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Drogas, armas e dinheiro apreendidos com Erisson Aquino.
Drogas, armas e dinheiro apreendidos com Erisson Aquino Salomão.

Moto aprendida com Erisson ontem à noite.
Moto aprendida com Erisson ontem à noite.

A polícia militar prendeu ontem à noite em Ilhéus um traficante com 350 gramas de cocaína, duas balanças de precisão, revólver calibre 38, uma pistola PT 380 e R$ 1.380,00 em espécie.
Erisson Luiz de Aquino Salomão foi preso em flagrante, na Avenida Princesa Isabel. Ele estava usando camisa preta com brasão da Polícia Militar, segundo o Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) que realizou a abordagem.
Com o traficante ainda foram encontrados uma moto Honda Bros 150, vermelha, placa OKN-4442 e uma Honda Fan preta, placa NTM-2580, que teve a numeração adulterada para 2588. Erisson foi encaminhado para a sede regional da Polícia Civil e deve responder por tráfico de drogas, dentre outros crimes.

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professor júlio c gomesJúlio Cezar Gomes | [email protected]
 

Não fazer um carnaval local e popular é, na verdade, uma jogada de marketing para passar uma falsa imagem de austeridade, tal como cortar o cafezinho servido nas repartições para mostrar contenção de despesas. Pura balela.

 
Começou no sábado à noite, e não na sexta-feira, como sempre foi de costume nos carnavais de Ilhéus. Mesmo assim, de forma tímida, vacilante, sem nenhuma decoração específica. Mas o povo veio, embora em pouca quantidade. E foi bom, deu para pular carnaval até 1 ou 2 horas da madrugada, horário em que a última banda encerrou a apresentação.
A segunda noite teve um público melhor, embora nada que lembrasse os grandes carnavais de Ilhéus. É importante dizer que, de fato, este carnaval com bandas locais ou, no máximo, regionais, sem renome na mídia, em nada se compara àqueles que já tivemos em Ilhéus, com bandas e artistas nacionalmente conhecidos. Mas valoriza os artistas de nossa cidade, e talvez por isso muitos deles se apresentam dando o melhor de si.
Na terceira noite já havia uma quantidade de pessoas digna de um carnaval. Os blocos afros, marca do carnaval de Ilhéus, infelizmente se apresentaram muito juntos. Ficou a impressão de que o show proporcionado por estas importantes agremiações poderia ser melhor aproveitado. Mas estavam presentes os elementos que caracterizam um carnaval: presença e alegria popular, e blocos diversos. Ao fim dos shows no palco, uma tremenda chuva alagou completamente a Avenida Soares Lopes. Ninguém controla a natureza.
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O conflito entre agricultores e autodeclarados tupinambás foi tema de reportagem especial do Jornal da Band, ontem à noite (25). Valteno de Oliveira ouviu produtores e governo federal.
Agricultores vítimas da violência na região são mostrados em cima da cama, paralíticos, após serem alvos de tiros. O drama da família do agricultor Juraci Santana abre a reportagem. Confira:
 

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Ônibus novos do município estacionados no Estádio Mário Pessoa (Foto Agravo).
Ônibus novos do município estacionados no Estádio Mário Pessoa (Foto Agravo).

O prefeito Jabes Ribeiro e o seu chefe de gabinete, Victor Veiga, viajaram para o Rio de Janeiro nesta semana de carnaval. Até a próxima quinta (27), segundo o prefeito, participarão de reuniões na sede do BNDES na capital fluminense. A agenda de reuniões no banco estatal foi sacudida com uma revelação do site Agravo.
O site revela que a prefeitura tem gasto uma fábula com a contratação de empresa para transportar alunos da zona rural, enquanto o município dispõe de frota própria de 16 ônibus. Parte da frota aguarda, desde novembro, a sua regularização.
A empresa beneficiada é a Terra Nova, que recebeu R$ 271.119,74 quando as escolas estavam fechadas por causa da greve na rede municipal. Confira a íntegra da denúncia no Agravo.

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Juraci, de boné, ao lado do ministro Cardozo: crime continua impune.
Juraci, de boné, ao lado do ministro Cardozo: crime continua impune.

A morte do agricultor Juraci Santana completou duas semanas sem que a polícia civil consiga prender os autores do crime. O produtor foi assassinado a tiros na madrugada da terça (11), no Assentamento Ipiranga, na Região do Maroim, em Una.
Testemunhas do crime informaram à polícia as características – e os nomes – dos três homens que executaram Juraci, que havia denunciado ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e prestou duas queixas à Polícia Federal sobre as ameaças de morte sofridas por ele. Os acusados são supostos caciques tupinambás.
Era final de noite, início de madrugada, quando três homens invadiram o assentamento à procura de Juraci. Os assassinos não se importaram com a presença da esposa e da filha da vítima. Cercaram a propriedade, aproximaram-se da vítima e desferiram vários tiros.
15 DIAS DE IMPUNIDADE
Um líder do movimento de agricultores da área do conflito disse ao PIMENTA que bilhetes anônimos foram entregues à polícia civil. Neles, informações sobre a localização dos executores de Juraci:
– Há um clima de revolta por causa dessa impunidade. Eles nos sufocaram, nos calaram com polícia, Força Nacional e Exército. Parece que tudo isso é pra gente, por que até as reintegrações de posse eles suspenderam, enquanto os assassinos continuam gozando de liberdade – disse a liderança que, temendo represálias, pediu anonimato.
Ele próprio explica o porquê do anonimato:
– A polícia não nos protege e os tupinambá ou sei lá o que continuaram aprontando depois do crime, retaliando as pessoas. Até a casa de uma agricultora de mais de 90 anos eles tocaram fogo, destruíram, porque ela participou do velório e do enterro de Juraci. Estamos sem proteção. Protegidos estão os supostos índios.
CONFLITO ATINGE 3 MUNICÍPIOS
Região viveu intenso confronto no dia da morte de Juraci (Foto Gilvan Martins/Pimenta).
Região viveu intenso confronto no dia da morte de Juraci (Foto Gilvan Martins/Pimenta).

O conflito envolve produtores e autodeclarados tupinambás. A disputa ocorre em uma área de 47,3 mil hectares entre os municípios de Una, Buerarema e Ilhéus onde estão cerca de 800 pequenas propriedades, 100 das quais já invadidas, segundo a Associação dos Pequenos Produtores de Ilhéus, Una e Buerarema (Aspaiub).
A disputa ficou ainda mais acirrada após a Fundação Nacional do Índio (Funai) apresentar um relatório de demarcação estabelecendo a área que, supostamente, pertenceria aos tupinambás. O relatório foi entregue ao Ministério da Justiça. O documento foi devolvido à Funai por ser considerado “inconsistente”.
Apesar da violência e do clima de instabilidade que afeta propriedades rurais e turísticas, os prefeitos dos três municípios permanecem em silêncio – Jabes Ribeiro (Ilhéus), Diane Rusciolelli (Una) e Guima Barreto (Buerarema), o que provoca revolta dos produtores.

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Irreverência é marca do carnaval da Ponta da Tulha
Irreverência é marca do carnaval da Ponta da Tulha

Como tem feito há 13 anos, a comunidade da Ponta da Tulha, na zona norte de Ilhéus, organizará sua animada festa no período momesco. A folia, a partir do próximo sábado (1º), terá a irreverência dos blocos Barriga de Aluguel As Kaprixosas, ambos sob a coordenação de Janilton Cirne (o Delegado) e apoio de Jane Borges.
As fantasias estão à venda e custam 20 reais. Interessados devem ligar para (73) 3656-9110 ou (73) 8846-8261.

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O governo baiano promove audiência pública em Ilhéus, amanhã (21), voltada à seleção de acionistas para construir, e explorar o terminal de utilização privado (TUP) do Porto Sul. A audiência está prevista para as 8h, no Centro de Convenções de Luís Eduardo Magalhães, na Avenida Soares Lopes.
O terminal terá o Estado como sócio minoritário em uma Sociedade de Propósito Específico (SPE). O edital de licitação deve sair em março e concluído em junho. Além deste, haverá outro terminal, a ser operado pela Bahia Mineração (Bamin).

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Novos protestos são programados por produtores (Foto Gilvan Martins/Pimenta).
Novos protestos são programados por produtores (Foto Gilvan Martins/Pimenta).

Os produtores rurais da área do conflito com índios e autodeclarados tupinambás estão ainda mais irritados com o governo federal. Após prometer que as reintegrações programadas seriam cumpridas, o Ministério da Justiça deu zignal nos agricultores. Somente para hoje (20) estavam programadas quatro reintegrações. Todas foram suspensas.
A promessa de que as liminares de reintegração seriam respeitadas foi feita aos produtores pelo assessor da Secretaria-Geral da Presidência da República, Nilton Godoy, em audiência com os pequenos produtores em Ilhéus, no final da semana passada.
A suspensão reforça a suspeita de produtores rurais de que a chegada do Exército seria mais para proteção aos índios do que para o restabelecimento da “lei e da ordem”.
A Associação dos Pequenos Produtores de Ilhéus, Una e Buerearema (Aspiub) entrou em contato com a Polícia Federal, Justiça Federal e Força Nacional de Segurança (FNS), confirmando que houve ordem de Brasília para que as reintegrações não ocorressem.
As reintegrações são cumpridas com o acompanhamento da Força Nacional, que foi impedida de cumpri-las pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), órgão do Ministério da Justiça.

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Enquanto os itabunenses passarão o período momesco “em branco”, os vizinhos ilheenses terão ao menos uma festinha na Avenida Soares Lopes. O evento será modesto, já que Ilhéus ainda se encontra em estado de emergência devido às chuvas de novembro, motivo que em Itabuna fez o governo desistir de promover a folia.
Segundo nota distribuída nesta quarta-feira (19) pela Prefeitura de Ilhéus, o Carnaval na “terra da Gabriela” terá apenas atrações locais. A contratação dos artistas, bem como a montagem da estrutura, será bancada com a ajuda de empresas como a Bahiagás.
A festa começa no sábado (1º) e vai até terça-feira (4), sempre a partir das 19 horas e com encerramento programado para as 2 horas da manhã.

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Alisson pede a cassação de Jabes.
Alisson pede a cassação de Jabes.

O vereador Alisson Mendonça (PT) encaminhou à mesa diretora da Câmara Municipal pedido de cassação do prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro (PP).
O governo teria cometido uma barbeiragem jurídica: o vice-prefeito Cacá Colchões sancionou o Orçamento 2014, quando estava na interinidade, e Jabes o executou sem que o legislativo analisasse os vetos, informa o site Ilheus24h.
Outro agravante é que, segundo o site Agravo, também de Ilhéus, o prefeito já executou pagamento de folha do funcionalismo e credores com o novo orçamento.
O caso de improbidade administrativa deverá ser votado pela casa, onde o prefeito possui ampla maioria. Dos 19 votos, ele teria, pelo menos, 12.

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Do Blog do Thame

Abiel: "Queremos justiça".
Abiel: “Queremos justiça”.

O Ministério da Justiça está devolvendo à Funai o processo de demarcação da área de 47 mil hectares nos municípios de Ilhéus/Olivença, Una e Buerarema, palco de um conflito entre produtores rurais e supostos índios tupinambás, que na segunda-feira resultou no assassinato do líder do Assentamento Ipiranga, Juraci Santana.
A devolução do relatório, que embora sem poder de decisão porque defendia da sanção do Ministério da Justiça, estava sendo utilizado como pretexto para as invasões, foi comunicada  ao presidente da Associação dos Pequenos Agricultores de Ilhéus, Una e Buerarema-Aspaiub, Abiel Silva Santos, durante reunião realizada hoje (13) na Associação Comercial de Ilhéus.
A reunião contou  com a participação de autoridades municipais, estaduais e federais e representantes das polícias e Exército . “Com a devolução do processo à Funai, os processos de reintegração de posse se tornam automáticos, porque as invasões, que já eram irregulares, agora se tornam ilegais”, afirma Abiel.
“Com isso esperamos que todas as reintegrações de posse determinadas pela Justiça sejam cumpridas imediatamente e as demais áreas invadidas também sejam devolvidas a seus legítimos donos”, disse o presidente da Aspaiub.
Confira a íntegra da matéria no Blog do Thame

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Homens da Tropa de Choque ficam de prontidão em veículos micro-ônibus (Foto Pimenta).
Homens da Tropa de Choque ficam de prontidão em veículos micro-ônibus (Foto Pimenta).

A tensão dos dois últimos dias na área urbana de Buerarema deu lugar a uma aparente tranquilidade nesta quinta-feira (13). O medo de novos confrontos e o trauma das bombas de gás lacrimogêneo atiradas pelos policiais do Batalhão de Choque da PM fizeram muita gente ficar dentro de casa.
Até o meio-dia, as ruas estavam praticamente vazias e o comércio tentava retomar o ritmo normal. A reportagem do Pimenta ouviu populares, ainda assustados com a grande quantidade de policiais nas ruas centrais e das cenas nas ruas e mostradas na internet e na televisão. “Eu não saio de casa pra nada por esses dias”, afirmou uma assustada senhora de quase 50 anos, residente a poucos metros da praça central de Buerarema.
Mais distante do centro, na região do trevo de acesso à cidade, dezenas de mulheres, crianças e idosos recorriam à unidade de saúde do bairro Santa Helena. Eram vítimas dos gases e bombas lançados pela polícia em busca de medicação. Tosse forte e irritação eram reclamações mais comuns em crianças e idosos.
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FAMÍLIA DE PRODUTORA RURAL
DEIXA A BAHIA PARA VIVER EM SC

Sede do Sindicato Rural no centro de Buerarema: vazia (Fotos Pimenta).
Sede do Sindicato Rural no centro de Buerarema: vazia (Fotos Pimenta).

O reflexo da tensão dos últimos dias está na sede do Sindicato Rural de Buerarema, também sede da associação dos produtores. Não havia ninguém no prédio, vigiado por dois adolescentes. Uma mulher gritou: “tem ninguém não. isso aí vazio faz é tempo”.
O prédio deveria ser a base dos produtores expulsos das terras tanto em Buerarema como nos municípios de Ilhéus e Una. O temor afasta as vítimas, mas algumas delas ainda resiste.
A poucos metros dali, conversamos com uma produtora rural de 48 anos. Temendo represálias, ela pediu para que o seu nome não fosse publicado na matéria. “A polícia tá prendendo gente de bem e quem se diz índio ameaça a gente”, justifica.
Apesar de ter sido expulsa da propriedade onde viveu por 22 anos, ela ainda insiste em ficar em Buerarema. Mas, triste, ela lembra que os filhos de 19, 17 e 15 anos foram morar em Santa Catarina por causa das incertezas e do clima de violência no campo. “Meu filho mais novo foi embora para Brusque tem pra mais de mês. Meu marido também quer ir embora. Não foi por causa de mim. Eu não quero ir”.
Com a produção na fazenda de onde a sua família foi expulsa no ano passado, a mulher disse que comprou casa e carro. O patrimônio começou a ser desfeito:
– A gente tem que se virar, pagando aluguel e tudo. Meus filhos estudavam, faziam informática, tudo com dinheiro da roça. Hoje eu tenho vergonha até de mostrar minhas mãos de calo do trabalho na roça. A gente vive hoje como se fosse vagabundo, expulso da roça e a polícia aqui na cidade. Se a polícia tivesse lá dentro, onde tá o perigo, os produtores podia ir colher e vender na cidade.
Enquanto a produtora concede a entrevista, carros da polícia militar passam pela rua. Mais à frente, na entrada do Sindicato Rural de Buerarema, meninos brincam e se protegem da chuva.
A senhora não vê solução para o conflito por causa da omissão do governo:
– Isso aí não tem mais o que resolver não. A caneta tá na mão do governo. Como é que pessoas da minha cor, negras, são indígenas? E quem fala alguma coisa é ameaçado.
A produtora afirma que o esposo foi assediado para cadastrar-se como índios, mas não aceitou: “Ou se é produtor ou não é”.
Ela critica o recuou da Força Nacional de Segurança e o governo. “Recuou, né? A gente não sabe se estão com medo ou querem proteger os índios”.
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EXÉRCITO AINDA “FORA DE COMBATE”

Comboio do Exército em direção a Ilhéus, onde já estão 600 homens (Foto Pimenta).
Comboio do Exército em direção a Ilhéus, onde já estão 600 homens (Foto Pimenta).

Cerca de 600 homens do Exército já estão em Ilhéus, porém o comando afirmou que o Governo Federal ainda não autorizou o emprego das tropas na região do conflito.
Para isto, esclareceu o general Racine Bezerra Lima Filho, depende de solicitação formal do governador Jaques Wagner.  Por enquanto, a tropa apenas faz exercícios de rotina e treinamento. Racine reuniu-se com representantes das polícias, produtores e vereadores dos municípios da área do conflito.
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Corpo de Juraci Santana é levado para praça pública em Buerarema.
Corpo de Juraci Santana é levado para praça pública em Buerarema.

O corpo do agricultor Juraci Santos Santana foi enterrado ao final da tarde de hoje (12) em Buerarema, após ser velado em praça pública. Cerca de quatro mil pessoas acompanharam o funeral do líder do Assentamento Ipiranga.
Cerca de 150 homens chegaram a Ilhéus para fazer a segurança na região do conflito entre produtores e indígenas e autodeclarados tupinambás. Não foi definido o tempo que o Exército ficará na área do conflito.Dois caciques são apontados como suspeitos do assassinato de Juraci (veja matérias abaixo).
Há pouco, recomeçaram os confrontos entre polícia e manifestantes, que cobram a prisão dos executores de Juraci. Populares tentavam interditar, novamente, a BR-101. A Tropa de Choque da PM disparou balas de borracha e lançou bombas para tentar dispersar a multidão.
Comboio do Exército segue em direção a Ilhéus.
Comboio do Exército segue em direção a Ilhéus.

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Pequenos agricultores em frente ao DPT exibem cartazes com críticas ao governo e ao MPF.
Pequenos agricultores em frente ao DPT exibem cartazes com críticas ao governo e ao MPF.

O corpo do agricultor Juraci Santana, de 44 anos, foi liberado há pouco do Departamento de Polícia Técnica em Ilhéus. Dezenas de produtores rurais e familiares da vítima protestavam contra o governo federal e o Ministério Público Federal (MPF), acusado pelos produtores de agir de forma omissa e parcial no conflito envolvendo os tupinambás. O Partido dos Trabalhadores (PT) também sofreu críticas dos manifestantes.
Haverá protesto em frente à sede do MPF, no Calçadão da Marquês de Paranaguá, em Ilhéus. No dia 30, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão de liminares de reintegração de posse, o que revoltou os agricultores.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também é criticado por ter ordenado o recuou da Força Nacional de Segurança e mandar desmontar as bases de pacificação em Buerarema e Ilhéus.
Logo após o protesto em frente ao MPF, o corpo do agricultor será levado para a região central de Buerarema, onde milhares de pessoas já se concentram para o velório. Juraci foi assassinado a tiros, na madrugada de ontem (11), no Assentamento Ipiranga, no Maroim, em Una.
Agricultores fazem protesto enquanto aguardavam a liberação do corpo do produtor, em Ilhéus.
Agricultores fazem protesto enquanto aguardavam a liberação do corpo do produtor, em Ilhéus.

EXÉRCITO DESEMBARCA EM ILHÉUS
Apesar do clima de tranquilidade registrado até agora, houve reforço das tropas das polícias. Hoje pela manhã, uma tropa do Exército desembarcou no aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus. O efetivo fará a segurança na área do conflito, a pedido do governador Jaques Wagner.

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Geraldo critica ministro da Justiça, acusado de ser omisso em conflito no sul da Bahia.
Geraldo critica ministro da Justiça, acusado de ser omisso em conflito no sul da Bahia.

O deputado federal Geraldo Simões (PT-BA) culpou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pela nova onda de violência na área de 47,3 mil hectares disputada por agricultores e índios e autodeclarados tupinambás. Nesta madrugada, um agricultor do Assentamento Ipiranga foi assassinado (confira post abaixo). Juraci Santana havia relatado ao deputado as ameaças feitas por supostos tupinambás.
– O ministro recuou e retirou a base [de pacificação] que estava no limite do conflito, no Rio Cipó. Quando ele retirou, [o cacique] Babau fez três dias de festa e retomou as quatro fazendas [onde houve reintegração na semana passada] – disse Geraldo ao PIMENTA.
A base de segurança (ou de pacificação) foi desmontada menos de duas semanas após a sua instalação. O ministro, acusa Geraldo, ordenou o desmonte após audiência com Babau, em Brasília. A Força Nacional deixou a área na noite de sexta-feira (7).
O parlamentar petista foi ainda mais duro com José Eduardo Cardozo. “Ele não assume as suas funções de ministro. Quer fazer média com entidades internacionais. Devemos ao ministro da Justiça, que não controla os seus órgãos, como a Funai, a insegurança no meio rural”.
Geraldo citou as invasões e conflitos no Extremo-Sul do Estado e as novas invasões em Itaju do Colônia, nesta semana. “Na região de Pau Brasil e Itaju, [os índios] querem ampliar a reserva. Era 8 mil hectares, passou para 50 mil e agora querem 80 mil”. Para ele, Cardozo tem se eximido de suas responsabilidades como ministro.