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A Comissão Especial do Impeachment no Senado, eleita nessa segunda-feira (25) pelo plenário da Casa, se reúne hoje, às 10h, para eleger o presidente e o relator. O presidente indicado é o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que apresentou a previsão do calendário que deve ser adotado pela comissão. O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) deverá ser o relator.

Por votação simbólica, foram confirmados ontem os nomes dos 21 senadores titulares e os suplentes, indicados pelas bancadas partidárias na semana passada.

Como senador mais velho da comissão, Lira dará início aos trabalhos, mas depois terá que passar para o segundo mais idoso, enquanto é feita a eleição para o cargo de presidente.

Apesar das reclamações de parlamentares aliados da presidenta Dilma Rousseff, Raimundo Lira confirmou que Anastasia deverá ser o relator, mas admitiu que aliados ao governo poderão apresentar outro nome e que a decisão será do plenário do colegiado. Da Agência Brasil

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odebrechtO ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki determinou a abertura de procedimento para apuração preliminar sobre planinhas apreendidas na Operação Lava Jato com nomes de políticos que teriam recebido doações da Odebrechet.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai analisar a lista e decidir se há ou não indícios para pedir ao STF a abertura de inquérito contra os políticos citados, de acordo com a assessoria de comunicação da Corte.

As planilhas foram apreendidas na casa de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, executivo da empreiteira Odebrecht, e listam mais de 200 políticos da oposição e do governo que teriam recebido repasses da empreiteira. O executivo foi alvo da 23ª fase da Operação Lava, conhecida como Acarajé. Nos documentos, não há juízo sobre a legalidade dos pagamentos feitos pela construtora, que é uma das maiores doadoras a políticos.

Teori Zavascki também decidiu devolver ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, responsável pelos processos da Lava Jato, duas investigações que haviam sidoremetidas ao Supremo, as da 23ª e 26ª fases da Operação Lava Jato, denominadas Acarajé e Xepa. Da Agência Brasil

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ricardo ribeiroRicardo Ribeiro | [email protected]

 

De qualquer maneira, a sessão da tarde/noite de domingo foi um momento educativo, uma oportunidade rara na qual expressiva audiência teve a chance de conhecer melhor o esgoto da política.

 

De que matéria certos políticos são feitos? De que planeta eles são? Uma análise séria precisa ser realizada para se entender comportamentos como o de grande parte do parlamento brasileiro, tão “bem” representado pelo Sr. Eduardo Messias Cunha.

No comando da sessão que julgou a admissibilidade do processo de impeachment, Cunha foi chamado de ladrão, golpista, gângster, bandido e outros adjetivos vexatórios para quem sabe o que é passar vexame. Não para ele, que assimilava impávido cada ofensa, como se fosse dotado de um conversor mental que abrandasse o sentido de cada palavra.

Cunha é, definitivamente, um caso de estudo. Não só ele, mas – como se viu no domingo – boa parte da patuleia que ocupa a Câmara dos Deputados. Gente que vive em outra dimensão, alheia aos problemas reais, ao mundo de verdade. Elementos que parecem não se preocupar com a opinião pública nem se importar com o papel ridículo que representam.

Como não têm vergonha própria, resta-nos a vergonha alheia ao constatar quem são nossos representantes. Eles detêm mandato outorgado pelo povo para legislar e tratar de assuntos cruciais para o país, mas nem de longe demonstram o mínimo estofo moral para desempenhar tal papel.

De qualquer maneira, a sessão da tarde/noite de domingo foi um momento educativo, uma oportunidade rara na qual expressiva audiência teve a chance de conhecer melhor o esgoto da política. Antes, o desinteresse da plateia deixava os mequetrefes à vontade para cometer barbaridades.

Que o asco geral despertado no domingo não desestimule novos recordes de audiência para sessões do Parlamento. Só assim, expostos à luz do sol, submetidos ao crivo popular e ao escárnio, é possível que aqueles seres um dia sintam despertar um sentimento que ainda desconhecem. De repente, no dia em que eles descobrirem o gosto amargo da vergonha, aí sim o Brasil dará um passo de verdade no caminho da mudança.

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Um grupo de seis senadores trabalhar em uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para viabilizar a realização de eleições diretas para Presidente da República este ano. A ideia é que o pleito ocorra juntamente com a sucessão municipal, no dia 2 de outubro.

Entre os membros do Senado que defendem a ideia, estão os baianos Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (sem partido). Segundo o jornal A Tarde, há informações de que o senador Otto Alencar (PSD) também é simpático à proposta.

Para que possa ser apresentada, a PEC precisa da assinatura de 27 senadores. Depois, deve ser aprovada por três quintos dos votos no Senado e também na Câmara, com dois turnos de votação em cada casa.

O grupo que sugere esse caminho diz que a intenção não é barrar o processo de impeachment, mas propor uma alternativa para superar a crise.

 

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DeusAs referências à religião e a Deus nos discursos de parte dos deputados que decidiram, no domingo (17), pela abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff incomodaram religiosos. Em defesa da separação entre a fé e a representação política, líderes de várias entidades criticaram as citações e disseram que os posicionamentos violam o Estado laico.

Durante a justificativa de voto, os parlamentares usaram a palavra “Deus” 59 vezes, quase o mesmo número de vezes que a palavra “corrupção”, citada 65 vezes. Menções aos evangélicos aparecem dez vezes, enquanto a palavra “família” surgiu 136, de acordo com a transcrição dos discursos, no site da Câmara dos Deputados. Ao votar a favor do prosseguimento da ação, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, evangélico, proferiu os dizeres: “Que Deus tenha misericórdia desta Nação”.

Para o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), composto pelas igrejas Evangélica de Confissão Luterana, Episcopal Anglicana do Brasil, Metodista e Católica, que havia se manifestado contra o impeachment, assim como a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ligada à Igreja Católica, as menções não surpreenderam. A presidenta da entidade, a pastora Romi Bencke, disse que as citações distorcem o sentido das religiões. “Não concordamos com essa relação complexa e complicada entre religião e política representativa”, afirmou. Da Agência Brasil

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Augusto, Mangabeira e Roberto José  lançam pré-candidaturas em maio
Augusto, Mangabeira e Roberto José lançam pré-candidaturas em maio

Maio será um mês de intensa movimentação política em Itabuna, com a previsão do lançamento de  novas pré-candidaturas a prefeito. Tirando Davidson Magalhães (PCdoB), que abriu os trabalhos no dia 7 de março, e Fernando Gomes (DEM), que realizou seu evento no dia 23 , pelo menos outros três pré-candidatos devem colocar oficialmente o bloco na rua no próximo mês.

O deputado Augusto Castro (PSDB) anunciou o lançamento da pré-campanha para o dia 5 de maio, às 18h30, no Grapiúna Tênis Clube. O tucano anuncia que irá receber lideranças estaduais e nacionais do seu partido, como os deputados federais Jutahy Magalhães Jr., João Gualberto e Antônio Imbassahy, e o senador José Serra.

O médico Antônio Mangabeira (PDT) programou uma sequência de eventos, que começa amanhã (19), com a eleição do próprio Mangabeira para a presidência do diretório municipal da legenda. Ainda sem data definida, mas com previsão para a primeira quinzena de maio, acontecem a inauguração da sede do PDT e o lançamento da pré-campanha.

O ex-presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc), Roberto José, do PR, disse ao PIMENTA que pretende agendar o lançamento da pré-candidatura para a segunda quinzena do mês que vem. Segundo ele, o planejamento leva em conta a agenda de lideranças nacionais do partido, que ele ressalta estar complicada no momento em função da crise em Brasília.

AINDA SEM DATA – O ex-prefeito José Nilton Azevedo (PTB) ainda está sem data para o lançamento oficial da pré-campanha. Essa é também a situação do ex-prefeito e ex-deputado Geraldo Simões (PT). Consultado pelo blog, o presidente do diretório municipal do PT, Flávio Barreto, declarou que o grupo do pré-candidato está trabalhando no cronograma e no momento se dedica à discussão do programa de governo.

O blog não conseguiu contato com outros pré-candidatos, mas deixa aberto o espaço para a divulgação das pré-campanhas.

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Elinho: análise na Câmara é política
Elinho: análise na Câmara é política

A Câmara de Vereadores de Buerarema vota nesta terça (19), às 19 horas, as contas do prefeito Guima Barreto (PDT) referentes a 2013. Apesar de terem sido aprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), existe o risco de rejeição no legislativo.

“Na Câmara, a análise é política”, afirma o vereador Elinho Almeida, do PTN. Ele lembra que as contas do prefeito foram aprovadas pelo TCM com ressalvas, pois os conselheiros do tribunal identificaram irregularidades e aplicaram multa ao gestor.

A situação do prefeito é delicada. Dos 11 membros da Câmara, ele conta com apenas dois votos garantidos. Na terça-feira passada (12), a Câmara realizou sessão na qual o prefeito deveria ter apresentado defesa de suas contas, mas Guima não compareceu nem enviou representante.

Antes de colocar as contas em votação amanhã, o presidente José Raimundo (Pros) irá verificar se o prefeito indicou defensor. Com ou sem defesa, Raimundo – mais conhecido como “Raimundo Cabeleireiro” – deve submeter a matéria ao plenário.

Em jogo, está a possibilidade de Guima disputar a reeleição em outubro, já que a rejeição pela Câmara pode deixá-lo inelegível. Além dessa possibilidade com relação às contas de 2013, o prefeito já teve as de 2014 rejeitadas pelo TCM, mas pediu reconsideração.

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Eduardo Cunha envia hoje o processo ao Senado
Eduardo Cunha envia hoje o processo ao Senado

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu celeridade, por parte do Senado, na apreciação do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, que teve a admissibilidade aprovada ontem (17) pela Câmara. Na avaliação de Cunha, o Brasil estará paralisado a partir de hoje. Ele disse que pretende levar amanhã, pessoalmente, para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o parecer pela admissibilidade do afastamento de Dilma.

“O desfecho é muito importante, seja o [caso do] Senado aprovar ou não. O que não vai poder permitir é uma incerteza dessas. Quanto mais tempo se levar para decidir no Senado, a situação vai piorar. A máquina vai parar a partir de amanhã. O Brasil vai parar a partir de amanhã. Por isso, é importante que esse processo tenha um desfecho com maior celeridade, qualquer que seja o resultado. Fizemos a nossa parte”, disse o peemedebista logo após encerrar a sessão.

Segundo Cunha, Dilma perdeu as condições de governar e o país chegou ao fundo do poço. “O país passa por sérias dificuldades, a presidente perdeu as condições de governabilidade já faz tempo, perdeu todo e qualquer escrúpulo nesse feirão que foi feito para tentar comprar votos de toda a maneira e chegou ao fundo do poço. Agora, o Brasil precisa sair do fundo do poço. É preciso que a gente resolva politicamente essa situação o mais rápido possível”. Da Agência Brasil

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WENCESLAU1Wenceslau Júnior | [email protected]

 

Muitos, a exemplo da Globo, Cunha, Moro, Temer e outros abutres, estão conscientes do desserviço que prestam à Nação, mas alguns pequeno-burgueses desavisados embarcam nessa onda por pura ignorância de não conhecer a história de como se deram os Golpes Militares aqui na América Latina.

 

A tentativa de Golpe, disfarçado num processo de impeachment sem base legal, longe de configurar-se na irresignação das elites derrotadas pela quarta vez consecutiva nas urnas, tem um claro interesse da principal potência internacional em barrar uma alternativa de alteração da correlação de forças na ordem geopolítica mundial.

Se fizermos uma breve análise dos últimos acontecimentos no mundo – as guerras pelo controle da produção de petróleo e controle da economia, a reação política da “nova direita” à consolidação de alternativas de modelos adotados nos países emergentes que destoam da receita neoliberal prescrita pelo FMI e a perspectiva de consolidação dos BRICS como um novo órgão internacional -, perceberemos que a ação do juiz Sergio Moro, da Rede Globo e das elites entreguistas brasileiras faz parte de um novo plano de dominação norte-americana.

Alguns podem afirmar que “isso é discurso de comunista”, mas demorei bastante a escrever esta contribuição para o debate, pois tenho responsabilidade acadêmica e jamais faria um discurso panfletário ante um tema tão importante para o futuro da nação.

O Encontro dos BRICS no ano de 2014, em Fortaleza, é um marco importante para a reação norte-americana. Nele, além de assinar acordos bilaterais sobre cooperação nas áreas cientifico-tecnológica, da educação, militar e comercial, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul tomaram uma decisão que feriu de morte e ameaçou a hegemonia dos EUA na esfera mundial: a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD).

O banco nasceu com capital de US$ 50 bilhões para financiar obras de infraestrutura em países em desenvolvimento, e, mais recentemente, o Arranjo de Contingência de Reservas (ACR), com recursos na ordem de US$ 100 bilhões, com o objetivo de socorrer os países emergentes em “risco de quebrar”.

Essas iniciativas libertariam, de uma vez, esses países das garras do FMI e outros órgãos de financiamento hegemonizados pelos EUA, que impõem aos países que têm negócios como eles uma receita de política macroeconômica que, na maioria das vezes, vão de encontro aos interesses destes próprios países. Como exemplo, o receituário neoliberal e a ideia de estado mínimo imposta por décadas aos países da América Latina e de outros continentes que eles insistem em tratar como colônias.

Outro aspecto importante que moveu a gana dos americanos foi a descoberta do pré-sal. Não tenham dúvidas de que esse ataque destrutivo à imagem da empresa, com o pretexto de combater a corrupção que todos sabem que existe há muito tempo, teve como objetivo real a destruição das grandes empresas brasileiras que desenvolveram expertise nas áreas das engenharias, abrindo mercado para as multinacionais que, inclusive, sofreram derrotas em disputas comerciais com várias empresas genuinamente brasileiras.

Os avanços das ideias conservadoras em vários países da América Latina, a exemplo da Argentina, Equador, Peru, Venezuela, entre outros, as sanções aplicadas pelos EUA à Russia em virtude do caso da Ucrânia e as guerras aparentemente por causa de intolerância religiosa no oriente médio têm, todos esses fatos, o dedo podre e maldito daqueles que hoje representam para o mundo o que já representou o Império Romano, a jornada de Napoleão e o Nazi-fascismo conduzido por Hitler e Mussolini.

Barrar o Golpe travestido de impeachment não significa apenas manter a ordem democrática, o respeito à vontade dos 54 milhões de brasileiros que votaram em Dilma, mas, sobretudo, barrar as garras das ave de rapina norte-americana, que nunca aceitou a ideia de que nós, latino-americanos, temos a capacidade de sermos donos do nosso próprio destino.

Muitos, a exemplo da Globo, Cunha, Moro, Temer e outros abutres, estão conscientes do desserviço que prestam à Nação, mas alguns pequeno-burgueses desavisados embarcam nessa onda por pura ignorância de não conhecer a história de como se deram os Golpes Militares aqui na América Latina.

O buraco é muito mais embaixo do que os inocentes, massa de manobra, que induzidos pela mídia, pensam que combatem a corrupção, mas se aliam ao maior corrupto que a República já viu, para derrubar uma presidenta que nunca cometeu crime ou respondeu a um processo sequer.

Não vai ter golpe!

Wenceslau Júnior é vice-prefeito de Itabuna e professor de Direito da Uesb.

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(4) Luiz      ConceiçãoLuiz Conceição | [email protected]

 

O poder só pode ser transferido pelo voto universal e direto e não por tentativas torpes e execráveis. Chega de a classe política transformar o processo legislativo em uma cafua.

 

A despolitização de parte de nossos concidadãos, a negativa da Política por outra parte imaginando que, distante, vive no Eden, o analfabetismo político e a avidez descarada pelo poder da maioria dos políticos nos levou a esse labirinto digno de um conto de Machado de Assis, se vivo estivesse. Desde o nascimento da República, fato tão bem narrado pelo jornalista e escritor Laurentino Gomes, no livro 1889, o povo brasileiro continua bestializado com os rumos do país. Não participa diretamente e apenas assiste.

Parece que o tsunami que vivemos na política nacional, acontece do outro lado do globo, no sudeste asiático.  É preciso que as pessoas acordem para a pantomina engendrada maliciosamente no Congresso Nacional, cujo desfecho para o bem ou para o mal teremos no horário nobre da TV. Aliás, a mídia brasileira beira o ridículo, para dizer o mínimo, ao desbordar da neutralidade jornalística e se bandear quase que inteiramente para o lado contrário à sensatez. Poder político se ganha no voto! Aos olhos do mundo, o Brasil passa vergonha!

A partir de frágil e politiqueira denúncia para abertura de um pedido de impeachment, que completa a irracionalidade dos que não souberam perder com altivez a eleição presidencial de 2014, há duas semanas se vive um Big Brother, onde a TV não mostra o que acontece sob edredons. A vingar a desforra, passaremos mais tempo ainda com essa sensação nefasta que nos aprisiona. A sociedade como um todo está apreensiva, temerosa de que oportunistas acedam a chama que pode incendiar o país, tido e havido como de um povo ordeiro e pacifico.

Como insculpido na Constituição Cidadã de 1988, no parágrafo único, do artigo 1º, todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente. Portanto, o poder só pode ser transferido pelo voto universal e direto e não por tentativas torpes e execráveis. Chega de a classe política transformar o processo legislativo em uma cafua, onde os mais espertos fazem tratativas em benefício próprio ou de grupos, sem votos, em desrespeito à maioria que nas urnas fez sua opção política soberana. Não se pode defenestrar o governante por subjetividades e gostos pessoais.

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ricardo ribeiroRicardo Ribeiro | [email protected]

 

Se levarmos em conta a seriedade, a qualidade moral e a folha corrida dos faxineiros, não há dúvida de que essa limpeza não irá muito longe.

 

Em meio aos chatíssimos bate-bocas virtuais dos grupos de WhatsApp, uma amiga (por sinal, esta bonita loira do artigo logo abaixo) fez uma pergunta intrigante, com indisfarçável ironia: “o que vocês vão fazer na segunda-feira, quando a corrupção tiver acabado no Brasil?”. Como é fácil perceber, ela se referia ao day after, à segunda-feira após uma possível aprovação, pela Câmara dos Deputados, do relatório que recomenda o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A pergunta, cuja resposta obviamente já se sabe, reflete o sentimento de que todo esse processo não afeta a raiz do problema. Basta ver o fundamento do pedido de impeachment: as pedaladas fiscais (supostos empréstimos tomados pelo governo junto aos bancos oficiais, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal) e decretos referentes às metas fiscais que foram baixados sem anuência do legislativo, o que outras gestões fizeram sem maiores sobressaltos.

Motivos bastante prosaicos, para não dizer questionáveis, diante do que paira nesse momento de Lava Jato, prisões de magnatas, propinas milionárias sendo reveladas diariamente após cada fase da operação, que pode mudar radicalmente o modo como se relacionam, desde antanho, os políticos e o grande capital. Este, sempre sedento pelos favores do Estado, e aqueles, viciados e dependentes do pagamento pelos ditos favores. No mundo da política é assim: uma mão lava a outra, mas nunca deixam de estar imundas.

Tais relações indevidas não são nenhuma jabuticaba, pois existem no Brasil e no mundo todo. Aqui, porém, sempre encontraram campo fértil na absurda permissividade com os larápios de colarinho branco, o que aparentemente começa a diminuir. Claro que para muitos a proatividade do juiz Sérgio Moro tem endereço certo, mas é plausível que o efeito colateral da operação venha a ser um despertar geral da sociedade para o fato de que, com o nível de corrupção existente nessas terras, o Brasil continuará a ser “o país do futuro” ad infinitum.

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MBerbertManuela Berbert | [email protected]

 

O que a gente acompanha daqui, senhores, é uma briga de egos por cargos e poder. Um salve-se quem puder descarado, de homens e mulheres eleitos por nós para governar e nos representar…”

 

Tem sido triste e desgastante acompanhar os noticiários, jornais e blogs nos últimos tempos.  Brasília, capital federal do país, deixou de ser a cidade das soluções do Brasil para ser a cidade dos problemas do mesmo. Construída no Século XX para acolher os homens teoricamente éticos e políticos da nossa democracia, virou o cenário principal de uma roubalheira coletiva e deslavada, jogada na cara do povo diariamente sem nenhuma vergonha.

A educação brasileira pede socorro, com anos letivos se iniciando em maio e muitos deles sendo cancelados por sua inviabilidade. A crise no SUS é gritante, com uma tabela extremamente defasada, chegando a pagar menos de dez reais por um atendimento médico. O Nordeste amarga uma crise hídrica que beira o ridículo, mantida pelos governantes como “palanque de campanha”, onde muitos deles sobem com suas caras lisas, a cada quatro anos, para prometer soluções. O índice de desemprego segue crescendo dia após dia, enquanto a autoestima do povo segue ladeira abaixo, com a inflação gritando nas filas dos supermercados.

O que a gente acompanha daqui, senhores, é uma briga de egos por cargos e poder. Um salve-se quem puder descarado, de homens e mulheres eleitos por nós para governar e nos representar, mas que estão lá correndo de um lado para o outro, fazendo e desfazendo alianças, preocupados com o local onde podem salvar sua própria pele de possíveis condenações, e não em salvar o país da crise que enfrentamos.

Nada referente ao bom andamento coletivo é debatido e solucionado. Só roubos escandalosos e em gigantescas proporções são questionados e até defendidos. Pararam o país para veicular uma novela suja e de gosto duvidoso. É triste, mas o impeachment sendo consolidado ou não, a moeda de troca de quem fica e de quem sai é a dignidade do povo brasileiro, deveras jogada na lama.

Manuela Berbert é colunista do Diário Bahia.

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Ex-presidente faz discurso otimista para tentar barrar impeachment (Foto Divulgação).
Ex-presidente faz discurso otimista para tentar barrar impeachment (Foto Divulgação).

Da Agência Brasil

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou hoje (15), em Brasília, uma mensagem ao país e aos deputados sobre a votação do pedido de abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados, no domingo (17). Em sua mensagem, ele reafirma a confiança na vitória: “Vamos derrotar o impeachment e encerrar de vez esta crise”.

Lula diz que, a partir de segunda-feira (18), independentemente de cargos, estará empenhado, ao lado da presidenta Dilma, para que o Brasil tenha um novo modo de governar. “Nessa próxima etapa, vou usar minha experiência de ex-presidente para ajudar na reconstrução do diálogo e unir o país”.

O ex-presidente passou a semana conversando com lideranças políticas para barrar o impeachment e alertou os deputados que o esforço para o país ser reconhecido como uma nação com instituições sólidas pode ser jogado fora no próximo domingo. Ele pede que os parlamentares não “embarquem em aventuras, acreditando no canto da sereia dos que sentam na cadeira antes da hora”.

“Quem trai um compromisso selado nas urnas não vai sustentar acordos feitos nas sombras. Eu estou convencido de que o golpe do impeachment não passará. Derrubar um governo eleito democraticamente sem que haja um crime de responsabilidade não vai consertar nada. Só vai agravar a crise”.

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K
Rui e Josias com os 24 deputados federais baianos contrários ao impeachment.

Deputado federal licenciado e secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes acredita em vitória da presidente Dilma Rousseff no próximo domingo (17), quando será votado o processo de impeachment pela Câmara dos Deputados.

O secretário e o governador baiano, Rui Costa, se reuniram com 24 parlamentares federais da bancada baiana em Brasília. Todos, segundo Josias, fecharam questão contra o impeachment. Há pouco, o secretário concedeu a seguinte entrevista ao PIMENTA:

Blog Pimenta – Nas contas do governo, dá para vencer este processo?
Josias Gomes –
Sendo pés no chão, digo que dá. Somente no PMDB, temos 10 votos. No PSD, que eram 7, hoje são 10 contra o golpe. No PSB, já são 7 votos. Eles [os oposicionistas] é que precisam de 342 votos para aprovar o golpe. Sem contar que alguns deputados que poderiam votar pelo impeachment poderão estar ausentes.

Pimenta – Não está sendo muito otimista?
Josias –
Veja o PSB. Houve uma dissidência interna, aberta pelo deputado mineiro Júlio Delgado. Ele já disse que não vota com nenhum dos lados. Isso conta para nós. Estou sendo realista.

Pimenta – E na Bahia?
Josias –
Fizemos uma reunião, o governador Rui Costa e eu, com 24 deputados federais baianos. Todos votarão contra. Só aí são 14% dos votos que a presidenta Dilma precisa para impedir o golpe.

 

______________josias gomes

VOTOS NO DOMINGO – Fizemos uma reunião, o governador Rui Costa e eu, com 24 deputados federais baianos. Todos votarão contra. Só aí são 14% dos votos que a presidenta Dilma precisa.

______________

 

 

Pimenta – Que cenário o senhor visualiza com a vitória de Dilma, no domingo?
Josias –
Dilma vencendo e Lula vindo para o ministério [da Casa Civil], o governo começará de fato a existir, agindo como primeiro-ministro.

Pimenta – O senhor assume o mandato para a votação de domingo?
Josias –
Estamos atuando na coordenação política e, junto com o governador, conseguimos reunir 24 votos (dos 39 da bancada baiana). Conseguimos unificar os deputados em torno dessa proposta contra o golpe, o impeachment.

Pimenta – Estes votos estão assegurados ou o discurso muda na hora da votação?
Josias –
Os 24 deputados estão fechados mesmo. O que existe é muita fofoca, embora, no PP, haja uma briga por ministérios. No partido, o que tínhamos [de voto], não perdemos.

Pimenta – 10, 20 votos?
Josias –
Não. São 15 [votos]

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stfApós sete horas de sessão, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou hoje (15) cinco ações contestando a votação do pedido de abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, previsto para domingo (17).  A sessão começou às 18h e terminou à 1h.

Por maioria de votos, os ministros rejeitaram ação do PCdoB e dos deputados Weverton Rocha (PDT-MA) e Rubens Pereira Júnior (PcdoB-MA) para anular as regras definidas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).  Os ministros Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Carmen Lúcia, Gilmar Mendes e Celso de Mello divergiram do relator, Marco Aurélio, por entenderem que não houve ilegalidade na interpretação do regimento interno da Casa por parte de Cunha.

A maioria dos ministros também decidiu manter em tramitação na Câmara dos Deputados o processo de impeachment.  A Corte rejeitou pedido liminar da Advocacia-Geral da União (AGU) para anular o processo. Da Agência Brasil