédia que se deu nessa região, onde mais de 250 mil trabalhadores perderam seus empregos nas fazendas de cacau e o êxodo para as cidades chegou a 800 mil pessoas.
Pesquisadores ouvidos no documentário atestam que o inchaço das favelas e todos os problemas sociais que vieram a reboque, como a falta de infraestrutura e a violência, têm relação direta com a bruxa que assombrou a região. Suas consequências foram também ambientais, com a destruição do sistema da cabruca em 600 mil hectares de fazendas. Muitas áreas onde a Mata Atlântica permanecia intacta, em uma convivência produtiva e ecológica de mais de dois séculos, foram transformadas em pastagens e a madeira nativa foi alimentar as serrarias.
Tragédia. Crime. Holocausto. Genocídio. Qual a palavra certa para descrever o que se deu nessa região? O Nó apresenta várias, sem deixar de mostrar que os cacauicultores foram vítimas duas vezes. Uma quando a vassoura se instalou, com galhos amarrados diligentemente por mãos assassinas; a outra quando a Ceplac recomendou providências equivocadas, que levaram os produtores a assumir dívidas que lhes atormentam até hoje. Os bancos exigem que eles paguem pelo que não surtiu efeito e o governo não assume o ônus pela falha.
É impossível assistir ao filme sem ficar permanentemente com um nó na garganta e um embrulho no estômago, além do sentimento de impotência diante da crueldade. São histórias destruídas, vidas destroçadas, uma cultura secular que deixou de existir por obra e graça de alguma ideia psicótica. De quem? A polícia diz que não sabe.
Não por acaso, O Nó é narrado quase num sussurro, por uma voz que parece ser de alguém que fala em meio a um velório. O tom é triste, o filme fala de morte.
A Travessa Isaura Pinho Lima era uma rua… (Foto Neandra Pina)
Ali não passa carro e moto e as pessoas caminham com medo e muita dificuldade. Era uma rua, a 3ª Travessa Isaura Pinho Lima, no Jaçanã, em Itabuna. Há muito tempo, o mato tomou conta e o esgoto corre a céu aberto. Festa para cobras e ratos, que “passeiam” por lá e colocam em risco a saúde dos moradores.
As principais vítimas do desleixo municipal são as crianças. Muitas adoecem pela falta de serviços públicos na Isaura Pinho. A prefeitura parece que não conhece o lugar. Carros e motos ficam no início da travessa e quando se precisa de atendimento médico móvel ou da polícia, é um sufoco.
Moradores disseram que o prefeito José Nilton Azevedo (DEM) esteve por lá há três meses. Atencioso, ouviu as queixas da comunidade e prometeu que tudo estaria resolvido em uma semana. Iria, pelo menos, mandar limpar a rua.
O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Sustentável de Itabuna (Comdur) já tem novo presidente, eleito nesta quinta-feira, (27), durante reunião ordinária na sede social da Usemi. O engenheiro Marcos Alan de Farias foi o escolhido para conduzir o conselho no triênio 2010-2012. Ele substitui o presidente provisório Roberto Mendonça.
José Alan é engenheiro ligado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Itabuna. Junto com Alan, também foram eleitos os outros “amigos” da gestão: o representante do Grupo de Ação Comunitária, Paulo Roberto Costa (vice-presidente); a secretária-executiva Norma Lúcia Fróes (representando a Secretaria de Assistência Social). A primeira-secretária é Inês Sobrinho da Silva Pereira, que também representa o Conselho Municipal de Educação.
Moradores do Califórnia, não sabem mais a quem (e como) apelar para que a prefeitura tape um buraco que fica cada vez maior na ponte sobre o canal que atravessa a rua da Glória.
Os relatos são de que crianças e idosos já caíram na quase-cratera que se forma na pequena ponte. Em algumas delas, pequenas escoriações. “Já fomos à televisão, usamos jornais e até agora nada”, reclama um morador, que não quis se identificar porque, segundo ele, trabalha numa empresa que presta serviços à prefeitura.
Será que o secretário de Desenvolvimento Urbano, Fernando Vita, anda tão insensível assim?
CRIANÇAS E IDOSOS já se machucaram na cratera aberta na ponte.
Outro morador, que trabalha no centro, ironiza: “o prefeito [Capitão Azevedo] só quer saber de Cinquentenário e Amélia Amado”. Logicamente, trata-se de uma referência aos projetos de revitalização de duas das principais avenidas do centro de Itabuna. Os moradores também reclamam da falta de iluminação no local, o que facilita a queda de crianças e idosos.