Eduardo Mello autografa a tradicional Cachaça Coqueiro, de Paraty (RJ)
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Se a moda pega, Eduardinho tem que se preparar para fortalecer a munheca.

Walmir Rosário

Confesso que do alto dos meus bem vividos setenta e tantos janeiros já vi muita coisa nesta vida, mas sempre me surpreendo com algumas novidades a que somos apresentados nos dias atuais. É uma simples constatação de que por mais conhecimentos que temos, sempre existe uma novidade a presenciar, não simplesmente por ouvir dizer, mas ao vivo e em cores, como afirmava aquela propaganda televisiva de recuados anos.

E vou logo dando uma pista para não amolar o prezado leitor: o que vou citar é costume antigo, praticado por gente famosa, acostumada a fazer sucesso com determinadas atividades, quase que exclusivamente artística. Pelo que sempre vi, esse hábito era para quem cantava, tocava instrumentos, atuava nos palcos de teatro, filmes e novelas. Mas teria que fazer muito sucesso.

O assédio era total em determinados artistas, tanto que eram formadas filas enormes nas saídas das emissoras de rádio e TV e as multidões de fãs conseguiam furar os bloqueios em busca do tão sonhado autógrafo. Euforia e desmaios eram comuns no passado, quando uma fã conseguia ultrapassar a barreira de segurança e voltava com o autógrafo do seu ídolo escrito no caderninho.

Diziam as revistas focadas nas especulações artísticas que muitas dessas multidões eram “fabricadas” pelas próprias gravadores e agentes dos artistas para dar uma mãozinha na carreira de sucesso que viria a acontecer com mais rapidez. Lembro até de um português cujo troféu buscado não era o simples autógrafo, o que lhe satisfazia era beijar a pessoa famosa, fosse homem ou mulher, daí seu apelido de beijoqueiro.

Com o tempo, vimos diminuir esse interesse pelos autógrafos, até porque ninguém – ou quase nenhum vivente – tem o velho costume de carregar lápis, caneta ou um pedaço de papel nos bolsos ou bolsa. Coisa do passado que não volta mais. Agora – há cerca de 15 anos ou mais – o costume é foto do tipo selfie, lado a lado do famoso de estimação. Basta publicar instantaneamente nas redes sociais e cruzar o mundo em um segundo.

Alguns artistas têm ojeriza à multidões – inclusive de fãs – e dão um jeitinho de não se aproximar das legiões de tietes, seja por uma logística competente ou mesmo por mau humor. Outros nem tanto, pacientemente param, acenam posam para as selfies, causando o desespero de sua entourage. Não critico os que se escusam, pois faz parte do seu modo de vida, mesmo que dependa do sucesso.

Dia desses vi no YouTube um lançamento de um livro, numa grande livraria de São Paulo, capital. Uma fila quilométrica, de dobrar quarteirões, em que pessoas aguardavam, pacientemente, pelo seu autógrafo no livro recém-lançado. O autor em questão era o advogado e jornalista Tiago Pavinatto, que apresentava sua mais recente obra: Da Silva: “A Grande Fake News da Esquerda”. Um fenômeno.

Não é todo o santo dia que presenciamos tamanho sucesso, principalmente quando o centro das atenções é um livro, mesmo sendo o autor um personagem na crista da onda nas áreas da comunicação e da política. Pelo que soube, algumas pesquisas já creditavam tamanho apoio na próxima eleição para o cargo presidencial, embora ele sempre negue pretensão de ingressar nesse meandro.

Pois bem, neste fim de semana me deparo com outro sucesso absoluto em plena cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro. Exatamente no dia 13 de setembro de 2023, uma quarta-feira à noite, e o local, pelo que soube, era a Academia da Cachaça. Sentado à mesa, lá estava o meu amigo Eduardo Mello, CEO da Destilaria Engenho D’água, de Paraty, autografando litros e garrafas da conceituada cachaça que fabrica: a Coqueiro.

Diante de tal cena pergunto pelo WhatsApp ao meu amigo Antônio Mello (Neguinho), irmão de Eduardo, que me descreva a imagem, embora tenha enxergado bem com esses olhos que a terra um dia há comer. E como resposta, fico sabendo que a cada viagem do comendador Eduardinho o ritual se repete por uma legião de cachaceiros (consumidores) de boa cepa, que fazem questão de levar pra suas adegas as garrafas devidamente autografadas.

Apesar de não ter perguntado, ficou subtendido que não basta ao nobre consumidor desta iguaria paratiense levar pra casa um produto confiável, mas que também tenha um selo atestando o padrão de qualidade, afiançado pelo próprio fabricante. Não vejo a hora de voltar a Paraty para sentarmos à mesa – quem sabe no próprio alambique – para jogar conversa fora enquanto Eduardinho autografa garrafa por garrafa de Coqueiro.

Com essas preciosidades, mesmo que consuma todo o estoque em tempo recorde – isto é, antes de retornar a Paraty – posso expor as garrafas como verdadeiros troféus, mesmo que vazias à espera da reposição de um meu objeto de desejo, sonho de consumo, a boa cachaça. E digo isso com toda a autoridade de quem participou das farras com a Quero Essa e o início da produção da Coqueiro no seio da família Mello.

Se a moda pega, Eduardinho tem que se preparar para fortalecer a munheca.

Walmir Rosário é radialista, jornalista, advogado e autor de Os grandes craques que vi jogar: Nos estádios e campos de Itabuna e Canavieiras, disponível na Amazon.

Grupo estadunidense se apresenta pela primeira vez em Itacaré || Divulgação
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Groundation é atração confirmada no Festival de Reggae de Itacaré, marcado para os dias 24 e 25 de novembro. A banda estadunidense sobe ao palco na primeira noite da festa, numa sexta-feira, em show aberto ao público.

Será a primeira vez da Groundation na cidade paradisíaca do sul da Bahia. Um dos maiores nomes do reggae contemporâneo, o grupo traz ao Brasil a turnê que marca seus 25 anos na estrada e os 20 anos do Hebron Gate, álbum mais celebrado da banda.

A Prefeitura de Itacaré promove o Festival em parceria com a produtora Putz Grillo!  A grade completa de atrações será divulgada em breve.

Daniel Thame apresenta O gato que tinha 3 nomes no Festival da Primavera
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O jornalista e escritor Daniel Thame lança, neste domingo (17), às 16h, seu primeiro livro infantil, O gato que tinha 3 nomes, durante a Feira Literária, uma das atrações do Festival da Primavera Ilhéus, no Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães, localizado na Avenida Soares Lopes. O livro conta a história de um gato que, de tão apaixonado pelo chocolate do sul da Bahia, acaba virando ou sendo confundido com uma deliciosa barra do produto de origem.

Editado pela Via Litterarum, o livro tem ilustrações fantásticas da artista e produtora cultural Juraci Masiero Pozzobon. “A obra celebra a família, o amor aos animais e a conservação da natureza, numa linguagem típica do universo infantil e vai encantar crianças de todas as idades”, afirma Daniel Thame.

A inspiração veio do gato adotado pela família do próprio autor, que é chamado por três nomes diferentes e, com sua personalidade forte, tornou-se o verdadeiro dono da casa. “Procurei trabalhar valores que são importantes na formação das crianças e também fazer um livro em que as crianças vão se divertir, com ilustrações que destacam o universo do cacau, do chocolate e da Mata Atlântica, três marcas do sul da Bahia”, acrescenta o autor.

A obra já está à venda e pode ser adquirida por e-mail (danielthame@gmail.com) ou telefone/WhatsApp (73) 9 9981-7482.

OUTRAS OBRAS

Daniel Thame também é autor dos livros Vassoura, série de contos sobre os impactos da vassoura de bruxa no sul da Bahia; A Mulher do Lobisomem, contos sobre o universo feminino; “Jorge100anosAmado”, que apresenta releituras dos romances do escritor grapiúna; e Manual de Baixo Ajuda, como transformar sua autoestima em anã, contraponto bem-humorado e politicamente incorreto dos manuais de autoajuda.

Festa promete agitar Ibicaraí no próximo dia 30
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O Festival Primavera Palestina anunciou as atrações musicais de sua primeira edição, marcada para o próximo dia 30, um sábado, em Ibicaraí, no sul da Bahia. Aberto ao público, o evento confirmou os shows de Adriano Farias, Pucumã, Pietro Leal, Dost e Getône. O palco será montado na Praça Henrique Sampaio, no Centro, e o som vai rolar a partir das 16h.

O objetivo do Festival, segundo os organizadores, é celebrar a Música Popular Brasileira (MPB). Além do foco em artistas sul-baianos, a festa pretende se consolidar como um espaço da cena alternativa, com destaque para expressões musicais à margem da indústria cultural.

Atrações musicais confirmadas no Festival

Fruto de trabalho colaborativo, a iniciativa também visa democratizar o acesso à arte, retomando os tempos de efervescência artística de Ibicaraí. Por isso a decisão de fazer os shows sem cobrar ingresso, numa praça simbólica para a cultura da cidade.

A primeira edição do Festival Primavera Palestina é organizada pela Associação de Basquete de Ibicaraí (Abir) em parceria com Labiroska Bar e Eva Comunicação Visual. Para ficar ligado nas atualizações, basta seguir o perfil do evento no Instagram: @festivalprimaverapalestina.

Luiz Caldas e Carlinhos Brown confirmados no Axé Cola na Manu, em dezembro
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No comecinho de dezembro, o primeiro Axé Cola na Manu vai sacudir o sul da Bahia com Carlinhos Brown e Luiz Caldas. A festa de celebração do verão e do axé music terá ainda na grade atrações regionais que serão anunciadas durante o lançamento da festa, segundo Manu Berbert.

Com uma pausa nos grandes eventos desde o final de 2021, para se dedicar ao Casarão, Manu relembra como tudo começou:

– O primeiro Arraiá Cola Na Manu aconteceu para um grupo de amigos e foi tomando corpo ao longo dos anos. Já passaram por nossa grade de atrações nomes como Dorgival Dantas e Lordão. A partir daí, fomos criando também novas estruturas, como o Cola Na Manu Show Square, que trouxe a Timbalada e Jau, e o Cola Na Manu no Comando, com Harmonia do Samba. Agora, chegou o momento de uma festa dedicada às nossas raízes culturais, com o axé de Carlinhos Brown e Luiz Caldas – relembra Manu.

O Axé Cola Na Manu tem a assinatura de Manu Berbert e de Milena Leão, da Carambola Produções, e a promessa é de festa com uma grande estrutura. “Estamos preparando um grande evento, como Itabuna e região merecem. Lounges vips, que proporcionarão conforto ao público, cenários inovadores, que criarão memórias afetivas com a festa, e tecnologia de ponta em diversos setores, proporcionando segurança e acesso ao que há de mais moderno em eventos no país”, adiantou Milena.

O Axé Cola Na Manu será no dia 9 de dezembro, na área verde do Parque de Exposições Antônio Setenta, em Itabuna. O lançamento oficial e início das vendas dos ingressos serão ainda em setembro.

Kocó receberá homenagem do Legislativo baiano nesta quinta (14)
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A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) marcou para esta quinta-feira, às 15h, a solenidade de entrega da Comenda 2 de Julho ao músico Clóvis Leite, o Kocó da Banda Lordão. Nascido no Rio de Janeiro e radicado na Bahia desde a década de 1960, o artista está à frente do grupo musical há mais de 50 anos.

Já homenageado com o título de cidadão itabunense e com a Comenda Firmino Alves, Kocó vive em Itabuna desde 1972. Ele é casado com Sônia Leite, com quem teve os filhos Clóvis Júnior e Marcus Vinícius. Além de músico, é formado em Administração.

A entrega da Comenda 2 de Julho ao artista foi proposta pelo deputado estadual Fabrício Pancadinha (SD), que também é músico. “Receber essa comenda aos 72 anos é um momento muito importante pra mim”, disse Kocó. Segundo o cantor, toda a sua família está muito feliz com a maior honraria do Legislativo baiano. “Isso fez com que aumentasse ainda mais minha vontade de viver. Acredito que ainda vou abrilhantar muitos shows”, concluiu o líder da Banda Lordão.

Capela de Nossa Senhora Santana está ameaça pela erosão de rio || Foto Iphan
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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional  atestou, em visita a Ilhéus, a necessidade de intervenções de emergência para conservar a Capela de Nossa Senhora de Santana, localizada no Rio do Engenho, na zona rural do município. Ao PIMENTA, o Iphan disponibilizou relatório fotográfico elaborado pela arquiteta Laura Lima de Sousa. Especialista em Restauro de Arquitetura e Gestão de Restauro, a assessora técnica do Instituto visitou o sítio histórico no mês passado. A autarquia federal também emitiu esclarecimentos sobre a história da Igreja, tombada como patrimônio nacional desde 1984.

A ameaça da erosão do Rio Santana ao patrimônio histórico foi reportada em matéria recente do PIMENTA, com informações do secretário de Cultura de Ilhéus, Geraldo Magela, sobre a vistoria do último dia 21. No relatório, a arquiteta constata que a base da estrutura da Capela precisa de consolidação e reforço estrutural. A constatação acompanha a nona imagem do documento (veja abaixo).

Base da estrutura da Igreja precisa de consolidação e reforço, segundo Iphan

O relatório também corrobora a movimentação do terreno em direção ao Rio Santana, o que causou danos à base do cruzeiro de alvenaria construído em frente à Capela (imagem 10).

Relatório assinala movimento da terra sob o cruzeiro da Capela || Iphan

A movimentação do terreno foi observada nas quatro últimas visitas técnicas do Instituto. “Assim, é necessária a realização de obras emergenciais de contenção da área, cuja proposta de intervenção deve ser previamente aprovada pelo Iphan”, informou a Autarquia ao PIMENTA.

Qualquer intervenção deve ser precedida de diagnóstico e projeto estrutura feito por engenheiro estruturalista, acrescenta o Iphan. Serviços que demandarem escavações no terreno deverão ser acompanhado por arqueólogo e da respectiva Ficha de Caracterização de Atividade, conforme a Instrução Normativa Iphan nº 1/2015.

O relatório também aponta carência de serviços dentro da Capela, mas atesta que o piso e o telhado, por exemplo, apresentam estado regular de conservação.

RESPONSABILIDADE

Relatório também recomenda intervenções dentro da Capela || Iphan

O Instituto esclarece que a responsabilidade pela conservação das edificações tombadas é de seus proprietários e/ou responsáveis, devendo estes proceder às obras e serviços necessários, após a aprovação já mencionada. Atualmente, o imóvel pertence à família Maranhão. Maria Aparecida Maranhão Dias afirmou, em entrevista recente à TV Santa Cruz, que a família não dispõe de recursos para custear a reparação da Igreja.

No esclarecimento ao PIMENTA, o Iphan relembra que, em 2012 e 2013, executou obras emergenciais e serviços de restauração na Capela, no valor total de R$ 297.032,40. Segundo o Instituto, à época, a Igreja “apresentava péssimo estado de conservação e risco de arruinamento”.

Os serviços executados compreenderam: a substituição da cobertura; a revisão dos pisos e do barroteamento; a recuperação das alvenarias e esquadrias; a imunização dos elementos de madeira; a pintura geral do edifício; a revisão das instalações elétricas e hidrossanitárias; e a restauração das imagens sacras.

Nesse momento, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional não tem previsão orçamentária para reformar a Capela de Nossa Senhora de Santana. Ao PIMENTA, o secretário de Cultura de Ilhéus, Geraldo Magela, disse que a Prefeitura busca parceria para a elaboração do projeto estrutural. Os dois parceiros potenciais são a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e a Bahia Mineração S/A (Bamin), segundo ele.

CONTROVÉRSIA

Capela-mor do templo Católico || Iphan

O site do Iphan e o processo de tombamento da Igreja informam que ela foi construída no século 17. Pesquisadores locais divergem, a exemplo do próprio secretário Geraldo Magela, que é historiador e organizador informativo Engenho de Santana. Segundo o texto, o templo foi erguido ainda na primeira metade do século 16, em 1537. Considerando essa data, a Capela é a quinta mais antiga do Brasil.

Para o memorialista, fotógrafo e ex-vice-prefeito José Nazal (Rede), também ouvido pelo PIMENTA, é mais provável que a Igreja tenha sido construída depois, mas ainda no século 16. Ele informa que o inventário do governador-geral Mem de Sá, de 1572, já apontava a existência da Capela.

Sobre a controvérsia, o Iphan sustenta que não teve acesso a qualquer pesquisa demonstrando que a capela tenha sido construída no século 16. “Porém, é possível que estudos recentes tenham encontrado indícios ou documentos que confirmem tal tese”.

Evento ocupa área verde da Avenida Soares Lopes
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Logo mais, às 18h, o palco da segunda edição do Ilhéus Moto Praia recebe as atrações musicais desta sexta-feira (8). A programação começa com música eletrônica, seguida das apresentações de Classic Rock, Imunidade Charlie Brown, Carbono 14 e Bob Jeff. Com barracas de bebidas, comidas e acessórios de motociclismo, o evento ocupa área da Avenida Soares Lopes, no Centro.

Já integrado ao calendário turístico de Ilhéus, o ‘Moto Praia’ atraiu mais de mil motociclistas de diversas partes do País, segundo os realizadores. O evento começou ontem (7) e seguirá até este sábado (9). Para Astor Badaró, um dos organizadores, a primeira noite foi um grande sucesso, apesar da chuva. “Muita gente, muitas motos, todo mundo curtindo, aproveitando demais”, disse.

O motociclista Albervan Barreto, do Grupo Esquadrão de Ilhéus, convidou os moradores e visitantes da cidade a prestigiar o evento. “Venham visitar o Ilhéus Moto Praia aqui na terra de Gabriela, muito motociclismo, velocidade com responsabilidade, tudo para você. Estamos te esperando”.

Reunião alinha detalhes para o Festival da Primavera Ilhéus || Foto PMI
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A Prefeitura de Ilhéus tornou pública, nesta terça-feira (29), a programação do Festival da Primavera, que promete movimentar o Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães entre os dias 15 e 24 de setembro. Os detalhes do evento foram tema de reunião de representantes do município e do Governo do Estado. O objetivo da iniciativa é fomentar a economia criativa, a agricultura familiar e o turismo na baixa estação.

O superintendente de Cultura de Ilhéus, Reinaldo Soares, explica que o projeto do Festival é resultado de trabalho conjunto do Governo Municipal com a Secretaria de Turismo da Bahia, com apoio de várias associações. “Teremos uma programação diversificada, com feiras literárias, gastronômica e shows musicais”, assegura o gestor.

O coordenador do Centro de Convenções, Roberto Soares, enfatiza que o Festival da Primavera Ilhéus agrega os setores público e privado e vai movimentar a cidade com programação para toda a família.

A programação do evento abrange tributos musicais; passeio náutico; feiras literárias e de artesanato; e comercialização de chocolate, flores e produtos da agricultura familiar. Clique em Leia mais para conferir todas as atrações.

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CCAF é reaberto após reforma || Foto Gov/BA
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O governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, reinauguram o Centro de Cultura Adonias Filho (CCAF), às 18h30min do próximo sábado (2). O espaço cultural estava em reforma desde o primeiro semestre do ano passado e será entregue após obras de R$ 3,6 milhões.

A reabertura do CCAF havia sido anunciada para maio passado e foi novamente adiada. O espaço ganha poltronas acolchoadas novas, iluminação cênica e ar-condicionado central, além de substituição do telhado e instalações elétricas e hidráulicas e pintura.

Carlinhos Brown terá camarote só para convidados em 2024 || Divulgação
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Depois de mais de 40 anos de carreira, o cantor e multiartista Carlinhos Brown terá, pela primeira vez, um camarote para chamar de seu no maior Carnaval do mundo, a folia em Salvador. Será em 2024, mas apenas para convidados e sem venda de ingressos.

Segundo ele, a ideia é aproveitar o camarote como local de imersão na vida e obra do “cacique”, conforme explicação dada no podcast Barbunça, com Fábio Almeida, que assumiu parceria da sua empresa, a Join Entretenimento, com a empresa de Brown.

– É tipo um museu, é uma parada imersiva mesmo em relação a ele – revelou Fábio.

Brown tem, ainda, mais novidades na carreira para anunciar pelo lado criativo. E, segundo o empresário, mais informações estão sendo preparadas para serem divulgadas em breve.

Novo livro do mestre Walmir Rosário já pode ser adquirido em formato digital (eBook)
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Os grandes craques que vi jogar – nos estádios e campos de futebol de Itabuna e Canavieiras é o mais novo livro do radialista e jornalista Walmir Rosário. Editada pela Ojuobá Projetos de Comunicação, a obra traça o perfil dos craques das antigas que tinham verdadeiro domínio da bola. O autor expressa, em cada crônica, o verdadeiro sentimento desses jogadores amadores ao jogar por suas esquipes e as seleções de suas cidades.

Bastava envergar o manto sagrado para que esses craques se superassem das deficiências dos antiquados treinamentos físicos e táticos das equipes do interior e entrassem em campo com a finalidade de ganhar o jogo. Com essa sequência de vitórias, chegavam os tão sonhados títulos nos campeonatos municipais e intermunicipais, façanha conseguida pela Seleção de Itabuna ao conquistar o hexacampeonato baiano intermunicipal.

Essa brilhante conquista teve como protagonistas, praticamente, os mesmos jogadores, de 1957 a 1965, com um intervalo de três anos sem a disputa do campeonato (1958, 1959 e 1960), retomado em 1961. A base da seleção vinha dos clubes amadores itabunenses Janízaros, Fluminense, Grêmio, Flamengo, Botafogo, Bahia e Corinthians, verdadeiras fábricas de craques.

TRANSIÇÃO

O livro também aborda a transição do futebol amador para o profissional, com a criação do Itabuna Esporte Clube, conhecido com o slogan Meu Time de Fé. O Itabuna brilhou no Campeonato Baiano de profissionais, com equipes competitivas; no início, formadas pelos craques amadores. Mais tarde, mesclada com profissionais vindos do sul do país.

O foco da obra é mostrar a trajetória de cada um desses craques, como iniciaram e foram descobertos nos campinhos de baba e seguiram carreira amadora, muitos deles chegando ao profissionalismo. O espetáculo rolava solto aos domingos, no velho campo da Desportiva, em Itabuna, para a satisfação dos torcedores, que enchiam o estádio para torcer pelos seus times.

PAIXÃO

A paixão pelo futebol era tamanha que, em Itabuna, surgiu o primeiro Colégio de Futebol Grapiúna, criado pelo vascaíno Demosthenes Propício de Carvalho, cirurgião dentista que influenciou na formação de caráter e na arte de jogar futebol dos futuros craques. Dessa escolinha saíram grandes jogadores amadores e profissionais, a exemplo de Perivaldo, que atuou em grandes clubes e até na Seleção Brasileira.

Algumas crônicas são dedicadas a fatos pitoresco do futebol do interior, como o dia em que o Botafogo itabunense entrou em campo no segundo tempo sem o goleiro Romualdo Cunha, que ficou no vestiário tirando um cochilo. Somente após 15 minutos sua ausência foi notada por um torcedor. Esse era o mesmo Botafogo dos meios campistas Pedrinha e Mundeco, considerados superiores a Pelé e Coutinho, quando o assunto era a tabelinha.

CRAQUES DE CANAVIEIRAS

O leitor conhecerá, em outras crônicas, dois dos grandes craques que se formaram em Canavieiras, no sul da Bahia: Bené Canavieira (sem o s final) e Boinha Cavaquinho, que jogaram um futebol de gente grande. Canavieira passou pelo Botafogo Carioca nos tempos de Garricha, Didi, Nilton Santos, além de outras equipes. Já Boinha Cavaquinho era centroavante goleador, jogava bem nas onze posições, do gol à ponta-esquerda.

O livro “Os grandes craques que vi jogar – nos estádios e campos de futebol de Itabuna e Canavieiras” foi editado pela Ojuobá Projetos de Comunicação, com design gráfico, editoração e capa de Tasso Filho e Vitória Giovanini. A obra está disponível em eBook, na Amazon. Para assinantes do serviço Kindle Ilimitado, a leitura é gratuita. Quem não tem assinatura pode adquirir a coletânea por R$ 24,00. Acesse aqui.

Daniel Thame e Rafael Gama durante a entrevista no estúdio da TVi
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A edição desta quinta-feira (17) do Via Litterarum Encontros em Prosa e Verso traz entrevista com o jornalista, blogueiro, escritor e multimídia Daniel Thame. Apresentado pelo professor Rafael Gama, o programa vai ao ar às 22h30min, na TVi. Leve e descontraída, a entrevista traz posicionamento político e cultural e, nela, Rafael e Daniel conversam sobre a literatura e suas repercussões sociais.

Autor dos livros Jorge100anosAmado-Tributo a um eterno Menino Grapiúna; Vassoura, a história que Jorge Amado não viveu para contar; A Mulher do Lobisomem, que explora as diversas facetas do universo feminino; Manual de Baixa Ajuda, crítica bem humorada aos manuais de autoajuda; e O Gato que tinha 3 nomes, obra infantil que destaca a paixão pelos animais, a conservação na natureza e o chocolate produzido em Ilhéus.

Estas e outras entrevistas do Via Litterarum Encontros em Prosa e Versos podem ser acompanhadas na TVi em suas multiplataformas.

Universidade aprovou título a Mano Brown nesta quarta-feira (16)
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Mano Brown carrega uma aliteração em seu nome, Pedro Paulo Soares Pereira. É sonoro, como se Dona Ana tivesse batizado o filho predestinando-o a buscar sentido pra vida no som das palavras, feito um envio de destino. Nascido na cidade de São Paulo, em 1973, ele se tornou o líder dos Racionais MC’s, maior expressão da cultura popular, negra e periférica do Brasil nos últimos trinta anos. Hoje (16), teve a obra musical e a trajetória reconhecidas com a aprovação do título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

A proposta do título foi iniciativa da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. A reitora Joana Angélica Guimarães falou sobre o significado da homenagem. “A titulação aprovada, por unanimidade, pelo Conselho Universitário da UFSB, reflete a importância dada pela nossa comunidade ao trabalho desenvolvido pelo Mano Brown, na arte, na cultura e especialmente na interlocução com jovens negros e negras de periferia, que veem na sua música uma forma de expressão que lhes dá voz, quando a sociedade lhes nega”.

“A POSSIBILIDADE DO SONHO DIANTE DA MISÉRIA”

Os Racionais MC’s lançaram suas primeiras músicas, Pânico na Zona Sul e Tempos Difíceis, em 1988, na coletânea Consciência Black, do selo Zimbabwe Records. A primeira fase da banda foi marcada por letras diretas, em tom de denúncia, retratando a dureza e os perigos da vida nas margens da capital paulista. A repetição dessa realidade nas periferias de todo o País foi o elemento de identificação nacional das músicas do grupo, que lançaria seu segundo álbum, Raio X Brasil, em 1993. É dele a música Homem na Estrada, com sample de Ela Partiu, do disco Tim Maia Racional, Vol. 1, de onde veio a inspiração para o nome da banda de rap.

Segundo o pró-reitor de Extensão e Cultura da UFSB, Richard Santos, a justificativa do título ultrapassa a grandeza do artista e de sua liderança. “É algo que aponta para a importância do que o Hip Hop nos tem legado ao longo dos anos, a identidade das periferias e a possibilidade do sonho diante de tanta miséria e sufocamento”, resume.

VIRADA

Mano Browm tem ao seu lado os mesmos companheiros de 35 anos atrás, KL Jay, Ice Blue e Edi Rock. É casado há três décadas com a advogada Eliane Dias, com quem teve os filhos Domênica e Jorge – nomes escolhidos em homenagem a Jorge Ben, ídolo de Brown. Eliane gerencia a carreira dos Racionais, que venderam mais de 1,5 milhão de cópias de Sobrevivendo no Inferno, de 1997. O disco foi o auge do adensamento da obra da banda, como na música Diário de Um Detento, retrato do Massacre do Carandiru.

O sexto álbum de estúdio só viria ao mundo em 27 de outubro de 2002, o domingo em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito para seu primeiro mandato presidencial. Coincidência ou não, Brown nunca escondeu a simpatia nutrida pelo petista.  Nada Como Um Dia Após O Outro Dia marcou uma virada estética e discursiva na música dos Racionais. O tom combativo ainda está ali, mas embalado e diversificado por novos ritmos e temas, no esforço da arte para capturar e moldar o espírito do tempo.

O movimento de abertura criativa de Mano Brown alcançou novo patamar com seu primeiro disco solo, Boogie Naipe, de 2016. Com o balanço e as referências dos bailes negros dos anos 1980, é um acerto de contas do artista com sua persona romântica e um prato cheio para quem gosta de ritmos dançantes. A primeira faixa convida: Sinta-se Bem Com Boogie Naipe.

A aprovação do título faz parte das comemorações dos 10 anos de fundação da Universidade Federal do Sul da Bahia. Caso Brown aceite a homenagem, a sessão solene deverá ocorrer em novembro, o mês da Consciência Negra.

Chamamento pública para gestão da Orquestra Sinfônica da Bahia deve ser cancelado || Foto Caio Lírio/Osba
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O Ministério Público Estadual (MPBA) recomendou à Secretaria Estadual de Cultura (Secult) a suspensão do chamamento pública para escolha de entidade gestora da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba). A recomendação foi expedida pela promotora Rita Tourinho, ontem (14).

A promotora alerta para supostos vícios no Edital 01/2023, da Secult. Ela recomenda que os vícios sejam retirados do Processo de Chamamento Público e publicado um novo edital. As medidas a serem adotadas devem ser comunicadas ao MP num prazo de dez dias.

A mudança de entidade gestora, na avaliação de Rita Tourinho, pode “comprometer a qualidade dos serviços prestados, uma vez que a criatividade é um elemento preponderante”. Para ela, poderia se utilizar do recurso de “inexigibilidade de chamamento público”, abrindo caminho para que se mantenha a atual direção da Osba, hoje sob a batuta de Carlos Prazeres.

INEXIGIBILIDADE

Segundo ela, há entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU) neste sentido. A promotora aponta, ainda, que o termo de referência do edital de chamamento público utilizou critérios de seleção no campo da atividade-meio, “desconsiderando por completo a atividade-fim, sem qualquer preocupação com o patrimônio cultural construído e aprimorado positivamente ao longo dos anos”.

Ao apresentar o quadro da “Proposta de Trabalho”, explica a promora, o edital o subdivide em “capacidade técnica” e “qualificação da proposta técnica”. E, na “capacidade técnica”, a maior pontuação é conferida ao “tempo de experiência na gestão ou execução de produção e divulgação da música de concerto, comprovada por meio de atestados emitidos por pessoa jurídica”.

E A CAPACIDADE TÉCNICA?

Rita Tourinho frisa que, ao invés de pontuar a “capacidade técnica” elegendo-se a pontuação a partir de feitos capazes de demonstrar a efetiva atuação produtiva dos concorrentes, o edital se reporta ao “tempo de experiência” ou “tempo de atuação”. Para ela, esse tempo “em nada é capaz de revelar a verdadeira capacidade da entidade”.

Ainda, para a representante do MP-BA, esse critério prioriza aspectos burocráticos e administrativos do serviço, “deixando vago o conceito do que pretende implementar, colocando em grave risco o patrimônio cultural construído pela Osba”.

Outro ponto ressaltado pela promotora de Justiça é o de que o edital, ao pontuar o “tempo de experiência em gestão e execução de produção e divulgação de concerto”, acaba beneficiando o Instituto de Desenvolvimento Social pela Música, única organização de sociedade civil sem fins lucrativos, além da Associação dos Amigos do Teatro Castro Alves, que mantém com o Estado da Bahia ajuste, desde o ano de 2009, para gestão dos núcleos estaduais de orquestras juvenis e infantis da Bahia – Projeto Neojiba.

– Tanto isso é verdade, que somente as duas organizações da sociedade civil – Instituto de Desenvolvimento Social pela Música e Associação dos Amigos do Teatro Castro Alves – participaram do certame – pontuou Rita Tourinho.

MONOPÓLIO DE R$ 70 MILHÕES

Beneficiando o Instituto de Desenvolvimento Social pela Música, aponta, possibilita-se que seja criado no Estado da Bahia “um verdadeiro monopólio no seu patrimônio cultural orquestral”, com a gestão concentrada em uma única entidade, e que “tal monopólio corresponde a gestão de todos os recursos públicos estaduais destinados a música de concerto na Bahia, o que corresponde a mais de R$ 70 milhões”.

“A decisão de realizar processo de chamamento público desprovido de regras que garantam a manutenção do acervo imaterial construído ao longo dos anos pela Orquestra Sinfônica da Bahia, cria na sociedade situação de extrema insegurança diante da possibilidade de desconstrução do corpo orquestral, que é patrimônio imaterial cultural, de extrema relevância para sociedade”, afirmou.