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PT rachadoAssustado com os altos índices de rejeição a candidatos do partido nas eleições deste ano, especialmente em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, o PT encomendou uma ampla pesquisa nacional para identificar as causas e possíveis soluções para o antipetismo.
Ainda nesta semana, a Marissol, empresa responsável por parte das pesquisas que nortearam a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, vai apresentar uma proposta inicial de questionário. A ideia é consultar eleitores em todos os Estados do País e fazer uma bateria de pesquisas qualitativas.
O resultado vai servir de base para os debates da última etapa do 5º Congresso Nacional do partido, marcada para junho do ano que vem em Salvador (BA). A direção petista e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretendem usar o Congresso, instância máxima de decisões do partido, para fazer uma série de reformas, com objetivo de resgatar valores históricos da legenda e reconectar o PT com setores dos quais se afastou nestes 12 anos de poder, como os movimentos sociais e a intelectualidade de esquerda.
A cúpula do PT já tem um diagnóstico primário das causas do antipetismo. Segundo dirigentes, a onda começou nos protestos de junho de 2013, quando militantes petistas foram agredidos em manifestações em São Paulo, tomou corpo durante o processo eleitoral deste ano e continuou depois das eleições, com as manifestações contra a presidente Dilma.
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Canteiro de obras está abandonado desde agosto de 2013
Canteiro de obras está abandonado desde agosto de 2013

A novela em torno da obra da barragem do Rio Colônia segue sem previsão de desfecho. Em setembro, o governo do estado relançou edital do projeto, cuja execução fora interrompida em agosto de 2013, seis meses após o início dos trabalhos.
Como já noticiado pelo Pimenta, a licitação para contratar uma nova empresa acabou frustrada, já que não houve interessadas na sessão marcada para a abertura das propostas.
A situação, mais uma vez, vira mote para alfinetadas dos opositores. O deputado estadual Augusto Castro (PSDB) puxa as críticas, ao afirmar que “falta vontade política” para fazer a obra andar.
A barragem é apontada como solução para dar regularidade ao sistema de abastecimento de Itabuna e Itapé, além de aumentar a vazão do Rio Cachoeira, do qual o Colônia é afluente.
Em setembro, ainda durante a campanha, o então candidato a governador Rui Costa falava com entusiasmo sobre o projeto. “Conhecida a empresa vencedora (da licitação), vamos garantir que as obras prossigam e o cronograma seja cumprido”, declarou Rui à época.

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Leão, entre Alailson Batista e Roberto Barbosa (foto Facebook)
Leão, entre Alailson Batista e Roberto Barbosa (foto Facebook)

Enquanto o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite (PRB), retarda sua reforma administrativa, o vice-governador eleito João Leão (PP) sai na frente e altera o comando da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo.
Em sua página no Facebook, Leão registra encontro com o presidente do PP de Itabuna, Roberto Barbosa, o empresário Mário Sérgio Barbosa (irmão de Roberto) e Alailson Batista de Jesus, que no governo itabunense vem a ser diretor de Captação de Novos Investimentos.
Ocorre que na postagem de Leão, Alailson é apresentado como secretário de Indústria, Comércio e Turismo, cargo que pelo menos por enquanto é ocupado pelo advogado José Humberto Ramos Martins.
Zé Humberto, como é conhecido, é gente do prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, que por sua vez se desentendeu com o presidente do PP de Itabuna. Barbosa exige a exoneração do atual secretário, mas Vane ainda não se decidiu a atendê-lo.
Como se vê, Barbosa perdeu a paciência e recorreu a Leão. E este destituiu o Zé pelo Facebook.
Agora falta apenas saber se Vane curtiu.
Em postagem no Face, Leão nomeia novo secretário do governo Vane
Em postagem no Face, Leão nomeia novo secretário do governo Vane

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josef-viv-lenildo

Nas discussões em torno do futuro secretariado do governador eleito Rui Costa (PT), três nomes sul-baianos surgem com força. Dois deles são prefeitos petistas que tiveram papel decisivo na campanha do sucessor de Jaques Wagner: Josefina Castro, de Coaraci, e Lenildo Santana, de Ibicaraí.
Quando a campanha majoritária patinava no Sul da Bahia, a dupla de prefeitos tomou a rédea da mobilização e promoveu uma carreata com o então candidato por seis cidades, começando em Almadina e terminando com um grande comício em Ibicaraí. O evento teve repercussão tão positiva, que o vice-governador Otto Alencar, eleito para o Senado, sempre diz ter sido aquele o momento em que passou a acreditar com mais força na possibilidade de vitória de Rui.
Josefina e Lenildo, ambos em segundo mandato, também demonstraram força ao dar, nos respectivos municípios, as maiores votações aos seus candidatos a deputado federal e estadual (Geraldo Simões e Rosemberg Pinto).
Um terceiro nome sul-baiano que aparece com força para a composição do governo é o de José Vivaldo de Mendonça Filho, atual diretor executivo da CAR (Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional). Reconhecido como executivo competente, Vivaldo se encaixa no perfil técnico que Rui afirma desejar para sua administração.

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augusto castroNota publicada hoje (8) na coluna de Levi Vasconcelos (A Tarde) compara as eleições municipais itabunenses às estaduais do Rio Grande do Sul. Por uma questão básica: em ambas, os candidatos à reeleição não têm vida fácil.
Itabuna jamais reelegeu um prefeito e o Rio Grande nunca reconduziu um governador ao poder.
A partir dessa comparação, o colunista menciona o deputado estadual reeleito Augusto Castro (PSDB) como o nome carimbado da oposição para disputar a Prefeitura, hoje sob o comando de Vane do Renascer (PRB).
Castro, que teve 12.270 votos na cidade (segundo mais votado, atrás do ex-prefeito Capitão Azevedo, do DEM), está, como se diz, “na muda”, e não diz nem que sim nem que não.
É tucano do tipo que gosta de estudar bem o terreno para ver se há condição de pouso.

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petrobrasJosias de Souza | Blog do Josias
Sob refletores, Aécio Neves fez um pronunciamento de mostruário no plenário do Senado. Peito estufado, soou enfático: “Chamo a atenção desta Casa e dos brasileiros para o que vou dizer.” As frases saltavam-lhe dos lábios embebidas de sangue. “Qualquer diálogo tem que estar condicionado especialmente ao aprofundamento das investigações e exemplares punições daqueles que protagonizaram o maior escândalo de corrupção da história desse país, já conhecido como petrolão.”
Com loquacidade ensaiada, Aécio aproveitou os mais de 51 milhões de votos que recebeu dos brasileiros para elevar a estatura da oposição. Longe dos holofotes, no entanto, o PSDB dialogou com o PT para rebaixar o teto na CPI da Petrobras. A portas fechadas, tucanos, petistas e Cia. definiram o que não desejam investigar. No melhor estilo uma mão suja a outra, tiraram de cena políticos e operadores que estão pendurados de ponta-cabeça no noticiário sobre o escândalo da Petrobras.
Pelo lado do PT, foi à gaveta o requerimento de convocação do tesoureiro João Vaccari Neto, acusado de fazer o traslado da propina da Petrobras até as arcas do petismo. Enfurnaram-se também as convocatórias da senadora Gleisi Hoffmann e do seu marido, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações). Ela foi delatado como beneficiária de uma youssefiana de R$ 1 milhão para a campanha de 2010. Ele foi apontado como uma espécie de agenciador.
No jogo de proteção mútua, o tucanato tirou de cena um potencial depoente chamado Leonardo Meirelles. Trata-se do empresário que, investido da autoridade de laranja do doleiro Alberto Youssef, declarou à Justiça Federal ter repassado propinas extraídas de negócios da Petrobras para o deputado pernambucano Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB federal, já morto.
Os acertos que transformaram o discurso de Aécio em palavras cenográficas foram feitos numa reunião a portas fechadas, antes do início da sessão da CPI. O repórter Gabriel Mascarenhas conta que o deputado petista Marco Maia, relator da comissão, achou tudo normalíssimo: “Gente, foi um acordo político, feito por todos os presentes, que se resolveu, em função da falta de densidade das denúncias, não produzir nenhum tipo de oitiva neste momento.”
O deputado tucano Carlos Sampaio dançou conforme a música, um chorinho bem brasileiro: “Decidimos excluir os agentes políticos e os citados nas delações premiadas. Abrimos mão de ouvir Gleisi e Vaccari. Todo mundo concordou.” Repita-se, por eloquente, a última frase: “Todo mundo concordou”. Espanto! De novo: “Todo mundo concordou”. Pasmo! Mais uma vez: “Todo mundo concordou”. Estupefação.”
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Não está fácil: além de explosões, Trindade também enfrenta turbulências
Não está fácil: além de explosões, Trindade também enfrenta turbulências

A caldeira que explodiu esta semana no Restaurante Popular, no Centro de Itabuna, simboliza de certa forma a situação do secretário da Assistência Social do município, José Carlos Trindade. Pelo que se diz nos corredores do Centro Administrativo Firmino Alves, Trindade vive um momento realmente explosivo.
Para começar, o secretário ficou mal com seu partido, o PRB, por ter se recusado a apoiar o candidato a deputado estadual José de Arimatéia (ficou com Ângela Sousa, do PSD) e ter dado uma votação aquém da esperada ao deputado federal Márcio Marinho.
O problema maior, porém, ultrapassa as questões eleitorais e adentra na esfera administrativa. É que em 2014 a Secretaria de Assistência Social provavelmente terá que devolver uma alta soma financeira ao governo federal por não ter executado o objeto dos convênios firmados. Esse fato tira o sono do prefeito Claudevane Leite.
Voltando à caldeira do restaurante, há informações de que a Vigilância Sanitária e a Defesa Civil já haviam alertado a Secretaria para a necessidade de uma manutenção preventiva, mas a advertência foi solenemente ignorada.
São tantas barbeiragens que poucos apostam na sobrevivência de Trindade como secretário.

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Veridiano aposta em novo momento do PT itabunense (Foto Pimenta).
Veridiano aposta em novo momento do PT itabunense (Foto Pimenta).

José Carlos Veridiano, ex-vereador e ex-presidente do PT itabunense, anda empolgado com o que pode ser chamado de recriação da legenda em Itabuna. Nomes conceituados em Itabuna e quadros históricos do partido serão convidados para participar deste projeto como filiados.
– Não é algo contra ninguém [Geraldo Simões, deputado federal], mas queremos um partido fortalecido, sem “dono” – disse Veridiano ao PIMENTA enquanto comemorava a reeleição de Dilma.
Segundo ele, será uma ação pactuada. Dentre os alvos da velha guarda petista, estão nomes como o do médico sanitarista Humberto Barreto e o ceplaqueano Francisco Gilton. “As conversas estão avançadas”, disse Veridiano, que ainda acrescentou o nome do prefeito Claudevane Leite, hoje no PRB.
As conversas para este novo momento tem a aprovação não apenas do diretório estadual, mas de nomes de peso, a exemplo do governador Jaques Wagner e do governador eleito, Rui Costa. Estes apoios, na opinião de Veridiano, darão mais segurança para o retorno do prefeito.
O governador eleito diz ter um carinho especial pelo sul da Bahia. Internamente, governistas dizem que, após as ações no Semiárido e em mobilidade na Região Metropolitana de Salvador e de Feira, a região sul-baiana passa a ser a “Menina dos Olhos”, pois foram superados obstáculos ambientais.
Para 2015, deverão deslanchar obras e projetos como Aeroporto, duplicação da Ilhéus-Itabuna, Porto Sul e Ferrovia Oeste-Leste, o que poderá representar um novo ciclo de desenvolvimento regional. O governador eleito já anunciou que o centro logístico destes novos investimentos será implantado em Itabuna.

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ricardo bikeRicardo Ribeiro | [email protected]
 

A história costuma se repetir, permitindo até a previsão de certas ofensivas. Na década de 50, com a UDN e o império de comunicação de Assis Chateaubriand; agora, com os tucanos, a Veja e a Rede Globo, com suas denúncias enlatadas que tentam subverter até o ordenamento jurídico.

 
A eleição acabou, mas muita gente ainda não desceu do palanque. Divulgado o resultado, compete aos brasileiros – todos – torcer para que o governo acerte o passo e cumpra seus compromissos. “Urubuzar”, como apraz a uma parcela de jacus baleados, é a verdadeira burrice que gente raivosa enxerga na opção alheia.
Nem gostaria de fazer mais comentários sobre essa campanha eleitoral (na verdade, agora deu uma preguiça danada de ficar chovendo no molhado). Mas o festival de bobagens que inunda as redes merece ao menos alguma observação.
Aos que desconhecem a história, recomenda-se a leitura do último dos três volumes da biografia do ex-presidente Getúlio Vargas, um belíssimo trabalho de apuração do escritor Lira Neto. A mesma campanha na mídia, a mesma direita raivosa, até a mesma Petrobras mergulhada em um tal “mar de lama”, produzindo um clima de ódio na sociedade que levou ao desfecho que todos (suponho) conhecem.
A história costuma se repetir, permitindo até a previsão de certas ofensivas. Na década de 50, com a UDN e o império de comunicação de Assis Chateaubriand; agora, com os tucanos, a Veja e a Rede Globo, com suas denúncias enlatadas que tentam subverter até o ordenamento jurídico. Na Código de Processo do PIG, uma delação premiada vale por uma condenação consumada.
Com esse fermento, adicionado à inconformidade de certos setores com a ascensão de quem antes vivia excluído, a direitona agora constrói um cenário de terceiro turno.
Hoje, um professor de ginástica comentava o tema sob o enfoque que lhe toca. Tempos atrás, havia apenas dondocas e playboys nas academias. “O pobre só tinha dinheiro para o básico”… Pobre nas academias, faculdades públicas e privadas, com conta bancária, frequentando restaurante, de carro novo e viajando de avião… Tudo isso dá urticária em muita gente metida a besta, que hoje extravasa sua bronca em fétidas postagens nas redes sociais.
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Geraldo MeirelesGeraldo Meireles

Do nosso lado ficaram apenas os mais pobres, os mais conscientes, os mais sonhadores e os mais teimosos. Não foi o Aécio quem perdeu a eleição, foram os brasileiros que venceram.

“Não troco ofensas com ninguém, mas discuto ideias com todos”, disse um tempo atrás a alguém no Face que não estava preparado para uma conversa civilizada sobre política.
Passados os momentos de emoção da disputa eleitoral, quero registrar o que vi de mais importante durante os embates da campanha, porque as lições foram tão preciosas que não merecem cair no esquecimento depois da vitória.
Em primeiro lugar, vi a desconstrução da imagem da “presidenta” e do PT ser iniciada e patrocinada pela grande mídia e pelos demais partidos opositores com as manifestações de junho/2013.
O Brasil tornou-se um palco de guerras urbanas, sem controle e sem sentido, em que os patrimônios público e privado ficaram à mercê de “manifestantes” financiados por interesses escusos, posteriormente revelados por causa da morte de um cinegrafista da Band e acalmados pelo pacto de paz com a visita do Papa Francisco. Por conta disso, vi um bando de “coxinhas” vaiarem a maior autoridade do nosso país diante do mundo, ofendendo-a com palavras e gestos impublicáveis, talvez comuns em suas mesas de jantar e convívio familiar, mas ofensivos às demais famílias brasileiras. Ainda bem que a fraca seleção do Felipão venceu a Copa das Confederações, caso contrário a Dilma e o PT seriam culpados.
Vi o grito de que “não vai ter Copa” tomar as ruas, os “analistas midiáticos” e os políticos de ocasião decretarem que o Brasil passaria vergonha na Copa, porque nada funcionaria, as obras de mobilidade urbana inacabadas seriam um obstáculo intransponível ao acesso dos torcedores, os aeroportos travariam, os estádios não ficariam prontos, a internet não atenderia às exigências da mídia estrangeira. A única coisa que eles apontavam como pronta e inatacável era a seleção do da Felipão, já que Dilma não era a treinadora.
Atendendo o clamor das ruas, num clima de forte comoção, vi políticos envolvidos no chamado “mensalão do PT” (registre-se nem todos eram do PT) serem julgados, presos, ridicularizados e expostos como troféu anticorrupção. Enfim, vi o fim da era PT profetizado por aqueles que não suportavam a simples menção dos nomes do Lula e da Dilma.
Para contra-atacar, a Dilma lançou mais programas sociais, anunciou o “Mais Médicos” priorizando a entrada de médicos brasileiros no programa e, depois, estrangeiros de várias nacionalidades, inclusive cubanos. Incrementou mais recursos para o “Minha Casa Minha Vida” e sentenciou que teríamos a “Copa das Copas” – o que foi comprovado por toda imprensa estrangeira, pela FIFA e pela grande mídia do nosso país que destinou todos os créditos ao povo brasileiro, ignorando as ações do governo. Aliás, para uma parte da mídia, o PT já havia comprado a Copa e o Brasil seria, inexoravelmente, campeão.
Vi a “Máfia do Jaleco Branco” mobilizada numa campanha “nunca vista antes na história deste país”, cuja palavra de ordem era “Fora Dilma e leve o PT junto”. Para eles, pobre tinha que morrer sem assistência médica básica, porque quando a Atenção Básica funcionar adequadamente, seus Planos de Saúde, suas clínicas e seus hospitais terão menos lucro.
Vi o Brasil entrar dividido num processo eleitoral, de um lado aqueles que representavam o mercado, a grande mídia e o projeto de estado mínimo que, anos atrás, havia colocado o país de joelhos diante do mundo; do outro lado, o PT odiado, estigmatizado como partido da corrupção, ferido mortalmente em seus alicerces e os aliados que lhe restaram. No meio disso tudo, vi surgir uma terceira via, uma alternativa de escolha para quem não queria retornar ao passado sombrio e havia perdido a confiança no PT. Só que essas duas alternativas ao PT não demonstravam viabilidade eleitoral, porque o que restava do PT ainda era consistente, o povo não abriria mão de suas conquistas por causa de promessas sem garantia.
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Mariana FerreiraMariana Ferreira |[email protected]
 

O discurso de que o Bolsa Família é o que sustenta a maioria dos nordestinos é um mito comprovado em levantamento da Universidade Federal de Alagoas. Segundo os dados, existem mais pessoas que recebem da Previdência ou têm emprego formal do que beneficiários do programa de distribuição de renda.

 
Alegra-me poder discordar de quem acredita que nordestino é ignorante ou esfomeado. A visão, arcaica como é, desmonta-se na realidade. É fortunoso visualizar que o nordestino, bem como moradores de outras regiões do Brasil, não tem mais a miséria como motivo prevalente para estar em São Paulo, o que é a grande crítica do anti-nordestino, especialmente quando um petista ganha as eleições presidenciais.
Mudar-se para São Paulo não é demérito nenhum, ser nordestino e ir morar lá também não, simplificar essa relação, atrelando-a à pobreza e ignorância, é mera bobagem e completa desinformação. De toda forma, é interessante perceber como essa realidade foi modificada ao longo dos últimos anos, afinal, o Nordeste é a região com maior retorno de migrantes, segundo o IBGE.
E há motivos políticos para isso. Quer se queira ou não, após doze anos do PT conduzindo o governo federal, temos simplesmente um milhão de estudantes a mais no ensino superior no Nordeste, temos sete das dezoito universidades federais criadas nesse período em todo o Brasil, e todas fora das capitais e ainda com unidades em mais de um município. Temos ainda estudantes no programa Ciências Sem Fronteiras sendo premiados no exterior por inovação, além de um montante de obras estruturantes invejável para outras regiões. O nordestino tem o direito de ficar onde ele quiser, inclusive de voltar para casa, como milhares têm feito nesses novos tempos, já que têm estrutura melhor para isso.
O discurso de que o Bolsa Família é o que sustenta a maioria dos nordestinos é um mito comprovado em levantamento da Universidade Federal de Alagoas. Segundo os dados, existem mais pessoas que recebem da Previdência ou têm emprego formal do que beneficiários do programa de distribuição de renda, que concede ao favorecido o máximo de 175 reais mensais. Paralelamente, têm-se 8,9 milhões de nordestinos com emprego formal, ante 4,8 milhões em comparação a 2002.
Com essa realidade posta, para o nordestino, votar em Dilma é uma preferência racional. Foi o que 71,5% deles deixaram claro nas urnas no último domingo. Não é para menos, já que em oito anos um nordestino fez jus à sua terra e em mais quatro uma mineira fez jus à transformação daquela que se tornou a menina dos olhos do governo federal.
Mariana Ferreira é comunicóloga.

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Jabes diz que novos governos devem priorizar saúde, educação e segurança (Foto Pimenta).
Jabes aponta prioridades.

O prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro (PP), considerou a vitória da presidente Dilma Rousseff (PT) como essencial para “consolidar” obras como a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul.
– O povo brasileiro teve a oportunidade de decidir entre dois caminhos. Preferi o da Presidenta Dilma, que representa a continuidade das obras estruturantes para o desenvolvimento de Ilhéus, além de um compromisso muito mais forte com os mais pobres – disse o gestor ilheense.
Para o prefeito, a reeleição da presidente também aponta para a necessidade de mais investimentos em áreas como saúde, educação e segurança pública. Essas prioridades também valem, na análise do prefeito, para os governos estaduais.

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Wagner na Fazenda (Foto Pimenta).
Wagner na Fazenda (Foto Pimenta).

Não se sabe se faz parte da estratégia de queimá-lo, mas a coluna Radar, assinada pelo jornalista Lauro Jardim, divulga neste início de manhã de sexta-feira (24) que o nome do governador Jaques Wagner, da Bahia, está sendo cotado para assumir o Ministério da Fazenda. Assumiria, claro, se Dilma Rousseff (PT) for reeleita.
Contaria a favor dele o fato de ser habilidoso no relacionamento, também, com o empresariado. Nesta linha, lembram o sucesso do ex-ministro Antonio Palocci, que não era economista ou administrador, mas médico de formação.
A bolsa de apostas políticas, no entanto, dá como certa a nomeação de Wagner para a Casa Civil, caso Dilma seja reeleita.

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Regina FlorêncioRegina Florêncio 
 

Artistas populares são os mais utilizados como munição dessa artilharia insana. O ator Wagner Moura, por exemplo, é coxinha de Ossocubo da Direita em algumas montagens e esquerda caviar em outras. O cardápio ficou maluco e indigesto.

Em tempos de disputa política acirrada e ânimos à flor da pele, usar do bom senso ao compartilhar posts nas redes sociais é essencial. Um FEBEAPÁ de informações equivocadas, bizarrices de todo tipo e a utilização de imagens de pessoas públicas à revelia das mesmas, infesta principalmente o facebook.
Na maioria das vezes o internauta distraído cai na rede dos incautos. Como não confiar naquele seu contato, seu amigo tão politizado, acima de qualquer suspeita, que compartilhou aquele post bacana na timeline dele?
Numa era em que somos soterrados por toneladas de informações, falta tempo para verificar a veracidade de tudo que lemos ou compartilhamos. Quem fabrica o hoaxe (histórias falsas recebidas por e-mail, sites de relacionamentos e na Internet em geral) politico, é claro na sua intencionalidade: atacar um candidato ou projeto político através de um boato. Uma irresponsabilidade que muitas vezes acaba prejudicando quem supostamente seria beneficiado e desmoraliza quem compartilha.
Artistas populares são os mais utilizados como munição dessa artilharia insana. O ator Wagner Moura, por exemplo, é coxinha de Ossocubo da Direita em algumas montagens e esquerda caviar em outras. O cardápio ficou maluco e indigesto. Deu nó no estômago e na cuca:

montagem

1. Por que o Aécio Neves bateu na mulher do Kadu Moliterno?
2. O Wagner Moura é direita, esquerda ou volver?
3. Na Festa do Golpe Comunista 2015 vai ter churrasco de Carne Friboi, que é do filho de Lula, parceiro do Juba, que é o… Kadu Moliterno? Armações Ilimitadas.
4. A Fafá de Belém, perseguida pelo PT de Vitória da Conquista, será obrigada a cantar a Internacional Socialista nos Eventos Oficiais do Estado sovietizado? A Nicete Bruno confirma a informação.
5. O primo do candidato Aécio Neves é o imperador asteca Cláudio Montezuma, líder de um cartel do narcotráfico latino americano? Dilma ouviu isso no ponto eletrônico durante o debate do SBT.
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sócratesartigoSócrates Santana | [email protected]

A partir da aprovação da lei contra a prática de nepotismo, a noção entre público e privado no país passou a figurar com mais rigor pelos corredores do poder. O uso de recursos públicos para benefício pessoal ou familiar também ganhou contornos de crime, mas, infelizmente, ainda batalha para obter a alcunha consensual de imoral.

Se, por um lado, uma parcela da sociedade mostra ojeriza às cotas para negros nas universidades públicas, por outro, revela naturalidade ao enobrecer privilégios como se fossem direitos hereditários. É o caso explícito de 60 famílias no Brasil, que se enraizaram nas entranhas da cultura política deste país e, a cada eleição, apresentam para o eleitor a sua árvore hereditária como se fosse uma credencial para ocupar qualquer cargo público, inclusive, a Presidência da República.
Há alguns anos, o sociólogo Demétrio Magnoli dedicou 400 páginas para identificar as políticas de promoção da igualdade racial no Brasil com a organização social norte-americana e o nazismo. Deu ao livro o título Uma gota de sangue: história do pensamento racial. Faz críticas a classificação dos seres humanos a partir do critério de raça e defende o conceito de nação contra o que chama de “construção ideológica de uma nação negra”. Trata-se de uma refinada argumentação contra uma política de “exceção” supostamente em curso no país. É, sem dúvida, o mais tergiverso manuscrito conceitual contra o modo petista de governar, mas, também é o maior exemplo para quem – erroneamente – classifica como iguais PT e PSDB.
Ao contrário do que muitos pensam o sociólogo paulista não só deu argumento para os nobres atacarem o ato “discriminatório positivo” deste governo, mas, também distinguiu de maneira singular a política de desigualar os desiguais até se tornarem efetivamente iguais, mediante a geração de desigualdades em sentido inverso ao ato discriminatório no Brasil. É tudo uma questão de tempo, literalmente. Sendo assim, o que se vê é uma completa dissimulação da ordem cronológica da história, onde “os que mandam simulam as virtudes dos que servem”, como diria Friedrich Nietzsche.
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