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Robinson Almeida é engenheiro eletricista, mas dedica sua energia a pensar a política de comunicação do governo Jaques Wagner. Na terça-feira (25), ele esteve em Itabuna para um bate-papo com jornalistas, radialistas, blogueiros e empresários de comunicação. Falou sobre mudanças implementadas pelo PT na Bahia e de uma transição que se opera também no que se refere ao relacionamento com a mídia.

O governo, segundo Almeida, adota critérios técnicos para desenvolver sua política de comunicação, eliminando uma prática antiga na Bahia, que era a de usar os recursos públicos para aquinhoar veículos de comunicação dos mais chegados.

O assessor geral de Comunicação Social do governo Wagner falou sobre a interiorização da mídia e trouxe números interessantes sobre a relação entre os baianos e os meios de comunicação. Segundo ele, a internet já é a terceira fonte preferencial de informação na Bahia, ficando atrás apenas da TV e do rádio. Abaixo, os principais trechos da conversa que o Pimenta teve com o secretário durante o encontro:

Pimenta na Muqueca – O governo age de forma silenciosa do ponto de vista do marketing em ações importantes na área social. Essa é uma opção?

Robinson Almeida – Nós, agora, vamos fazer uma exposição muito grande dessas ações sociais do governo. O saneamento, por exemplo, tem ações em todo o estado com abastecimento de água, cisternas numa região, poços artesianos em outra e sistemas simplificados e construção de redes de esgoto. Você tem saneamento, abastecimento de água, saúde, educação e habitação que atendem, fundamentalmente, os que mais precisam.

A opção de tolerar a posição do PMDB até o último instante atrapalhou a política de comunicação do governo?

A gente sabe da paciência e humildade [do governador]. Acho que o resultado ficou muito pedagógico, apesar de ser lento e doloroso para alguns. Todos que acompanharam esse processo viram a decisão do governador em preservar a aliança de 2006, em preservar o projeto estadual e nacional, em atender a determinação do presidente Lula [pela manutenção da aliança], mas vendo a corda [do lado do PMDB] sendo esticada, esticada…

Até que arrebentou.

No momento em que a corda rompeu, rompeu por uma decisão dos que saíram [o PMDB] e não por uma decisão do governador. Apesar de ser um processo demorado e levar a quase todos uma certa impaciência, do ponto de vista da comunicação o governador teve a virtude de ser muito didático, pedagógico.

A gente vive uma realidade diferente do discurso de vocês sobre a valorização e “interiorização” da mídia. Ocorre muitas vezes, sobretudo no interior, que o critério de mídia não é a audiência, mas a subserviência. Gostaria que você fizesse uma análise a respeito disso.

Eu acho que a gente está passando por uma transição em todos os segmentos na Bahia. A mudança de poder em 2006 instaurou uma nova forma na atividade política e na econômica. Então, a gente vive uma grande transição de um sistema patrimonialista em que as fronteiras do público e do privado não estavam bem separadas para um sistema democrático e profissionalizado.

E esta transição ocorre também entre governos e a mídia?

Acho que todos os veículos e segmentos empresariais vivem essa transição. Quanto mais profissionalismo, quanto mais critérios técnicos estiverem envolvidos nas decisões dos anunciantes e do governo, melhor para a população. A relação custo-benefício, no caso do investimento público, tem que ser preservada. A informação é um direito da sociedade e os veículos de comunicação fazem a ponte entre ela e o governo. Essa relação tem que ser pautada pelo profissionalismo e por critérios técnicos, também.

Tivemos mudança de secretário na educação. A troca de comando ficará restrita ao gabinete ou afetará também as diretorias regionais de educação?

Há uma outra situação posterior à mudança na educação, que foi a saída do PMDB. Certamente, o PMDB desocupará espaços que ocupava na estrutura do governo e, dentre estes espaços, estão as Direcs, as coordenações…

Quais são as ferramentas que o governo utiliza para definir onde anuncia?

Nós combinamos duas variáveis. A primeira, institucional, é a idéia de que o governo, enquanto promotor de políticas públicas e incentivador do mercado de comunicação, deve universalizar e chegar a todos os veículos. Porque, se eles existem é porque têm audiência. O segundo critério é o técnico, que dá a dimensão, a grandiosidade do número de pessoas que consomem aquela informação dos veículos. Então, combinamos o institucional e o técnico para atender ao mercado e cumprir o requisito técnico do melhor investimento, da melhor relação custo-benefício.

O que dizem as pesquisas do governo quanto à audiência dos meios de comunicação?

Primeiro, diz que televisão e rádio continuam tendo um peso muito grande como meio para a pessoa se informar. A televisão lidera com cerca de 60%, 65%, depois vem o rádio com 30%. A grande novidade é o surgimento da internet como terceiro meio para as pessoas se informarem, com 10,5%. Os jornais impressos ficam em quarto. Essas pesquisas nos orientam para que a informação chegue às pessoas.

Qual a participação dos jornais impressos?

É de 5%, mas os jornais impressos têm uma dimensão qualitativa. Eles organizam as pautas de outros meios. Muitas vezes a informação do rádio é proveniente da cobertura dos jornais. Eles têm um valor quantitativo de 5%, mas o seu valor qualitativo é muito superior.

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“Há um diálogo aberto com todos os setores da sociedade civil, a exemplo do segmento empresarial, que não precisa ter uma ‘parada obrigatória’ antes de desenvolver suas atividades aqui no nosso Estado”.

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Como a comunicação do governo tem usado a internet e novas plataformas de comunicação, existem projetos para a área?

Nós estamos modernizando o nosso site e a proposta estará concluída entre o final deste mês e o início de setembro. Nós entendemos que o uso da internet é muito importante para democratizar a informação porque transforma cada um de nós não apenas em consumidor, mas em produtor da informação. Com um celular, posso ter televisão, rádio, máquina fotográfica e ali ter multimídias para produzir conteúdo e, com a internet, distribuir conteúdo. Estamos desenvolvendo mecanismos de comunicação para o site, para que lá se encontre tudo que uma plataforma digital pode oferecer. A nossa estrutura da Agecom é voltada para a população em geral, mas ela tem como foco os veículos de comunicação. No site, os veículos encontram as informações oficiais de uma forma fácil e com a tecnologia mais adequada possível (vídeo, áudio, imagem, textos).

Existe interesse de popularizar o site, atrair a população em geral?

Nós temos uma média de cinco mil, seis mil acessos diários ao site. Cremos que a maioria dos acessos vem de internautas, outra parte é de profissionais de comunicação que vão divulgar ou produzir matérias a partir do conteúdo disponibilizado pelo governo. Então, nós combinamos essas duas dimensões, mas não podemos perder o foco de que a informação oficial é postada naquele meio e esta é a forma mais rápida e eficiente de distribuí-la, porque os profissionais vão beber daquela fonte, buscar a informação com segurança, credibilidade para reproduzi-la.

Como você vê a disputa política dentro da internet. Você acha que ela será cada vez mais caótica ou está dentro de limites?

Depois da eleição de Obama nos Estados Unidos, houve um despertar do mundo político para essa ferramenta e ela passou a ser indispensável nas ações, não só da atividade política, mas da atividade de governo. As novas gerações estão sendo formadas, utilizando essa ferramenta. Minha filha tem 11 anos e não lê os jornais impressos, mas ela acessa a internet e vê os conteúdos. As novas gerações estão desenvolvendo os seus hábitos de leitura e consumo de informação diretamente do computador e da internet. Então, essa é uma dimensão inexorável na vida moderna e, como toda atividade que está em desenvolvimento, ela convive com a situação de liberdade para evoluir e necessidade de parâmetros para organizar. Então é essa dualidade que nós vamos viver no próximo período, às vezes tendo necessidade de uma organização melhor, disciplinando o seu funcionamento, e às vezes uma liberdade maior para evoluir e alimentar sua potencialidade.

Jaques Wagner foi eleito como uma promessa de mudança. Qual a avaliação que pode ser feita entre a promessa e a realidade?

O governador foi eleito em cima de um anseio da população por mudanças. Havia um cansaço em relação ao sistema político anterior e uma vontade se oxigenar a vida política da Bahia, melhorar as condições e a qualidade de vida do nosso povo. Eu acho que nesses dois anos e meio a nossa caminhada tem sido muito positiva nesse sentido. A Bahia hoje respira um novo ambiente democrático e de relação entre as estruturas do poder. Executivo, Judiciário e Legislativo funcionam como instituições autônomas e independentes. Você tem uma relação do governo com a sociedade civil em outros parâmetros, com as conferências setoriais, o plano plurianual participativo, com um diálogo aberto com todos os setores da sociedade civil, a exemplo do segmento empresarial, que não precisa ter uma “parada obrigatória” antes de desenvolver suas atividades aqui no nosso Estado. Então, há uma mudança grande de valores, que significa a transformação de uma cultura enraizada de um longo período.

Como o governo está enfrentando o enorme passivo na área social?

Houve uma mudança significativa de prioridades. A Bahia é a 6ª economia, a 26ª pior educação, 22ª pior saúde, os piores indicadores sociais, temos 188 municípios entre os 500 mais pobres do Brasil. Essa Bahia está sendo trabalhada para o mais pobre. O governo tem em curso a maior política social da história do nosso Estado. No programa de habitação, de 50 mil unidades , 15 mil já foram entregues; no programa de saneamento básico, temos R$ 1,5 bi em investimentos em abastecimento de água, que vão elevar a cobertura na zona rural de 30 para 50 por cento, que é o programa Água para Todos, o maior do Brasil quando você junta água e saneamento. Reestruturamos a saúde, interiorizando, levando para mais perto das pessoas. Ontem (anteontem), eu encontrei com o secretário da Saúde, Jorge Solla, que estava indo para Ilhéus entregar equipamentos aos agentes comunitários de saúde, e vinha de Jequié, onde foi proferida a aula magna pelo governador, dando início ao curso de Medicina da Uesb. Temos 14 hospitais sendo reformados e reequipados e cinco hospitais novos, 400 postos de saúde. Na área de educação, temos o maior programa de alfabetização do Brasil, que é o Topa, que busca reduzir essa vergonha baiana que é ter 2,2 milhões de analfabetos na faixa etária acima de 15 anos. É o maior programa do Brasil, reconhecido pelo MEC e pela Presidência da República. Temos um programa de educação profissional, que elevou de 4 mil vagas em janeiro de 2007 para 25 mil vagas agora e chegando a 42 mil em 2010. De modo que há um conjunto de políticas sociais, mudando a vida de quem mais precisa.

A população tem percebido essa mudança? Porque a última pesquisa Vox Populi mostra um empate na visão entre o governo atual e o passado…

Pesquisas são a fotografia do momento e nós temos várias outras pesquisas internas que dão um retrato diferente daquele. O primeiro semestre foi marcado por grandes dificuldades, na área de arrecadação, com uma perda de R$ 600 milhões; dificuldades também na área de segurança pública… Ou seja, um conjunto de situações que a fotografia daquele momento pode registrar. Mas eu tenho absoluta convicção de que aquele que recebe uma casa, aquele que tem uma cisterna instalada na sua propriedade, aquele que toma um banho pela primeira vez na vida com água de qualidade, aquele que tem o esgoto tirado da porta de sua casa e seu filho não contrai mais doenças, aquele que se alfabetizou depois de 30, 40 anos de vida, aquele que tem a saúde mais próxima… Certamente, eles todos estão sentindo na pele os resultados dessa política social e quando acontecer o debate de avaliação desse governo, que é na eleição de 2010, esse reconhecimento vai permitir uma visibilidade maior na sociedade.

No entrevero recente entre o secretário de Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, e o de Meio Ambiente, Juliano Mattos, que é do PV, já não é possível vislumbrar uma inclinação verde para desembarcar do governo Wagner?

Creio que não. A questão ambiental é sempre polêmica, porque de um lado existe a ideia de desenvolvimento e investimentos, e não há nenhuma intervenção de impacto zero no meio ambiente. Por outro lado, existe uma demanda de todos nós por um projeto de sustentabilidade para a nossa e as futuras gerações. É necessário buscar o equilíbrio, onde a atividade produtiva pode ser instalada e, ao mesmo tempo, que isso gere passivos ambientais, recuperação de áreas degradadas e um plano que possa reduzir bastante os impactos dos novos empreendimentos.

Supondo que Wagner seja candidato a presidente, o PT na Bahia iria com Pinheiro?

Essa hipótese não existe, pois o governador é candidato à reeleição.

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Parece que, de tanto serem atormentados pela turma do CQC e sacaneados pelo Casseta&Planeta, os senadores resolveram mesmo fazer concorrência aos humorísticos. E o prato de papagaiadas está cheio.

Na sessão de ontem, o tema não era futebol, mas o senador Eduardo Suplicy (PT), sacou um cartão vermelho para José Sarney (PMDB). Heráclito Fortes (DEM) tentou cortar a onda de Suplicy, afirmando que ele não era juiz de futebol. Por conta dessa rebeldia, Fortes também levou o seu cartão vermelho e, irônico, pediu que fosse servido suco de maracujá para Suplicy… A essa altura, apoplético.

Resta saber se nesse “baba” alguma regra é clara?

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Depois de alguns adiamentos, o encontro regional do PMDB será realizado em Itabuna neste domingo (30), na quadra do Colégio Sistema, na rua Juca Leão. É esperada a participação de militantes de 27 municípios sul-baianos, além de quatro prefeitos regionais – Raimundo Laudano (Almadina), Adriano Clementino (Barro Preto), Domingos Marques (Aurelino Leal) e Alexandre Almeida (Ubaitaba).

Também devem participar do evento o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, e o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, além do presidente estadual do partido, Lúcio Vieira Lima. Lideranças regionais, como o ex-prefeito de Canavieiras, Almir Melo, e o ex-deputado estadual, Renato Costa, também estarão presentes.

Se levado em conta o tom do comunicado à imprensa, em Itabuna não deve ocorrer a já famosa aclamação de Geddel como candidato ao governo da Bahia em 2010. As comedidas declarações do coordenador do evento, o professor Domingos Santana, reforçam a suspeita: “o encontro servirá para definirmos os rumos do partido, com vistas às eleições do próximo ano, após ouvir o pensamento das bases, em nível estadual”.

Só para contextualizar: o presidente Lula declarou ontem que seu candidato ao governo da Bahia é Jaques Wagner (leia aqui). É aguardar para ver a quantas vai andar o humor dos encontristas, especialmente o de Geddel.

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O pesquisador da Ceplac e doutor em ecologia Kazuiyuki Nakayama, conhecido na militância do PT regional por Kazuo, inscreveu chapa para disputar a presidência do Partido dos Trabalhadores na Bahia, no Processo de Eleição Direta (PED). A eleição ocorre no dia 22 de novembro em todo o território nacional.

A chapa, que representa a tendência Movimento PT,  tem participação de militantes de diversas regiões e municípios, mas a maior parte é formada por filiados das regiões Sul e Extremo Sul do estado, basicamente por ex-integrantes da tendência Democracia Socialista (DS). A corrente Movimento PT é a segunda maior do partido, e reúne 12 deputados federais.

Apesar da inscrição de pelo menos cinco chapas no PED Bahia, informações dão conta de que há uma forte tendência ao entendimento até o dia da eleição, e a formação de uma chapa de consenso. Esse entendimento também deve prevalecer na disputa do Diretório Municipal de Itabuna, hoje comandado pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB).

Um dos representantes da corrente Movimento PT, por exemplo, afirma que estão todos abertos ao diálogo, como é próprio da natureza do PT e seus filiados. “Claro que devem ser observados os anseios de cada movimento, a ocupação dos espaços políticos dentro do partido, tanto no âmbito estadual quanto no municipal. Tem que ser bom para todos. Mas, se não houver esse consenso, estamos prontos para a disputa”.

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A assessoria do deputado federal ACM Neto (DEM) distribuiu nota à imprensa dando conta de que o parlamentar já está sentindo o clima de revolta nas ruas contra a Contribuição Social para a Saúde, proposta pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para substituir a CPMF. A CSS substitui a extinta CPMF, mas com uma alíquota de 0,1% em vez de 0,38%.

Interessante, esse feeling do nobre parlamentar. Sem querer duvidar de seus aguçados sentidos de político, que farejam uma oportunidade até nas profundezas do pré-sal – o DNA é imutável -, é de se perguntar: sinceramente, deputado, o senhor acredita que o povão saiba, realmente, do que o senhor esteja falando?

Será que, com os debates sobre a nova taxa apenas restritos às ameaças de briga da bancada da oposição na Câmara e no Senado, já deu pra rolar um clima?

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Vereadores recusam documentos assinados pela procuradora Juliana Burgos
Vereadores recusam documentos assinados pela procuradora Juliana Burgos

Até a semana passada, a situação da advogada Juliana Burgos à frente da Procuradoria-Geral de Itabuna era extremamente cômoda.

Plantada no cargo sem cumprir os requisitos da lei orgânica do município, pois sua indicação foi rejeitada pela Câmara de Vereadores, Juliana “está ficando” procuradora. Sua condição irregular era tratada com parcimônia pelo legislativo, que chegou a receber diversos documentos oficiais emitidos por ela.

Agora, porém, a ordem é mudar o rumo dessa prosa. Na semana passada, um ofício encaminhado pela procuradora-geral do município foi rejeitado pela Câmara.  E nada mais (de recado a projeto de lei) será recebido pelos vereadores, se chegar com a assinatura de Juliana Burgos.

A Câmara finalmente entendeu que fechar os olhos diante da ilegalidade existente na Procuradoria era um erro grave e não poderia continuar.

Também na semana passada, o legislativo encaminhou informações ao Tribunal de Justiça sobre o artigo 85 da Lei Orgânica, que submete a nomeação da procuradora à avaliação dos vereadores. Juliana Burgos diz que a exigência é inconstitucional, porque viola a liberdade de nomear e exonerar prevista para os cargos comissionados.

Para o vereador Wenceslau Júnior (PCdoB), que é advogado e presidente das comissões técnicas da Câmara, não existe inconstitucionalidade no artigo. “A exigência é válida, tanto que existe previsão semelhante inclusive na Constituição do Estado da Bahia”, afirma.

Resta saber se o governo vai esperar um pronunciamento judicial ou se vai preferir se livrar do problema instalado na Procuradoria. O certo é que, enquanto isso, os documentos encaminhados com a assinatura da doutora Juliana Burgos terão como destino a geladeira. Isto se a turma não amolecer…

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Matéria publicada hoje no jornal A Tarde:

ELIZABETH LOPES E CAROLINA FREITAS Agência Estado, São Paulo

Antes do início da batalha nas urnas, a eleição presidencial de 2010 já movimenta um verdadeiro exército de militantes petistas e tucanos, que decidiram trocar a panfletagem nas ruas pela Internet.

A disseminação das redes sociais e o crescimento do número de internautas no País, hoje em torno dos 65 milhões, tornam a grande rede uma ferramenta essencial na elaboração das estratégias de campanha para as eleições 2010.

Para não perder terreno nessa batalha, o PSDB lança nesta segundafeira um megaportal (www.tucano.org.br) seguindo os conceitos da web 2.0 – com conteúdo em texto, áudio e vídeo, espaço para chats e links para a página do partido em redes sociais, como Orkut, Twitter e Facebook – em um ambiente colaborativo.

“Precisamos reunir o nosso exército para enfrentar este novo momento virtual e o tucano.

org.br será a porta de entrada dos nossos militantes”, afirma César Gontijo, secretário-geral da Executiva Estadual do PSDB de São Paulo e um dos idealizadores do novo portal tucano.

“ GUERRA” – Na avaliação do Gontijo, o PT saiu na frente no que ele classifica de “guerra cibernética contra os tucanos”. Ele cita, por exemplo, que se for feita uma busca no YouTube com os nomes de Dilma Rousseff (PT) e de José Serra (PSDB), pré-candidatos à sucessão do presidente Lula, os primeiros resultados dos vídeos da petista são altamente positivos e favoráveis. E com Serra, ocorre o inverso, com vídeos desfavoráveis e negativos. “Nossa ação não será de ataque ou revide, mas sim propositiva”, informa o secretário-geral. Gontijo diz que o novo portal não foi criado apenas com foco nas eleições 2010. “Estamos acompanhando uma tendência natural de interatividade e queremos também melhorar um dos grandes desafios do partido, que é a comunicação”, destaca.

Além da interatividade e do acesso às redes sociais, o novo portal traz também a ’tucanopedia’, que funcionará da mesma forma que a Wikipedia e exibirá o perfil dos filiados, a TV tucana, que exibirá programas ao vivo e abrirá espaço para perguntas dos internautas, um mapa interativo e um extranet para os cerca de 150 mil filiados no Estado.

SEM MEDO – Tanta novidade no flanco tucano parece não alarmar os petistas. Questionado sobre o lançamento do megaportal do PSDB, o secretário nacional de Comunicação do PT, Gleber Naime, adianta que a legenda tem planos de melhorias permanentes e graduais de sua comunicação via portal e redes sociais, sem entrar em detalhes. Para disseminar o nome de Dilma Rousseff até o pleito do ano que vem, o PT quer apostar na militância do ’mundo real’. “ O PT vê os novos instrumentos de comunicação como meios, não como um fim, nada substitui a ação humana”, argumenta Naime, reconhecendo, contudo, que “a Internet e as redes sociais são meios mais ágeis e baratos para informar e trocar infor mação”.

Segundo o secretário de Comunicação petista, a sigla não tem assessoria especializada em marketing digital e as ações de seus militantes na Internet, que na visão de especialistas da área potencializam na rede as ações negativas de Serra, são “realmente espontâneas”.

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A ministra Dilma Rousseff pode não se sair muito bem das brigas em que se meteu recentemente e da associação política ao presidente do Senado, José Sarney. Motivos mais que sufucientes para acender a luz amarela no Planalto.

Alternativas ao nome da super-ministra à sucessão do presidente Lula começam a serem estudadas, e o governador da Bahia, Jaques Wagner, surge novamente como opção.

Wagner até hoje é reverenciado pela atuação como o ministro das Relações Institucionais – articulação política – durante o pior período vivido pelo governo Lula, no episódio do mensalão. O “ministro do Bolsa Família” – Desenvolvimento Social -, Patrus Ananias, também é sondado.

A decisão de Lula, que cuida pessoalmente dessas questões de sucessão, passa pela avaliação dos números nos próximos meses, levando-se em conta, ainda, o fator Marina Silva. As informções são do colunista Eumano Silva, do site Congresso em Foco.

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O PMDB realiza hoje, em Santo Antônio de Jesus, o seu 11º encontro regional. No evento, estarão presentes o ministro Geddel Vieira Lima, o presidente do partido na Bahia, Lúcio Vieira Lima, e o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro.

Encontros desse tipo vêm sendo realizados pelo PMDB desde maio e, segundo suas lideranças, o objetivo é reafirmar a candidatura de Geddel ao governo baiano, além de discutir outros temas relacionados à estratégia do partido para 2010.

O evento deste domingo será realizado das 8h às 14h, no Clube dos 1000, na rodovia que liga Santo Antônio a Nazaré das Farinhas.

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Da coluna Tempo Presente (A Tarde):

Está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Salvador (que dirá se é legal ou não) o projeto de lei de Leo Kret (PR) concedendo a Michael Jackson o título de ‘Cidadão de Salvador’. Seja qual for o resultado, no fato de ser uma homenagem post mortem talvez esteja a garantia de que o homenageador não passará decepção com o homenageado, porque o histórico de tais concessões a negros famosos na capital baiana não tem sido bom. Osório Vilas Boas, vereador, deu o título a Pelé, que nunca veio receber. O mesmo Osório fez idêntica homenagem a Nelson Mandela, que quando esteve aqui, em 1992, iria passar na Câmara, mas nunca foi. Michael Jackson também não virá, mas aí por motivo justificável em caráter irrevogável. E aí Leo Kret acertou na mosca.

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Ângela apoia manutenção dos produtores em suas terras
Ângela apoia manutenção dos produtores em suas terras

De um tom mais conciliador, a deputada estadual Ângela Sousa (PSC) partiu para um discurso mais direto e favorável aos pequenos produtores ameaçados de perder propriedades na zona rural de Ilhéus, Una, Buerarema e São José da Vitória.

Segundo a deputada, é preciso garantir os direitos dos pequenos agricultores, “que fugiram da monocultura do cacau para plantar e colher outros produtos”.

Ângela provocou a sessão que discutiu o tema na última quinta-feira (20), na Assembleia Legislativa da Bahia, e ouviu do secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Nelson Pellegrino, uma manifestação favorável à rediscussão do relatório da Funai.

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Wagner e o discurso enigmático.
Wagner e o discurso enigmático.

O discurso do governador Jaques Wagner, ontem, na posse dos novos secretários James Correia (Indústria, Comércio e Mineração) e João Leão (Infraestrutura), foi carregado de frases de efeito, mas uma delas parece ter passado despercebida de muitos. Foi, digamos, enigmática.

Wagner, numa indireta ao ministro Geddel Vieira Lima, disse não ter dúvida de qual será o seu palanque na sucessão presidencial que se aproxima. Será o escolhido pelo presidente Lula. É justamente aí que está o enigma. O governador deixou no ar uma espécie de dúvida em relação ao nome da ministra Dilma Roussef à sucessão de Lula, pelo PT.

– Eu não tenho dúvidas de onde estarei em 2010. Estarei no palanque da sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na figura da ministra Dilma ou de quem ele [Lula] determinar.

À primeira vista, deixa transparecer que as últimas pesquisas de opinião podem ter deixado o PT em dúvida sobre a melhor opção do partido para disputar a sucessão do presidente. Antes, era a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef. O levantamento do Datafolha revelou que ela pouco ou nada cresceu em relação à pesquisa de maio (apenas 1 ponto percentual). Numa análise mais otimista, o discurso de Wagner seria apenas para reforçar a sua lealdade ao presidente Lula.

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O economista Rosivaldo Pinheiro desligou-se da Secretaria da Fazenda de Gandu, que comandava desde março.  Ele divulgou nota, na qual enfatiza trabalhos realizados à frente do órgão, como o pagamento de mais de R$ 1 milhão em dívidas com servidores e fornecedores da Prefeitura.

O ex-secretário, que não responde mais pela pasta desde quarta-feira (19), também menciona que, durante o período em que esteve na equipe da prefeita Doutora Irismá, conviveu “num ambiente constantantemente em disputa” e diz que, no governo de Gandu, “é necessário implantar urgentemente o espírito de equipe e melhorar o nível de profissionalismo da gestão”.

Rosivaldo, que é primeiro-suplente do PCdoB na Câmara de Vereadores de Itabuna, finaliza a nota agradecendo ao partido e aos colaboradores e, mesmo fora da Secretaria, afirma continuar disposto a colaborar com o governo ganduense.

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Fortes prestigia posse do secretário João Leão, também filiado ao PP.

Que a escolha do deputado federal João Leão para a Secretaria de Infraestrutura baiana foi muito criticada, disso não há dúvida. Talvez por isso, o deputado tenha procurado mostrar força ao contar com o ministro das Cidades, Márcio Fortes, entre as autoridades presentes à sua posse.

Agora, mãos à obra…