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(Foto Pimenta)
(Foto Pimenta)

O governador Rui Costa espera haver unidade da sua base nas eleições municipais de Itabuna, lançando apenas um nome para disputar a sucessão no maior município sul-baiano. No último final de semana, o secretário estadual de Relações Institucionais, Josias Gomes, se reuniu com o ex-prefeito Geraldo Simões, pré-candidato a prefeito de Itabuna, e o presidente do PT baiano, Everaldo Anunciação, para costurar essa unidade.

Ao Pimenta, Josias disse que as negociações envolvem outros nomes do arco de alianças – Davidson Magalhães (PCdoB) e Carlos Leahy (PSB). “Esse processo será conduzido com calma. O nome da base deve sair até abril”.

Segundo Josias, o prefeito Vane do Renascer, que desistiu da reeleição, ajuda no processo de construção da unidade da base. Confira principais trechos da entrevista.

Blog Pimenta – O senhor se reuniu com petistas, o prefeiturável Geraldo Simões entre eles. Já existe uma definição do nome da base?

Josias Gomes – Conversamos com Geraldo e vamos construir essa unidade da base, identificar o melhor nome. Esse processo será conduzido com calma. O nome deve sair até abril. Estamos conversando com Vane, que ajuda nesse processo. Além de Geraldo, vamos também conversar com os outros candidatos da base, Davidson Magalhães e Carlos Leahy.

Pimenta – E Roberto José?

Josias – O que estamos propondo são as condições para que nossos partidos tenham uma candidatura. Nesse sentido, é de nosso interesse que ele consiga entender o propósito. E acho que dá para fazer isso muito bem. Vou aí [em Itabuna] para conversa com Davidson e, em seguida, fazer esse caminho.

Pimenta – O PSD apoiará o nome da base?

Josias – Otto [Alencar] tem sido um grande parceiro nosso. Temos estado com ele, já analisamos uma série de questões como, por exemplo, onde o partido tem interesse. Estamos muito alinhados. O PSD, assim como todos da base, tem sido parceiro. Nenhum [partido] tem se colocado em situação de confronto. Agora, é claro que cada partido tem um interesse eleitoral, ampliar número de prefeitos e vereadores.

Pimenta – E o PT, como se coloca nesse processo?

Josias – O presidente estadual do PT me disse que o partido deve apoiar aliados em mais de 300 municípios. E vai concorrer em pouco mais de 100. Ou seja, o partido vai apoiar, abrir mão na maioria dos municípios. Estamos buscando essa construção.

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PINHEIRO DE SAÍDA – Na visão dele próprio, seu ciclo no PT já se encerrou. E temos conversado no sentido de contribuir. É um grande parlamentar, é uma opção.

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Pimenta – O senador Walter Pinheiro deixará o PT? De fato, irá para o PSD?

Josias – Ele me disse que ainda não havia decidido. Na visão dele próprio, seu ciclo no PT já se encerrou. E temos conversado no sentido de contribuir. É um grande parlamentar, é uma opção. Ele deve ir para um partido da base [governista]. Conversou com o PDT, teve com Otto e com o pessoal da Rede.

Pimenta – Ou vai para a base de ACM Neto, como já foi especulado?

Josias – Eu não sei se houve isso, essa conversa. Seria uma coisa tão extravagante para a história dele fazer uma movimentação dessa… Não está no horizonte dele. Para mim, ele sempre negou [a ida para a base de Neto]. Pinheiro em 2010 não era o queridinho [do partido, quando foi eleito senador]. Teve nosso apoio. Fomos para cima e foi o escolhido com 80% dos votos da minha corrente [no PT, sendo depois eleito senador].

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CARMELITA, JABES E BEBETO – Como são nomes da base, preferimos que os partidos discutam, definam. Diferente de Itabuna. Estive com Carmelita, com Bebeto. Tenho conversado bastante.

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Pimenta – Falando da disputa no eixo Ilhéus-Itabuna, Professora Carmelita (PT) é candidata?

Josias – É sim. Lá, em Ilhéus, temos situação diferente da de Itabuna. Existem as candidaturas de Jabes e Carmelita. Podemos ter, também, Jabes e Bebeto. Carmelita pode fazer movimentação no sentido de apoiar Bebeto ou receber apoio do PSB. Pode resultar nisso: PT e PSB contra Jabes, esse tipo de situação. Como são nomes da base, preferimos que os partidos discutam, definam. Diferente de Itabuna. Estive com Carmelita, com Bebeto. Tenho conversado bastante. Demora um pouco mais pra definir em Itabuna.

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PESQUISA ELEITORAL EM ITABUNA – É o tipo de situação que não recomenda fazer projeção. Rui é um exemplo disso. Acabou eleito. Hoje, o que há é um sentimento. E pesquisa quantitativa não consegue identificar isso.

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Pimenta – O que as pesquisas sinalizam em Itabuna?

Josias – Não temos trabalhado com pesquisa quantitativa. Hoje, em fevereiro, não faz muita diferença para a eleição, que ocorre em outubro. Em 2012, [Jaques] Wagner pedia a desistência de Carmelita no início daquele ano. No período da campanha, chegamos a ter 32% a 30% entre ela e Jabes. É o tipo de situação que não recomenda fazer projeção. Rui é um exemplo disso. Acabou eleito. Hoje, o que há é um sentimento. E pesquisa quantitativa não consegue identificar isso. Em Itabuna, há o sentimento de setores da sociedade de que, isoladamente, sem ter esse diálogo com Estado e sem União, o prefeito não vai resolver as grandes questões daí.

Pimenta – E Salvador?

Josias – Há essa movimentação de PT mais PCdoB, PSD. Tem a candidatura de Sargento Isidório. Se esses partidos se entenderem para fazer confrontação política e ideológica com o Neto… Isso, espero que a gente consiga construir. Essa eleição não é fácil para Neto. Não se iluda. Sem ter contraponto, é fácil. Essa eleição em Salvador ainda tem desdobramentos. Rui é bem avaliado aqui. Teremos um confronto político bem interessante.

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geraldo foto ouvidoria magéUm vereador de Magé, região metropolitana do Rio de Janeiro, foi morto na noite de ontem (13). Geraldo Cardoso Gerpe (Geraldão), de 41 anos, era filiado ao PSB e foi encontrado no estacionamento da Câmara Municipal da cidade.

A investigação da morte do parlamentar, que também é sócio-proprietário da empresa Gerpe do Fragoso Distribuição de Cosméticos, está a cargo da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.

De acordo com a Delegacia, uma perícia foi feita no local e o corpo de Geraldão foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML). Agentes estão ouvindo testemunhas e buscando imagens de câmeras de segurança instaladas no local do crime.

Nos últimos dez anos, outros três vereadores foram assassinados no município: Carlos Alberto do Carmo Souto, em 2006; Dejair Correia, em 2007; e Tunico Pescador, em 2012. Com informações da Agência Brasil.

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marco wense1Marco Wense

 

Quando são citados políticos do PT, PMDB, PP e de outras legendas, as afirmações dos delatores têm todo o crédito, são verdadeiras. Quando envolvem tucanos, e tucanos de plumas exóticas, aí é armação, intriga da oposição.

 

A sabedoria popular costuma dizer que “quem tem telhado de vidro não joga pedra no do vizinho”. É assim que o senador Aécio Neves vem se comportando diante dos escândalos diários que tomam conta do país.

Na edição de hoje (11) da Folha de São Paulo, o ex-candidato à presidência da República, pelo PSDB, escreve um artigo que só fala da crise econômica: PIB negativo, inflação de dois dígitos, contas públicas fora do controle, 59 milhões de consumidores inadimplentes, empresas brasileiras como as mais endividadas dos países emergentes e, por último, a perda de bom pagador por duas agências de risco.

Em relação à crise moral, roubalheira na Petrobras, os escândalos envolvendo as empreiteiras e a safadeza com o dinheiro público, o tucano é só silêncio. Não diz nada.

Pois é. Aécio já foi citado em duas delações premiadas e caminha para ter seu nome envolvido em mais três. O exótico tucano já perdeu a condição de candidato natural do PSDB à sucessão de Dilma Rousseff. Não à toa que Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, recuou da sua intenção de ir para o PSB.

Operação Lava Jato? Aécio foge dela como o diabo da cruz. Não só por causa do seu rabo de palha, mas também pela preocupação que tem com os companheiros do PSDB, principalmente com o guru Fernando Henrique Cardoso.

Nestor Cerveró acaba de apontar propina de US$ 100 milhões na era FHC. A compra da empresa argentina Pérez Companc pela Petrobras, por UU$ 1,02 bilhão, em julho de 2002, gerou o “faz me rir atucanado”. E mais: o senador Delcídio Amaral, ex-tucano, hoje petista, disse em depoimento que assumiu o cargo na estatal “atendendo convite do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso”.

E o que foi que FHC disse para se defender? Ora, ora, a mesma coisa que os outros dizem: “… as afirmações são vagas, sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação”.

Quando são citados políticos do PT, PMDB, PP e de outras legendas, as afirmações dos delatores têm todo o crédito, são verdadeiras. Quando envolvem tucanos, e tucanos de plumas exóticas, aí é armação, intriga da oposição.

Que coisa, hein!? A conclusão não pode ser outra: São farinhas do mesmo saco e bananas do mesmo cacho.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Alisson de malas prontas para o PSB.
Alisson de malas prontas para o PSB.

O vereador Alisson Mendonça, ainda no PT de Ilhéus, recebeu convite da direção estadual do PSB para se juntar à legenda. O chamado, claro, tem relação com a eleição que se avizinha, em outubro.

Mendonça, que coleciona mandatos no legislativo, há tempos sonha trocar de casa, deixar a câmara e rumar para a nova sede administrativa da prefeitura, na Conquista, mas na condição de prefeito.

No velho PT não tem vez. Na atual legenda, o nome da professora Carmelita está mais que certo para a disputa pela prefeitura. Mais cedo, o Políticos do Sul da Bahia, falou da proposta da legenda das pombinhas e do deputado federal Bebeto Galvão.

O PSB, que mandou o ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e até então pré-candidato a prefeito, Vivaldo Mendonça, para um cargo na Casa Civil do governo Dilma, é o destino menos drástico para Alisson Mendonça. Os dois partidos possuem mais afinidades que discordâncias.

O vereador afirmou estar balançado pela proposta, mas se recusa a confirmar uma data para a festa de filiação.

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José Vivaldo é o novo diretor-geral da Imprensa Nacional.
José Vivaldo é o novo diretor-geral da Imprensa Nacional.

O ex-diretor da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), José Vivaldo Mendonça, assumirá o cargo de diretor-geral da Imprensa Nacional (IN), ligado à Casa Civil da Presidência da República. A nomeação foi publicada hoje (11) no Diário Oficial da União. Ele substituirá Fernando Tolentino.

Vivaldo chega ao cargo após dirigir a CAR no período em que o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, era governador da Bahia. Os dois têm ótimas relações e Vivaldo chega ao cargo reconhecido como um dos melhores dirigentes da história da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional. A Imprensa Nacional tem, entre suas funções, a coordenação e publicação do Diário Oficial da União.

Embora não tenha sido acordo com o partido, a nomeação também poderá sinalizar qual será a tendência de voto do PSB no prosseguimento – ou não – do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Vivaldo é nome do deputado federal Bebeto Galvão e da senadora Lídice da Mata. A sua nomeação também o tira do páreo da sucessão municipal em Ilhéus em 2016.

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Lídice e os planos do PSB.
Lídice e os planos do PSB.

Embora os bastidores políticos itabunenses indiquem uma “não candidatura” do PSB por aqui, a senadora Lídice da Mata, presidente do partido, reforça que a legenda terá candidatos em quase todas as cidades acima de 50 mil habitantes.

A líder do partido incluiu Itabuna no bolo, tendo o dirigente da Morena FM e da CDL de Itabuna, Carlos Leahy, como pré-candidato. Nos bastidores, a cotação do nome do PSB é para, no máximo, vice.

O papo muda quando o assunto é Ilhéus. Por lá, o líder inconteste nas pesquisas é o deputado federal Bebeto Galvão, mas este preferiria continuar na Câmara dos Deputados, onde tem boa avaliação. O nome, então, seria o de Vivaldo Mendonça, ex-dirigente da CAR.

A tática eleitoral do PSB será debatida em encontro de formação política na próxima sexta-feira (11), na sede da UPB, em Salvador. Entusiasmada, a senadora diz que, após muito tempo, o partido terá candidatura em Feira de Santana.

Além de Feira e Itabuna, outros alvos do partido são Alagoinhas, Luís Eduardo Magalhães, Ilhéus, Barreiras e Santa Maria da Vitória. “São regiões que não estávamos presentes e que vamos estar em 2016”.

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marco wense1Marco Wense

 

Dos quatros prefeituráveis de partidos que dão sustentação política ao governo estadual, o ex-alcaide é o grande favorito. Percentualmente, diria que Geraldo tem 90% de chance, Davidson 5%, Roberto José 4% e Leahy 1%.

 

Já estou ficando repetitivo quando digo que o PT de Geraldo Simões e o PCdoB de Davidson Magalhães vão caminhar juntos na sucessão do prefeito Claudevane Leite.

A união entre petistas e comunistas é uma questão de pura sobrevivência política. O cenário aponta uma dependência que tende a ficar cada vez mais escancarada.

Se a junção é considerada como favas contadas, então podemos dizer que o candidato do governismo será Geraldo Simões, com o PCdoB indicando o companheiro da chapa majoritária.

E Roberto José, que é do PSD do senador Otto Alencar, que é aliado do governador Rui Costa, como fica? Vai aceitar passivamente a fritura em torno da sua pré-candidatura?

Ora, até as freiras do Convento das Carmelitas sabem que o governador Rui Costa não medirá esforços para que a base aliada tenha um só candidato a prefeito.

Dos quatros prefeituráveis de partidos que dão sustentação política ao governo estadual – Geraldo Simões, Davidson Magalhães, Roberto José e Carlos Leahy, respectivamente PT, PCdoB, PSD e PSB –, o ex-alcaide é o grande favorito. Percentualmente, diria que Geraldo tem 90% de chance, Davidson 5%, Roberto José 4% e Leahy 1%.

É bom lembrar que a senadora Lídice da Mata, dirigente-mor do PSB, além de ter um bom relacionamento com o governador Rui Costa, comunga com a opinião de que qualquer cisão na base só faz ajudar a oposição.

Robertistas, obviamente os mais lúcidos e politizados, já defendem uma aproximação de Roberto José com o médico Antônio Mangabeira, pré-candidato pelo PDT do saudoso Leonel Brizola.

Muita coisa ainda vai acontecer na movediça areia da sucessão do prefeito Claudevane Leite (PRB).

GEDDEL EM ITABUNA

JuvenalMaynart CeplacAmanhã, sábado (28), o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o mano Lúcio Vieira Lima, cotadíssimo para substituir Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados, estarão em Itabuna para discutirem a sucessão do prefeito Claudevane Leite.

Serão recebidos pelo presidente do diretório do PMDB, Pedro Arnaldo, pelo médico Renato Borges da Costa, o pré-candidato Fernando Vita, o vereador Antônio Cavalcante e, principalmente, por Juvenal Maynart.

Digo principalmente, porque Geddel tem a oportunidade de parabenizar pessoalmente Maynart não só pelo bom trabalho realizado na Ceplac, quando superintendente do órgão, como na valorosa contribuição para a implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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marco wense1Marco Wense

 

Uma coisa é certa: só o governador Rui Costa pode evitar que o trem do governismo saia do trilho. É bom lembrar que o chefe do Executivo não é de duas conversas, conversa mole e, muito menos, de conversinha.

 

O suplente de deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB) sonha com uma ampla união em torno da sucessão do prefeito Claudevane Leite, que já declarou que não será candidato à reeleição.

Davidson quer uma junção em torno dele. Acha que Geraldo Simões, por ser do PT, vai ter dificuldades. Quando questionado sobre Roberto José, trata logo de descartá-lo: “Não será candidato”.

Como resposta a contundente afirmação do comunista, Roberto se reúne com o comando estadual do PSD e diz que é candidatíssimo, que não abre mão da sua legítima e democrática pretensão.

“Não há mais espaço para a velha política e os velhos modos de fazer política”, alfineta Roberto José. A verdade é que o relacionamento entre o prefeiturável do PSD e do PCdoB tende a ficar mais aceso, intenso e incontrolável.

Tem ainda o imbróglio entre o PT e o PCdoB em torno da Codeba. É que os comunistas andavam dizendo que os petistas apoiariam a candidatura de Davidson em troca de um cargo na Companhia das Docas do Estado da Bahia.

Tiririca da vida, Geraldo Simões, ainda a maior liderança do petismo grapiúna, desmentiu os camaradas com uma fina ironia: “Se o PCdoB não teve força para manter um gerente do Ciretran, vai ter força para indicar um diretor da Codeba?”

Difícil mesmo é colocar no mesmo palanque os evangélicos de Vane, os comunistas de Davidson, os lulistas de Geraldo Simões, o núcleo duro do vanismo, os robertistas do PSD e o pessoal do PRB da Igreja Universal.

Outro detalhe é que tanto Geraldo como Davidson dão como favas contadas o apoio do PSB, desconsiderando a pré-candidatura de Carlos Leahy. O ex-presidente da CDL diz, peremptoriamente, que vai até o fim.

As articulações em torno do processo sucessório vêm de cima para baixo, o que não é nenhuma novidade. Se diretório municipal e nada é a mesma coisa, imagine comissão provisória. É o manda quem pode, obedece quem tem juízo. O que prevalece são os interesses da cúpula.

Uma coisa é certa: só o governador Rui Costa pode evitar que o trem do governismo saia do trilho. É bom lembrar que o chefe do Executivo não é de duas conversas, conversa mole e, muito menos, de conversinha.

MANGABEIRA E AS PESQUISAS

mangabeiraO pré-candidato do PDT, médico Antônio Mangabeira, acredita que vai iniciar o ano de 2016 com uma boa pontuação nas pesquisas de intenção de votos.

Mangabeiristas mais otimistas falam até em um percentual acima de 10%. O prefeiturável, no entanto, acha que as coisas vão acontecer no seu devido tempo.

Mangabeira, que é o presidente do diretório municipal, comunga com a opinião de que a eleição é complicada: “Temos que trabalhar muito. Não é fácil enfrentar o populismo demagógico”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Durval Libânio, à esquerda de Lídice, é lançado pré-candidato em Gandu.
Durval Libânio, à esquerda de Lídice, é lançado pré-candidato em Gandu.

O PSB decidiu lançar pré-candidatos a prefeito em Gandu e Ubaitaba, no sul da Bahia. O presidente do Instituto Cabruca, Durval Libânio Neto, será o nome do partido em Gandu, enquanto a vereadora Sueli Carneiro (Suka) disputará a prefeitura de Ubaitaba.

As pré-candidaturas foram lançadas em atos realizados neste domingo (27) nos dois municípios, com as presenças da senadora Lídice da Mata e do deputado federal Bebeto Galvão, ambos do PSB.

Durval Libânio filiou-se ao PSB neste domingo, também sendo anunciado como pré-candidato por Bebeto e Lídice, além da deputada estadual Fabíola Mansur.

Vereadora Suka, ao centro, disputará prefeitura de Ubaitaba (Fotos Divulgação).
Vereadora Suka, ao centro, disputará prefeitura de Ubaitaba (Fotos Divulgação).
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José Vivaldo entra em processo de fritura no PSB.
José Vivaldo entra em processo de fritura no PSB.

Há menos de 15 dias, a senadora Lídice da Mata anunciou o nome do ex-diretor da CAR como pré-candidato do PSB à Prefeitura de Ilhéus. Desde ontem (21), o mundo político ilheense dá como certa a substituição do nome de Vivaldo pelo de Jailson Nascimento, figura da velha política da Terra de Gabriela.

Os blogs do Gusmão e do Chico, bebendo em boas fontes, dão a candidatura de Vivaldo como rifada. O ex-diretor da CAR ganhou holofotes e reapareceu para dizer que está vivo.

Para ele, a “rifa” não passa de especulação. Diz ter sido surpreendido pelo que trata como especulações e que “não há definição nesse sentido”. Completa dizendo que continua “dialogando” e está firme “na caminhada em busca de reunirmos força para a disputa”.

Pois é. Vivaldo não teria obtido, até aqui, a capilaridade necessária para disputar o Palácio Paranaguá. Por isso, o deputado federal Bebeto Galvão teria optado por um nome da velha política e com alguma capilaridade, o do ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Ilhéus Jailson Nascimento.

Jailson, aliás, pode ficar impedido, por acumular rejeições de contas – no TCM – relativas ao período em que esteve à frente da Câmara de Vereadores de Ilhéus.

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marco wense1Marco Wense

 

O problema de Azevedo é a insegurança em relação ao DEM. Sabe que pelo Democratas não sairá candidato, que será pressionado para aceitar a vice na chapa encabeçada pelo tucano Augusto Castro.

 

Com invejável tempo no horário eleitoral, o PMDB, presidido por Pedro Arnaldo, se tornou a noiva mais cobiçada da sucessão municipal de 2016.

Essa cobiça é a prova inconteste de que o partido não tem pré-candidato a prefeito de Itabuna, que os nomes ventilados, como o do médico Sílvio Porto, Fernando Vita e Juvenal Maynart, são pretendentes a vice-prefeito.

Ora, se o PMDB tivesse realmente prefeiturável, como tem o PDT com Mangabeira e o PSB com Carlos Leahy, não haveria tanta investida sobre a legenda.

A última ofensiva, querendo ser candidato de cima para baixo, foi do capitão José Azevedo. Deu no que deu: voltou da capital sem ser atendido pelos irmãos Vieira Lima.

O problema de Azevedo é a insegurança em relação ao DEM. Sabe que pelo Democratas não sairá candidato, que será pressionado para aceitar a vice na chapa encabeçada pelo tucano Augusto Castro.

A dobradinha tucano-democrata está sendo construída pelo deputado federal Jutahy Júnior com o aval da cúpula estadual. A contrapartida é o apoio do PSDB à reeleição de ACM Neto para o Palácio Thomé de Souza.

O dilema do PMDB lembra o da mulher rica. O PMDB desconfia que o interessado esteja só de olho no horário eleitoral. A mulher rica no dinheiro.

MAYNART, O CONSELHEIRO-MOR

JuvenalMaynart CeplacQuando a pauta é a sucessão do prefeito Claudevane Leite, o ex-ministro de Lula, Geddel Vieira Lima, gosta de ouvir o superintendente da Ceplac, Juvenal Maynart.

Geddel, que é o presidente estadual do PMDB, hoje aliado do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), quer o fiel escudeiro na frente das conversas sobre o processo sucessório.

Toda essa confiança em Juvenal é fruto da sua sinceridade quando trata do PMDB de Itabuna. Ou seja, que a legenda não dispõe de um nome com viabilidade eleitoral para disputar a eleição de 2016.

Maynart vem trabalhando para levar Roberto José para o PMDB. O secretário de Trânsito e Transporte encabeçaria a chapa majoritária em uma composição com o PSD e o PRB.

A iniciativa maynartiana, com o nítido objetivo de isolar o PCdoB, tem a simpatia dos irmãos Vieira Lima e, obviamente, do núcleo vanista, sob o comando de Oton Matos, controlador-geral do município.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Deputados baianos reunidos para tratar do Porto Sul (Foto Divulgação).
Deputados baianos reunidos para tratar do Porto Sul (Foto Divulgação).

Parlamentares baianos tiveram ontem (14) uma reunião com a presidente do Ibama, Marilene de Oliveira Ramos, para cobrar agilidade na publicação de ato que autoriza supressão vegetal na área do Porto Sul. A audiência teve a presença de parlamentares do sul da Bahia. O deputado federal Bebeto Galvão (PSB) diz ter soltado o verbo:

– O Sul da Bahia já não aguenta mais acumular tantas perdas. É preciso que o governo federal deixe de ser um ente abstrato na nossa região – afirmou no encontro em Brasília.

Como publicado no PIMENTA, a autorização de supressão vegetal será assinada no dia 24, em Salvador, pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Mas, para a assinatura, é necessário a publicação do ato no Diário Oficial da União. O ato em Salvador foi anunciado pelo deputado estadual Rosemberg Pinto (PT).

 

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Lídice já não acredita mais em fusão PSB-PPS (Foto Tácio Moreira/Metropress).
Lídice já não acredita mais em fusão PSB-PPS (Foto Tácio Moreira/Metropress).

Após o chabu no processo de fusão do PTB com o DEM, parece que também terá o mesmo destino a união PSB-PPS, segundo adiantou, hoje (3), a senadora baiana Lídice da Mata, líder do PSB baiano. De acordo com ela, existem, pelo menos, dois diretórios contra o processo de fusão.

Procurada pelo site Bahia Notícias, Lídice afirmou que a união de PPS e PSB não tem mais a mesma pressa e não pode ocorrer depois que a Câmara dos Deputados manteve as coligações proporcionais.

NETO NO PSB

Hoje, em Salvador, circulou a notícia de que o prefeito da capital baiana, ACM Neto, estaria de malas prontas para desembarcar no novo partido oriundo da união PPS-PSB.

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Ruy Machado, José Adervan, Azevedo, Geraldo e Alah (Foto Reprodução).
Ruy Machado, José Adervan, Azevedo, Geraldo e Alah (Foto Reprodução).

O ex-deputado Geraldo Simões sonha em retornar ao comando da Prefeitura de Itabuna. Após a reflexão que disse ter feito desde quando deixou o mandato, em janeiro, o petista iniciou as negociações em busca de apoio para 2016. Hoje, ele conversou longamente com o ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Itabuna Edson Dantas (PSB).

– Foi uma conversa muito boa com Dr. Edson – afirmou, enfatizando ter boas relações com o PSB baiano. Geraldo, no entanto, terá que esperar pela conclusão das negociações do PSB com o PPS. Os dois partidos ensaiam uma fusão que deverá ser oficializada em junho.

O petista, após conversas com o ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse ter consolidado ainda mais a sua posição em disputar a prefeitura local. Do ministro e ex-governador baiano, Geraldo ouviu conselhos e, talvez mesmo por isso, tenha decidido negociar, como o próprio diz, “para além do centro”.

Numa entrevista ao PIMENTA há dez dias, ele afirmou que buscaria a união de setores da política e da sociedade itabunense. Não demorou há, no final de semana, reunir-se com o ex-prefeito Capitão Azevedo, de quem espera apoio para a peleja municipal de 2016. “Foi um encontro casual”, despista Geraldo, mas afirmando que haverá novo papo.

O encontro com o ex-prefeito teve, ainda, a participação do vereador Ruy Machado (PTB), do empresário José Adervan e do advogado Alah Góes. Ainda não se sabe qual será a reação do eleitorado a uma possível junção de Geraldo com Azevedo, que, por enquanto, está no DEM.

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Geraldo Simões 3Geraldo Simões, ex-deputado federal e ex-prefeito de Itabuna, concedeu sua primeira entrevista, após mais de dois meses de reflexões. O petista deixou o parlamento federal em janeiro e, hoje, começa a trabalhar a pré-candidatura a prefeito de Itabuna. Por ela, disse, pode até sair do PT, mas afirmou estar tranquilo. A tranquilidade talvez tenha vindo depois de longa conversa com o ministro da Defesa, o ex-governador Jaques Wagner.

Se vai sair do PT, é algo que será definido até o outubro. É o prazo máximo. Pode ir para o PMDB ou PSB. Nesta entrevista ao PIMENTA, Geraldo fala de alianças para 2016 (disse que irá além do centro), dos próprios erros que resultaram em não reeleição, futuro de Itabuna e diálogo com o PT e partidos. Também aborda acenos de alianças com partidos como Pros, Solidariedade e PTB. Revelou que pode até conversar com Fernando Gomes e Azevedo por 2016, “pensando em Itabuna”.

Confira.

BLOG PIMENTA – O senhor não conseguiu ser reeleito para deputado federal em 2014 e de lá para cá disse que entraria em um momento de reflexão. Fez essa reflexão?

GERALDO SIMÕES – Tenho refletido muito. Primeiro, pela situação da cidade, a situação da região. O que foi feito no mandato, o que poderia ter sido feito e que não foi, o que podemos fazer daqui pra frente e onde eu cometi erros que não me ajudaram na reeleição.

E dessa reflexão, a que conclusão o senhor chegou?

Foi uma eleição difícil, em que as realizações, os feitos de um parlamentar tiveram um peso pequeno. O peso maior foi o dos recursos volumosos nas campanhas. E eu nunca tive relação com pessoas que financiam campanhas. As minhas sempre foram modestas. Eu sempre me elegi deputado federal com R$ 300 mil, que é um valor de eleição de vereador. Esse é um erro que eu acho que vou continuar com ele, não ter relações com grandes financiadores de campanha. Acho que poderia ter mais aliados e também poderia, antes da campanha, ter trabalhado mais em Itabuna.

O senhor falou em ter mais aliados. O que faltou? Foi um erro seu, de movimentação do próprio mandato?

Eu perdi aliados exatamente porque a concorrência ganhou de mim na ajuda financeira. Foi uma eleição difícil, do ponto de vista de financiamento

Então, hoje, o senhor diria que para se eleger é dinheiro?

Espero que Brasília mude. O PT tomou uma decisão de não receber dinheiro de empresas. O PT. Os candidatos ainda podem receber dinheiro de empresas, e isso vai ser decidido no congresso do partido. Mas o PT decidir sozinho não é bom, porque fica uma luta desigual. Como é que o PT não vai receber dinheiro de empresários e outros partidos vão receber? Tinha que ter uma mudança na legislação eleitoral que se proíba financiamento de empresas nas campanhas. Poderia até pessoa física, mas pessoa jurídica jamais.

O senhor vê saída para o PT?

Vejo, sim. Nós já passamos por dificuldades – claro que nenhuma com essa dimensão. É a gente corrigir os erros, mudar comportamentos e práticas, principalmente nessa relação com os empresários, e colocar o país para gerar empregos e melhorar a vida das população.

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É o pior momento da história do PT e muito desgaste de nosso partido. E com muita dificuldade de governar da presidenta Dilma, por conta do aumento da inflação, do desemprego, de promessas de campanha que ela ainda não teve condições de cumprir.

 

Como o senhor está enxergando os governos de Rui e de Dilma?

Nós estamos passando pelo pior momento do Partido dos trabalhadores em toda sua existência, muito desgaste de nosso partido. E com muita dificuldade de governar da presidenta Dilma, por conta do aumento da inflação, do desemprego, de promessas de campanha que ela ainda não teve condições de cumprir, enfim, um momento difícil do governo. Aí, junta a crise do PT com o momento difícil do governo e dá uma situação ruim. E na Bahia, o que tenho notícias, é que Rui, em reuniões que realiza, diz que não tem dinheiro para investir esse ano. Para se ter ideia, o reajuste do funcionalismo, que seria a correção da inflação, está sendo dividido em duas parcelas. Isso é uma situação concreta da situação financeira do estado e do país. Então, tudo isso atrapalha o PT.

O senhor fez uma reflexão de resultado eleitoral. Mas, em relação aos seus mandatos, no que eles ajudaram mudar a vida da cidade e da região?

Em Brasília, eu votava nos grandes temas. Mas eu apenas votava. Os temas regionais eu tomava a frente, encampava, propunha. Hoje, vejo colegas meus querendo ir em frente da Petrobras, frente do Banco do Brasil, disso, daquilo. Não vejo ninguém falando em frente do cacau, da Ceplac, a frente para o terreno da Universidade Federal do Sul da Bahia. [O último].

Mas como avalia a sua atuação parlamentar?

Foi meu melhor mandato. Começo pela Universidade Federal do Sul da Bahia, que não vinha para Itabuna. Dilma, Haddad, Mercadante, queriam em Porto Seguro. Ela dormiu em Porto Seguro e amanheceu em Itabuna. Veja o Preço mínimo do cacau. A política de preço mínimo existe desde 1940 no Brasil, e o cacau nunca havia sido incluído, por que Brasília pensava que cacau era produto de gente rica. Eu convenci a presidenta Dilma a incluir o cacau e nunca mais teremos a arroba de cacau sendo vendida a R$ 50,00, como foi há oito anos. Veja a proposta de demarcação de terras indígenas ali em Ilhéus, Buerarema, Una. É uma barbaridade. São 47 mil hectares, demarcar significa expulsar 20 mil agricultores e trabalhadores rurais. A demarcação está prontinha lá em Brasília. Não saiu, pode ter certeza, pelo meu trabalho. E espero que não saia, porque seria uma demarcação injusta. Emendas de bancadas para a rodovia Ilhéus/Itabuna, para a barragem do rio Colônia e recursos, como ninguém nunca botou, para cidades da região. Nunca vi outros deputados, nesses últimos 50 anos, fazer tanto quanto eu fiz nesse último mandato. Mas é o que eu disse: os feitos nessa eleição pesaram menos que os financiamentos de campanha.

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Eu pretendo ser candidato a prefeito nas eleições de 2016 em Itabuna. Vou manter a minha candidatura

No cenário mais próximo, o senhor é pré-candidato a prefeito?

Eu pretendo, com um conjunto de amigos meus e em torno de 70% do Diretório do Partido dos Trabalhadores, ser candidato a prefeito nas eleições de 2016 em Itabuna.

O PT, pelo menos parte dele, não apoia o governo municipal, que é da base do governo estadual e também do federal. O senhor iria para o enfrentamento para garantir…

Vou manter a minha candidatura.

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