Tempo de leitura: 2 minutos

ricardo bikeRicardo Ribeiro | [email protected]
 

Se uma campanha para deputado federal custa até R$ 12 milhões, quem vai pagar essa conta? E que interesses há por trás de quem paga?

 
A sucessão presidencial acabou se transformando em um campo de batalha, que envolve não apenas os próprios candidatos, mas seus militantes, nas ruas e nas redes. O clima é de acirramento total, com um grau de intolerância talvez inédito no Brasil.
É tão complicado, que muitos não conseguem ao menos compreender e respeitar os motivos do voto alheio. Se é contrário, o eleitor só pode ser estúpido, ou comparsa do candidato que, aos olhos do julgador, é corrupto.
A corrupção, aliás, acabou desqualificada enquanto argumento de ataque de lado a lado. Para cada escândalo de um, há uma falcatrua do outro sempre à mão. Tanto que os candidatos começam a mudar o foco para a gestão, a fim de não acabarem ambos desossados.
É fundamental, porém, que o tema não seja banalizado, na base do “ladrão por ladrão…”. Não é por aí. O descaramento com a coisa pública precisa ser combatido com seriedade, em suas raízes, doa a quem doer, sem se limitar a um artifício meramente eleitoral. Ou se muda esse padrão de denúncias de ocasião, ou o país não sai do lugar.
O combate precisa começar, logicamente, pelo começo: nas próprias campanhas eleitorais,onde se armam esquemas com grandes empresas e depois é preciso retribuir. Como? Com o nosso dinheiro, é claro.
Se uma campanha para deputado federal custa até R$ 12 milhões, quem vai pagar essa conta? E que interesses há por trás de quem paga?
Baratear as campanhas, por meio de uma reforma política que introduza mecanismos como o financiamento público e o voto distrital, é algo mais que necessário. É urgente. Enquanto isso não for feito, políticos continuarão a apontar seus dedos sujos entre si, numa discussão sem futuro.
Não é à toa que a abstenção deu um salto no primeiro turno e talvez seja maior no segundo. É um sinal claro de que grande parte da população está saturada de tanta sujeira pluripartidária. Vença quem vencer, é preciso virar essa página de uma vez por todas.
Chegou a hora de desfazer a maldição de De Gaulle. O Brasil precisa se levar a sério.
Ricardo Ribeiro é advogado e blogueiro.

Tempo de leitura: 2 minutos

Página inicial do aplicativo "Ofensômetro", desenvolvido por Bruno Calheira.
Página inicial do aplicativo “Ofensômetro”, desenvolvido por Bruno Calheira.

Bruno Calheira, criador do aplicativo.
Bruno Calheira, criador do aplicativo.

Dois candidatos à presidência participam de um debate na televisão tenso e de baixíssimo nível. Nas redes sociais, partidários ou simpatizantes de candidatos desfazem amizades e se perdem em agressões mútuas.
Bruno Calheira, servidor público e especialista em informática, resolveu dar uma mãozinha para acalmar ânimos mais exaltados. Criou um aplicativo acessível a qualquer um que tenha internet.
Fala Bruno:
– Neses tempos difíceis em que as ofensas são distribuídas gratuitamente, resolvi dar uma coisa boa, de graça – diz ele ao PIMENTA. Com o Ofensômetro, Bruno diz que espera levar as pessoas a refletir sobre suas palavras.
Ou seja, dá para pesquisar antes de uma mensagem mais dura ao amigo ou ao conhecido nas redes socais…
O Ofensômetro pode ser usado em qualquer plataforma. Basta acessar o site. Lá, a opção de seleção por grupo. São 21, por enquanto, e incluem desde etnia, a gênero, opção sexual e raça. Após a seleção, o internauta escreve a frase e recorre a um dos grupos.
Bruno esclarece que a versão é a inicial, que está sendo aprimorada. O servidor público já foi notícia nacional neste ano, após desenvolver outro aplicativo, desta vez para o Judiciário (relembre aqui). O Atum agiliza as audiências de conciliação dos Juizados Especiais em Itabuna e facilita a vida dos servidores, de juiz a técnicos.

Tempo de leitura: 3 minutos

ricardo bikeRicardo Ribeiro | [email protected]
 

Caso vença as eleições, Dilma terá que repensar sua política de alianças e deverá propor medidas para fortalecer as instituições, tornando-as bem menos vulneráveis à ação dos marginais que existem nos quadros de PT, PSDB, PMDB, DEM, PP, PCdoB, entre outros partidos.

 
Um texto publicado por Zeca Baleiro no Facebook diz muito sobre a posição de grande parte dos eleitores do PT neste momento. O artista vota em Dilma, mas salienta que a decisão não é cega, apaixonada ou desprovida de crítica.
Nas redes, tem sido comum ver ataques do tipo: quem vota no PT ou é burro ou está se beneficiando da corrupção. A primeira ideia (no caso, a burrice) foi vitaminada pela opinião preconceituosa do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, que se referia particularmente aos eleitores do Nordeste. A segunda, que inclui o eleitor na aludida bandalheira, traz o preconceito de quem, muitas vezes, mede os outros com a régua que usa para aferir seus próprios vícios.
Como se trata de uma eleição extremamente polarizada e acirrada, desapareceu o espaço para o meio termo e o equilíbrio, que não se confundem com a posição de quem fica em cima do muro. É plausível, sim, votar no PT pelo reconhecimento de que os governos Lula e Dilma melhoraram os indicadores sociais, tiraram mais de 40 milhões de brasileiros da pobreza extrema, reduziram o déficit habitacional, investiram mais do que as gestões anteriores na construção e recuperação de estradas, ferrovias e portos.
O Brasil, de acordo com o Banco Mundial, foi um dos raros países que conseguiram enfrentar a última crise e, ao mesmo tempo, melhorar a renda dos mais pobres. Há queixas relacionadas ao baixo crescimento e ao recente aumento da inflação, mas é preciso reconhecer e aplaudir a opção de proteger o emprego (hoje com um dos índices mais elevados do mundo) e manter os programas sociais.
Baleiro, de maneira sincera e isenta, observa também os pontos negativos. Por exemplo, o PT, em nome de uma governabilidade de sérios danos colaterais, cultivou parcerias espúrias com representantes do que há de mais atrasado na política brasileira. Caso vença as eleições, Dilma terá que repensar sua política de alianças e deverá propor medidas para fortalecer as instituições, tornando-as bem menos vulneráveis à ação dos marginais que existem nos quadros de PT, PSDB, PMDB, DEM, PP, PCdoB, entre outros partidos.
Quando o assunto é corrupção, lamentavelmente, os dois lados em disputa terão balas à vontade para trocar entre si, sem que se chegue jamais à conclusão de qual poleiro é mais sujo. O debate, porém, longe de ser inócuo, é até saudável. Hoje, os eleitores com um mínimo de discernimento – independentemente da escolha que tenham feito – já perceberam que a rapinagem não será combatida de verdade se não houver reforma política e uma mudança legislativa que leve à punição exemplar dos larápios de colarinho branco.
Infelizmente, ainda há aqueles que, contagiados pelo desejo de mudança, em princípio altamente positivo, deixaram-se inocular pela ideia de que a corrupção surgiu em Brasília a partir do momento no qual o PT subiu a rampa do Planalto. Uma visão desplugada da realidade, mas sugerida e estimulada pela grande imprensa, que não esconde sua preferência pela candidatura tucana. Pena que os autores da tese de que toda safadeza tem DNA petista não manifestem o menor compromisso com uma discussão séria sobre o que realmente precisa mudar.
Ricardo Ribeiro é advogado e blogueiro.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Rui Costa cobrará aliados em Itabuna (Foto Vaner Casaes).
Rui Costa cobrará aliados (Foto Vaner Casaes).

Rui Costa (PT) virá a Itabuna amanhã (17), onde fará caminhada pela Avenida do Cinquentenário. Será uma atividade de campanha da candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT). Puxada pelo governador eleito da Bahia, a caminhada terá concentração no Jardim do Ó, a partir das 15h.
Antes, Rui deverá se reunir com políticos aliados, dentre eles o deputado Geraldo Simões, a ex-presidente do PT itabunense Miralva Moitinho e o ex-presidente da Bahiagás Davidson Magalhães, além do grupo ligado ao prefeito Claudevane Leite. De acordo com fonte, Rui deverá dar uma “chamada” nos grupos e cobrará união dos grupos pela reeleição de Dilma Rousseff.
A avaliação do comando estadual é de que a fragmentação dos aliados em Itabuna está permitindo maior visibilidade à campanha de Aécio Neves (PSDB) no município sul-baiano.
Dilma venceu em Itabuna no primeiro turno, mas parece que foi derrotada por larga margem, a julgar pelo volume de campanha adversário nas ruas. Apoiadores do DEM, PSDB e PMDB ocupam as ruas centrais e jogam pesado nos bairros mais afastados.

Tempo de leitura: 3 minutos
ricardo bikeRicardo Ribeiro | [email protected]

 

Hoje, Aécio afirma a disposição de manter “tudo o que deu certo” nos governos petistas; amanhã ele terá que aplicar o receituário tucano e muito do que deu certo começará a dar errado.

 
A dinâmica imprime a essas eleições presidenciais um nível de emoção inédito. São reviravoltas e ultrapassagens no último instante, fazendo com que em momento algum a fotografia possa ser vista como o quadro definitivo.
No primeiro turno, Aécio Neves (PSDB) chegou a ser descartado. Até mesmo a imprensa que lhe serve passou a tratá-lo como carta fora do baralho, diante do crescimento de Marina Silva (PSB). As incoerências e inconsistências da ex-ministra do Meio Ambiente, exaustivamente apontadas tanto por tucanos como por petistas, desconstruíram a candidata e Aécio recuperou espaço. Acabou no segundo turno.
Aécio cresceu porque ficou em uma zona de conforto na primeira etapa da disputa, quando a artilharia pesada se voltou contra Marina. Já no segundo tempo, a situação é bem diferente e são as inconsistências do tucano que se encontram em evidência. A hora é de desconstruir o ex-governador de Minas Gerais, cujo telhado é de vidro.
A fragilidade tucana ficou evidente com o resultado do primeiro turno em Minas, onde Dilma venceu, assim como o candidato do PT ao governo estadual, Fernando Pimentel, liquidou a fatura sem necessidade de tira-teima. Por que Aécio perdeu no Estado que governou? Essa é uma pergunta que mexe com a imaginação de indecisos e até de gente que, sem maiores reflexões, já optou pelo candidato do PSDB.
Desvio de recursos da saúde, política fiscal de baixo desempenho (segundo números apresentados pela Folha de São Paulo), abusos detectados em obras feitas para beneficiar a parentela, e por aí vai. Isto sem falar em outras informações desabonadoras que constam no histórico do candidato, como a de que, aos 17 anos, ele começou a vida pública como fantasminha camarada. Enquanto curtia seu “dolce far niente” de jovem playboy na belíssima orla carioca, era empregado em Brasília, no gabinete do pai, Aécio Cunha, que foi deputado da Arena e do PDS (partidos que deram sustentação aos militares). E viva o dom da ubiquidade!
O governador da Bahia, Jaques Wagner, já disse que não vê em Aécio a menor condição moral para dar lições de ética a quem quer que seja. A biografia do tucano corrobora essa posição. Ontem, no debate da Band, todos perceberam o desconforto do candidato quando Dilma perguntou sobre a Lei Maria da Penha e o combate à violência contra as mulheres. Nas entrelinhas, havia a referência subliminar a outro episódio desabonador no histórico do adversário.
Aécio se apresenta como um caminho para a mudança, apostando no poder de sedução que a palavra incorpora. Entretanto, na cartilha da direita, o verbete significa priorizar o capital em detrimento do social e reduzir o papel dos bancos oficiais como instrumento de políticas públicas. Hoje, Aécio afirma a disposição de manter “tudo o que deu certo” nos governos petistas; amanhã ele terá que aplicar o receituário tucano e muito do que deu certo começará a dar errado.
Percebe-se claramente que as diferenças entre os nomes que se apresentam para governar o Brasil vão além das biografias. Elas têm a ver com o modelo de país que se propõe.
Ricardo Ribeiro é advogado e blogueiro.
P.S. –  Antes que alguém reclame de que o texto é tendencioso, vai aqui um esclarecimento: um artigo assinado representa o ponto de vista de quem assina e é de sua natureza ser “tendencioso” (no sentido cristalino de apontar para uma tendência). Não se trata de notícia, mas da opinião. Caso não tenha ficado claro, o que é improvável, o autor salienta que vota na candidata do PT.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Fernando aposta fichas em Aécio.
Fernando aposta fichas em Aécio.

O ex-prefeito Fernando Gomes anda animado com as possibilidades eleitorais do tucano Aécio Neves. Prometeu investir em 20 carros de som para fazer a campanha do candidato a presidente da República pelo PSDB em Itabuna. A ação ousada foi prometida para o início desta semana.
O grupo de Fernando é responsável pela ofensiva por Aécio em Itabuna. Pelo menos no visual, a campanha tucana ganha – disparadamente – dos petistas com Dilma Rousseff.
Não custa lembrar que, no primeiro turno, Aécio foi o segundo mais votado no maior município sul-baiano. Por aqui, Dilma obteve 45.863 votos (44,09%) contra 36.145 (34,75%). Marina (PSB) obteve 19.640 (18,88%).
 

Tempo de leitura: < 1 minuto

Lembrador nas versões gaúcha e baiana em campanhas estaduais petistas.
Lembrador nas versões gaúcha e baiana em campanhas estaduais petistas.

Uma das grandes sacadas do programa eleitoral de TV do governador eleito da Bahia, Rui Costa (PT), foi o quadro O Lembrador. Nele, o personagem interpretado pelo ator baiano Felipe Mago fazia comparativos das gestões do PT na Bahia com as de Paulo Souto (DEM). A cada contraponto, dizia ser a figurava que lembrava o que o eleitor não podia esquecer – na hora do voto.
O quadro ganhou corpo e repercutiu para além da Bahia. Ganhou um “irmão” gaúcho, que estrela a campanha à reeleição de Tarso Genro (PT). Ponto para a equipe do publicitário baiano Sidônio Palmeira, que comandou o marketing das campanhas vitoriosas de Jaques Wagner e, agora, de Rui Costa.
Confira os personagens. O baiano tem veia cômica, enquanto o gaúcho é mais comedido. Confira.

Tempo de leitura: 2 minutos

ricardo bikeRicardo Ribeiro | [email protected]
 

Não é por outra razão que hoje muitos dos que ascenderam votam na oposição, seja por comoções passageiras ou argumentos falaciosos de quem se apresenta como novo, mas esconde a receita velha dos compromissos com quem contesta exatamente a opção feita pelo atual governo.

 
Até os adversários não alienados reconhecem que o PT deixará um belo legado ao país. Tirar mais de 30 milhões de brasileiros da pobreza extrema foi a maior contribuição do partido, embora haja outras, que irão se desdobrar pelas próximas décadas. O investimento na ampliação do acesso ao ensino técnico e superior e a redução do déficit habitacional incluem-se nessa conta. Mas a legenda errou feio ao permitir a atrofia de sua formação política, e quem faz essa avaliação é um tal Luiz Inácio Lula da Silva.
Muita gente melhorou de vida, mas não faz a menor ideia de por que isso aconteceu. Uns atribuem à sorte, outros ao próprio esforço e há, é claro, um grupo expressivo que reconhece as políticas públicas desenvolvidas na última década como um forte indutor de seu progresso pessoal. Estes se enquadram naquela parcela que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, classifica preconceituosamente como “os desinformados dos grotões”.
O certo é que, ao priorizar a ascensão da turma do andar de baixo e fazer do Brasil um dos poucos países que conseguiram proteger o emprego em um cenário de crise, o governo adotou uma opção que nenhuma outra gestão tupiniquim admitiu antes.
A muitos, falta esse discernimento, bem como uma compreensão básica do que significa luta de classes. Não é por outra razão que hoje muitos dos que ascenderam votam na oposição, seja por comoções passageiras ou argumentos falaciosos de quem se apresenta como novo, mas esconde a receita velha dos compromissos com quem contesta exatamente a opção feita pelo atual governo.
É certo que boa parte do eleitorado acalenta um sentimento de mudança. De alguma forma, todos querem sempre mudar, até porque, vide Adam Smith, as necessidades humanas são infinitas e ilimitadas. Quem subiu de patamar na pirâmide social tem hoje outras demandas. Além de casa própria e comida na mesa, por que não almejar diversão, arte, o fim da corrupção, juros baixos e um iPhone 6?
O problema não é o natural e saudável desejo de mudar, mas a ingenuidade de apostar em um caminho já percorrido no passado, e que não deixou saudade. Infelizmente, pela falta de formação política e conhecimento da história, uma expressiva parcela do eleitorado pode cair na esparrela.
Um fato emblemático: o jovem que defende a refundação da Arena é aluno do Prouni. Quer mais?
Ricardo Ribeiro é advogado e blogueiro.

Tempo de leitura: 4 minutos

augusto castroEntre os candidatos a deputado estadual com base em Itabuna, Augusto Castro (PSDB) foi o único a se (re)eleger. Além disso, comemora crescimento com relação ao número de votos que obteve em 2010 e busca se posicionar como representante maior do campo de centro-direita no município, onde disputa espaço com os ex-prefeitos Capitão Azevedo (derrotado na tentativa de alcançar uma vaga na Assembleia Legislativa) e Fernando Gomes.
Nesta entrevista ao PIMENTA, Augusto comenta o resultado das eleições, tenta explicar a derrota de Paulo Souto e critica o governo federal pela postura adotada no conflito de terras entre índios e agricultores na região de Buerarema.
Confira os principais trechos:
PIMENTA – Você saiu da eleição com 55.650 votos. O número está dentro do que era esperado?
Augusto Castro – Foi um resultado muito importante, primeiro porque eu consegui ampliar minha votação em Itabuna. Saí de 8 mil para quase 13 mil votos aqui, o que é um crescimento muito importante em uma cidade onde havia mais de 12 candidaturas a deputado estadual, sem falar que mais de 200 candidatos receberam votos em Itabuna. Consegui também ampliar minha presença na região Sul da Bahia e, fora isso, tive quase 5 mil votos em Ipirá, mais de 8 mil votos na região Oeste, e conseguimos abrir também em outras regiões.
PIMENTA – Mas a votação não foi aquém do esperado?
AC – Era uma votação esperada, correspondente ao trabalho que consegui desenvolver ao longo dos quatro anos e pela atenção que dei aos municípios onde fui votado na eleição passada. Desse modo, conseguimos consolidar uma liderança dentro da estrutura partidária.
PIMENTA – Como você vê a perda de representatividade política da região, a partir do resultado dessas eleições?
AC – A região perdeu representatividade, já que a quantidade de deputados com base local diminuiu. Ficamos sem o mandato do colega Coronel Santana, o que foi uma perda realmente muito ruim para a região do cacau. Isso implica em menos espaço no cenário baiano. Além disso, a região tinha possibilidade de contar com três deputados federais e ficou com um, que é Bebeto, de Ilhéus. Pra gente é muito ruim, porque é preciso aumentar nossa força política, pensando em Itabuna e no desenvolvimento regional.
PIMENTA – Que papel você pretende desempenhar nesse cenário?
AC – O quadro atual aumenta minha responsabilidade, porque Itabuna hoje é uma cidade com mais de 200 mil habitantes, com muitas carências de infraestrutura e sem a presença do governo. A gente precisa redobrar nosso volume de trabalho, cobrando do governo os investimentos prometidos: Porto Sul, duplicação da rodovia Ilhéus – Itabuna, novo aeroporto de Ilhéus, o Hospital Regional da Costa do Cacau, a conclusão da barragem, a UPA de Itabuna, o aumento do efetivo policial… São demandas que a população cobra do governo e nós, como deputados e interlocutores da região junto ao governo do Estado, precisaremos ter uma ação efetiva para que esses compromissos saiam do papel.
PIMENTA – Na sua análise, por que Paulo Souto perdeu a eleição?
AC – Paulo Souto é um nome conhecido. Foi governador duas vezes, senador, e as pesquisas que foram realizadas pelo Ibope e por outros institutos o indicavam como o melhor candidato. Mas desde a quinta-feira anterior à eleição, houve uma mudança do cenário e passou a existir uma tendência de vitória do governador eleito Rui Costa. O que acontece na Bahia, e isso inclusive é histórico, é que, para ganhar a eleição para o governo estadual, é preciso vencer a disputa para presidente. Se não tiver esse parâmetro com a Presidência da República, fica difícil ganhar a eleição. A expectativa nossa é agora, com Aécio no segundo turno, com toda a condição de ser o próximo presidente. Aí sim, surge a possibilidade de no futuro mudar o governo do Estado.
PIMENTA – O governador Wagner acredita em ampliação da frente que Dilma teve no primeiro turno. Como você vê essa expectativa?
AC – Eles vão apoiar todas as fichas no fortalecimento da presidente Dilma aqui na Bahia, mas, ao mesmo tempo, o entusiasmo e a motivação com a ida do PSDB para o segundo turno vão contribuir para que possamos diminuir a força de Dilma no Estado. Há uma expectativa de vitória de Aécio, tanto na capital, onde temos o prefeito ACM Neto no papel de coordenador da campanha, como no interior. Estamos, inclusive aqui no Sul da Bahia, em um esforço concentrado para dar uma boa votação ao candidato do PSDB. Trabalharemos para ampliar a quantidade de votos e dar o primeiro lugar a Aécio na região.Leia Mais

Tempo de leitura: 3 minutos

claudio_rodriguesCláudio Rodrigues | [email protected]

Existem grupos de eleitores que, diante da disputa eleitoral, estão demonstrando, por meio das redes sociais, todo o sentimento de raiva, racismo, preconceito e repulsa a essas duas regiões e seus habitantes, como se nós fôssemos as sub-raças que Adolf Hitler tanto pregou e levou o mundo a Segunda Grande Guerra.

Acabo de assistir ao filma Amistad, baseado em fatos reais, do diretor Steven Spielberg com roteiro de David Franzoni. A sinopse do filme é a seguinte: Costa de Cuba, 1839. Dezenas de escravos negros se libertam das correntes e assumem o comando do navio negreiro La Amistad. Eles sonham retornar para a África, mas desconhecem navegação e se veem obrigados a confiar em dois tripulantes sobreviventes, que os enganam e fazem com que, após dois meses, sejam capturados por um navio americano, quando desordenadamente navegaram até a costa de Connecticut.
Os africanos são inicialmente julgados pelo assassinato da tripulação, mas o caso toma vulto e o presidente americano Martin Van Buren (Nigel Hawthorn), que sonha ser reeleito, tenta a condenação dos escravos, pois agradaria aos Estados do Sul e também fortaleceria os laços com a Espanha, pois a jovem Rainha Isabella II (Anna Paquin) alega que tanto os escravos quanto o navio são seus e devem ser devolvidos.
Mas os abolicionistas vencem, e o governo apela e a causa chega a Suprema Corte Americana. Este quadro faz o ex-presidente John Quincy Adams (Anthony Hopkins), um abolicionista não assumido, sair da sua aposentadoria voluntária, para defender os africanos.
Mas o que tem a ver uma história de 1839, nos Estados Unidos, com o Norte/Nordeste do Brasil?
A resposta é o segundo turno das eleições presidências entre os candidatos Dilma Rousseff e Aécio Neves. Existem grupos de eleitores que, diante da disputa eleitoral, estão demonstrando, por meio das redes sociais, todo o sentimento de raiva, racismo, preconceito e repulsa a essas duas regiões e seus habitantes, como se nós fôssemos as sub-raças que Adolf Hitler tanto pregou e levou o mundo a Segunda Grande Guerra.
Para se ter uma ideia dos absurdos, um grupo que se declara profissionais da classe médica, com quase cem mil seguidores, denominados de “Dignidade Médica”, defende a castração química dos nordestinos e nortistas e até mesmo o holocausto dos moradores das regiões Norte e Nordeste do País. Já outros defendem a construção de muros separando Norte e Nordeste do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Será que uma disputa eleitoral dentro dos princípios democráticos deve dividir um país e fazer com que irmãos desconheçam irmãos? Será que a melhoria na qualidade de vida dos habitantes dessas regiões, o acesso ao ensino superior e tecnológico, a uma melhor moradia e uma melhor distribuição de renda nessas regiões do Brasil, que por muitos anos foram esquecidas, pode gerar tanta raiva ao ponto de se pregar uma segregação?
Não muito distante, em Feira de Santana, um outro grupo de médicos procura casa em bairro nobre da cidade para abrir um Comitê Pró Aécio Neves. É um direito que o assiste, e temos que respeitar. Mas não seria mais prudente se esse mesmo grupo alugasse uma casa em um dos bairros carentes da cidade e lá dedicasse uma pequena parte de seu precioso tempo para atender seus moradores e através de seu trabalho “comunitário” fizesse sua política partidária?
Vale lembrar que boa parte desses senhores médicos estudou em instituições públicas bancadas com o dinheiro de todo brasileiro de todas as cinco regiões do País.
Eleição não é para dividir. O futuro presidente será presidente de todo o Brasil, de todos os brasileiros. Que, no próximo dia 26, cada um seja um pouco John Quincy Adams e que esse país realmente seja uma República Federativa. Pois, como disse o ex-presidente Getúlio Vargas, em sua carta testamento “Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém”.
Viva o Brasil. Viva o povo brasileiro.
Cláudio Rodrigues é empresário.

Tempo de leitura: 6 minutos

davidson - pimentaO comunista Davidson Magalhães não conseguiu se eleger deputado federal, mas avalia que os mais de 65 mil votos obtidos no dia 5 de outubro o credenciam a atuar como liderança no campo da esquerda no Sul da Bahia.
Nesta entrevista concedida ao PIMENTA, o ex-presidente da Bahiagás demonstra otimismo com a possibilidade de assumir uma cadeira na Câmara Federal, após a composição do governo Rui. Por enquanto, afirma que a prioridade é eleger Dilma Rousseff no segundo turno.
Sobre as sinalizações das urnas para Itabuna, onde Rui Costa perdeu, Davidson defende a reorganização das forças de esquerda em nome do “projeto maior”. Numa referência ao deputado federal petista Geraldo Simões, que não se reelegeu, o comunista diz que alguns líderes regionais precisam “calçar as sandálias da humildade”.
Leia abaixo os principais trechos:
PIMENTA – Como você analisa seu desempenho nas eleições?
Davidson Magalhães – Eu considero uma vitória, principalmente no contexto em que ocorreu esse processo eleitoral. Foi uma eleição bastante disputada, na qual houve uma queda de votos muito grande, e mais uma vez a região confirmou uma característica de pulverização de votos. Nós tivemos aqui muitos candidatos de fora sendo votados e isso reduziu muito a possibilidade de uma eleição concentrada. Terminou saindo do sul da Bahia, de novo, um único deputado federal eleito, o que é mais um prejuízo político para a região. Foi reduzido o número de deputados estaduais e não se ampliou o número de federais.
PIMENTA – Chegou-se a se ensaiar na cidade um movimento em defesa do voto regional…
DM – É um prejuízo porque ficam vários segmentos aqui fazendo o discurso do voto para fortalecer a região e na “hora H” esses mesmos segmentos, por interesses menos nobres, terminam contribuindo com a pulverização dos votos. Seguimos como uma região que tem uma pulverização de votos muito acentuada, o que termina por debilitar nossa representatividade política.
PIMENTA – Essa debilidade pode chegar ao ponto de comprometer projetos estruturantes sinalizados para o Sul da Bahia?
DM – Nossas duas principais cidades (Ilhéus e Itabuna) poderiam ter contribuído mais para o fortalecimento desse projeto regional, mas acabaram ficando extremamente prejudicadas. Nós poderíamos ter um desempenho melhor, o que teria como resultante uma maior consistência política, mas isso é algo que precisará ser superado. Como ganhamos o Governo do Estado, ele, que é o responsável por esses grandes investimentos, juntamente com o Governo Federal, deverá tratar desse problema. Inclusive, o sul da Bahia foi uma das regiões onde o governador eleito Rui Costa teve o menor desempenho, e isso exigirá uma atenção especial para permitir a retomada política da região.
PIMENTA – Como você vê essa vitória de Rui Costa no primeiro turno?
DM – Foi um demonstração definitiva do esgotamento do carlismo, que apostava suas penúltimas fichas no Paulo Souto e num desgaste do governo. Fizeram uma avaliação equivocada e mais uma vez perderam a eleição. Já são três eleições seguidas perdidas pelo carlismo e dessa vez o ACM Neto expôs sua condição de líder político e perdeu inclusive em Salvador. Ou seja, nós derrotamos a principal liderança da oposição e fizemos o senador, o que também demonstra um esgotamento do Geddel (Vieira Lima). A lição que nós tiramos é de que há uma avaliação positiva do governo Wagner e de um projeto em curso que está mudando a Bahia.
PIMENTA – Wagner sempre demonstrou acreditar na vitória de Rui…
DM – O governador sempre insistiu nisso nas reuniões com os partidos: vamos ganhar no primeiro turno. E a argumentação dele era muito sólida: “se comparar o que eles fizeram em 30 anos e o que fizemos em oito, nós damos um banho”. O povo soube ver e entender isso quando tivemos a oportunidade de expor os dados na campanha eleitoral. A diferença entre os dois governos de Paulo Souto e os dois de Wagner é abissal.
PIMENTA – Mas o Sul da Bahia e particularmente Itabuna indicaram não pensar da mesma forma.
DM – Em nossa região, é preciso “cair a ficha” para o que está acontecendo. Experimentaremos um desenvolvimento que tende a ser ampliado com a continuidade desse projeto político com Rui Costa. Isso vai permitir à região dar uma virada substancial a partir da implantação do Complexo Multimodal do Porto Sul.
PIMENTA – Já é possível apresentar um panorama de como ficará o tamanho das bases do governo e da oposição na Assembleia?
DM – As assembleias legislativas têm jogado um papel político muito pequeno na história brasileira, por isso eu acho que Rui não terá problema no relacionamento com o legislativo. Ficamos com a maioria da composição da Câmara Federal e acho que ganharemos a eleição presidencial, o que não põe em risco o projeto.
PIMENTA – Qual o tamanho do PCdoB após essas eleições?
DM – Nosso partido ampliou bastante o espaço político que ocupa na região. Em 2010, quando Wenceslau Júnior disputou o mandato de deputado estadual, teve 31.800 votos, e nós saímos agora com mais de 65 mil votos. É um saldo significativo, que indica uma acumulação de força política nesse período. A possibilidade inclusive de assumir o mandato é importante, já que essa lacuna que ficou na representação do sul Precisará ser preenchida. Nos governos estaduais, tradicionalmente, vários deputados são chamados para assumir cargos, tanto no governo federal quanto no estadual, e isso pode abrir um espaço de atuação política nossa na região.Leia Mais

Tempo de leitura: 3 minutos

ricardo bikeRicardo Ribeiro | [email protected]
 

É de se lamentar que Itabuna continue a pulverizar seus votos. Calcula-se que mais de 200 postulantes foram contemplados na cidade, que fica no prejuízo. Se antes já não tinha uma representação política forte, o que era grave, agora terá quase nenhuma representação, o que é trágico.

 
Terminar uma eleição e já pensar na próxima é um exercício tortuoso, mas inevitável para quem acompanha a politica. Das urnas desde domingo, 5, já se sabe que Itabuna saiu derrotada, por não conseguir eleger seus dois candidatos a deputado federal (Davidson Magalhães, do PCdoB, e Geraldo Simões, do PT) e emplacar somente Augusto Castro (PSDB) na Assembleia Legislativa. No entanto, por que não praticar um pouco de futurologia e imaginar o que os números de ontem apontam para as eleições agendadas para daqui a dois anos?
A derrota de Geraldo foi um golpe duro, mas esperado. O político exerceu um mandato que teve seus méritos, principalmente na luta travada para que a reitoria da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) fosse instalada em Itabuna. Acabou sendo o mais votado na cidade, mas com um sufrágio de pouco mais de 16 mil votos, bem abaixo dos 23 mil que obteve em 2010… Aliás, a votação daquele ano já fora bem menor que a de 2006, o que demonstra a trajetória descendente do petista.
Na disputa entre lideranças locais da esquerda, Davidson se aproximou da votação de Geraldo em Itabuna. Foram 14 mil votos na cidade e mais de 65 mil no total, o que deixou o comunista com uma segunda suplência na mão e uma ideia na cabeça: ser levado a assumir o mandato após a formação do secretariado de Rui Costa. É esperar para ver, mas a possibilidade existe e não foi por acaso que interlocutores acharam Davidson bem animado nas conversas posteriores à divulgação dos resultados.
Caso deixe a suplência e vire realmente deputado, o comunista automaticamente se cacifa para o processo eleitoral de 2016. Tudo a depender de como estarão as relações entre o PCdoB e o prefeito Claudevane Leite (PRB) no decorrer do período. De todo modo, no campo da centro-esquerda o nome de Davidson tende a surgir com alguma força nas articulações para a sucessão municipal.
Do outro lado, quem aparece bem é o tucano Augusto Castro, que se elegeu com quase 60 mil votos e ainda deu mais de 4 mil ao seu candidato a deputado federal, Jutahy Júnior (PSDB). No quesito “transferência de votos”, venceu uma disputa particular com o ex-prefeito Fernando Gomes, que deu apenas 1.261 votos a Fábio Souto e 3.800 a Aleluia. Uma quantidade pequena, considerada a suposta força latente do fernandismo.
Leia Mais

Tempo de leitura: 2 minutos

Caminhada foi puxada pelos candidatos e o prefeito Claudevane Leite (foto Marcos Japu)
Caminhada foi puxada pelos candidatos e o prefeito Claudevane Leite (foto Marcos Japu)

Os candidatos a deputado federal Davidson Magalhães e a estadual Aldenes Meira, ambos do PCdoB, reuniram cerca de 8 mil pessoas em uma caminhada que parou Itabuna na tarde desta quinta-feira (2). A mobilização começou no Jardim do Ó, percorreu toda a Avenida do Cinquentenário e a Juracy Magalhães, terminando com um ato público na praça do bairro de Fátima.
O prefeito Claudevane Leite (Vane) acompanhou os candidatos ao longo da caminhada, que teve ainda a participação de um pequeno grupo de apoiadores do professor e sindicalista Rui Oliveira, também do PCdoB e candidato a deputado estadual.
No ato realizado no bairro de Fátima, Vane não deixou de mencionar a chapa majoritária e defendeu a continuidade. Segundo o prefeito, “2014 foi um ano histórico para Itabuna, por conta da instalação da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)”. Ele também citou o anúncio da retomada das obras da barragem do Rio Colônia e afirmou que “os recursos para a duplicação da rodovia Ilhéus – Itabuna já estão assegurados”.
Evento empolgou a militância (foto Marcos Japu)
Evento empolgou a militância (foto Marcos Japu)

Davidson e Aldenes bateram na tecla da necessidade de fortalecer a representação sul-baiana na Assembleia e na Câmara Federal. Segundo os dois candidatos, a região já perdeu diversas oportunidades por ser “sub-representada”.
A caminhada chamou atenção pela quantidade de participantes, que superou de longe o número que em setembro compareceu a evento semelhante promovido pela chapa da oposição em Itabuna. Na mobilização oposicionista, mesmo com a presença dos candidatos a presidente, Aécio Neves, e ao governo do estado, Paulo Souto, o número de pessoas não chegou a 2 mil.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Panorama Político, Ilimar Franco/O Globo
O PT e o PSDB estão apostando na máquina na reta final da campanha. Tucanos e petistas acreditam que milhares de candidatos e prefeitos, com os números 45 ou 13, farão a diferença. O PT vai com tudo para tentar vencer no primeiro turno. “Mas não vamos admitir isso em público”, avisa um dirigente petista. O PSDB vai em busca de superar Marina. Um tucano ironiza: “A ‘nova política’ não faz boca de urna”. As pesquisas telefônicas, de Dilma e de Aécio, mostram ambos em viés de alta e Marina no de baixa. Nas duas campanhas, o discurso é o mesmo. A meta é subir três pontos percentuais. Dilma para vencer no primeiro turno. Aécio para ir ao segundo turno.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Militantes promovem candidato a deputado na eleição do Simpi
Militantes promovem candidato a deputado na eleição do Simpi

O Sindicato do Magistério Público Municipal de Itabuna  – Simpi – elege hoje (30) sua nova diretoria. O comando é disputado por duas chapas: a 1, que tem a frente a professora Maria do Carmo Oliveira (Carminha), na presidência do sindicato desde sua criação; e a 2, encabeçada pela professora Rita de Cássia Teixeira, a empunhar a bandeira da renovação na entidade.
Até aí, tudo muito normal… Mas o que chama a atenção na sede do Simpi, no bairro Pontalzinho, é a forte presença de militantes do candidato a deputado federal Bebeto Galvão, facilmente identificados pelas praguinhas no peito. A turma, que pertence à corrente Força Sindical, dá sustentação à chapa da professora Carminha.
Muitos educadores consideram indevido que a eleição do sindicato da categoria seja usada para promover um candidato a deputado.