ALEM DA CORAGEM E DA DECEPÇÃO

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Leandro Afonso | www.ohomemsemnome.blogspot.com

Viajo porque preciso, volto porque te amo (idem – Brasil, 2009), de Karim Aïnouz (O Céu de Suely, Madame Satã) e Marcelo Gomes (Cinema, Aspirinas e Urubus), é um road-movie experimental (também por isso inevitavelmente irregular) que tem de melhor o que de melhor seus dois diretores podem oferecer – especialmente Aïnouz. É um filme em um meio, o semi-árido nordestino, e sobre sentimentos – carinho, amor, rejeição – já visitados por ambos, mas trata também e principalmente das divagações e aflições do personagem principal.

Faz sentido dizer que a maioria dos planos de Viajo porque preciso… não tem significado concreto ou função narrativa. Do mesmo modo, praticamente tudo aquilo que visa o horizonte e paisagens afins dura mais que o que o plano de fato mostra – mas esses fatos são menos um demérito que uma defesa da contemplação. E ainda que muitas vezes simplesmente não haja o que ser contemplado, faz parte do personagem esse sentir-se parado – a agonia e o tédio do personagem chegam a nos atingir, às vezes, sem eufemismo algum

Em filme que se assume tão ou mais experimental quanto narrativo, temos aí, no entanto, talvez – e paradoxalmente – uma tentativa de evitar uma monotonia que a ideia do filme sugere. Quase tudo não acontece em cena, mas na cabeça do personagem principal, a escrever suas cartas – trata-se de um filme epistolar de mão única. Como, então, filmar isso – algo tão ligado a um diário, algo a princípio tão anti-audiovisual?

Não temos uma resposta, mas uma opção arriscada, na qual os melhores momentos vêm de depoimentos (prostituta falando em vida-lazer, por exemplo), quando percebemos que os dois souberam extrair uma sinceridade tocante que emana daqueles que dirigem. Isso sem falar do personagem como entrevistador/provocador, em situação que nos liga inevitavelmente a ele fazendo o papel de diretor.

Esse caráter experimental, contudo, pode camuflar desnecessários tremeliques de câmera ao mostrar o personagem em meio à sua jornada, uma vez que não dá para chamar de experimental (ou dar qualquer mérito aqui) o que já virou um quase padrão – a câmera na mão nos dias de hoje.

Ainda assim, vale dizer que os altos do filme atingem um nível de sensibilidade que vem, entre outras coisas, justamente dessa abstração da narrativa convencional: da por vezes completa imersão em um mundo acima de tudo sensorial. Torto, talvez fatalmente torto, talvez o mais fraco trabalho de ambos, mas com momentos de coragem e brilhantismo bem-vindos.

8mm

Paixão do visível

Na Cidade de Sylvia (En La Ciudad de Sylvia – Espanha/ França, 2007) é meu primeiro contato com José Luis Guerín, catalão que teve três de seus longas exibidos no Panorama Internacional Coisa de Cinema. (Alguém sabe falar sobre?)

Guerín se mostra preocupado com a cidade, às vezes mais que com seus dois personagens principais, ou – o que pinta com alguma prioridade – as relações entre personagens diversos e o lugar onde vivem. No entanto, a busca dele (Xavier Lafitte) por ela (Pilar López de Ayala) é interessante a ponto de causar angústia quando algo foge do esperado. Ele desenha e retrata a cidade, é ele o mais afetado e sobre quem é o filme, é ele que não sabemos de fato o que sente, viveu ou viu; mas é ela que magnetiza a tela quando aparece.

Todavia, e felizmente, o filme vai além da contemplação de um sensacional rosto de uma boa atriz. Pode-se entrar em longas discussões e análises sobre memória e imagem, sobre miragem e dúvida; em uma palavra, sobre cinema. E, o que é melhor, através do cinema.

Filmes da semana

  1. Viajo porque preciso, volto porque te amo (2009), de Karim Aïnouz e Marcelo Gomes (Cine Vivo) (***)
  2. Batalha no Céu (2008), de Carlos Reygadas (sala Walter da Silveira) (***1/2)
  3. O Refúgio (2009), de François Ozon (Espaço Unibanco – Glauber Rocha) (***)
  4. O Profeta (2009), de Jacques Audiard (Espaço Unibanco – Glauber Rocha) (***1/2)
  5. O Demônio das 11 Horas (1965), de Jean-Luc Godard (DVDRip) (****)
  6. Na Cidade de Sylvia (2007), de José Luis Guerín (DVDRip) (***1/2)

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Leandro Afonso é comunicólogo, blogueiro e diretor do documentário “Do goleiro ao ponta esquerda”.

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Para garantir o pagamento de salários atrasados relativos ao mês de fevereiro deste ano, o juiz da Comarca de Buerarema, Antônio Hygino, decidiu pelo bloqueio das contas do Fundeb e do FPM da prefeitura local. A liminar impediu a movimentação de aproximadamente R$ 500 mil em contas do município.

Ocorre que, segundo o secretário de Administração de Buerarema, Eribaldo Lima, os salários de fevereiro estão pagos, assim como os de março e abril. “Foi um bloqueio desnecessário, pois a folha de fevereiro já estava paga. A decisão foi unilateral e o município não recebeu citação”, assegura.

Um grupo de cinco servidores moveu a ação de bloqueio de contas para pagamento de salário. “Aí tem uma senhora de nome Filomena que entrou com a ação, mas ela recebeu mais do que tinha direito””, sustenta o secretário de Administração. A folha estava pronta para ser paga no dia 10, segundo ele.

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Serra ataca petistas e defende democracia (Foto Divulgação).

O tucano José Serra aproveitou a convenção que sacramentou o seu nome na disputa à presidente da República, para dar uma lustrada em sua biografia e atacar o PT, o presidente Lula e a ex-ministra e presidenciável petista Dilma Rousseff. No clube Espanhol, em Salvador, disse que “não deve haver governante sem voto”.

O calvinho do PSDB disse acreditar na democracia e lembrou ter amealhado cerca de 80 milhões de votos em suas disputas eleitorais a prefeito de São Paulo, deputado e presidente do Brasil. Era um ataque direto à sua principal adversária em 2010. Dilma nunca disputou mandato eletivo, e fez nome como ministra do Governo Lula e secretária estadual no Rio Grande do Sul.

Pelo menos cinco mil pessoas compareceram ao Espanhol, em Salvador. José Serra disse ter escolhido a Bahia para a convenção nacional do PSDB porque o estado representa a diversidade brasileira (na verdade, trata-se de um dos estados onde ele apresenta seus mais baixos índices de intenções de voto).  O ex-governador de São Paulo sai da convenção sem escolher o seu vice.

Situação idêntica, mas no plano estadual, é a enfrentada pelo ex-governador baiano Paulo Souto. Ele disputa a eleição ao Palácio de Ondina e saiu do Espanhol sem fechar a chapa majoritária. Definido está, apenas, o seu nome para o Governo. Ainda não tem vice.

Na disputa ao Senado, apenas o nome de José Ronaldo, ex-prefeito de Feira de Santana e filiado ao DEM presidido por Souto, está sacramentado. A outra vaga pode ser do PSDB, mas espera-se por uma definição do “indeciso” ACM Júnior (DEM). Abaixo, clique em “leia mais” para acessar a íntegra do discurso de Serra.

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AFINAL DE CONTAS, QUEM É A BOLA?

Ousarme Citoaian

A grã-fina das narinas de cadáver chega ao Maracanã em dia de Fla-Flu e, diante daquele espetáculo de povo, pergunta, entediada, a seu acompanhante igualmente grã-fino: “Quem é a bola?”. A grã-fina das narinas de cadáver é um dos tipos do escritor Nelson Rodrigues, reinventor da crônica esportiva – e que também poria em campo o Sobrenatural de Almeida. No geral, é lembrado pela criação de expressões como o óbvio ululante, toda unanimidade é burra, Palhares (o canalha), a freira de minissaia, o padre de passeata e outras, entre elas A Pátria em chuteiras, para justificar a paixão brasileira pelo futebol.

COLEÇÃO DE CHUTES NA LINGUAGEM

Mas estes tempos sem bom senso estão mais propícios aos atentados à linguagem do que ao lirismo rodrigueano. O treinador do Brasil já deu a saída, com uma exortação sobre patriotismo. O discurso do “sargento” Dunga (foto), eivado de sandices sobre atitude, doação, emoção, sonho de vestir a camisa verde-amarela e comprometimento (a última invenção do indigente vocabulário esportivo) é ridículo. Mais curioso é que no MVD (Manual de Virtudes do Dunguismo) não entra a palavra “técnica”. Saudades de João Saldanha, para quem a prioridade na convocação era saber jogar bola. Agora, é preciso ser “patriota”. Futebol é futebol, guerra é guerra e patriotismo é outra coisa.

“PATRIOTAS” BERRAM DIANTE DA TEVÊ

É possível incluir na categoria “patriota” quem (ou aquele que) pretende reduzir desigualdades, integrar negros, favelados, índios, sem-terra e outros grupos “vegetativos”. Transferir esse “comprometimento” para um jogo de futebol é ser, além de simplório, alienado – quando não posto a serviço da consolidação do atraso. Não é por se vestir de verde e amarelo, agitar a bandeira brasileira e berrar diante da tevê que alguém se faz patriota. De igual modo, ser indiferente a um negócio que movimenta milhões de reais, dólares e euros não transforma ninguém em mau brasileiro. Temos direito de não torcer (ou até – que Deus me perdoe! – torcer pela Argentina), e continuarmos patriotas.

DUNGA, SE ACASO LEU, NÃO ENTENDEU

“A Pátria em chuteiras” é só uma criação literária de um cronista genial, que Dunga não leu, e se leu não entendeu as circunstâncias históricas em que nasceu a expressão. Sobre a importância da Copa do Mundo para o patriotismo, acho ilustrativa uma historinha de Garrincha, talvez inventada por Sandro Moreyra: em 1958, quando lhe disseram que aquele jogo (Brasil 5×2 Suécia) era o último, o ponta-direita do Botafogo saiu-se com este comentário judicioso: “Que torneiozinho mais mixuruca!…”. Pela parte que me toca, continua sendo.

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“ATÉ MEU PADECER, DE TODO FENECER”

Se alguém ganhou o CD do prêmio (semana passada), pelos erros descobertos na interpretação de Luciana Mello, em Rosa, do misterioso Otávio de Sousa, procure o Pimenta. Todos já sabem, o prêmio é o CD O melhor do arrocha, com a faixa bônus “Rebolation”, interpretada por Caetano Veloso. Brincadeiras à parte, Rosa é um tour de force capaz de desafiar qualquer cantor. Enquanto Garota de Ipanema tem 100 palavras simples, Rosa abriga mais de 220, em 42 versos, com expressões pouco utilizadas: rósea cruz, sândalos olentes, ativo olor, láctea estrela, alma perenal, remir desejos (que rima com nuvens de beijos), isso tudo “até meu padecer, de todo fenecer”. Um trava-língua, sem dúvida.

MÁGICA ORAÇÃO À MULHER AMADA

Erros de Luciana Mello (foto): “É preferida pelo beija-flor” (transformou-se em “és preferida pelo beija-flor”); “Aqui nesse ambiente de luz” (ela diz de dor ou algo parecido – de cor?); “sepultas o amor” (ficou “sepultas um amor”).  Rosa teve falta de sorte desde o início, pois na gravação original Orlando Silva comete um erro de concordância – e o disco foi pra rua assim mesmo: ele canta “sândalos olente” (em vez de “sândalos olentes”). Erro imperdoável. Já os equívocos de Luciana são “desculpáveis”, por serem num espetáculo ao vivo. De toda forma, Rosa conserva sua magia de pungente oração à mulher amada. É “uma prece comovente, aos pés do Onipotente”, sem dúvida.

CANÇÃO PREFERIDA DE DONA BALBINA

Qualquer dia desses vamos relacionar aqui alguns erros famosos, de cantores igualmente famosos. Por enquanto, fiquemos com (mais) uma curiosidade sobre Rosa: Francisco Alves (o Chico Viola, Rei das Voz) e Carlos Galhardo se recusaram a fazer a primeira gravação dessa música porque o lado A do disco (eram, então, só duas canções por disco)  tinha Carinhoso. Orlando Silva (foto) pegou a oportunidade, e o resto todo mundo sabe. Recentemente, numa velha entrevista de Orlando Silva, soube que a partir de 1968 ele deixou de cantar Rosa, pois caía no choro a cada tentativa. Era a canção preferida de sua mãe (Dona Balbina), que morreu naquele ano.

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A “CULTURA” ESTÁ NAS ORELHAS

Uma amiga me pede sugestão de livros. “Por quê?” – pergunto; “Porque quero ser culta”, me responde. Explico que para ser “culta” ela não precisa ler livros; basta ler as orelhas dos livros. Certo “lingüista” leu as orelhas de Chomsky e Saussure, e está “se achando”. Mas a leitura que se recomenda tem outro caminho. “Ler, para mim, é importante porque dá alegria”, diz o escritor Rubem Alves (de Boa Esperança-MG, onde está a serra homônima, imortalizada por Lamartine Babo e que tem gravação recente de Marcelo Ganem). Segredo: só li dois terços de A montanha mágica, de Thomas Mann (larguei porque não me deu alegria…).

DE LEITURAS, RELEITURAS E SAUDADES

Permitam-me a inconfidência. Certa vez, em encontro com Telmo Padilha (foto), lhe perguntei se estava lendo muito. O autor de Onde tombam os pássaros respondeu de pronto, com  a mansidão de sempre: “Não estou lendo muito, mas relendo muito”. Hoje, após tantos anos e tantas saudades, entendo melhor a mensagem: também releio muito mais do que leio. Uma crueldade com os novos autores e livros que me chegam? Talvez. Mas tenho compromissos anteriormente assumidos com os já provados grandes escritores, sendo que de alguns deles, dói-me confessar, não fiz até hoje a primeira leitura.

EM DÉBITO COM HOMERO, ESOPO E MARX

É permitido a alguém ler apenas uma vez Cem anos de solidão, Dom Casmurro, Grande sertão: veredas, Dom Quixote, Madame Bovary, Menino de engenho, Os galos da aurora, Memórias póstumas de Brás Cubas, Vidas secas, Sagarana (para citar apenas alguns livros “obrigatórios”)? E a mitologia grega, o Eclesiastes (onde Hemingway foi buscar o título O sol também se levanta), a poesia popular (que os mais esnobes chamam cordel)? Como encontrar tempo para (re) ler Homero, as fábulas de Esopo, Dyonelio Machado, Graciliano, Marx e princípios de filosofia (indispensáveis para o entendimento do mundo)?

CONTOS DE CYRO, POEMAS DE BANDEIRA

Por isso, que me perdoe meu amigo oculto, pela não leitura daquele seu livro, com o qual ele imagina (talvez, com boa margem de acerto) revolucionar a literatura brasileira. Mas compreenda que até hoje só li A pedra do Reino (Ariano Suassuna) três vezes, As velhas (Adonias Filho) duas; O coronel e o lobisomem (José Cândido de Carvalho) “apenas” umas dez. E há muita gente na fila de espera da releitura: Bandeira, Drummond, Cecília Meireles, versos de Dinah Hoisel (foto), crônicas de Carlinhos Oliveira, contos de Cyro de Mattos, pesquisas de Jorge Araujo. É curta a vida para tanto livro .

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QUALQUER-COISA-COM-QUALQUER-COISA

Não falemos das letras de axés e pagodes da Bahia (que encontram defensores até em Caetano Veloso!), pois isso já foi feito magistralmente por Los Catedrásticos, com o Novíssimo recital da poesia baiana, lá pelo finzinho dos noventa (na foto, Maria Menezes, do grupo). O que me atordoa é o nome das bandas, com sua carga de mau gosto atroz, algo nunca imaginado num ambiente artístico. Há quase vinte anos, num lance de criatividade, os cearenses descobriram a fórmula “qualquer-coisa-com-qualquer-coisa”, criando a vitoriosa Mastruz com leite. O filão mostrou-se irritantemente inesgotável.
</span><strong><span style=”color: #ffffff;”> </span></strong></div> <h3 style=”padding: 6px; background-color: #0099ff;”><span style=”color: #ffffff;”>E FRED JORGE CRIOU CELLY CAMPELLO!</span></h3> <div style=”padding: 6px; background-color: #0099ff;”><span style=”color: #ffffff;”>No auge do sucesso, em 1965, a música teve uma versão no Brasil, gravada por Agnaldo Timóteo. Como costuma ocorrer com as

O MAU GOSTO QUE VEM EM ONDAS

O que surgiu em seguida, em vários pontos do Brasil (incluindo Itabuna, com a banda Cacau com leite), foi uma onda de plágios. Mas esse pastiche (Acarajé com camarão, Limão com mel, Caviar com rapadura, Mingau com cevada, Mel com terra, Sarapatel com pimenta) ainda seria preferível à lista de nomes grosseiros que assola o meio: Mulheres perdidas, Raio da silibrina, Calcinha preta, Levanta a saia, Cangaia de jegue, Fogo na saia, Unskaraí e outras de igual estupidez. Sinto saudades de nomes como Premeditando o breque, Joelho de porco (foto), Casa das máquinas, A cor do som e Ultraje a rigor.

A PRIMEIRA GRAVAÇÃO É DE PERY RIBEIRO

Voltemos ao sério. Garota de Ipanema foi lançada num show na boate Au bon gourmet em 1962, com a presença dos autores (Tom Jobim/Vinícius de Moraes) e João Gilberto. Uma das mais gravadas do mundo, a canção nasceu, dizem os pesquisadores, com o nome de Menina que passa, não foi feita numa mesa de bar, conforme o folclore, e o primeiro registro em disco não foi com João Gilberto, mas com Pery Ribeiro (foto). Mostramos aqui uma raridade: o texto introdutório usado no Au bon gourmet pelos três artistas (hoje há apenas um sobrevivente). Como não foi recuperada nas gravações, esta parte ficou desconhecida da maioria do público.
Clique e veja um João Gilberto (em 1992, nas comemorações dos 30 anos de Garota de Ipanema) inusitadamente bem humorado, aplaudido de pé por Tom Jobim.


(O.C.)
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Pedra da Vitória terá 13 andares e duas torres.

Após comercializar integralmente a primeira etapa do condomínio Villa Verde, a Runa Patrimonial e Construtora tem novo empreendimento imobiliário no mercado: o Pedra da Vitória, no Góes Calmon, em Itabuna.

O edifício residencial terá 52 apartamentos. É um dos primeiros dos grandes empreendimentos imobiliários previstos para o Góes Calmon desde que a prefeitura elevou o gabarito (antes, o máximo eram edifícios com três andares) para construções no Góes Calmon.

De acordo com o diretor-geral da Runa, Marcelo Valente, o novo empreendimento contará com quatro unidades de cobertura, com três quartos e uma suíte. A área de lazer contará com espaço fitness, deck molhado, piscinas adulto e infantil, parque infantil e brinquedoteca, salões para festas e jogos, quadra poliesportiva e sauna, dentre outros itens.

Os apartamentos, garante Valente, podem ser financiados pela Caixa Econômica Federal e pagos em até 300 meses. Um espaço de comercialização do Pedra da Vitória está montado no estacionamento do Jequitibá Plaza Shopping e informações podem ser obtidas também pelo telefone (73) 3613-6233.

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O presidente da CDL de Itabuna, Jorge Braga, concedia entrevista a um programa da TV Santa Cruz e comemorava as vendas do Dia dos Namorados, apesar dos transtornos causados pelas obras na avenida do Cinquentenário e a crise econômica.

O PIB brasileiro cresceu 9% no primeiro trimestre e o baiano, 9,5%. Onde está a crise falada pelo dirigente?

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Muitos brasileiros ‘secaram’ o time argentino, vibraram com as grandes defesas do goleiro nigeriano e lamentaram os gols perdidos pelo selecionado do decepcionante jogador Uche. Não deu. Ao final, a Argentina de Maradona conseguiu bater a Nigéria por um placar magérrimo: 1×0.

O gol dos hermanos saiu no início do jogo. Heinz, de cabeça, mandou para a rede, aos 6 minutos. O que seria prenúncio de uma sacolada acabou frustrando argentinos. Enyeama, o goleiro nigeriano, foi um dos principais nomes do jogo. Pegou quase tudo, para tristeza de Messi e Di Maria.

Ainda hoje tem mais jogo da Copa. A Inglaterra enfrenta os Estados Unidos, às 15h30min.

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Cerca de 1.500 aliados do prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT) se reuniram na noite desta sexta-feira, 11, em uma festa que comemorou o arquivamento do processo que era movido contra o petista, a partir das investigações da Operação Navalha. A ação da Polícia Federal, deflagrada em maio de 2007 para apurar desvios de recursos federais por meio de fraudes em licitações, levou quase 50 pessoas à prisão. Entre elas, o prefeito de Camaçari.

Há poucos dias, Caetano foi considerado inocente pelo Tribunal de Justiça da Bahia, por isso a festa, que teve a participação do governador Jaques Wagner.

Em discurso, Wagner afirmou que o correligionário foi vítima de injustiça. Outro que estava presente, o ex-deputado federal Josias Gomes, também foi “absolvido” pelo governador. Josias se envolveu no chamado “escândalo do mensalão”, em 2005, e esteve próximo de renunciar ao mandato. Segundo Wagner, ele foi “estigmatizado”.

Às 13h36minComo bem lembra o “Observador”, o ex-deputado não renunciou ao mandato. Foi absolvido pelo plenário, assunto do qual já tratamos aqui em outras postagens. Anteriormente, havíamos publicado nesta nota que o deputado renunciou. Erramos.

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Ricardo Ribeiro |  blog@politicaetc.com.br

A ala futriquenta e fuxiqueira da imprensa tem uma pauta fixa na cobertura da Copa. Fica de olho nos treinos da Seleção Brasileira, à espreita, ligada no menor sinal de mal-entendido, que é imediatamente noticiado como desentendimento grave, crise, mal-estar…

Ora, paciência! Quanta babaquice… Parece que a imprensa espera ver 23 marmanjos num idílio eterno, sorrindo o tempo inteiro e trocando tapinhas carinhosos. Uma pegada mais dura num coletivo, vixe!, é o fim do mundo. Se Kaká não aceita a mão solidária de Felipe Melo, é sinal de que a seleção está desunida, um “mau sinal”.

Ontem, após a cutucada de Daniel Alves em Júlio Batista, as imagens mostraram o primeiro se explicando logo em seguida sobre o lance, uma espécie de desculpa. Júlio ouvia, sem nada dizer, nem gesticulava. Em outra imagem, já na saída, Daniel continua falando com o companheiro, talvez sobre o mesmo assunto, talvez não… Mas as Fifis se alvoroçam, divulgam que houve um bate-boca.

Segundo o Houaiss, bate-boca é, nas acepções mais comuns, ”discussão agressiva; troca de palavras ásperas; bate-barba; dize-tu-direi-eu; clamor de briga; vozerio de pessoas em altercação”. Quem observa as cenas sem as palpitações ansiosas da imprensa fofoqueira percebe que essa definição não se aplica ao que houve no treino.

Pode-se sugerir que os canarinhos passem a trocar rosas, margaridas e crisântemos durante os treinos, cumprimentem-se com beijinhos e caminhem, sempre que possível, de mãos dadas. Assim as Fifis certamente não dirão mais que há desentendimento entre os craques de Dunga. Vão dizer que são umas moçoilas, mas fazer o que…

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A Coreia do Sul estreou com vitória na Copa do Mundo ao bater a Grécia por 2×0. O primeiro gol foi marcado logo aos seis minutos de jogo. Lee Jung Soo recebeu passe açucarado e só teve o trabalho de desviar para deixar o dele. O segundo foi marcado por Park Ji-Sung, aos 7min da etapa final. Numa bela jogada, ele passou por dois adversários e tocou na saída de Tzarvas.

Os asiáticos são os primeiros a vencer nesta Copa. Foi o primeiro jogo do Grupo B da competição. Ontem, a África do Sul empatou em 1×1 com o México e as seleções do Uruguai e da França não saíram do 0x0.

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Seleção nigeriana já não seria mais um bicho-papão

Pela análise de grande parte dos especialistas em futebol, a Nigéria não é mais uma seleção que mete medo em ninguém. Existe até mesmo quem aposte que a equipe ficará em último lugar no Grupo B, que tem ainda Argentina, Grécia e Coréia do Sul.

Os nigerianos estreiam logo mais, às 11 horas, com uma parada teoricamente dura. Vão enfrentar o time do Sr. Armando Diego Maradona. O outro jogo do grupo, entre Grécia e Coréia do Sul, está começando neste momento (8h22min).

Às 15h30min, será disputada a primeira partida do grupo C, fechando a rodada deste sábado. Inglaterra e Estados Unidos se enfrentam na cidade de Rustenburg, num clima de apreensão, pois a rede terrorista Al-Qaeda ameaçou promover um ataque durante o jogo. A segurança está reforçadíssima.

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Do Bahia Notícias:

Neste fim de semana, PT e PMDB festejam o lançamento das candidaturas da petista Dilma Rousseff à Presidência da República e do peemedebista Michel Temer como vice, na mesma chapa. O mote da festa, no entanto, só vale para dez estados da federação, onde as duas legendas conseguiram formar aliança em torno de candidato único ao governo. Em outras 14 federações, as siglas seguirão para a eleição em lados opostos.

Nos estados do Norte, por exemplo, em nenhum as duas legendas estão juntas na briga pelo governo. Outros três estados ainda estão com as negociações em aberto, mesmo a faltar poucos dias para as convenções locais. A Bahia, por exemplo, dispensa comentários. Aqui, a aproximação é sem possibilidade, pelo menos no 1º turno.

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Na caminhada em defesa do Porto Sul, realizada na quinta-feira (09) em Ilhéus, um dos alvos foi o Ministério Público Federal, que é contra o projeto sob o argumento de que ele trará prejuízos ambientais irreparáveis. Os defensores do porto afirmam que não é bem assim, observando que a intenção é promover desenvolvimento com sustentabilidade.

A população regional, que está há quase 30 anos vendo o sul da Bahia estagnado, espera ansiosamente pelos empregos que o intermodal deverá gerar.

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Do Comunique-se

Com reportagem intitulada “A estranha sobrevivência da tinta”, a respeitada The Economist destaca que os jornais impressos sobreviveram às previsões catastróficas que o cenário em 2009 traçava para o mercado. De acordo com a revista, a recuperação dos títulos americanos, lucros recordes na Alemanha e o crescimento da circulação no Brasil demonstram a força do modelo de negócio.

“O impresso vai viver mais que as pessoas imaginam”, afirmou o diretor-executivo do grupo alemão Axel Springer, Mathias Döpfner.

Em 2009, muitos analistas previam que o impresso seria extinto em breve. Gigantes do setor norte americano, como os grupos The New York Times e Tribune Co., enfrentaram dificuldades financeiras. As receitas publicitárias despencaram; a circulação caiu. Como resultado, cortes nas redações e aumento dos preços de capa. Porém, poucas publicações fecharam.

Fora dos EUA, o cenário é diferente. Na Alemanha, o grupo Axel Springer possui margem de lucro de 27%. No Brasil, destaca a revista, nos últimos dez anos a circulação cresceu em um milhão de exemplares, atingindo 8,2 milhões. Principalmente os tablóides populares, que possui atualmente cinco títulos entre os dez mais vendidos.

“A crescente classe média do Brasil gosta dos jornais baratos, que exploram os assassinatos e os biquínis”, diz a revista.

Apesar dos sinais de melhora no mercado, “a sobrevivência dos jornais não é garantida”. “Eles ainda enfrentam grandes obstáculos estruturais: continua incerto, por exemplo, se os jovens irão pagar pelas notícias”.

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As cidades de Ilhéus e Itabuna podem se dar muito bem, caso a emenda do senador Pedro Simon (PMDB), que redistribui os royalties do petróleo, seja sancionada pelo presidente Lula. A proposta aprovada ontem pelo Senado terá que voltar à Câmara dos Deputados e ainda corre o risco de ser vetada pelo governo.

Se virar lei, o projeto garantirá a Itabuna, por exemplo, um incremento de R$ 6.686.800,00 nas receitas no ano que vem. Ilhéus recheia o cofre com mais R$ 6.616.312,00.

A emenda de Simon prevê que a União faça o ressarcimento das perdas dos estados produtores (Rio de Janeiro e Espírito Santo). O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB), já disse que Lula veta…