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Marcos Coimbra

O que o ex-presidente fez, ao aceitar o desafio do atual, concretiza o quadro imaginado por Lula. Será que FHC se sairá dele tão bem quanto imagina?

Tucanos e petistas, com suas adjacências, passaram boa parte da semana discutindo sobre quem fez mais nos períodos em que governaram. Foi um debate de “alto nível”, não pelo clima em que transcorreu, mas por ter envolvido os notáveis dos partidos, sem deixar de lado a ministra Dilma.

Tudo começou, como sabemos, com o artigo de Fernando Henrique Cardoso publicado domingo último, intitulado “Sem Medo do Passado”. Nele, o ex-presidente diz que aceita o desafio de comparar seu governo ao de Lula, provavelmente por entender que, na comparação, é ele quem ganha.

Não deixa de ser um gesto de coragem, indispensável a quem exerce um papel de liderança intelectual e política no conjunto das oposições. Com o artigo, FHC mostra que não está disposto a permanecer acuado pela ameaça do plebiscito e que vai enfrentar “o touro a unha”, como se dizia antigamente.

Ou seja, para ele, o embate plebiscitário que Lula propõe começou, sendo seu texto (e as reações que provocou no PT) apenas o primeiro round. É como se dissesse que, se é inevitável que a eleição presidencial deste ano se torne um plebiscito, que seja feito e que comece logo: “Podem vir quentes, que eu estou fervendo!”.

Foi Lula quem inventou essa ideia de eleição plebiscitária. Ainda no final de 2007, ele passou a defendê-la, afirmando que os eleitores deveriam ser convidados a fazer uma escolha na hora de votar: se estivessem de acordo com seu trabalho nos últimos 8 anos, que votassem na candidatura que representa sua continuidade. Quem gostasse dele, que votasse em Dilma.

Até aí, nada demais. É natural que um partido que está no governo tenha um candidato identificado com a continuação (ainda mais quando conta com mais de 80% de aprovação). Já vimos isso mil vezes no plano estadual e municipal, e ninguém acha estranho. Pode ser que o indicado seja uma pessoa conhecida, que já disputou eleições e tem notoriedade. Mas não necessariamente, pois o candidato do governo pode ser até um completo desconhecido. Vem daí a ideia de “poste”, que reaparece com frequência nas situações em que administrações bem-sucedidas são representadas por candidatos sem grande biografia.

Assim, depois de ter ficado oito anos no poder, nada mais compreensível que o PT tenha uma candidata cuja proposta básica é manter as coisas como estão. O fato de Dilma ser pouco conhecida pelo eleitorado é quase irrelevante, como foi no caso de vários outros candidatos com perfil semelhante (a maioria dos quais vitoriosa, é bom lembrar).

O interessante no plebiscito que Lula quer fazer acontece fora do PT. Para começar, ele pressupõe que o vasto condomínio partidário que se representa em seu governo se coligue formalmente em torno da ministra, o que tem como primeira consequência que o tempo de propaganda eleitoral de todos os partidos será somado e oferecido a ela. Hoje, pelo andar da carruagem, falta pouco para isso seja confirmado.

Mas o mais interessante é que o plebiscito não é, propriamente, algo que saiu de sua cabeça. Antes, é sua resposta a algo que ele considerava inevitável, a candidatura de Serra. Foi procurando se adaptar a ela que a estratégia do plebiscito foi elaborada.

Se as oposições estavam prontas a marchar unidas em torno do governador, ex-ministro e candidato sempre apoiado por FHC, o cenário de um plebiscito entre os dois presidentes estava montado. Bastava fazer o mesmo de seu lado, com sua colaboradora como candidata, que o eixo da eleição poderia ser deslocado para uma escolha entre quem foi melhor como presidente, Lula ou Fernando Henrique?

Ao longo da semana, o sistema político se posicionou nos termos do plebiscito desejado por Lula. Todas as oposições tiveram que se pronunciar, defendendo FHC e assumindo a defesa de seu governo. Do lado do presidente, foi com gosto que seus correligionários mostraram sua preferência por Lula.

O plebiscito, de fato, começou. O que o ex-presidente fez, ao aceitar o desafio do atual, concretiza o quadro imaginado por Lula. Será que FHC se sairá dele tão bem quanto imagina? Será que consegue recuperar sua imagem nos próximos 8 meses, fazendo o que não conseguiu nos últimos 8 anos?

Marcos Coimbra é diretor do Vox Populi (artigo publicado no Correio Braziliense).

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Marco Wense

Borges e Dilma Rousseff.

O senador César Borges, cria política de Antônio Carlos Magalhães (ACM), presidente estadual do PR, quando questionado sobre sua posição diante da sucessão do governador Jaques Wagner, diz que tem “mais afinidade com o DEM, mas…”.

É esse “mas” que preocupa os democratas e, principalmente, o pré-candidato Paulo Souto. O “mas” de Borges pode ter várias interpretações, mas nenhuma delas a favor do soutismo.

Uma das interpretações é que o “mas” se refere a confortável posição de Wagner nas pesquisas de intenção de voto, com a possibilidade de reeleição já no primeiro turno.

Se esse “mas” diz respeito aos resultados das consultas populares, o senador vai buscar sua reeleição na chapa majoritária encabeçada pelo candidato com mais chances de vitória.

César Borges, ex-governador da Bahia, aquele da “água e óleo não se misturam”, fazendo uma alusão ao então PFL e ao PT, se acha, como diz o ditado popular, o “rei da cocada preta”.

DILMA E O PSDB

O tucanato, infantilmente e ingenuamente, entra no jogo do popular e carismático presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o petista dos petistas. O petista-mor.

É perda de tempo ficar questionando na justiça que o presidente Lula faz campanha antecipada para Dilma Rousseff. Fica parecendo que o PSDB está com medo da ministra (Casa Civil).

Os tucanos erram quando atacam a pré-candidata do PT, chamando a petista de “liderança de silicone”, “ventríloquo” e “Frankenstein”. A impressão, principalmente no eleitorado feminino, é que existe um preconceito contra a figura da mulher na política.

Se os tucanos continuarem com essa política de agressão pessoal, de desqualificar a ministra, a vaca vai para o brejo mais cedo. Depois, a Inês é morta. Não adianta chorar o leite derramado.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Serra tem Dilma cada vez mais pertinho. E aí?

As últimas pesquisas sobre a sucessão presidencial mostram cada vez mais a “simpática” ministra Dilma Rousseff (PT) coladinha no governador José Serra (PSDB). Há quem aconselhe o tucano a disputar a reeleição em Sum Paulo e deixe a disputa para um azarão ou coisa que o valha. Os últimos números poderiam ajudá-lo (ou não!) na tomada de decisão.

De qualquer forma, estamos há oito meses da eleição e há muita água a passar por debaixo da ponte. Abaixo, os últimos números de consulta (tracking) realizada pelo Partido Verde, da ex-ministra e pré-candidata a presidente Marina Silva. Os dados foram publicados no blog de Fernando Rodrigues, da Folha de São Paulo.

1. pesquisa estimulada direta – sem identificação dos candidatos, seus históricos e por quem são apoiados:

Serra – 38%

Dilma – 26%

Ciro – 11%

Marina – 7%

2. pesquisa estimulada – com identificação do histórico dos candidatos e por quem são apoiados (por exemplo, dizendo que Dilma é ministra do governo Lula e é a candidata apoiada por Lula ou que Marina Silva é do PV e defende a causa ambientalista)

Serra – 35%

Dilma – 30%

Ciro – 11%

Marina – 9%

Na sondagem sobre o segundo turno, os cenários Serra/ Dilma resultam em 48% para o tucano contra 32% da petista quando não há identificação dos candidatos. Quando ambos são identificados, o resultado muda para Serra com 44% X Dilma com 38%.

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Parece que o governador Jaques Wagner vai conseguir o que queria.

Ao fechar acordo político com Newton Lima (PSB), no início do mês passado, o petista impôs ao prefeito de Ilhéus uma engenharia política que tirasse o vice-prefeito Mário Alexandre, o Marão, da aba de Paulo Souto e o filiasse a um partido da base governista. O mesmo foi exigido em relação ao secretário de Serviços Urbanos, Carlos Freitas. Esta engenharia foi adiantada há duas semanas pelo Pimenta (confira aqui).

Segundo informações do Blog do Gusmão, Marão está batendo asas para abandonar o ninho tucano. O vice-prefeito pode ir para o PSC, que não está fechado eleitoralmente com Wagner, mas Geddel Vieira Lima (PMDB), ou qualquer outro dos pequenos partidos que dão apoio ao governo estadual.

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Pesquisa Vox Populi sobre intenções de voto para presidente aponta empate técnico entre José Serra (PSDB) e Dilma Roussef (PT) no Estado do Rio de Janeiro. O tucano está com 27% entre os eleitores fluminenses. A petista tem 26%. Ciro Gomes (PSB) obtém 14%. Marina Silva tem 9%.

Os dados completos devem ser divulgados nesta segunda-feira (25.jan) pela TV Bandeirantes. O Rio de Janeiro é o terceiro maior colégio eleitoral do país, atrás de São Paulo (1º) e Minas Gerais (2º).

No mesmo cenário pesquisado pelo Vox Populi, mas com metodologia diferente, o Datafolha havia apurado os seguintes resultados: Serra com 29%, Dilma com 21%, Ciro com 14% e Marina com 12% – margem de erro de 3 pontos percentuais. A pesquisa foi realizada de 14 a 18 de dezembro do ano passado.

Informações do Blog de Fernando Rodrigues

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Há pouco, em praça pública, o prefeito de Alagoinhas, Paulo César (PSDB), anunciou que apoiará a reeleição do governador Jaques Wagner (PT).

Se a decisão pega de surpresa o diretório estadual do PSDB (que apoiará o democrata Paulo Souto), o que dizer do ex-prefeito Joseildo Ramos (PT)?

Ele foi simplesmente chamado ao palanque para comemorar a aliança “em favor da cidade”. E o convite partiu do próprio Paulo César (prefeito reeeleito em 2004, Joseildo apoiou outro candidato em 2008, o também petista Elionaldo).

Wagner visita Alagoinhas para inauguração de um centro de referência em saúde do trabalhador (Cerest) e também anuncia obras como a duplicação da estrada de acesso ao município. Não contava com a boa nova vinda do PSDB.

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Newton: amarrações por apoio petista.
Newton: amarrações.

O acordo que selou o apoio do prefeito Newton Lima (PSB) ao governador Jaques Wagner e a presença do PT no governo ilheense teve algumas amarrações, que também podem ser perfeitamente entendidas como condicionantes do Palácio de Ondina.

O prefeito recebeu a missão de convencer o seu vice, Mário Alexandre (PSDB), a desembarcar da canoa do ex-governador Paulo Souto e apoiar a reeleição de Wagner. Nesse balaio de acordos (ou seria de gatos?), Marão deixaria o PSDB para embarcar em uma legenda da base aliada do governador petista.

Na mesma linha, o prefeito também abre mão do comando do PTB ilheense, hoje presidido pelo seu alterego Carlinhos Freitas, secretário de Serviços Urbanos. O PTB faz parte do arco de alianças do ministro Geddel Vieira Lima, devidamente brigado com Wagner. Então, faria bem desembarcar de projeto de terceiros…

Em resumo, a articulação política do governador Jaques Wagner quer de Newton sinais de fidelidade ao projeto ao qual se integrou. Marão está bem, obrigado!, no PSDB. A engenharia é tortuosa, dificílima, com certeza – mas nada que não possa ser superado com aquilo que sem o qual político nenhum sobrevive (cargos!). Quanto a Freitas, este faz tudo que Newton quiser.

As amarrações são estas, mas resta saber se Newton estaria disposto a tal, pois não é lá de fazer política. Ou seja, literalmente, é um desafio à principal lei do prefeito ilheense: governar sem fazer… política.

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Marco Wense

Lúcio ao lado de Geddel: calou a boca.
Lúcio ao lado de Geddel: um silêncio estranho.

O presidente estadual do PMDB, o polêmico e irreverente Lúcio Vieira Lima, irmão do ministro Geddel, na defesa do partido e dos peemedebistas, não deixa pedra sobre pedra.

No entanto, para a surpresa de todos, principalmente dos correligionários mais próximos, Lúcio optou pelo inesperado silêncio em relação ao artigo de Antonio Imbassahy (Jornal A Tarde, edição de 31-12-2009).

Antes de publicar alguns trechos, é bom lembrar que Imbassahy é o presidente estadual do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). O alvo é o prefeito de Salvador, o peemedebista João Henrique.

“É o retrato de uma administração marcada pela permissividade e ação midiática nocivas à vida da cidade”.
“A falta de planejamento e a imensa quantidade de promessas não-cumpridas, ainda presentes na memória de muitos, irritam os cidadãos”.

“Da bandeira do combate aos impostos prevaleceu a impostura! Tudo isso revela oportunismo e enganação, e leva ao descrédito e quebra de confiança da população junto à autoridade municipal”.

Comparando o seu governo – Imbassahy foi prefeito de Salvador – com o de João Henrique: “Salvador era bem-cuidada, com a autoestima da sua gente elevada, o que nos permitia seguidas avaliações positivas em várias pesquisas de opinião”.

E mais: “A administração da capital é, entre as avaliadas, a pior do país, algo que envergonha a nossa cidade”. E finaliza: “Em 2010, melhor sorte para a nossa amada Salvador”.

Pois é. O Lúcio, aquele Lúcio que não leva desaforo para casa, o Lúcio sem papas na língua, que chamou a então candidata Juçara Feitosa (PT) de “farofeira”, não disse nada. Ficou calado.

O comandante-mor do peemedebismo não quer nenhum tipo de atrito com os democratas e tucanos. Como acredita em uma disputa de Geddel com Wagner no segundo turno, espera o apoio do DEM e do PSDB.

E o prefeito João Henrique, que é a segunda maior liderança do PMDB da Bahia, que foi o alvo principal das bicadas de Imbassahy, vai ficar calado?

Quem cala, consente. Diz a sabedoria popular, infinitamente com mais crédito do que a “sabedoria dos políticos”, quase sempre voltada para a malversação do dinheiro público.

DEMOCRACIA

Se depender da família Carneiro, o pré-candidato Paulo Souto, do Partido Democratas (DEM), não retorna ao Palácio de Ondina, sem dúvida a morada mais disputada e cobiçada da Bahia.

O senador João Durval (PDT) e o prefeito de Salvador, João Henrique (PMDB), são eleitores do ministro Geddel. O deputado Sérgio Carneiro (PT) e Luiz Alberto (PSB) vão votar na reeleição do governador Jaques Wagner.

O papai João Durval segue a orientação política do prefeito João Henrique. O voto de Yeda Barradas, a simpática mamãe, é uma grande dúvida. Na opinião da modesta coluna, esse enigmático voto é para Jaques Wagner.

Sem nenhum tipo de pressão e constrangimento, João Henrique, Sérgio Carneiro e Luiz Alberto procuram o seu próprio caminho. Além de filhos de João e Yeda, são também da democracia.

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Marco Wense

O caminho natural do DEM, ex-Partido da Frente Liberal, o antigo PFL do mandonismo e do chicote na mão, é se unir ao PSDB em todos os Estados que a coligação for possível.

O comando nacional das duas legendas já mandou avisar que pode destituir os diretórios rebeldes. O PSDB e o DEM são os mais importantes partidos de oposição ao governo do presidente Lula.

Aqui na Bahia, a aliança dos democratas com os tucanos é, sem dúvida, a mais harmoniosa de todas. Chega a ser um exemplo para outras unidades federativas. A unanimidade em torno da necessária junção não é burra.

Os tucanos, na sucessão estadual de 2006, diziam que a recondução de Paulo Souto, então candidato (reeleição) ao Palácio de Ondina, depois de 16 anos de carlismo, seria uma catástrofe para a Bahia. Um retrocesso.

Agora, sem nenhum tipo de constrangimento, defendem a volta do ex-governador, achando que ele é a solução de todos os problemas, inclusive da própria herança maldita deixada para o governador Jaques Wagner (PT).

O DEM e o PSDB, com suas respectivas lideranças, estão conduzindo o processo sucessório com muita inteligência. Sabem que a união é condição indispensável para impedir a reeleição do governador Jaques Wagner.

A possibilidade de um prefeito democrata trair o partido, apoiando Wagner ou o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), em detrimento do pré-candidato Paulo Souto, é muito remota.

A posição de Souto nas pesquisas de intenção de votos cria uma perspectiva de vitória, impedindo que prefeitos do DEM passem para o lado de Wagner. Se o candidato do DEM estivesse na mesma situação de Geddel, a debandada seria inevitável.

A composição da chapa majoritária, encabeçada pelo ex-governador Paulo Souto, salvo algum acidente de percurso, já está quase definida, não em termos de nomes, mas dos partidos.

A vaga de vice-governador e uma das duas vagas para o Senado da República cabe ao PSDB. A outra vaga fica com o DEM, com ACM Júnior buscando sua permanência na Casa.

O PSDB, no entanto, cederia a vaga do Senado para o democrata José Ronaldo, ex-prefeito de Feira de Santana. Se o senador César Borges ficar com Souto, ACM Júnior deixa de ser candidato.

Enquanto a oposição busca o consenso, evitando qualquer tipo de atrito entre seus pares, os governistas se engalfinham.

E mais: o Partido dos Trabalhadores, além de não abrir mão da disputa pelo Senado, quer também um petista como candidato a vice-governador na chapa da reeleição.

A defesa de uma chapa puro sangue é a prova inconteste de que o bom governador Jaques Wagner tem dois obstáculos pela frente: a oposição, que é inerente ao sistema democrático, e o próprio PT, que pensa que pode tudo sozinho.

Paulo Souto, pré-candidato do DEM ao cobiçado Palácio de Ondina, que não tem nada a ver com a vaidade e a burrice política dos adversários, agradece penhoradamente.

Nos bastidores, em conversas reservadas, restritas a poucos correligionários, Paulo Souto tem confessado que alguns governistas são os melhores “cabo eleitorais” da sua campanha.

Quando alguém pergunta por que são os melhores cabos eleitorais, o democrata, sem pestanejar, responde: “Eles azucrinam o governador Jaques Wagner”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Eles são do mesmo ninho, mas se detestam. E quando o encontro ocorre em estúdio de rádio e com os microfones abertos, então… O bicho pega.

De um lado do ringue (ops!), do estúdio, o jornalista José Adervan. Do outro, o ex-vereador e neotucano Adilson José. Ambos, foram entrevistados no programa Resenha da Cidade, da rádio Jornal.

Adílson deu a primeira alfinetada ao lembrar que ingressou no partido com as bênçãos da direção estadual, enquanto Adervan lhe negava abrigo (no caso, ninho!). E, para fechar, disse que já foi eleito vereador, mas o presidente do diretório local acumulava fragorosa derrota em sua tentativa de ser prefeito de Itabuna, ano passado.

E aí, veio a estocada do jornalista. Adervan disse que perdeu a eleição, mas nunca comprou voto doando terreno e depois lhe tomando dos eleitores-comprados. Era uma clara referência ao processo que Adilson respondia por venda de lotes de terrenos em troca de voto.

O clima no estúdio estava quente e o impossível Adervan ainda completou afirmando que o vereador Solon Pinheiro, do PSDB, com quem trava briga homérica, é um “menino mimado”.

Apesar desta troca de amabilidades, Adervan e Adílson José negam existência de racha no PSDB itabunense. Para os brigões, o que há por aqui é “democracia”.

Até parece aquele partido da estrelinha vermelha…

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Ex-governador baiano e ex-prefeito de Salvador, Antônio Imbassahy se dedica a reorganizar o PSDB na Bahia. O presidente estadual da legenda concedeu entrevista exclusiva ao repórter Fábio Luciano, do Pimenta.

O tucano dá como certo o ingresso do ex-governador Nilo Coelho no ninho tucano, faz críticas ao governo de Jaques Wagner, ameniza a queda de intenções de voto no presidenciável José Serra e fala dos projetos regionais do seu partido.

Ele reforça que o plano para 2010 é formar chapas proporcionais fortes na Bahia. Ainda aborda a aliança do PSDB com o DEM na Bahia, algo inimaginável há três anos, quando ainda era vivo o cacique político Antônio Carlos Magalhães, falecido em 2007.

Pimenta na Muqueca – A aliança com o DEM, na Bahia, é para valer ?

Antônio Imbassahy – É uma aliança feita a partir da direção nacional do PSDB, através do nosso presidente, o  senador Sérgio Guerra, das principais lideranças do PSDB no Brasil, os governadores José Serra e Aécio Neves, e aqui na Bahia também consolidada. Trata-se de uma aliança em que o DEM apóia o nosso candidato à presidência da República, e nós, aqui no estado, apoiamos o candidato do DEM ao governo da Bahia, que deverá ser o ex-governador Paulo Souto.

O vice na chapa de Paulo Souto será do PSDB? O ex-governador descartou o nome do deputado João Almeida?

Não tem definição ainda com relação a nomes , de vice e nem Senadores , o que tem é a presença de um  componente do PSDB, que vai participar da chapa majoritária ocupando uma das vagas. Mas neste momento não se discute este assunto.

Como o sr. avalia o governo de Jaques Wagner, ao qual o PSDB deu apoio nos primeiros anos ?

Olha, a avaliação não é pessoal. É uma avaliação de pesquisas de opinião que a gente colhe, no interior do Estado e na Região Metropolitana. Não é positiva tendo em vista, sobretudo, as dificuldades com as áreas de segurança pública, saúde e educação. Recentemente, saiu uma matéria na revista Veja com o título Triste Bahia. Ela dizia que a Bahia, em um passado recente, dava sempre notícias boas para o Sul do Brasil e, hoje, não é mais isso. Enquanto Pernanbuco experimenta um crescimento econômico acelerado, enquanto Sergipe ganha a instalação de 25 novas indústrias de 2007 para cá, a Bahia assiste a um quadro de grave dificuldade, inclusive com ataques de bandidos a ônibus. Incendiando ônibus e, também, desafiando a polícia em Salvador.

“Não houve queda abrupta de Serra [nas pesquisas],

o que houve foi uma discreta redução.”

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No plano nacional, o que explicaria a abrupta queda de intenções de voto no candidato a presidente José Serra ?

Não houve queda abrupta do candidato José Serra, o que houve foi uma discreta redução [de intenções de voto], em função da entrada em cena da Senadora Marina, também do Ciro Gomes. Os dois ocuparam a mídia televisiva com intensidade às vesperas da realização das pesquisas. Então, a gente está absolutamente tranqüilo. O patamar do José Serra é mais que o dobro do segundo colocado, o que nos dá muita confiança e muita certeza de vitória.

Quais são as pretensões do PSDB quanto à Assembléia Legislativa e à Câmara federal? Quantos deputados espera eleger?

Olha, o PSDB vai ter uma chapa muito forte, para candidato a deputado Estadual, e um deles está aqui hoje, que é o Augusto Castro, que tem uma possibilidade concreta de vitória, para representar Itabuna e região. Nós hoje já estamos alcançando 50 nomes com densidade eleitoral para deputado estadual.

E na disputa às vagas na Câmara federal?

Para deputado federal, o número é menor, mas nomes estão surgindo, como o prefeito de Mata de São João, João Gualberto, o ex-deputado federal Coriolano Sales, a presença também do ex-governador e prefeito de Guanambi, Nilo Coelho. São tantos nomes que a gente está articulando no plano regional… Então, temos uma chance muito boa de aumentar as nossas bancadas estadual e federal.

A vereadora itabunense Rose Castro vai mesmo para o PSDB?

Ah, é exatamente a sopa no mel essa vinda de Augusto e de Rose, né? Porque ter um nome como de Augusto Castro no PSDB, enriquece o nosso quadro partidário, dá uma solidez politica do ponto de vista da densidade eleitoral e abre também uma articulação muito grande no estado. Augusto tem muita habilidade e conhecimento na Bahia. Ele está nos ajudando, inclusive, nesta articulação. Quanto à vinda da vereadora Rose Castro, é uma decisão pessoal dela. Mas se ela assim decidir, o tapete vermelho estará estendido.

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Imbassahy fala de alianças e projetos para 2010.
Imbassahy fala de alianças e projetos para 2010.

O ex-prefeito de Salvador e atual presidente do PSDB baiano, Antônio Imbassahy, concedeu entrevista exclusiva ao Pimenta na Muqueca. Bastante generoso nos elogios ao blog, o tucano falou de alianças na Bahia, queda de José Serra nas pesquisas de intenções de voto para presidente, campanha proporcional e os rumos do partido no estado.

Imbassahy esteve em Itabuna para abonar ficha de novos filiados e traçar estratégias do partido no sul da Bahia. Uma das possíveis novidades até o dia 3 de outubro é a filiação da vereadora Rose Castro ao PSDB. Tudo depende do “ok” do atual partido dela, o PR, do também vereador Roberto de Souza.  A entrevista com Imbassahy você confere nesta quarta-feira, 29.

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Solon preferiu ir para casa a partir de ato de filiação.
Solon preferiu ir para casa a participar de ato de filiação.

O vereador Solon Pinheiro não quis colocar azeitona em empada alheia. Há pouco, ele se negou a participar da solenidade de filiação do administrador de empresas Augusto Castro ao PSDB.

O ato de filiação acontece no plenário da Câmara de Vereadores e atraiu a Itabuna o presidente estadual dos tucanos, Antônio Imbassahy.

Chamado várias vezes ao microfone, o vereador tucano permaneceu onde estava: em seu gabinete, acompanhado de três assessores. Enquanto a ‘festa’ prosseguia, o nobre tratou de rumar para casa. Augusto Castro nem bem chegou e já tem lá seu opositor declarado.

Apesar da desfeita, Solon está com moral no partido. O presidente do diretório municipal, o jornalista José Adervan, disse que ele é “nome forte” para os planos do PSDB no sul da Bahia em 2010.

O que isso quer dizer? Augusto sairia a deputado estadual em uma remota dobradinha com Solon, que disputaria vaga à Câmara Federal. Se depender de “Menudo”, Augusto terá que procurar outra companhia.

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Do Bahia Notícias

Herzem troca o PSDB pelo PMDB de olho em 2010.
Herzem troca o PSDB pelo PMDB de olho em 2010.

O radialista e candidato a prefeito de Vitória da Conquista no ano passado, Herzem Gusmão, está trocando o PSDB pelo PMDB oficialmente. O processo de desfiliação da legenda tucana será protocolado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ainda na tarde desta segunda (21), segundo o próprio Gusmão, que revelou ter sido convidado pela cúpula peemedebista para assumir a direção do partido na terceira maior cidade do estado.

Segundo o radialista, três fatores foram preponderantes para que ele decidisse mudar de partido. O primeiro foi a falta de atenção que o partido deu à candidatura de Gusmão à prefeitura de Conquista no último ano. Além disto, a impossibilidade de se projetar como candidato a deputado federal pelo grupo tucano, que já tem diversos representantes de peso que tentarão a reeleição, também reforçaram o descontentamento. Por fim, o projeto do PMDB para a região teria sido o motivo final a fazer com que o político batesse o martelo da desfiliação.

“Acho que o PSDB não deu a Conquista a atenção que ela merecia. O PMDB tem um bom projeto para a cidade e a direção do partido me deu carta branca para formar o diretório de Conquista”, explicou. Herzem Gusmão deve anunciar a filiação oficialmente em um dos encontros regionais que o PMDB faz pelo interior do estado, mas em data ainda indefinida.

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O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, negou ao jornal A Tarde que haja algum plano do seu partido de união e apoio ao projeto eleitoral do ministro Geddel Vieira Lima, que é um dos nomes postos para a sucessão estadual na Bahia.

Segundo o senador, quem decide sobre aliança eleitoral do grupo na Bahia é o ex-governador Paulo Souto (DEM). Assim como Geddel, Souto é pré-candidato ao governo do estado. “Quem decide as ações da chapa PSDB-DEM na Bahia é Paulo Souto”, disse, rechaçando a possibilidade de os tucanos darem apoio a Geddel em detrimento do ex-governador.