AZEVEDO PODE FICAR SÓ

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Dizer que o prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo (DEM), está sendo disputado por diversas forças políticas não é algo muito verdadeiro. O apoio do líder itabunense está somente na mira de Jaques Wagner (PT) e Geddel Vieira Lima (PMDB), porque o próprio partido de Azevedo se tornou um terreno inóspito para ele.
Se a mágoa com Paulo Souto já era grande, virou afastamento irreversível quando o prefeito decidiu não comparecer à caminhada organizada pelo DEM/PSDB para o presidenciável tucano José Serra em Itabuna. Azevedo não se dá bem com Souto por considerar que ele tentou sabotar a sua candidatura em 2008. Ou, pelo menos, o ex-governador viu o itabunense, naquela época, como um “pangaré” sem a menor chance de chegar à vitória. E o ignorou.
Isolado em seu grupo político, Azevedo insinuou buscar abrigo junto ao PMDB, para onde já foi o ex-prefeito de Itabuna – e ex-Democratas – Fernando Gomes. Mas esse campo também ficou pequeno demais, já que o ex-prefeito tem dado indicações de que pretende ser candidato, mais uma vez, em 2012.
Sobrou o PT, que o prefeito paquera, mas não consuma o ato. Teme ficar desambientado, como alguém que de repente se apercebe numa “festa estranha, com gente esquisita”. E mais: é o partido de Geraldo Simões,que nem nos melhores sonhos do milico apoiaria sua reeleição.
O resumo é que o prefeito de Itabuna movimenta pessimamente as peças nesse xadrez, cujas regras ele desconhece. Como mau jogador, foi reduzindo as próprias opções a cada lance, até se ver totalmente envolvido pelo adversário, que só espera com paciência pelo xeque-mate. É questão de tempo.

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Marco Wense

A cúpula do tucanato, alojada na Avenida Paulista, tem três importantes preocupações com a eleição presidencial: 1) o crescimento da candidata do PT, Dilma Rousseff, nas regiões sul e sudeste. 2) o impressionante poder de transferência de votos do presidente Lula. 3) a própria Dilma Rousseff.
As preocupações 1 e 2 já são fatos. A petista começa a incomodar os tucanos nos seus redutos, onde Serra está na frente de Dilma nas pesquisas. Sobre Lula, é inquestionável o seu carisma e o fato de Dilma contar com o maior “cabo eleitoral” da história do Brasil.
Só falta agora, para o desespero do PSDB, é a candidata Dilma mostrar que tem luz própria, ou seja, que pode caminhar com os próprios pés, que pode se virar sozinha, independente do PT e, principalmente, do presidente Lula.
Portanto, o debate na Band, dia 5 de agosto, quando Dilma fará uma “acareação” com Serra, é de suma importância. Se Dilma sair bem, será o início da conquista dos votos pela própria Dilma. A Dilma com luz própria.
NO LIMITE

Toda indefinição política tem o seu limite e o seu preço. Ultrapassando esse referencial, o indeciso começa a ser menosprezado e, o que é pior, não levado a sério pelos que disputam o seu apoio.
O prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, precisa se definir em torno dos seus candidatos na eleição de 2010, principalmente em relação ao governo do Estado, se fica com Paulo Souto (DEM), Geddel (PMDB) ou Wagner (PT).
A indefinição do chefe do Executivo, eleito pelo DEM, depois de derrotar a petista Juçara Feitosa com uma frente de mais de 12 mil votos, já passou do limite do aceitável. O político tem que ter lado, não pode ficar agradando a gregos e troianos.
PDT
O Partido Democrático Trabalhista de Itabuna, o PDT, presidido aqui na Bahia pelo bom gaúcho Alexandre Brust, não compareceu no encontro do governador Jaques Wagner com as lideranças e os partidos políticos do sul da Bahia.
O PDT de Itabuna, hoje atrelado ao governo municipal, espera a decisão do prefeito Azevedo. Aliás, o presidente de fato do PDT é o prefeito democrata, já que não existe nenhuma orientação do comando estadual para que o partido se posicione a favor da reeleição de Wagner.
O PDT histórico, que apoia o legítimo projeto de reeleição do governador Jaques Wagner, marcou presença.

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O Vitória abriu a guarda e acabou sendo derrotado pelo Botafogo, em casa, por 3×1. A partida terminou há pouco e foi “destruída” pelo atacante Jobson. Ele marcou dois dos três gols da Estrela Solitária.
A defesa do rubro-negro baiano foi batida aos 35 minutos do segundo tempo, por Edno. O time conseguiu empatar logo em seguida, com Júnior, aos 36min. O contragolpe do Fogão ocorreu também no espaço de um minuto.
Jobson fechou o caixão aos 48min. Com o placar, o Vitória caiu para 13º e o Botafogo subiu para a 10ª colocação. Os baianos foram a campo com time praticamente reserva.
Na próxima quarta-feira, às 21h50min, no Barradão, o Vitória joga contra o Santos. Os dois times disputam o título de campeão da Copa do Brasil 2010.

Atualizado às 22h

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Faleceu neste domingo, 1º, em Salvador, o motorista Paulo Leite, que era irmão do músico Kokó, da banda Lordão. Leite dirigia o ônibus do conjunto, mas estava afastado da função desde o ano passado, após ter sofrido um infarto.
O corpo do motorista está sendo velado em Salvador, onde também ocorrerá o sepultamento já que as filhas de Paulo Leite residem na capital baiana.
Informações do blog Itabuna City

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Na minha concepção, tanto o swing quanto a política se resumem a sacanagem

Tom Heffner, administrador de casa de swing e esposo de Kátia Heffner (DEM), empresária do sexo e candidata a deputada estadual no Ceará. Pelo menos três atrizes pornôs disputam vaga à Assembleia Legislativa cearense em 2010, conforme reportagem do Globo.

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ESCREVER É EQUILIBRAR-SE NA CORDA BAMBA

Ousarme Citoaian
Dia desses, grafei torço (verbo torcer), quando queria dizer torso (busto) – ferida em que um leitor diligente logo pôs o dedo. Em outros tempos, tentava-se (com um sorriso amarelo) justificar isso como “erro de imprensa”, uma impropriedade, já se vê: o erro seria, quando muito, de datilografia (usava-se máquina de escrever) e, hoje, de digitação (já não se escreve, digita-se).  Como o Ç está bem longe do S, o meu caso é sem remédio: não foi erro de digitação, mas derrapada das brabas, desatenção, desleixo. Mas, e daí?  – haverão de perguntar os mais pressurosos. É para dizer que as armadilhas, seja teclar a tecla (ops!) errada ou se permitir atos falhos, sempre rondam quem escreve.

RECLAME NÃO É QUEIXA, É PUBLICIDADE

Por exemplo: temos visto um abusivo emprego de reclame, como substantivo: “A PM quer ouvir os reclames da população”, diz um jornal, um blog fala dos reclames quanto ao transporte ao Carefour, outro informa que a UPB registra muitos reclames de prefeitos e um terceiro acusa, de dedo em riste: “O governo de Ilhéus não atende aos reclames da população”. Aqui não se trata de “erro de digitação”, pois veículos diversos não conseguem cometer o mesmo engano, de forma recorrente. Logo, é desinformação, de fato. Reclame, para os casos citados, não serve. O mais indicado é reclamo, que remete a reclamação, queixa; reclame é anúncio (ao lado, um do Leite Leik, no Diário da Tarde de Ilhéus, anos 60).

ORESTES BARBOSA E OS VERSOS LUMINOSOS

Há um abono em Arranha-céu, de Orestes Barbosa, ao descrever (com versos de sete sílabas) uma situação em que o sujeito espera, de coração dilacerado, a mulher que não vem. O cara fica “vendo a cidade a luzir/ nos seus delírios nervosos/ dos anúncios luminosos/ que são a vida a mentir”. Mais adiante, o poeta, na voz de Sílvio Caldas (foto), cai na real e afirma: “Cansei de olhar os reclames/ e disse ao peito ´não ames,/ que teu amor não te quer´”…  Os reclames a que ele se refere são os luminosos (“que são a vida a mentir”, lindo verso!). Faustão sabe o que é reclame, tanto que criou a expressão “Reclames do plim-plim”, em referência aos comerciais da Globo, não às queixas da Globo.

OLAVO BILAC E O SEU PODEROSO RECLAME

Até o começo do século XIX não havia agências de publicidade, sendo os escritores, em especial os poetas, chamados a fazer anúncios. Conta-se que um amigo de Olavo Bilac lhe pediu um reclame para a venda de um sítio. O poeta fez algo assim: “Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes na varanda”.  Dias depois, soube que o amigo desistira da venda. O sujeito, ao ler o reclame, “descobriu” a maravilha que era o sítio, para ele, até então, apenas um terreno, uma casa velha e umas árvores, coisa que só lhe dava prejuízo. Ah, do que é capaz o bom texto!
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COMPLEXO DE CULPA INQUIETA COLUNISTA

Penso em sugerir ao  Pimenta colocar nesta página a tarja “Cuidado! Perigo! Afaste-se!”, ou algo equivalente. É que me sinto na contramão do mundo e, no caso, com a possibilidade de influenciar (o pensamento mais arcaico diria “desencaminhar”) alguns leitores, o que me daria certo complexo de culpa. Conforta saber que as crianças não me leem, daí não sofrerem interferências negativas em seu desenvolvimento sociocultural. Pelo menos é o que espero das mães mais cuidadosas, pois com os pais, todo mundo sabe, é difícil contar. Senão, vejamos em que se baseiam minhas preocupações, de todo fundadas.

JOÃO, NOEL E SAMUEL, TODOS SÃO ROSA

Como (e aí me refiro aos adultos, obviamente) ler alguém que não vê a novela das oito (que na verdade é das nove!), não tem discos do Chiclete, de Claudinha, nem de Ivete? Minha preferência é Rosa, Guimarães ou Samuel (foto), sem esquecer de Noel, ou Rosa de Pixinguinha, e Rosa minha madrinha, ou ainda Rosa Passos  e  também Rosa Maria, de Lupicínio um achado, em boa e velha canção: “Seu nome é Maria Rosa, seu sobrenome, Paixão”. Quero Caetano, Caymmi – fiz uma aliteração? – e também Luiz Gonzaga, eterno rei do baião, eu quero Cauby Peixoto, quero mais Elis Regina, chega do forró maroto, que me agride em cada esquina.

CARLOS CACHAÇA, CANDEIA E BADEN

Eu quero o som da Portela, Sarah Vaughan, Billie, Ella, jazz e samba de Cartola, quero Jackson do Pandeiro, Gil, Paulinho da Viola. De Alcione o vozeirão, de Jacó o bandolim, pelo não e pelo sim, para botá-los nos trilhos sugeridos por meu estro, eu chamaria o maestro Antônio Carlos Jobim. Eu quero xote e baião, Carlos Cachaça e Candeia, Baden Powell ao violão (foto), Clementina (“Não vadeia”!), show de Zeca Pagodinho, Marcelo Ganem, Toquinho, as rimas de Ari Barroso, quero Elizete Cardoso, boa poesia e prosa, canção de Orestes Barbosa, samba-enredo da Mangueira, versos de Manuel Bandeira, contos de Guimarães Rosa.

POESIA, CONTA E NOVELA (NÃO DE TEVÊ!)

Quero Nelson Cavaquinho, com o sorriso no caminho, para eu passar com a minha dor, lembrando ainda outro Nelson, o que canta “Normalista”, e quase encerrei a lista, mas vou deixá-la em aberto, pois só agora desperto: eu não citei o maior, e o maior é João Gilberto. Permaneço nesta trilha, invoco Telmo Padilha, o breque de Morengueira, haicais de Abel Pereira, Cyro de Mattos em festa, com Canto a nossa senhora, prece em favor da floresta, da nossa fauna e da flora. Quero a Piaf de outrora, novela (não de tevê!!!) mas Os galos da aurora (de rimar o autor eu fujo – só se fosse Hélio Polvóra!), me tragam Jorge Araujo e nada lhes peço mais, com uma só exceção: é Vinícius de Moraes, que eu chamo de… “poetão”.

A MENINICE EM FIRMINO ROCHA

Rua da meninice
em noite de maio
desperta em mim
velhas canções,
antigas sagas,
amoríssimas baladas
de quando os luares faziam cirandas,
histórias de moças perdidas nos bosques,
sonhares em mim de doces afagos.

Rua da meninice
em noite de maio
me faz parecer
que nunca pequei,
que  nunca chorei,
que nunca sofri.

O POETA E SEU RITUAL DE SOLIDÃO

O autor de “Rua da meninice em noite de maio”, Firmino Rocha (Itabuna, 1919-Ilhéus, 1971), é, na visão crítica de Cyro de Mattos (na antologia Itabuna, chão de minhas raízes), poeta “místico e romântico”, com “voz essencialmente lírica”, tendo “vários poemas endereçados mais aos ouvidos do que aos olhos”. Assis Brasil, em A poesia baiana no século XX, deplora a ausência de fontes sobre Firmino (foto), dizendo tê-lo encontrado apenas na referida antologia de Cyro e numa nota publicada no extinto suplemento A Tarde Cultural. É ainda Cyro de Mattos quem anota: “Comove o ritual de solidão que cumpria esse poeta de espírito manso nas madrugadas de sua cidade natal”.
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O ESTADO ESPUMA E RANGE OS DENTES

Se fosse possível escolher uma canção-símbolo para o blues, esta seria Strange fruit, de Lewis Allan (foto), feita em 1940 e imortalizada por Billie Holiday. Diz a lenda que Allan (também conhecido pelo  nome judeu de Abel Meeropol) ficou impressionado com uma foto dos anos 30, com negros assassinados e pendurados pelo pescoço, numa árvore. “Estranhos frutos”,  pensou o poeta. Billie Holiday, negra, comprometida com seu povo, encerrava seus shows com esta música. Ao cantar Strange fruit, ela chorava, enquanto o poder espumava e rangia os dentes: é uma canção política, e por isso a cantora teve que se explicar às autoridades americanas.

UM TOM SANGUÍNEO DE CRUELDADE

O mais curioso é que Strange fruit, a rigor, não é blues, ao menos na forma em que o gênero é mais comumente definido – aquilo que os músicos chamam de 12 compassos, num esquema de pergunta e resposta. Sem possuir bagagem técnica, eu fiquei com essa dúvida, até ver The Blues – uma jornada musical (a série de sete filmes coordenada por Martin Scorsese). Um músico, já não me lembra quem, deu a resposta: tudo que Billie Holiday canta é blues, pelo patos que ela imprime à canção, que “contamina” com seu sofrimento pessoal. Vista assim, Strange fruit é essencialmente blues, pela letra carregada na cor vermelha da crueldade e da injustiça e pela interpretação insuperável de Lady Day (foto).
</span><strong><span style=”color: #ffffff;”> </span></strong></div> <h3 style=”padding: 6px; background-color: #0099ff;”><span style=”color: #ffffff;”>E FRED JORGE CRIOU CELLY CAMPELLO!</span></h3> <div style=”padding: 6px; background-color: #0099ff;”><span style=”color: #ffffff;”>No auge do sucesso, em 1965, a música teve uma versão no Brasil, gravada por Agnaldo Timóteo. Como costuma ocorrer com as
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O FRUTO ESTRANHO E PODRE DO RACISMO

O Sul dos Estados Unidos era o local das plantations de algodão, com negros submetidos a odiosas formas de vida. É difícil imaginar a degradação em que essas pessoas sobreviviam – sob pressão de grande parte da população branca. O grupo racista Klu Klux Klan (KKK), com atuação ao longo dos tempos, registra um rosário de agressões a negros, hispanos e judeus, com linchamentos, incêndios e assassinatos (também de brancos simpatizantes). A filosofia da KKK resiste: em 1963, um seu ex-membro jogou uma bomba numa igreja batista do Alabama, matando quatro meninas negras; em 2001, um plebiscito decidiu manter na bandeira do Mississipi um símbolo associado à defesa da escravidão (a cruz de treze estrelas)

“SANGUE NAS FOLHAS E NA RAIZ”

Antes de ouvir, saiba que a letra fala de árvores que “têm um estranho fruto”, corpos negros balançando ao sopro da brisa sulina, “sangue nas folhas e sangue na raiz e, no último verso, a conclusão de que se trata de “uma estranha e amarga colheita” (a strange and bitter crop”). Clique, se for capaz.


(O.C.)
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Um alerta à Vigilância Sanitária em Itabuna. É preciso ficar de olho nos chamados “sacolões”, aqueles estabelecimentos comerciais especializados na venda de frutas e verduras. Em grande parte deles, a limpeza é um mero e esquecido detalhe.
O perigo para o consumidor pode ser verificado nos cestos imundos, prateleiras idem, além da falta de limpeza adequada de alguns utensílios. Facas usadas no corte de abóboras e melancias, por exemplo, ficam expostas às moscas e, no momento de utilizá-las, não se emprega água e detergente. Quando muito, passa-se um pouco de álcool (que não limpa absolutamente nada).
É grave.

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Levi Vasconcelos (coluna Tempo Presente / A Tarde):
Em 2006, as pesquisas induziram todos a achar que Paulo Souto, então governador, ganharia as eleições e não ganhou. Agora, quando começa a fase decisiva do processo eleitoral com a entrada em cena da propaganda no rádio e na televisão, as pesquisas mostram Jaques Wagner em primeiro, Paulo Souto em segundo e Geddel em terceiro.
Como em 2006, não quer dizer que vá acabar assim. Tão rigorosa na pretensão de estabelecer um tratamento isonômico para todos os concorrentes, a lei eleitoral dá tratamento privilegiado a governantes que postulam a reeleição ao permitir-lhes a permanência no cargo com direito a farta publicidade institucional, enquanto os outros nada podem. Era daí que Paulo Souto sustentava altos índices nas pesquisas e é daí que Wagner ostenta a vantagem até agora.
Mas convém ressalvar: as semelhanças entre os dois cenários acabam aí.
Em 2006, Souto deitou em berço esplêndido.
Embalados pelo clima de ‘já ganhou’, os aliados dele cruzaram os braços, enquanto Wagner arregaçou as mangas e conquistou os votos que estavam ‘soltos’. Agora, é diferente.
A derrota de 2006 e a morte de ACM aniquilaram o carlismo. As lideranças interioranas migraram para Wagner e Geddel.
Temos hoje um Wagner favorito, mas em campo com os seus aliados puxados pelo PT disputando voto a voto. Um Paulo Souto esvaziado, só com o recall de ter sido governador, caindo nas pesquisas, e um Geddel com musculatura (de aliados) subindo devagar, mas sempre subindo.
A tendência é de uma disputa aguerrida (nas ruas e na tela). Dificilmente o quadro que as pesquisas ditam hoje ficará como está.

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Já que o clima de disputa é eterno entre eles…
O Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), começa neste domingo, 1º, e mobiliza, pelo menos, 402 recenseadores nos dois principais municípios do sul da Bahia. O censo demográfico ajudará a tirar dúvidas, mostrar as singularidades e no que os dois municípios convergem. As estimativas de 2009 apontavam Ilhéus com 219.266 habitantes e Itabuna com 213.656.
Se comparados os números do último censo, datado de 2001, houve aumento do contingente populacional em Itabuna e o inverso se deu em Ilhéus. A cidade das belas praias caiu de 222.127 para 219.266. Já a centenária Itabuna apresentou crescimento significativo: saltou de 196.675 para mais de 213 mil.
Uma das primeiras utilidades do censo é definir o percentual de repasses constitucionais, como o do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), para cada localidade. Em novembro, se conhecerá o número de habitantes de cada cidade.
A confirmar as tendências dos últimos anos e com uma constatação real, é crível que Itabuna supere Ilhéus em número de habitantes. Mas o que a cidade tem feito para essa nova realidade?

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O advogado e professor itabunense Kleber Luís da Costa Leitão foi encontrado morto, ontem à noite, na Argentina. Inicialmente, a informação era de que ele teria sofrido um infarto fulminante, mas o blog O Trombone (confira aqui) levanta a suspeita de que Kleber Leitão tenha morrido por envenenamento.
(Às 10h 02/08 – A família do professor nos informa que a morte foi provocada por uma hemorragia digestiva aguda por cirrose hepática).
O corpo do advogado e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) está retido naquele país para que possam ser aprofundados os trabalhos de investigação, principalmente os da polícia técnica.
Leitão era filiado ao PT itabunense e comandou a Guarda Municipal de 1993 a 1996, período em que deixou a Polícia Militar por sofrer perseguições do comando local.

Faleceu essa noite, na Argentina, o advogado e professor itabunense Kleber Luís da Costa Leitão. Apesar de terem sido disponibilizadas poucas informações sobre o ocorrido, sabe-se, até agora, que ele foi envenenado.
Há suspeitas de que Kleber Luís tenha sido assassinado. Autoridades policiais daquele país determinaram que o corpo permaneça retido até que as investigações avancem.
Militante-símbolo do PT itabunense, Kleber Leitão foi o comandante da Guarda Municipal no primeiro governo de Geraldo Simões, de 1993 a 1996.
Nesse período ainda cursava Direito na Uesc e servia na Polícia Militar, onde era aspirante a tenente e sofreu perseguições do carlismo por fazer parte do governo petista. Preferiu ficar no governo e deixou a PM.
Professor da Uefs, Kleber Leitão estava na Argentina fazendo mais um mestrado. Era defensor de um sistema penitenciário mais humano e produtivo, entre outras bandeiras que sempre empunhou.
Faleceu essa noite, na Argentina, o advogado e professor itabunense Kleber Luís da Costa Leitão. Apesar de terem sido disponibilizadas poucas informações sobre o ocorrido, sabe-se, até agora, que ele foi envenenado. Há suspeitas de que Kleber Luís tenha sido assassinado. Autoridades policiais daquele país determinaram que o corpo permaneça retido até que as investigações avancem.
Militante-símbolo do PT itabunense, Kleber Leitão foi o comandante da Guarda Municipal no primeiro governo de Geraldo Simões, de 1993 a 1996.
Nesse período ainda cursava Direito na Uesc e servia na Polícia Militar, onde era aspirante a tenente e sofreu perseguições do carlismo por fazer parte do governo petista. Preferiu ficar no governo e deixou a PM.
Professor da Uefs, Kleber Leitão estava na Argentina fazendo mais um mestrado. Era defensor de um sistema penitenciário mais humano e produtivo, entre outras bandeiras que sempre empunhou.
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Marco Wense
Quando o assunto é fugir de quem não anda bem nas pesquisas de intenção de voto, os políticos, com algumas raríssimas exceções, filiados a partido A, B ou C, são igualzinhos. A sabedoria popular costuma dizer que são todos “farinhas do mesmo saco”.
A sobrevivência política, quase sempre assentada nos interesses pessoais, fala mais alto. O fim justifica os meios. A luta passa a ser de “murici”, com cada um cuidando do seu próprio quintal.
Em decorrência da disputa desenfreada, obsessiva, sem escrúpulos e sem limites pelo poder, surge a figura do político rejeitado, o patinho feio do movediço, perverso e traiçoeiro processo eleitoral.
No estado de São Paulo, por exemplo, a candidata ao Senado pelo PT, Marta Suplicy, faz de tudo para descolar de Aloizio Mercadante, seu companheiro de partido e candidato a governador.
Pesquisa recente do instituto Datafolha, além de apontar uma frente de 33 pontos de Alckmin (PSDB) sobre o petista, sinaliza que 30% do eleitorado do tucano (4,5 milhões de votos) estariam dispostos a votar na ex-prefeita de São Paulo.
Marta, pensando exclusivamente na sua eleição, evita fazer qualquer crítica ao candidato do PSDB. Aliás, só falta dizer que o tucano é o melhor nome para comandar o cobiçado Palácio dos Bandeirantes.
Outro “patinho feio” é José Serra, candidato à presidência da República pelo tucanato. O ex-governador Paulo Souto, que quer retornar ao governo da Bahia pelo Partido do Democratas (DEM), evita falar que seu candidato é Serra.
A ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata do PT e do “patinho” mais bonito da lagoa sucessória, o popular e carismático Luiz Inácio Lula da Silva, tem o dobro de votos de Serra na Bahia.
Agora, no quarto colégio eleitoral do país, pela pesquisa do Datafolha, surge o mais novo patinho feio da eleição de 2010: o prefeito de Salvador João Henrique (PMDB), filho do senador João Durval, eleito pelo PDT do saudoso Leonel Brizola.
João Henrique, para o desespero de Geddel Vieira Lima, candidato ao Palácio de Ondina pelo peemedebismo, foi o pior prefeito do Brasil entre os que foram avaliados pelo Datafolha.
O patinho feio de hoje pode se transformar no mais bonito dos patinhos e vice-versa. O ex-prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, só para citar um exemplo bem tupiniquim, já não é tão rejeitado como antes.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Numa matéria sobre a evolução patrimonial dos deputados estaduais baianos que disputam a reeleição, o jornal A Tarde excluiu Capitão Fábio (PRP) e mais três colegas da disputa, sob o argumento de que eles “não são candidatos neste ano” (confira aqui).
Nem a assessoria nem o candidato foram encontrados para comentar a informação. Até o início desta semana, Fábio ainda mantinha agenda de campanha e encontros no sul da Bahia.

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Leandro Afonso | www.ohomemsemnome.blogspot.com

A sensação de ver e rever À Prova de Morte (Death Proof – 2007, EUA), filme de Quentin Tarantino anterior a Bastardos Inglórios (2009) e só agora lançado no Brasil, equivale à (para mim hipotética) experiência vivida por um piloto de Fórmula-1 durante uma volta em circuito ideal de alta velocidade.

Embora já tenhamos uma noção, graças ao resto do espaço, de como a velocidade tende a aumentar, a largada acontece já próxima da primeira curva, e a volta se inicia lenta. As outras quedas de velocidade são cuidadosas pausas para evitar que piloto e público se entediam em meio a toda aquela velocidade e volúpia, a princípio latentes, e que atingem o ápice – e o consequente risco – em dois momentos: no final da primeira metade e, após outras freadas calculadas, no (pré) término.

Essa parte final, dentro da modalidade popular, foi feita sob medida para ter a maior reta, disfarçada de duas devido a uma discretíssima chincane no meio de ambas. Graças a essa ínfima queda de velocidade, o circuito foi liberado pelas atuais normas de segurança.

A observação, importante para a experiência, é que o piloto despreza não só quase todos os atuais mecanismos de controle, como quase todos os carros atuais – inevitavelmente mais seguros. Ou seja, a experiência, dentro do quesito velocidade, é a absurdamente mais crua que qualquer coisa feita nos dias de hoje.

Tudo em À Prova de Morte remete a um tempo e espaço, só que eles não dizem respeito apenas aos anos 1970 (com piscadelas para a década de 1950), nem somente às Grindhouses, dos filmes-B exibidos com cópias mal-tratadas. Sem cerimônia alguma, em meio a inúmeras auto-citações, Tarantino se assume como grife, com o cuidado de evitar que isso se transforme em puro exercício narcisista. Não temos um límpido e específico cinema retrô, nem uma egotrip. Em meio ao perigo assumido por flertar descaradamente com os dois casos, temos a mistura ideal. Primeiro um cinema, depois Tarantino; nessa ordem, mas com relevância nas duas qualificações.

Se comparado a Bastardos Inglórios, a depender do ponto de vista, mal parece o mesmo diretor.

Se comparado a Bastardos Inglórios, a depender do ponto de vista, mal parece o mesmo diretor. No último, ele é mais contido no ritmo, nos diálogos, com um flerte mais europeu e sóbrio com a narrativa de filme histórico. Que, por outro lado, jamais sobrepõe o caráter de reconfiguração, de ficção, de cinema; e a crença no meio pelo qual se expressa é, provavelmente, a maior ligação entre Bastardos e À Prova de Morte.
A falação desenfreada (que às vezes parece excessivamente acelerada), as sequências musicais, o blaxploitation, tudo remete mais a Cães de Aluguel (1992), Pulp Fiction (1994) e Jackie Brown (1997). Pode-se dizer que, se em Bastardos Inglórios ele atingiu sua maturidade como cineasta, em À Prova de Morte ele atingiu o ápice de sua adolescência. Só que a maioridade, nesse caso, não é superior à adolescência – nos dois casos, Tarantino mostra seus diferentes, talvez até opostos, melhores.
É verdade que a vingança permeia os quatro últimos filmes (completam a lista os dois Kill Bill) de Tarantino, mas isso não o torna monotemático – a vingança é, no máximo, a motivação, o ponto de partida para temas e resultados bem mais abrangentes. Entre outras coisas, Kill Bill é um filme de amor, e Bastardos Inglórios é uma reflexão sobre o cinema e sobre existir apenas nele (de diferentes maneiras, o que permeia toda a obra de QT).
Em À Prova de Morte, no entanto, temos uma homenagem não apenas ao passado, mas a um passado específico e, de certa forma, marginalizado: carros hiper-potentes, cinemas, seriados (até Vega$, idealizado por Michael Mann) e, principalmente, os dublês – antes de, muitas vezes, serem substituídos por computação gráfica. Prova é que, se a empatia por Zoe Bell (por ela mesma, que foi dublê de Uma Thurman em Kill Bill) é criada pelo mecanismo mais simples do “vou me vingar e você sabe o porquê”, a ligação com Stuntman Mike é simplesmente pelo carisma e pela sagacidade trazidos por Kurt Russell e por Tarantino.
A homenagem aos filmes-B, aos filmes de slasher (diferença é a arma aqui: um carro), a maneira arriscada de ver (e às vezes suicida de fazer) filmes, tudo funciona como uma amplificação de um tipo de cinema e de pessoas – às vezes esquecidas.
No final da primeira metade, Tarantino se arrisca ao mostrar um acidente inacreditável, no qual ele não só sublinha sua maneira de filmar o ato, como passa um marcador de texto na perspectiva de todos os envolvidos. Ele não se expõe apenas uma vez em presunçoso acidente, e sim quatro vezes mais ao filmar todas as “opções” possíveis.
O que melhor descreve a experiência de À Prova de Morte não é somente uma mescla ideal entre energia e adrenalina, mas uma questão de fé. O resultado é obtido de tal maneira apenas no cinema, e graças a alguém que acredita piamente nele. Mesmo que de maneira distintas, ou também por isso, seus dois últimos filmes são a maior prova de uma religião.

Filmes da semana

1. O Escafandro e a Borboleta (2008), de Julian Schnabel (DVDRip) (****)
2. Juana La Loca (2001), de Vicente Aranda (**1/2)
Semcine (vistos até quinta-feira – 29):
1. Ao Sul da Fronteira (2009), de Oliver Stone (Teatro Castro Alves) (**1/2)
2. Desajuste Social (1961), de Pier Paolo Pasolini (ICBA – DVD) (***)
3. Immobilité (2008), de Mark Amerika (Teatro Castro Alves) (aguentei só dez minutos)
Curtas:
4. O Sarcófago (2010), de Daniel Lisboa (Teatro Castro Alves) (**1/2)
5. Six Dollar Fifty Man (2009), de Mark Albison e Louis Sutherland (**1/2)

Filmes do mês

10. Um Americano em Paris (1951), de Vincente Minelli (DVDRip) (***)
9. O Professor Aloprado (1963), de Jerry Lewis (DVDRip) (***)
8. O Show deve continuar (1979), de Bob Fosse (DVDRip) (***)
7. Cabaret (1972), de Bob Fosse (DVDRip) (***)
6. A Riviera não é Aqui (2008), de Dany Boon (Cinema do Museu) (***1/2)
5. Toy Story 3 (2010), de Lee Unkrich (Cine Orient – Shopping Barra) (***1/2)
4. De Olhos Bem Fechados (1999), de Stanley Kubrick (DVD) (****)
3. O Escafandro e a Borboleta (2008), de Julian Schnabel (DVDRip) (****)
2. À Prova de Morte (2007), de Quentin Tarantino (UCI Multiplex Iguatemi) (****1/2)
1. La Jetée (1962), de Chris Marker (DVDRip) (*****) – curta
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É o comentário inevitável de muita gente que passa pela Avenida do Cinquentenário, em Itabuna. A obra de “revitlização” ali realizada demandou muitos recursos (orçamento de R$ 4,5 milhões), mas nem de longe o benefício justifica o custo.
O tal piso intertravado, por exemplo, está se “destravando” em alguns pontos. Além disso, foi mal-assentado e está irregular, o que dificulta a locomoção numa obra  em que o governo local declarou ter observado como critério a preocupação com a mobilidade.
Nesse quesito, vale ressaltar que algumas senhoras e senhoritas já “inauguraram” o fabuloso piso. Por inaugurar, entenda: as vítimas foram submetidas ao ridículo de despencar no chão, após perder o equilíbrio nos altos e baixos do passeio.
Outro fator de desagrado é estético. Como o dinheiro não deu para executar o projeto da maneira como ele foi concebido, a Prefeitura acabou instalando luminárias, realmente bonitas e moderníssimas, em postes feios e velhos, que não combinam com o novo equipamento. Está, com todo respeito, um “Frankstein”.

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Imóvel foi isolado porque há risco de novo desmoronamento (foto Fábio Roberto)

A laje do imóvel situado no número 89 da segunda travessa Rui Penalva, bairro da Conceição, desabou no início da tarde deste sábado, 31. Duas pessoas – um pedreiro que fazia reparos na laje e uma mulher identificada como Alda, empregada da residência – se feriram e foram socorridas por soldados do Corpo de Bombeiros. Elas foram levadas conscientes para o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães.
Segundo informações, a laje estava condenada por conta de uma infiltração. Os bombeiros isolaram todo o imóvel, por conta do risco de um novo desmoronamento.