IATE PROMETE ESCLARECIMENTOS

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A diretoria do Iate Clube de Ilhéus promete apresentar, ainda nesta segunda-feira, 14, esclarecimentos sobre as causas do acidente ocorrido na madrugada do último sábado, 12, quando parte do deck do clube desabou com 21 pessoas, inclusive um bebê de oito meses, que sofreu traumatismo craniano. O acidente aconteceu durante um baile de formatura.

De acordo com a diretoria, o Corpo de Bombeiros, o Crea e a Polícia Técnica estão apurando as causas do desabamento do deck. A área onde ocorreu a queda foi isolada.

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Editorial do Jornal Bahia Online:

Fazemos jornalismo. Não pertencemos a nenhum grupo político nem estamos no bolso daqueles que esbravejam comprar qualquer coisa ou qualquer pessoa.

Vendemos espaços publicitários. Mas jamais negociaremos os nossos ideais.

Em nosso site valerá sempre a velha máxima “Pau que dá em Chico, dá em Francisco” por que este pensamento nos permite promover, todos os dias, o exercício democrático da informação. É claro, também, que não somos donos da verdade. E nem queremos ser. Mas o nosso compromisso tem sido – e continuará a ser – com os princípios básicos do jornalismo e com a visão focada no debate permanente por uma política transparente, ética e de respeito à sociedade.

Doa a quem doer.

Sofrerão críticas, aqueles que por certo, sob a ótica cidadã, as merecerem.

Serão elogiados também aqueles quando acertarem.

Não temos medo do que podemos enfrentar.

Está registrado aqui no site um editorial publicado no primeiro dia do mandato do presidente Edvaldo Nascimento (clique aqui e leia), uma defesa ao seu direito de ser comandante do Legislativo e passar a ser uma das influentes personalidades políticas de Ilhéus. Reagimos, àquela oportunidade, contra a opinião daqueles que achavam que, por ser um homem simples, de poucas letras, ele não pudesse ocupar o cargo em que hoje está.

Achar que não, é uma atitude preconceituosa, com a qual não coadunamos. Dinho Gás – como é popularmente conhecido – tem direito a ser presidente da Câmara pelo fato de que, para sê-lo, precisaria apenas ser vereador (e é) e ter os votos da maioria dos seus pares para se eleger (ele teve). Conseguiu os dois.

Por isso temos a convicção de que podemos fazer algumas cobranças que julgamos necessárias aqui mesmo neste espaço.

As denúncias contra possíveis vícios em licitações (leia mais clicando aqui) do Legislativo têm que ser apuradas. Não se espera outra coisa de um líder que, nos primeiros dias do seu mandato como presidente, ganhou espaço nos jornais por abrir mão de uma verba de representação e garantir que sua “principal meta” no exercício da presidência seria, ao final de dois anos, ter a aprovação das suas contas (leia aqui).

A questão é que enquanto jogava para a torcida, Edvaldo Nascimento fazia caminhar pelas salas da Câmara, uma série de licitações, uma delas para a reforma do Palácio Teodolino Ferreira.

Isso mesmo.

Reformar um prédio recentemente construído pelo seu antecessor e ainda em perfeitas condições de abrigar o Poder Legislativo Municipal.

Primeiro, em nossa modéstia opinião, ao agir assim, o presidente demonstra não ter foco nas prioridades que o Legislativo tanto precisa.

Segundo, é um acinte a uma cidade entregue às moscas onde nada funciona. A saúde pública está na UTI, a educação vivenciando um quadro negro, o funcionalismo entregue à própria sorte e secretários que antes de olhar para a cidade e a coletividade, olham para o espelho e gritam sem o mínimo de vergonha “Eu tenho a força, eu posso mais!”

Se o presidente da Câmara, Dinho Gás, não vê tanta coincidência que coloquem sob suspeição as licitações até agora feitas e o fato de ter como fornecedores, parcerias pra lá de conhecidas, que pelo menos tenha vergonha de anunciar uma reforma numa Câmara novinha em folha, enquanto postos de saúde estão em ruínas e estudantes estão sem salas de aula, sem telhado, sem teto e sem esperança.

Para concluir, pedimos que os nossos leitores façam uma análise crítica a respeito do tema.

Olhem bem para a foto ao lado, onde as primeiras pinceladas mostram que a pintura vermelha muito em breve será trocada pelo verde, operação que o cidadão mais crítico já está amarelo de saber porque tudo isso acontece.

A pergunta é: Esse prédio precisaria mesmo de uma reforma?

Apontem-me, pelo menos, uma sujeira que justifique isso.

Pelo menos uma sujeira visível aos olhos do povo.

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Um traficante de drogas conhecido como “Bode” levou terror e determinou toque de recolher na noite deste sábado, 12, na rua Marquês de Pombal, bairro Santo Antônio, em Itabuna. Acompanhado de outros dois bandidos, todos armados com revólveres, Bode exigiu dinheiro dos donos de bares existentes no local.

Intimidados, alguns comerciantes fecharam seus estabelecimentos, mas os três delinquentes arrombaram as portas e levaram diversos produtos.

A polícia foi acionada, mas Bode e seus comparsas não deram sopa. Fugiram antes da chegada dos policiais.

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NÃO FALTA DEFENSOR PARA A ARTOCARPUS

Ousarme Citoaian
A jaca volta às manchetes, saída de onde menos se esperava, o Fórum Rui Barbosa, de Itabuna. E avisamos a quem interessar possa que se esta construção parece pleonástica, não o é, entretanto, pois há fóruns Rui Barbosa em todas as esquinas da Bahia – e com picilone na grafia, obviamente). Dito o que, vamos à jaca, propriamente dita. Volta e meia, a expressão papa-jaca (que é antônima de papa-caranguejo) ressurge, sempre em tom de ofensa, talvez pelo preconceito existente em torno dessa fruta. Mas a artocarpus integra, se bem me lembro, teve dois importantes defensores públicos (antes de Marival Guedes, há dias, aqui no Pimenta): Euclides Neto e Paulo Kruschewsky, que nos fazem muita falta.

NA JAQUEIRA, A RIMA DE NOBREZA E REALEZA

Euclides (foto), advogado e político engajado no compromisso da ascensão social de sua gente, prefeito de Ipiaú, cassado e preso pela ditadura militar, defendeu jaca e jaqueira – o fruto como alimento, a árvore como matéria de marcenaria, principalmente na fabricação de móveis em que nobreza rima com beleza.  Paulo, para quem a criatividade era uma espécie de segunda natureza, pregou, ao microfone, que jaqueiras fossem plantadas pelo prefeito ao longo das ruas de Itabuna, tornando nossa urbe verde e cheirosa. Antônio Lopes, papa-jaca lá das bandas de Macuco, viu com humor a opinião do ilheense Paulo Kruschewsky e a reproduziu no livro de crônicas Luz sobre a memória (Agora Editoria Gráfica/1999).

“JAQUEIRIZAR” É PRECISO, SEGUNDO PAULO

“Acredita o inventivo Paulo que com esse procedimento inesperado, o prefeito recuperaria a marca ´papa-jaca´, muito cara a todos nós, jogaria um bocado de oxigênio sobre esta paróquia irrespirável, faria as pazes com o Ibama em particular e com os ambientalistas em geral, ofereceria sombra e comida a caminhantes, viajantes e pedintes.”  – diz o cronista, e segue:  “É bem verdade que Paulo não explicou como fazer com as jacas imensas, maduras e cheirosas que vão despencar sobre os carros, quebrar para-brisas e atrair mosquitos, transformando a Cinquentenário num estranho lamaçal e a vida de algumas pessoas num inferno. Mas quem lá se preocupa com esse pequeno custo, diante de tantos benefícios?”

DISTÂNCIA ENTRE HÁBITO E PRECONCEITO

Leitor (a) nos recomenda cuidado quanto ao emprego da expressão língua culta (ou semelhante), que tangencia o preconceito. Nos arquivos implacáveis do Pimenta encontrei, em pouco mais de um ano desta coluna, oito menções: língua culta, linguagem culta, norma culta etc. Não se trata, no caso, de preconceito, mas da forma habitual de dizer as coisas. Em certo momento, escrevi, por minha conta e risco, “cultura livresca”, também sem preconceito contra quem lê. Os linguistas criaram a expressão “norma culta” sem querer humilhar ninguém (veja o incontestável Celso Luft!).  Mas concordo que a expressão dá o que pensar.

CONCEITO DE CULTURA PARA A SÉTIMA SÉRIE

Cultura – se me permitem um pouco de marxismo para crianças inteligentes da 7ª série – é o antagonismo entre o homem e a natureza. Tudo aquilo que acrescentamos ao ambiente é “cultura”. Assim, uma árvore não é elemento cultural (talvez seja agricultural!), mas um banco que é feito dessa árvore, sim. Da mesma forma que um berimbau ou uma palmatória. Aliás, usei muito o exemplo do berimbau, como elemento de cultura: nas casas da dita elite branca ele é pendurado na parede, como uma exótica peça de decoração; já entre pobres e negros tem forte valor histórico e até financeiro. Penso que um colar indígena guarde o mesmo duplo significado.

EIS AQUI O TIPO FACEIRO E DARWINIANO

Foram as práticas, tensões e rupturas com a natureza que formaram esse tipo faceiro e darwiniano que desfila pela ruas e becos, uns engravatados, outros sem camisa, mulheres e homens se rebolando ao som contagiante do arrocha, outros achando que depois de Mozart e Beethoven não se fez música que valesse o preço da pauta em que foi registrada. E há os que (a piada é anciã) consideram Brahms e Chopin apenas mal pronunciados nomes de bebida, sendo Bach o local onde as consomem. É a fauna um tanto patética chamada homo sapiens. O analfabeto tem cultura, sim, mas num sentido em que me é difícil fazer entender por alguns leitores.

O AMOR NÃO NOS AVISA, APENAS ACONTECE

“Aconteceu um novo amor”, cantou Caymmi, em Não tem solução/1952 (com Carlos Guinle), também ouvido com Nana, Betânia, Dick Farney (foto), Zizi Possi e outras vozes. O amor surgiu, emergiu do nada, em momento talvez inoportuno. Aconteceu. Feito uma virose, que pega de surpresa o infeliz portador. “Concurso de professor da rede estadual acontece hoje”, equivoca-se em manchete mais de meio século depois, o maior jornal da Bahia. Só “acontece” o que não está planejado, não se espera, vem atrapalhar nossos planos, como está no velho baiano: “Eu que esperava nunca mais amar/ não sei o que faça com este amor demais”. Grande Dorival.

SÓ “ACONTECE” O QUE NÃO FOI PLANEJADO

Redatores que tratam bem a língua costumam usar o verbo acontecer com o sentido principal registrado pelo dicionário Aurélio (“suceder ou realizar-se inopinadamente”). Machado de Assis, em Várias histórias, abona a definição: “Aconteceume uma aventura extraordinária”. Entre nós, um exemplo simples, porém recidivante, até que as autoridades policiem nossas estradas: ”Grave acidente aconteceu na Ilhéus-Itabuna”. Neste caso, o Caldas Aulete tem entendimento semelhante ao Aurélio – acontecer é “realizar-se algum fato inesperadamente”. Logo, como o concurso estava programado, ele não acontece. Mas “acidentes acontecem”, diz o adágio.

COLUNA SOCIAL COM CRIATIVDADE E GRAÇA

“Estou acontecendo no café soçaite”, brincava Miguel Gustavo, na voz fanhosa de Jorge Veiga (Betânia regravou Café soçaite/1953 no começo dos anos setenta). Era só uma sátira bem-humorada ao colunismo social da época, um tempo em que por lá existiam Ibrahim Sued, Jacintho de Thormes, criatividade e graça. Mais tarde, a indigência vocabular dos redatores fez com que o verbo acontecer fosse utilizado a torto e a direito, nos lugares mais escusos, sem nem sombra do charme que lhe dera o jornalista carioca Maneco Müller, famoso como o colunista mundano Jacintho de Thormes.

JORNALISMO GOSTA DE VERBOS NO PRESENTE

Na acepção que encontramos por aí, o maltratado acontecer se refere a algum evento que “ocorre”, ou que “se realiza”. Há dias, uma instituição cultural distribuiu convite para uma solenidade que acontecerá no dia tal, a horas tantas. Bobagem. Solenidades não acontecem, mas se realizam, ocorrem etc. E no caso da manchete citada lá em cima, como ficamos? Ficamos no bom senso, que recomenda o mais simples: em vez de dizer que  ”… o concurso acontece hoje”, diga-se “… será hoje” ou, como a linguagem jornalística gosta do tempo presente, “… é hoje”. Voltaremos ao tema. Antes, Nana Caymmi e Não tem solução.

(O.C.)
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Duas das quatro vítimas do acidente ocorrido neste sábado, 12, no quilômetro 677 da BR-101, em Itagimirim, foram sepultadas na tarde deste domingo, em Itabuna. Amigos e familiares de Paulo Laerte Nascimento e de Celso Leitão, inclusive um grande número de fiéis da Igreja Adventista do 7º Dia, acompanharam a despedida.

A adolescente Tamile Canuto, que também era membro da Igreja Adventista, teve o corpo embalsamado. O sepultamento provavelmente ocorrerá em Aracaju-SE, cidade natal da jovem.

Os pais de Tamile, Hélio Joaquim Nascimento e Celsa Canuto, que sobreviveram ao acidente, permanecem internados em Itabuna, mas não correm risco de morte. Hélio será submetido a uma cirurgia para a reconstituição da face.

O sentimento na comunidade adventista de Itabuna é de consternação. Paulo Laerte era diretor financeiro da Associação Bahia Sul, que administra as igrejas adventistas do sul, extremo-sul e sudoeste da Bahia. Tamile, que tinha 12 anos, era aluna da escola. A mãe, Celsa Canuto, mudou-se há pouco tempo para Itabuna para dar aulas no mesmo estabelecimento de ensino.

O Colégio Adventista não funcionará nesta segunda-feira, 14.

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O Colo Colo sofreu mais um revés no Campeonato Baiano 2011. O time foi a Vitória da Conquista e sofreu a segunda derrota no campeonato. Caiu diante do Serrano, por 1 a 0, há pouco. O gol do time conquistense foi marcado por Gustavo, em cobrança de pênalti, aos 18min do segundo tempo.

Apesar da derrota, o Tigre ilheense permanece em quarto lugar no Grupo 1 porque o Bahia deu novo vexame e levou 3 a 2 do Camaçari, no estádio Waldeck Ornelas. O tricolor é o quinto do grupo. O terceiro, o Conquista, perdeu para o Feirense, ontem, por 1 a 0.

O técnico Zanata é sério candidato a figurar entre os demitidos do Baianão na estreia do returno. O Colo Colo volta a campo no domingo, 20, contra o Feirense. Será que Zanata resistirá?

RESULTADOS DA RODADA

Feirense 1 x 0 Vitória da Conquista (ontem)
Serrano 1 x 0 Colo-Colo
Fluminense 0 x 1 Bahia de Feira
Vitória 3 X 1 Atlético
Ipitanga 2 x 1 Juazeiro
Camaçari 3 x 2 Bahia

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Violência do choque destruiu a dianteira dos dois veículos (Foto Hugo Santos/Radar64).

A comunidade adventista em Itabuna está em choque com a morte de três membros da denominação evangélica em acidente ocorrido ontem no trecho de Itagimirim da BR-101.

As vítimas estavam no Fiat Pálio (HZR-9313) que colidiu frontalmente com o Fiat Uno (placas JMI-5584) no quilômetro 677 da rodovia federal e viajavam a Eunápolis para ministrar treinamento numa Igreja Adventista no extremo-sul.

Tamile Canuto, 12, e Paulo Laerte Nascimento, 46, morreram na hora. Celso Leitão morreu ao final da tarde, durante ato cirúrgico no Hospital Regional de Eunápolis. O motorista do Uno, conhecido como Odair, morreu no local.

Hélio Joaquim Nascimento e Celsa Canuto, pais de Tamile, sobreviveram e foram levados para o hospital de Eunápolis, informa o site Radar64. Outro sobrevivente chama-se Charles Nascimento Oliveira. Ele estava no Uno.

Testemunhas afirmaram à polícia que chovia na hora da colisão e o Pálio teria invadido a pista contrária, provocando o acidente, informação que somente será comprovada após os trabalhos da perícia. O velocímetro do Uno travou em 160km/h.

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Raul Monteiro | politicalivre@politicalivre.com.br

A crise do quase secular jornal A Tarde é editorial. Dela, derivam todas as demais, inclusive a financeira, que está levando seu precário comando familiar a sabiamente reavaliar até sua presença na direção da empresa e submetendo-o a seu primeiro grave conflito com os jornalistas que deveriam ser o eixo de sua existência. O conceito vem, entre outras evidências, do fato de que o matutino já foi líder em circulação no Norte e Nordeste, passou a liderar apenas na Bahia e agora luta com todas as suas forças para retomar a liderança roubada pelo Correio, jornal da família do ex-senador ACM, que, por ironia, ajudou a combater politicamente em defesa da liberdade no Estado.

Foi a indefinição editorial de A Tarde ao longo da última década, especialmente depois do declínio de ACM, espécie de Muro de Berlim na história da política baiana, que acabou impedindo-o de atualizar seu modelo de interação com os cidadãos do Estado que chegou a representar visceralmente no passado e do qual extraiu forças para se tornar uma potência de comunicação temida até muito recentemente. Sem dizer o que pensa claramente, sem comunicar a que veio e sem interlocutores claros em seus diversos setores, mas principalmente no campo da redação, qualquer veículo de comunicação está fadado a patinar até acabar.

Quando os jornalistas de A Tarde decidem entrar “em estado de greve até a definição de uma linha editorial” estão ironicamente revelando, sim, que precisam saber o que podem escrever para não serem surpreendidos com uma dolorosa carta de demissão no dia seguinte ou dois meses depois, como aconteceu com o repórter Aguirre Peixoto, pivô da atual crise do matutino. Mas eles estão enfatizando, principalmente, que não conhecem a organização em que trabalham, não possuem meios para acompanhar sua lógica imprevista e, por isso, sob o ponto em que se encontram em sua estrutura, perversa.

Trata-se de uma exigência que apenas parece ingênua, porque, como empresa, um jornal nem sempre precisa dizer explicitamente a seus profissionais até onde podem ir. Mas quando toma a decisão de limitar sua atuação editorial pode fazê-lo até certo ponto abertamente, pagando, sob risco mais ou menos calculado, inclusive com sua credibilidade perante leitores e a opinião pública. O que normalmente revela a identidade de um jornal é um texto editorial diário, expressão do que pensa e acredita, em qualquer campo da atividade humana. Mas pergunte ao leitor mais fiel de A Tarde sobre o que disse o editorial de hoje e ele não terá condições de responder-lhe. Por quê? Simples. Porque ele não lhe diz nada. Não há interesse onde falta inteligência.

Se um jornal não opina, não dá um norte ao seu leitor, não o inspira com relação a uma nova idéia, não propõe a ele uma reflexão, não o instiga com relação a alguma mudança que está por vir, não critica, de que serve mesmo? Jornais não são lidos diariamente ou assinados apenas por um anúncio de emprego ou pelas manchetes que os colocam como mais um produto à venda, mas por permitirem o compartilhamento do infindável universo de informações em que se transformou o mundo, por assim gerarem pertencimento e, mais do que isso, pela capacidade de darem sentido aos acontecimentos.

A Tarde, que já foi bem maior, preferiu subtrair sua opinião, sua identidade editorial, em decorrência de uma conturbação em seu comando, fato que passou despercebido enquanto foi líder inconteste do mercado editorial baiano. Infelizmente, sua direção preferiu, pelas razões que diz respeito só a ela própria, com as consequências com que arca agora, retrair-se a marcar posição. Com isso, lançou uma questão que não quer calar: Quem finalmente manda em A Tarde? Seus leitores, seus jornalistas, seus enclaves ou seus donos, divididos em um triunvirato de primos, com poder mal delegado dos pais, que não possuem papel oficial em relação a nada na organização?

Quem, pelo amor de Deus, responde pelo jornal? É a pergunta que inquieta quem precisa do veículo, quem já foi vítima de alguma matéria injusta sua, quem quer felicitá-lo por um acerto, quem tenta desvendar seu rumo, quem necessita usar sua força para divulgar um novo conceito ou propor uma nova idéia. Para vencer o desafio de não ser tragado pelos novos tempos que ameaçam a todos indistintamente com sua dinâmica irrefreável, A Tarde terá que extrair sua opinião, se conceituar, dizer o que é e o que pretende numa sociedade baiana que, embora com atraso, também exige mudanças, provocada pelas novas tecnologias da informação.

O jornal, que não deixa de ser um patrimônio social nacional – daí também a repercussão que a demissão de um repórter de política gerou, para surpresa principalmente de seus proprietários que não perceberam a sutileza dos limites entre o privado e o público no campo da comunicação -, terá que recriar-se rapidamente, porque está surfando na inércia. Em outras palavras, A Tarde precisa entender a generosidade do apelo de seus jornalistas para que se defina editorialmente o quanto antes, admitindo seus limites, porque todos os têm. Para adquirir de novo uma fisionomia, entretanto, é necessário primeiro que, de uma vez por todas, se profissionalize. De cabo a rabo – o que significa da gestão à redação.

Passar a atuar profissionalmente com todos com que se relaciona, interna e externamente, é um imperativo óbvio para qualquer empresa que deseja permanecer. Mas é uma exigência mais do que urgente para um veículo de comunicação de 98 anos que conseguiu cruzar o tempo de uma era nova a cada momento. Com certeza, a sociedade baiana ainda lhe concederá crédito para mudar.

Raul Monteiro é jornalista, editor do site Política Livre.

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O deck desabou pouco antes da valsa (foto José Nazal)

Permanece em observação na UTI do Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, o bebê de oito meses que foi uma das 21 pessoas feridas em um acidente ocorrido na madrugada desde sábado, 12, durante baile de formatura da turma de Biologia da Uesc. A criança, que caiu de uma altura de três metros, juntamente com a mãe e uma prima, sofreu traumatismo craniano e seu estado é considerado grave.

O desabamento do deck em que formandos e convidados se encontravam ocorreu por volta de 1h30min, pouco antes da valsa. O socorro foi prestado pelo Corpo de Bombeiros e pelo Samu, que conduziram a maior parte dos feridos para o Hospital Geral Luiz Viana Filho, em Ilhéus. Apenas o bebê foi trazido para Itabuna.

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Para reverter a situação do Colo Colo, só com muita oração

Depois de uma derrota fora de casa para o Feirense e um empate em casa com o Serrano, o Colo Colo de Ilhéus volta a campo neste domingo, 13, para uma difícil tentativa de reabilitação na primeira rodada do returno. O adversário será novamente o Serrano, mas dessa vez em Vitória da Conquista. Jogo duro!

O Colo Colo caiu para a quarta colocação entre as seis equipes do grupo 1 do Campeonato Baiano e tem o Bahia lhe bafejando a nuca. A descida na tabela ainda pode ser revertida, mas o time não está se esforçando.

Em Ilhéus, fala-se que a culpa é da própria diretoria do “Tigre”, que alugou uma casa em local impróprio para abrigar os jogadores. O imóvel fica na estância hidromineral de Olivença, bem pertinho de uma conhecida casa de eventos. Segundo informações, alguns atletas têm aproveitado as folgas para dedicar-se a farras homéricas.

A situação é preocupante e irrita o zagueiro Rodrigo, capitão da equipe ilheense. Em uma entrevista coletiva, o jogador não mediu palavras para demonstrar seu descontentamento. “Isso aqui é um time de pu*>&@x!”, desabafou o líder do Colo Colo após o jogo com o Serrano. O técnico Zanata tentou contornar o incontornável: “ele está de cabeça quente, mas depois de uma chuveirada isso passa”.

É esperar para ver o comportamento da equipe hoje, mas a torcida, que se animou com a estreia grandiosa (1×0 sobre o Vitória em pleno Barradão), já está perdendo as esperanças.

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Allah Góes | allah.goes@hotmail.com

A regulamentação do serviço, além de permitir que diversos pais de família saiam da ilegalidade, e não sejam mais vistos como “aviões do tráfico”, também possibilitará que a população seja atendida por pessoas capacitadas.

Agora que já se sabe quem de fato é o presidente do legislativo itabunense, vez que o vereador Ruy Machado venceu a guerra que travava com Roberto de Souza, pode muito bem a Câmara de Vereadores retornar ao seu principal papel, que é legislar.

O tempo que se perdeu para se saber quem de fato manda fez com que se deixasse de analisar e votar projetos com a devida atenção, razão pela qual se aprovou o novo Código Tributário da forma como ocorreu, com distorções que tornam a sua aplicação, além de inviável, danosa ao comercio local.

Assim como se deixou de analisar corretamente o Código Tributário, deixa-se, por exemplo, de se discutir a questão da regularização do serviço de moto-táxi. Um serviço que de fato existe, mas que ainda é por aqui uma atividade ilegal, coisa bem diferente do que acontece em cidades como Feira de Santana, Jequié e Santo Antônio de Jesus, que já regulamentaram a matéria.

O aprofundamento da discussão sobre a regulamentação é possível desde o dia 18 de junho de 2010, data em que foi publicada a Resolução 350 do CONTRAN, que regulamenta a Lei nº 12.009/09. Juntos, os dois dispositivos disciplinam o exercício das atividades dos profissionais em transporte de passageiros, “moto-taxista” e “motoboy”, além de dispor sobre as regras de segurança dos serviços de transporte em motocicletas e motonetas (moto-frete).

Desse modo, abriu-se a possibilidade de regulamentação da atividade profissional de transporte de passageiros, através de motos, o chamado “moto-taxi”, desde junho passado, oportunizando-se ao poder público municipal os meios necessários para fiscalizar e exigir que somente aqueles capacitados possam transportar passageiros.

Como se vê, a nossa Câmara já pode discutir a regulamentação de um serviço que hoje ocorre sem qualquer tipo de fiscalização ou segurança e, ao transportar milhares de itabunenses por dia, põe em risco a vida e a integridade física da população.

Vale lembrar que o motociclista, assim que houver a regulamentação da lei municipal, somente ficará habilitado para exercer as profissões de moto-boy, moto-taxista e moto-frete, depois de aprovado em curso feito pelo Detran, que será disponibilizado até o final do ano.

A regulamentação do serviço, além de permitir que diversos pais de família saiam da ilegalidade, e não sejam mais vistos como “aviões do tráfico”, também possibilitará que a população seja atendida por pessoas capacitadas e preparadas para o transporte, o que hoje não ocorre.

A discussão deve ser aberta também à participação dos taxisitas, oportunidade em que se poderá desmistificar a história de que “o moto-táxi acaba com o táxi, pois tira seus clientes”, mostrando-se que há mercado para todos, desde que haja regulamentação e controle.

Com a palavra a Câmara Municipal, que é o único órgão competente para a análise, discussão e regulamentação desta atividade no município, e que pode transformar o moto-táxi, que emprega muitos pais de família e é utilizado por uma grande parcela dos itabunenses, num serviço legal, que gere dividentos ao município e que não prejudique a comunidade.

Allah Góes é advogado municipalista.

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Funcionários da Porto Corp, responsável pela coleta do lixo em Ilhéus, decidiram voltar ao trabalho na noite desta sexta-feira, 11, depois que os representantes da empresa concordaram em depositar os salários em atraso. Durante todo o dia, a cidade ficou repleta de lixo em virtude da paralisação que havia sido deflagrada.

A Porto Corp também prometeu regularizar o pagamento de horas extras e do adicional de insalubridade, mas só a partir do próximo mês.

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A festa de formatura do curso de Biologia da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), quase acaba em tragédia no Iate Clube de Ilhéus, nesta madrugada de sábado (12). O deck do clube desmoronou e 21 pessoas caíram sobre pedras, a uma altura de aproximadamente 3 metros.

As vítimas foram socorridas por equipes do Samu 192 e Corpo de Bombeiros e levadas para hospitais de Ilhéus e Itabuna. Uma pessoa sofreu ferimentos graves e teve fratura em um dos braços.

A Comissão de Formatura, que organizou o baile e contratou o espaço para eventos, acionará o Iate Club de Ilhéus ainda hoje no Ministério Público estadual. A direção do clube prometeu assistência às vítimas.

Desabamento de deck quase provoca uma tragédia (Foto José Nazal/R2cpress).