O AZULINO TAMBÉM QUER

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Piada que corre em Itabuna diz que rapidinho, rapidinho o Azulino também terá patrocínio da Bahia Mineração, assim como o irmão Colo Colo.
A justificar o patrocínio, a campanha mais do que irregular do Itabuna no Campeonato Baiano. Dos 16 jogos disputados no Estadual 2009, o time ganhou 6 partidas, mas perdeu 7 e empatou 3. Tudo bem que o Tigre perdeu mais (foram 10), mas o Azulino está no caminho…

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Uma pessoa morreu e outra ficou ferida em acidente no início da manhã desta terça-feira (24) na BR-101, nas proximidades do município de Marau. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, o motorista perdeu o controle do veículo Gol em uma curva no km 429, bateu no barranco e capotou.
O carro pegou fogo em seguida e Shiroche Miyahara, de 31 anos, morreu no local. O passageiro Clóvis Fagundes dos Santos, de 61 anos, que estava no banco do carona, conseguiu cortar o cinto de segurança com um canivete e sair do carro antes da explosão. Os dois seguiam de Itabuna a Feira de Santana, onde resolveriam negócios.
De acordo com o depoimento de Santos para a PRF, eles iriam comprar autopeças. O corpo de Miyahara foi encaminhado ao Departamento da Polícia Técnica (DPT) de Ilhéus. Informações do Correio da Bahia.

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Jogadores do Tigre estreiam nova camisa contra o Poções amanhã.
Jogadores do Tigre estreiam camisa contra o Poções amanhã (Ed Ferreira).

O Colo Colo cansou de levar ‘ferro’ dos adversários no Baianão 2006, deu uma sacudida e começou a ganhar os seus jogos – o último deles foi diante do Itabuna. A nova fase está sendo compensada e acaba de atrair para o time ilheense um grande patrocinador, a Bahia Mineração (Bamin).
Amanhã, diante do Poções, no estádio Valdomiro Borges, em Jequié, o Colo Colo já estreia a nova camisa com o patrocínio da empresa. O presidente do Tigre ilheense, Joseph Marie Santana, diz que o patrocínio possibilitará a contratação de três atletas (David, Rogério e Álvaro), que já treinam com a equipe.
Gerente de comunicação e desenvolvimento sustentável da Bamin, Amaury Pekelman diz que a empresa procura valorizar o esporte, “apoiando o clube de Ilhéus e seus torcedores”. A camisa com o novo patrocinador chega para a equipe ainda nesta noite de terça, 24.
A Bahia Mineração está investindo em torno de R$ 2 bilhões na Bahia na construção de uma usina de beneficiamento de ferro em Caetité. O minério será exportado por um porto offshore que a empresa construirá na zona norte de Ilhéus. No município sul-baiano, a Bamin também construirá uma área de armazenagem do produto.

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Nomeação de Juliana será apreciada novamente dia 1º de abril (foto: Divulgação).
Nomeação de Juliana será apreciada novamente no dia 1º de abril.

A advogada Juliana Burgos teve sete votos favoráveis e seis contra a aprovação do seu nome para a Procuradoria-Geral do Município, há pouco. O resultado ainda não é definitivo, pois o nome dela ainda será submetido a uma segunda e decisiva votação na quarta-feira da próxima semana, dia 1º de abril.
Os vereadores Wenceslau Júnior, Raimundo Pólvora, Clóvis Loiola, Roberto de Souza, Ricardo Bacelar e Vane do Renascer votaram contra a nomeação de Juliana. Para isso, alegaram projeto aprovado na legislatura anterior e que proíbe o nepotismo em qualquer esfera do governo municipal.
Votaram a favor de Juliana os vereadores Didi do INPS, Gérson Nascimento, Milton Cerqueira, Milton Gramacho, Solon Pinheiro, Rose Castro e Ruy Machado. Estes, se revelaram sensíveis aos argumentos da família Burgos, dentre os quais o de que a lei antinepotismo é “falha”.
Ela precisa de nove votos para ter seu nome aprovado. Caso a rejeição ao nome de Juliana seja mantida, será a primeira derrota política contabilizada pelo prefeito José Nilton Azevedo (DEM). Até a próxima votação, dia 1º, o governo terá ainda mais tempo para negociar.
Quem dos seis vai ‘dar para trás’?

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Estudantes e sindicalistas pararam o centro de Ilhéus nesta terça, 24, numa manifestação contra o reajuste ilegal da tarifa de transporte coletivo. Eles acusam o prefeito Newton Lima de ter decretado o aumento sem a autorização da Câmara de Vereadores, conforme determina a Lei Orgânica Municipal (LOM).
O protesto começou pelo Colégio Estadual do Malhado, na zona norte, e seguiu pelas principais ruas do centro. A manifestação foi encerrada em frente ao Palácio Paranaguá, sede do governo municipal. Em dezembro, o prefeito Newton Lima assinou decreto reajustando a passagem de R$ 1,70 para R$ 1,90.
O reajuste passou a vigorar no início de janeiro. Segundo o presidente do Sindicacau, Luiz Fernandes, o aumento somente poderia ser autorizado pelo prefeito 72h após análise da planilha das empresas por parte da Câmara. O legislativo estava em recesso e o prefeito decidiu, mesmo assim, pela majoração da passagem.
Estudantes e sindicatos exigem uma posição da Câmara de Vereadores. O Ministério Público Estadual solicitou a documentação que resultou no aumento da tarifa do transporte coletivo da cidade.

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Professores fazem protesto em Eunápolis.
Professores vão às ruas protestar contra abandono de escolas.

A rede municipal de ensino em Eunápolis, no extremo sul baiano, paralisou as atividades durante toda esta terça-feira, 24. O protesto é contra as condições das escolas. Faltam carteiras em grande parte das unidades de ensino, o teto ameaça desabar na cabeça dos alunos e os estudantes têm apenas duas horas de aula por dia, segundo a APLB-Sindicato.
De acordo com Jorge Amorim, presidente do sindicato de Eunápolis, algumas escolas não possuem sequer “quadro negro e gás para fazer a merenda dos alunos”. A prefeitura informou que a licitação para reforma das escolas já estaria em andamento. As informações e fotos são do site Radar 64.

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Os governadores que disputarão a reeleição, nos estados pesquisados pelo Datafolha, não têm o que comemorar. O recall é inferior à votação que tiveram no primeiro turno em 2006. Jaques Wagner (BA) tem 36%; Cid Gomes (CE), 34%; Sérgio Cabral (RJ), 26%; Yeda Crusius (RS), 9%; e José Arruda (DF), 41%. O único que tem recall superior aos votos que obteve é Eduardo Campos (PE).
Panorama Político, O Globo.

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Azevedo: insatisfações do secretariado (Foto: Pimenta na Muqueca)
Azevedo: desilusão e insatisfações do secretariado.

Secretários do governo Azevedo estão insatisfeitos com a decisão de Azevedo de fechar-se em copas e não conversar com a equipe. Até mesmo os considerados mais influentes encontram-se há quase um mês querendo um pé-de-ouvido com o prefeito, e não conseguem.
Azevedo, simplesmente, não despacha com a equipe. Há quem tenha detectado uma certa ‘desilusão’ do prefeito com o poder. E essa desilusão está intimamente ligada à incapacidade financeira do governo de fazer deslanchar projetos que foram as grandes promessas de campanha, como o  Bolsa de Renda Municipal e a Prefeitura Móvel.
Os rumores são de que o secretário de educação, Gustavo Lisboa, estaria propenso a deixar o governo diante das dificuldades em despachar com Azevedo. Logo ele, que foi exemplo administrativo num governo desastroso como o de Fernando Gomes.

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Moacyr descumpre acordo.
Moacyr: sem acordo.

Os professores da rede municipal de Uruçuca decidiram fazer paralisação de 48 horas em protesto contra o prefeito Moacyr Leite, que teria descumprido acordo para pagamento de diferença salarial relativa aos meses de janeiro e fevereiro deste ano.
O prazo para a quitação era o dia 20, segundo o acordo. A paralisação ocorreu após realização de assembleia hoje de manhã, na Loja Maçônica. A categoria ameaça parar por tempo indeterminado caso não haja imediato pagamento da diferença.
Na semana passada, Moacyr decidiu pela anulação de um concurso público de 2006, realizado pelo seu antecessor, Dilson Argolo. A relação do novo prefeito com os servidores estremeceu de vez. Para completar, Moacyr ainda é acusado de quase nao pisar os pés na prefeitura.

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O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região vai na mesma linha do Ministério Publico e condena a programação dos festejos juninos na cidade que ainda sofre com a dengue.
E não é só o Aedes aegypti que preocupa o Sintesi. De acordo com o coordenador da entidade, Raimundo Santana, também é extremamente complicada a relação entre a Prefeitura e os prestadores de serviço na área de saúde (leia-se hospitais, clínicas e laboratórios).
Afirma Santana que a dívida com tais prestadores está em torno de R$ 7 milhões “e não existe nenhuma proposta concreta de pagamento, nem que seja parcelado”.
O sindicalista pondera que a austeridade indica que não se pense em festa nesse momento de tantos e ainda não remediados problemas.

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Justiça bloqueia bens de ex-prefeito ilheense

Nem Valderico Reis chega perto. O campeão de ações civis públicas na comarca de Ilhéus é o ex-prefeito Jabes Ribeiro, hoje na secretaria-geral do PP baiano. Levantamento aponta que Jabes responde a 38 ações de improbidade administrativa. 33 delas foram movidas pelo Ministério Público Estadual. As outras cinco são de autoria da Procuradoria-Geral do Município.
A maioria das ações é referente a contratações irregulares de servidores, irregularidades em licitações, repasse de duodécimo a menor e até cobrança de tributo inexistente a uma cervejaria com ponto de distribuição em Ilhéus. De acordo com investigações do MP, a cobrança do falso tributo se tratou de retaliação de Jabes à cervejaria, que se negou a patrocinar festa promovida pelo município.
Em duas das ações movidas pela procuradoria municipal (processos 1569188-6/2007 e 1569214-4/2007), a Justiça determinou o bloqueio de bens de Jabes Ribeiro. As ações foram julgadas pela juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública, Luciana Carinhanha Setúbal.

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A chuva do fim da tarde desta segunda-feira (23) durou pouco menos de duas horas, mas foi o suficiente para alagar ruas e avenidas do centro de Eunápolis, mostrand a fragilidade da estrutura.

Nas vias em torno da Praça Eunápio Peltier de Queiroz, trecho reconstruído a cerca de dez anos, os veículos tiveram dificuldade para transitar e muitas pessoas que saíam do trabalho ficaram praticamente ilhadas nas calçadas e em lojas. Radar 64.

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Segundo o blog Agravo, escolas da rede municipal em Ilhéus estão há 30 dias sem oferecer a merenda a seus alunos. Pior, a secretaria de educação até agora não prestou nenhum esclarecimento sobre a falta de ‘rango’ nas escolas. Devido à situação, relata o blog ilheense, “alguns pais estão na bronca e vem sofrendo em ver seus filhos com fome”.

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Dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) revelam que a epidemia de dengue em Itabuna está longe do fim. Em apenas uma semana, a cidade notificou 1.106 casos suspeitos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Os números foram apurados entre os dias 16 e 23 e, afirma o jornal A Tarde, desmentem a versão apresentada pelo prefeito Capitão Azevedo e pelo secretário municipal de saúde, Antônio Vieira, para quem a epidemia estava estabilizada.
Por conta disso, o promotor público Clodoaldo da Anunciação abriu investigação para apurar as responsabilidades também de Vieira e Azevedo, e não somente do ex-prefeito Fernando Gomes e dos ex-secretários Jesuíno Oliveira e José Henrique Carvalho.
A promotoria argumenta que Azevedo era vice-prefeito e não se implementou uma equipe de transição para avaliar os números da dengue que se mostravam altos e preocupantes desde o ano passado. O prefeito se defende e diz que recebeu a prefeitura sem 400 servidores da saúde.

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rafaelmoreiraRafael Moreira
gama.moreira@hotmail.com

A violência, apesar da sua gênese ocorrer a partir das desigualdades sociais, tem a sua externalidade também nos objetos, nas técnicas de segurança que alguns podem pagar para obter.  São paisagens, aquilo que as vistas alcançam (SANTOS, 1997) e que demonstram uma sociedade em estado de medo, de insegurança e no caso de Itabuna-BA isto não é diferente. Grades, muros altos, cercas eletrificadas, são apenas alguns exemplos desta paisagem do medo.

São expressões de uma sociedade marcada por grandes diferenças sociais e pela exacerbação do individualismo, em que o pensamento coletivo na resolução dos problemas se encontra subalterno ás ações individuais do trancar-se cada vez mais, em detrimento da procura por identificar as causas de tal estado de insegurança, quanto à vida e ao patrimônio, e agir nelas.

Para o sociólogo e geógrafo Demétrio Magnoli, a violência se expressa de forma intensa na paisagem e contribui de duas maneiras para a infração dos direitos coletivos por sobre o espaço público: a primeira se dá com a apropriação privada do espaço público: “vias de tráfego e calçadas são interrompidas por cancelas e portões”; a segunda se materializa conforme a proteção da vida e do patrimônio, neste caso público e/ou privado, como que enclausuram o indivíduo.

Entender a expansão da violência nas cidades é também poder compreender o quanto esta sociedade é desigual e excludente, e o quanto esta fecha as portas àqueles que não se enquadram no perfil de consumidor ativo e/ou de mão-de-obra geradora de lucro. A violência, mesmo que não justificada em nenhuma de suas modalidades, na maioria das vezes, vem como resposta dada por um grupo social às mazelas às quais são submetidos.

Com isso percebemos que as classes mais favorecidas economicamente vão montar uma estrutura em torno da proteção da vida e do seu patrimônio, que vão deixar-lhes como que numa ilha isolados no interior das suas habitações, enxergando o mundo externo a esta como lugar do medo e dos riscos, posto que o Estado não garante a segurança de quem por ele transita.

Não pretendemos, com esta reflexão, atribuir culpa a nenhuma das classes sociais pelo estado de insegurança ao qual toda a sociedade está submetida, entretanto, há de se considerar que todos possuem sua parcela de responsabilidade e que aqueles que possuem melhores condições culturais, econômicas, entre outras, acumulam maiores responsabilidades (na luta contra a estrutura de isolamento que vem sendo construída) e, na maioria das vezes, encontram-se omissos.

Este isolamento contribui para a exacerbação do individualismo e para a perda da atenção antes focada na figura do outro. Assim o que outrora fora uma possibilidade (de amizade, de negócios, de auxílio etc.) hoje, na maioria das vezes, se configura como uma ameaça. Ou ainda como, no dizer de Magnoli, “a cidade parece desistir da sua vocação histórica, de lugar de encontro e intercâmbio”.

É sobre o espaço urbano, socialmente construído, mutável e repleto de dinamicidade que as relações de violência vão se estabelecer, se dando, de um lado, sob a forma de atos como: sequestros, assassinatos, assaltos entre outros, e de outro, com a construção de novos “feudos” que enclausuram aqueles que podem pagar por esse modelo de (in)segurança, reafirmando as relações de individualismo e reforçando a ideia de que os indivíduos que não se enquadram no estereótipo de consumidor ativo são mercadorias que podem ser descartadas.

E é neste mesmo espaço (o urbano) que vai se estabelecer a criminalidade, pautada em ações contra a vida e o patrimônio, que vai provocar, a cada dia, um maior isolamento das famílias em suas residências, vivenciando aquilo que Rodrigues aponta como a sociedade dos “incógnitos”.

Restam alguns questionamentos: até que ponto, as ideias anteriormente apresentadas diferem daquilo que nós vivenciamos, cotidianamente, em nossa cidade? Em que medida o poder público tem se manifestado a fim de proporcionar aos contribuintes a devida segurança? De que maneira vocês/nós/toda a sociedade temos nos comprometido com a causa de se lutar por relações menos desiguais, e, por conseguinte, por uma cidade menos violenta? Vale a pena refletir.

Rafael Gama Moreira é Professor de Geografia, Vice-Diretor e Coordenador Pedagógico da Cooperativa Educacional de Itabuna (COOPEDI).