Tempo de leitura: < 1 minutoSegundo colunista Levi Vasconcelos, de A Tarde, o discurso de despedida do ex-secretário Adeum Sauer (Educação), na última terça-feira, teve alguns pontos censurados pelo governo. Atendendo a pedidos, Sauer deixou de citá-lo durante a posse. Mas não é que “as partes da tesoura” vazaram…
Eis os trechos divulgados pelo jornalista:
“1 – Se porventura o melhor não foi feito, deve-se aos empecilhos encontrados no caminho, herdados ou não, que persistem no atual governo e fogem da alçada do secretário da Educação resolvê-los. Falo particularmente da baixa autonomia da SEC para resolver seus problemas de pessoal e financeiros. (…) Reafirmo aqui o que disse ao longo da gestão: o maior desafio é superar a precariedade do quadro de pessoal.
2 – A SEC pediu autorização para convocar 1.100 coordenadores pedagógicos. Hoje, há 600 coordenadores para 1.700 escolas. Sem o atendimento, conforme pedido, e também sem a contratação suficiente de professores em tempo certo, além da liberação tardia de recursos para as escolas, muitos de vocês (funcionários) tiveram um sobretrabalho, gerando estresse e descontentamento, por vezes exacerbados.
3 – Como filiado do PT, inquieta-me que, mediante tal forma de contrato (serviços terceirizados), estamos transferindo para as empresas uma mais valia social às custas do trabalhador. O poder público, portanto o Estado, submete os trabalhadores às mesmas regras do mercado que pratica a exploração do trabalho.
4 – Aos nossos servidores lotados no órgão central da SEC, reconhecemos que as condições de trabalho poderiam ser mais adequadas, não tivesse frustrada a prometida mudança para um prédio mais condizente com a demanda da secretaria.”
Em tempo: em lugar de Adeum, o “Rubinho Barrichelo”, assumiu o Michael Schumacher, digo, Oswaldo Barreto.