Embora a prefeitura tenha investido maciçamente em propaganda em julho e gastado quase R$ 1 milhão com os festejos do Centenário de Itabuna no final do mês passado, a popularidade de Capitão Azevedo (DEM) caiu ainda mais em agosto.
Um mesmo instituto aplicou pesquisas no mês passado e agora. Apurou-se que a reprovação ao governo de Azevedo saltou de 43,7% em julho para 47% em agosto. O percentual dos que aprovam o governo caiu de 22,6 para 20,5%, entornando ainda mais o caldo para quem se elegeu com ampla margem de votos.
Foram ouvidas 1.200 pessoas em agosto e 1.100 em julho. As oscilações, frisemos, estão dentro da margem de erro da pesquisa (3 pontos percentuais). Porém, há queda consistente. Está aí, talvez, a razão do trio Geddel-Souto-Wagner não mais brigar pelo apoio do democrata.
Avaliação de Governo (agosto)
Péssimo – 25,7% (
Ruim – 21,3%
Regular – 29.8%
Bom – 15,4%
Ótimo – 5,1%
Não sabe – 2,5%
Não respondeu – 0,2%
Confira aqui os números de julho.
A buraqueira obriga os viajantes a ter habilidade de piloto de rally para chegar inteiro em seu destino.
Exposta na mídia política como objeto de investimentos do Governo Federal, que prevê sua duplicação pela margem direita do rio Cachoeira, o Governo do Estado, a quem cabe a manutenção dessa importante rodovia, não faz nada para mantê-la em perfeitas condições de tráfego.
No trecho entre Itabuna e Ilhéus, o mais movimentado, os motoristas têm que ter “jogo de cintura” para ser capaz de “driblar” os constantes buracos ao longo de toda a pista. Os que se aventuram a trafegar todos os dias na chamada avenida Jorge Amado, têm que se resignar com os constantes obstáculos ao longo de todo o percurso.
Pode parecer exagero, mas a buraqueira obriga os viajantes a ter habilidade de piloto de rally para chegar inteiro em seu destino. A situação se agrava ainda mais com a ocorrência das chuvas, fenômeno que diminui a visibilidade do motorista, que permanece numa imensa fila durante o trajeto.
Como a recuperação foi feita com “lama asfáltica”, qualquer operação tapa-buracos se torna inócua, pois não há como agregar a massa asfáltica nova à antiga, já que a espessura é de cerca de três centímetros. Com isso, qualquer recuperação deverá preceder da retirada da camada superior, para em seguida colocar uma camada nova.
Clique aqui para ler na íntegra.
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ENTERRAMOS O SÍMBOLO DE UMA GERAÇÃO
UM HOMEM QUE ERA BOM E NÃO SABIA
RICO, TEVE A GENEROSIDADE EXPLORADA
A LÓGICA EM OPOSIÇÃO AO ROMANTISMO
OS GOLEIROS E O CAVALO DE ÁTILA
O FRANGO AO ALCANCE DE TODOS
DÍVIDA QUE ZAGALLO NUNCA PAGARÁ
O SILÊNCIO DO POETA SOB A CHUVA
Que vinha de estar infeliz Pois trazia, contraídas, Palavras, não de beijo, mas de fúria, Esmagada no silêncio dos seus lábios. –
Não quis sentar à mesa nem provar
Uma gota sequer do Johannesberg: Foi-se embora em silêncio Sem dizer a que veio, sob a chuva, Como Pessoa, Que nada encontrou, jamais, Vindo de Beja para o meio de Lisboa..
QUARTETO CHEIRA A FERNANDO PESSOA
O DUPLO ALFABETO DOS BRASILEIROS
O “FÊ-GUÊ-LÊ-MÊ” SUMIU DOS DICIONÁRIOS
A IDENTIDADE NORDESTINA ESTÁ EM PERIGO
DO NORDESTE PARA O MERCADO NACIONAL
A espantosa história da professora que cortava o cabelo de suas alunas para produzir apliques (“mega hair”) em uma escola da rede pública no bairro Nossa Senhora das Vitórias, em Ilhéus, teve repercussão nacional.
A notícia foi publicada inicialmente pelo Blog do Gusmão e hoje saiu no site do jornal Correio Braziliense, do Distrito Federal.
Segundo informações, a professora, que havia sido contratada mediante seleção simplificada, foi afastada pela Secretaria Municipal da Educação. O caso chegou ao conhecimento do Ministério Público, mas a autora está desaparecida.
A professora lecionava para uma turma de segunda série do ensino fundamental. O delito foi descoberto quando uma aluna se queixou à direção da escola, após ter o cabelo cortado por duas vezes. A secretária da Educação, Lidney Campos, afirma que várias vítimas da ex-funcionária foram ouvidas e fotografadas.
O Conselho Gestor da APA da Lagoa Encantada/Rio Almada se reuniu na manhã deste sábado, 14, em Itajuípe, e aprovou – por 13 votos a 1 e cinco abstenções – a emissão da anuência ao projeto do Terminal de Embarque Privativo da Bamin.
A execução do projeto ainda depende do licenciamento a ser dado pelo Ibama, mas a Bamin vê a decisão da APA como o reconhecimento de que a empresa está trabalhando com respeito à legislação ambiental. O conselho gestor será ouvido pela mineradora baiana para a definição de algumas condicionantes ao seu empreendimento na zona norte de Ilhéus.
Para o vice-presidente da Bamin, Clóvis Torres, a anuência da APA da Lagoa Encantada/Rio Almada dá importante respaldo ao projeto. “Estamos confiantes que a licença o Ibama para o nosso terminal saia ainda este mês”, afirma.
Torres diz ainda que a decisão do conselho demonstra compreensão “de que o nosso projeto traz embutido um conceito de promoção do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável”.
É comum certos líderes religiosos demonstrarem predileção por algum candidato ou grupo político. Mas a Igreja Universal, que se apresenta como agência do céu aqui na Terra, joga pesado e sem sutilezas nesse campo.
Na super-igreja do Bispo Macedo, o voto não é pedido, mas praticamente exigido. E a propaganda é escancarada, começando já na calçada em frente aos templos.
Quem entra no palácio da Universal em Itabuna, no Jardim do Ó, dá logo de cara com a placa com os nomes dos ungidos da igreja para deputado estadual e federal.
É o império da fé fortalecendo cada vez mais os seus tentáculos na política.
Marco Wense
Paulo Souto e Geddel Vieira Lima, respectivamente candidatos ao governo da Bahia pelo DEM e PMDB, tem a mesma opinião em relação ao horário eleitoral que começa no próximo dia 17.
O ex-governador e o ex-ministro acham que vão crescer nas pesquisas de intenção de voto com o início da propaganda no rádio e na TV. Geddel diz que vai se aproximar de Souto, que, por sua vez, diz que vai se afastar mais ainda do peemedebista.
As últimas consultas populares, incluindo a do instituto Datafolha, apontam o candidato do PT, Jaques Wagner (reeleição), na dianteira. E mais: seria reeleito logo no primeiro round.
A turma de Wagner também acha que o ex-ministro das Relações Institucionais do governo Lula, que passou incólume pelo escândalo do mensalão, vai crescer nas pesquisas.
Como é improvável que Wagner, em um eventual segundo turno, fique de fora da disputa pelo Palácio de Ondina, a briga entre Souto e Geddel promete muitas emoções e, quem sabe, a depender do andar da carruagem, uma troca de farpas.
Souto versus Geddel. A expectativa fica por conta de quem vai dar a primeira alfinetada no esperado horário eleitoral.
DOBRADINHAS
O já descrente eleitor fica sobressaltado com as tais das “dobradinhas” que aparecem em época eleitoreira e, depois, como num passe de mágica, desaparecem para sempre.
Aliás, a “dobradinha” mais esperta da eleição de 2010 é, sem dúvida, a que Geraldo Simões fez com Ângela Souza (PSC). A deputada, que busca sua reeleição para o Parlamento estadual, vai apoiar o petista em Ilhéus.
O petista, no entanto, além de não pedir um só voto para Ângela no seu principal reduto, que é Itabuna, não faz nenhum esforço para que geraldistas ilheenses votem na candidata evangélica.
É a dobradinha do “toma-lá” sem o “dá-cá”. Da ingenuidade enfrentando a esperteza.
FERNANDO GOMES
Se não fosse José Serra, a chapa completa do ex-prefeito Fernando Gomes seria a mesma de Geddel, candidato ao governo da Bahia pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o pragmático PMDB.
O ex-prefeito de Itabuna e o ex-ministro da Integração Nacional vão votar em Renato Costa (deputado estadual), Lúcio Vieira Lima (federal), os dois senadores da chapa majoritária e o próprio Geddel para o cobiçado Palácio de Ondina.
O voto diferente fica por conta da sucessão presidencial, já que Geddel vota na petista Dilma Rousseff e Fernando Gomes no tucano José Serra.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.
Há dois meses o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) derrubou uma liminar que garantia ao agropecuarista Markson Oliveira, o Marcos Gomes, aguardar, em liberdade, o julgamento pelo crime de cárcere privado, tortura, execução e ocultação do cadáver do vaqueiro Alexsandro Honorato.
Deveria, por essa decisão do dia 28 de junho, estar preso no Conjunto Penal de Itabuna. Porém, neste exato momento, Marcos Gomes curte o mar de Ilhéus numa cabana da zona sul. O crime do qual é acusado ocorreu no dia 2 de dezembro de 2006.
Leandro Afonso | www.ohomemsemnome.blogspot.com
Exibido em impecável cópia digital (o que é difícil de acontecer e acreditar), Uma Noite em 67 (idem – Brasil, 2010), de Renato Terra e Ricardo Calil, é um filme que se apresenta tão generoso quanto apaixonado pelas imagens do festival que retrata. É um filme que nasce inevitavelmente velho e datado, mas sem a impressão de que isso seja ruim. Por outro lado, a paixão e o respeito que cativam são os mesmos que, aparentemente, assumem o protagonismo ao prejudicar o ritmo e fazer o filme flertar com um mais do mesmo que beira ou atinge a monotonia.
Temos aqui o último dia do festival de 67, que incluiu, entre outros, Chico Buarque, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Edu Lobo, Sérgio Ricardo e Os Mutantes. São longos períodos sem cortes, músicas executadas e reexibidas na íntegra, com introdução e aplausos/vaias incluídos.
Os depoimentos atuais são, digamos, submissos ao passado. (Bem diferente, por exemplo, de Filhos de João, de Henrique Dantas, documentário sobre os Novos Baianos onde a importância maior é do presente e dos casos e causos contados.) O filme não é o que ele conta, mas o que já foi contado, aqui acrescentado de uma ou outra nuance atual – e projetado em tela grande.
Nesse ponto, a atitude é tão humilde quanto louvável. Não temos, hoje em dia, nem uma televisão com tamanha ousadia, nem plateia tão ensandecida. Pode-se falar, com razão, em público mal educado, mas a falta de educação que existiu em alguns momentos era também símbolo de um caráter crítico e apaixonado daqueles ali presentes.
Os momentos eram outros, vigorava a ditadura, mas também era uma época em que ser um músico sorridente e carismático não significava, necessariamente, ser imbecil.
É verdade, todavia, que o ritmo do filme se perde, até porque é complicado manter a toada quando grandes blocos são entrecortados com depoimentos que vão de poucas frases a divagações grandes – os 85 minutos parecem muito mais.
Ainda assim, um mérito gigantesco de Uma Noite em 67 é exibir uma força descomunal que já teve a música popular (e em escala menor, até a TV) brasileira. Formada por pessoas que, como filmadas, não são mitificadas (até porque não mais precisam, em alguns casos), e se mostram de carne, osso, talento e imperfeições. São, como merecem, respeitadas. Como o passado e o que fizeram, o que o filme mostra com tanta modéstia quanto orgulho.
Visto no Cinema da Ufba – Salvador, agosto de 2010.
Filmes da semana
1. Antes que o Diabo Saiba que Você está Morto (2007), de Sidney Lumet (DVD) (***1/2)
2. Uma Noite em 67 (2009), de Renato Terra e Ricardo Calil (Cinema da Ufba) (***)
3. À Prova de Morte (2007), de Quentin Tarantino (Cinema da Ufba) (****1/2)
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Leandro Afonso é comunicólogo, blogueiro e diretor do documentário “Do goleiro ao ponta esquerda”.
<p style=”text-align: center;”><a href=”http://www.pimentanamuqueca.com.br/wp-content/uploads/Final-3.jpg”><img class=”aligncenter size-full wp-image-30092″ title=”Final 3″ src=”http://www.pimentanamuqueca.com.br/wp-content/uploads/Final-3.jpg” alt=”” width=”42″ height=”13″ /></a></p>
<p style=”text-align: center;”>
<p><strong>Leandro Afonso</strong> | <a href=”http://www.ohomemsemnome.blogspot.com”>www.ohomemsemnome.blogspot.com</a></p>
<p><em><img class=”alignright” src=”http://roteiroceara.uol.com.br/wp-content/uploads/2009/09/BLOG2_viajo_porque_preciso_volto_porque_te_amo_cultura.jpg” alt=”” width=”368″ height=”182″ />Viajo porque preciso, volto porque te amo</em> (<em>idem</em> – Brasil, 2009), de Karim Aïnouz (<em>O Céu de Suely</em>, <em>Madame Satã</em>) e Marcelo Gomes (<em>Cinema, Aspirinas e Urubus</em>), é um <em>road-movie </em>experimental (também por isso inevitavelmente irregular) que tem de melhor o que de melhor seus dois diretores podem oferecer – especialmente Aïnouz. É um filme em um meio, o semi-árido nordestino, e sobre sentimentos – carinho, amor, rejeição – já visitados por ambos, mas trata também e principalmente das divagações e aflições do personagem principal.</p>
<p>Faz sentido dizer que a maioria dos planos de <em>Viajo porque preciso…</em> não tem significado concreto ou função narrativa. Do mesmo modo, praticamente tudo aquilo que visa o horizonte e paisagens afins dura mais que o que o plano de fato mostra – mas esses fatos são menos um demérito que uma defesa da contemplação. E ainda que muitas vezes simplesmente não haja o que ser contemplado, faz parte do personagem esse sentir-se parado – a agonia e o tédio do personagem chegam a nos atingir, às vezes, sem eufemismo algum</p>
<p>Em filme que se assume tão ou mais experimental quanto narrativo, temos aí, no entanto, talvez – e paradoxalmente – uma tentativa de evitar uma monotonia que a ideia do filme sugere. Quase tudo não acontece em cena, mas na cabeça do personagem principal, a escrever suas cartas – trata-se de um filme epistolar de mão única. Como, então, filmar isso – algo tão ligado a um diário, algo a princípio tão anti-audiovisual?</p>
<p>Não temos uma resposta, mas uma opção arriscada, na qual os melhores momentos vêm de depoimentos (prostituta falando em vida-lazer, por exemplo), quando percebemos que os dois souberam extrair uma sinceridade tocante que emana daqueles que dirigem. Isso sem falar do personagem como entrevistador/provocador, em situação que nos liga inevitavelmente a ele fazendo o papel de diretor.</p>
<p>Esse caráter experimental, contudo, pode camuflar desnecessários tremeliques de câmera ao mostrar o personagem em meio à sua jornada, uma vez que não dá para chamar de experimental (ou dar qualquer mérito aqui) o que já virou um quase padrão – a câmera na mão nos dias de hoje.</p>
<p>Ainda assim, vale dizer que os altos do filme atingem um nível de sensibilidade que vem, entre outras coisas, justamente dessa abstração da narrativa convencional: da por vezes completa imersão em um mundo acima de tudo sensorial. Torto, talvez fatalmente torto, talvez o mais fraco trabalho de ambos, mas com momentos de coragem e brilhantismo bem-vindos.</p>
<h2><span style=”color: #800000;”>8mm</span></h2>
<p><strong>Paixão do visível</strong></p>
<p style=”text-align: left;”><em><img class=”aligncenter” src=”http://harpymarx.files.wordpress.com/2009/03/sylvia2.jpg” alt=”” width=”480″ height=”270″ />Na Cidade de Sylvia</em> (<em>En La Ciudad de Sylvia</em> – Espanha/ França, 2007) é meu primeiro contato com José Luis Guerín, catalão que teve três de seus longas exibidos no Panorama Internacional Coisa de Cinema. (Alguém sabe falar sobre?)</p>
<p>Guerín se mostra preocupado com a cidade, às vezes mais que com seus dois personagens principais, ou – o que pinta com alguma prioridade – as relações entre personagens diversos e o lugar onde vivem. No entanto, a busca dele (Xavier Lafitte) por ela (Pilar López de Ayala) é interessante a ponto de causar angústia quando algo foge do esperado. Ele desenha e retrata a cidade, é ele o mais afetado e sobre quem é o filme, é ele que não sabemos de fato o que sente, viveu ou viu; mas é ela que magnetiza a tela quando aparece.</p>
<p>Todavia, e felizmente, o filme vai além da contemplação de um sensacional rosto de uma boa atriz. Pode-se entrar em longas discussões e análises sobre memória e imagem, sobre miragem e dúvida; em uma palavra, sobre cinema. E, o que é melhor, através do cinema.</p>
<h2><span style=”color: #800000;”>Filmes da semana<br />
</span></h2>
<ol>
<li><strong>Viajo porque preciso, volto porque te amo (2009), de Karim Aïnouz e Marcelo Gomes (Cine Vivo) (***)</strong></li>
<li><strong>Batalha no Céu (2008), de Carlos Reygadas (sala Walter da Silveira) (***1/2)</strong></li>
<li><strong>O Refúgio (2009), de François Ozon (Espaço Unibanco – Glauber Rocha) (***)</strong></li>
<li><strong>O Profeta (2009), de Jacques Audiard (Espaço Unibanco – Glauber Rocha) (***1/2)</strong></li>
<li>O Demônio das 11 Horas (1965), de Jean-Luc Godard (DVDRip) (****)</li>
<li>Na Cidade de Sylvia (2007), de José Luis Guerín (DVDRip) (***1/2)</li>
</ol>
<p>______________</p>
<p><strong>Leandro Afonso</strong> é comunicólogo, blogueiro e diretor do documentário “Do goleiro ao ponta esquerda”.</p>
Já existem leis prevendo o tempo máximo nas filas de bancos e supermercados, mas os cartórios continuam impondo castigo severo a quem precisa de uma simples autenticação de documento ou reconhecimento de firma.
Em Itabuna, havia nesta sexta-feira, 13, mais de cem pessoas na fila de um dos cartórios e obviamente nem todas receberam ficha para o atendimento. Não ser atendido significa atrasar a vida de quem precisa resolver algum negócio, quase sempre urgente, e que esbarra num serviço arcaico, preso irremediavelmente ao século passado.
Até quando?
As falcatruas que um grupo de delinquentes vinha praticando no Hospital de Base eram conhecidas pelo prefeito de Itabuna. Há pelo menos um ano e meio, um servidor procurou o prefeito e o informou, com detalhes, sobre tudo o que estava ocorrendo. As mesmas informações foram transmitidas ao presidente da Fasi (Fundação de Assistência à Saúde de Itabuna).
Não houve – como deveria – uma ação enérgica para apurar a roubalheira e ainda hoje Antônio Costa, da Fasi, fica cheio de reservas ao tratar do assunto. Azevedo, o prefeito, ainda não se manifestou.
O que se sabe é que quatro ocupantes de postos-chave no hospital foram afastados por 30 dias, em virtude da existência de “indícios de irregularidades”.
Infelizmente, as providências chegam quando o maior hospital do sul da Bahia já se encontra em adiantado estado de sucateamento e rapinagem, sem condições de prestar um atendimento decente a quem dele precisa.
O Base, atacado pelos gafanhotos do dinheiro público, está na UTI. Mas a “doença” é combatida sem o necessário sentido de urgência e até se comenta que os “vírus” são resistentes a qualquer tratamento.
O Serra não tem moral para falar em Segurança Pública, se o estado governado por ele é que faz escola de violência para o Brasil inteiro.
“Leidikeiti”, em comentário à nota DATAFOLHA: DILMA TEM 41%. SERRA, 33%
Embora procure a todo custo (até o momento sem muito sucesso) colar sua imagem à do governo Lula, o PMDB da Bahia não se dedica à campanha da petista Dilma Rousseff.
Grande parte dos 115 prefeitos pertencentes ao partido no Estado está fazendo campanha somente para Geddel e seus candidatos ao Senado, além dos postulantes a vagas na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa pela coligação liderada pelo PMDB. Para Dilma, nada.
Esse fato não é peculiaridade baiana. No Rio Grande do Sul, o PMDB liderado por José Fogaça e inimigo ferrenho do PT no Estado também não se empolga com a campanha dilmista.
Na Bahia, entre os muitos casos, pode ser citado o do ex-prefeito de Itororó, Marco Brito (PMDB). Ele autorizou a pintura de seus muros com propaganda eleitoral, mas determinou que “esquecessem” o nome da candidata de Lula.
“Amigos” do ex-prefeito já fotografaram a propaganda e mandaram o material até para Michel Temer, o peemedebista que é vice de Dilma.
– Instituto não divulgou cenário de 2º turno
Jaques Wagner (PT) cresceu um ponto percentual, Paulo Souto (DEM) estabilizou e Geddel Vieira Lima (PMDB) caiu três pontos na nova pesquisa Datafolha, realizada de 9 a 12 de agosto. O levantamento aponta Wagner reeleito no primeiro turno.
O governador tem 45% das intenções de voto contra 23% de Paulo Souto e 10% de Geddel Vieira Lima. Luiz Bassuma (PV) aparece com 1% e os demais candidatos não pontuaram. O petista tem 11 pontos percentuais a mais que a soma das intenções de votos dos seus adversários (45% contra 34%).
Brancos e nulos somam 5% e o percentual de indecisos é de 14%, percentuais idênticos ao do último levantamento. Foram ouvidas 1.072 pessoas. A margem de erro é de três pontos percentuais.
Curiosamente, e apesar de Wagner liderar abaixo dos 50%, o Datafolha não divulgou o cenário de segundo turno em que se confrontam o governador e Paulo Souto.