DRAGON – ÁGUA E ÓLEO

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César Borges | cesarborges@senador.gov.br

A história e a literatura são repletas de exemplos de que sempre foi mais fácil alimentar o antagonismo e a desconfiança que abrir o diálogo e a cooperação.

Diante disto, muitos se perguntam, de que vale dialogar e reduzir as distâncias? Alguém responderá: o inimigo nos mantém unido.

Defenderão identidade, cultura, pureza ideológica. Dirão que água e óleo não se misturam! Eles não se importam se a intolerância vai dividir e enfraquecer a sociedade, drenando energia que poderia ser canalizada para a luta pelo desenvolvimento comum.

“Dirão que água e óleo não se misturam! Eles não se importam se a intolerância vai dividir e enfraquecer a sociedade”

Diante dessas dificuldades, por que então um governador e um senador que estão em margens opostas do rio deveriam arriscar suas posições políticas confortáveis para dialogar entre si? Não posso falar pelo governador Jaques Wagner, mas, de minha parte, acredito, francamente, que todo diálogo leva à maturidade e sabedoria. A cooperação entre as forças políticas pode ajudar a Bahia a ser mais forte no plano nacional, enquanto instiga debate franco e transparente, sem que ninguém seja subjugado ou tenha que abdicar da história pessoal. Esta é a nova política que defendo para a Bahia.

Os frutos desse diálogo, que se faz à luz do sol, ajudaram muito nosso Estado. Conjuntamente, atuamos no Senado e no governo federal para garantir o trecho baiano da Ferrovia Oeste-Leste, que esteve ameaçado por uma emenda parlamentar de Minas Gerais.

Também foi trabalho comum trazer para a Bahia recursos de recuperação de estradas, através de um ministério comandado pelo meu partido, o PR. Outro exemplo é a renovação dos benefícios da Ford, um esforço do governador junto ao presidente Lula que relatei no Senado, aprovada agora.

Foi uma cooperação responsável e republicana.

Isto não quer dizer que vá ocorrer uma aliança política para as eleições de 2010.

Estamos analisando o convite do governador, mas há outros fatores que precisam ser levados em conta e é isto que estou fazendo: dialogando com todas as forças, para que o PR não seja caudatário de nenhum partido, mas seja um parceiro, porque tem sua própria contribuição a dar aos projetos que estão em debate, fruto da experiência de seus membros.

Por isto, converso também com o PMDB do ministro Geddel Vieira Lima, sem esquecer meus antigos companheiros, porque política não se faz com exclusão ou isolamento.

Entretanto, agora que se aproxima a eleição, querem interditar o diálogo e nos fazer reféns do passado. Aprendi com o senador Antonio Carlos Magalhães que a Bahia vem em primeiro lugar e que os baianos exigem isto; com Luís Eduardo, que o diálogo pode reduzir as diferenças políticas. O próprio Luís Eduardo buscou uma ampla coalizão para governar a Bahia, projeto que Deus não quis que ele concluísse e que me coube tentar implementar. Os três candidatos a governador também querem ampliar suas alianças, porque sabem que a tarefa de governar a Bahia exige parcerias.

Esta semana, assisti ao filme Invictus, que conta um episódio inspirador na vida de Nelson Mandela. Eleito para presidir a África do Sul, ele arriscou o prestígio para unir o país em torno da seleção de rúgbi, identificada com o antigo regime. Mandela poderia ter recuado, mas superou a desconfiança dos brancos e negros, e hoje temos uma democracia multirracial na África. Foi uma união simbólica que deu suporte à conciliação do país. Mandela explicou aos companheiros: “Se eu não posso mudar diante de uma nova circunstância, como posso querer que os outros mudem?” Modestamente, me associo ao líder sul-africano.

Quando deixei meu antigo partido e me filiei ao PR, em 2007, disse que não queria ser prisioneiro do ressentimento. “Meu partido é a Bahia”, afirmei. Compreendi que fui eleito para uma realidade que mudou, e que não era correto tentar refazer a decisão do eleitor, salvo no momento próprio, que é agora, na eleição. Desse modo, ouvindo Geddel, Paulo Souto, Wagner, com respeito e atenção, vamos encontrar afinidade com a melhor agenda para os baianos. Um novo modo de fazer política toma forma na Bahia, mesmo sob combate dos radicais; independente de quem o PR vir a apoiar, a política baiana já não é mais a mesma.

César Borges é senador da Bahia e presidente do PR-BA.

Artigo extraído da edição de hoje do jornal A Tarde.

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As redes Insinuante e Ricardo Eletro decidiram se unir para criar a segunda maior empresa do varejo no Brasil, perdendo apenas para o grupo Pão de Açúcar/Casas Bahia. A união tem como objetivo ampliar os negócias das duas empresas no Nordeste e nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

Juntas, as duas empresas têm 460 lojas e faturamento de R$ 4,6 bilhões, ano. A Insinuante nasceu em 1959 em Vitória da Conquista (BA) e a Ricardo Eletro na mineira Divinópolis, em 1989.

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Em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira, 29, ao programa Bom Dia Bahia (Rádio Nacional), o deputado federal Geraldo Simões (PT) afirmou que não teve qualquer relação com as vaias dirigidas ao ministro Geddel Vieira Lima durante a inauguração do Gasene.

Segundo GS, as vaias foram uma manifestação espontânea de grande parte das cerca de 8 mil pessoas que participaram da solenidade na sexta-feira, 26, em Itabuna, na qual estavam presentes o presidente Lula e o governador Jaques Wagner, entre outras autoridades.

“Sou contra as vaias, mas não tenho como evitar o sentimento e as emoções das pessoas”, disse o deputado petista, mas sem deixar de dar uma alfinetada em Geddel, seu desafeto. “O que as pessoas não entendem é como Geddel é ministro por causa de Wagner e agora está contra”, declarou.

Com certa ironia, o deputado disse que já levou vaias e as recebeu “com humildade”.

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Um pré-candidato a deputado estadual vem chamando a atenção de quem atua nos bastidores da política baiana. A queixa generalizada (dos adversários) é a de que o homem tem inflacionado o sempre próspero mercado da compra de apoios (e de votos!). A comercialização é no atacado e no varejo. Em média, R$ 25 mil por “cabo eleitoral” em pequenos municípios. O que tem chovido de apoios de prefeitos e pequenas lideranças não está no gibi.

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Se o senador César Borges não ligou para as vaias em Itabuna, o mesmo não se pode dizer de uma onda na internet que diz “não” à presença do xerife do PR na Bahia.

Ele andava preocupado com os blogs, mas o site “cesarnao.com.br” lhe tirou do sério, apesar de saber que isso faz parte da política.

É nesse climinha que o senador pode, finalmente, fechar (por enquanto, é namoro) com o governador Jaques Wagner (PT). Hoje, em Carinhanha, lá pelas bandas do sudoeste baiano, Borges derramou-se em elogios ao petista, a quem espetava não faz muito tempo:

– Wagner inaugurou um novo jeito de fazer política na Bahia -, disse o republicano.

O elogio pode ser seguido de troca de alianças ainda nesta segunda-feira, 29, durante o lançamento do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), em Brasília.

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Marco Wense

Antes do mensalão do DEM, que aconteceu lá em Brasília, a vaga de vice-presidente da República na chapa encabeçada pelo tucano José Serra, obviamente do PSDB, era favas contadas para os democratas.

Depois que o único governador eleito pela legenda, José Arruda, se envolveu com o vergonhoso esquema de corrupção, sendo o principal protagonista da malandragem, o DEM ficou debilitado.

O presidente nacional do Partido Democratas, deputado Rodrigo Maia (RJ), já deixou claro que só abre mão da indicação do vice se o governador de Minas, Aécio Neves, for o companheiro de Serra, formando assim a tão desejada chapa puro-sangue(PSDB-PSDB).

O DEM sabe que a presença de um democrata na chapa oposicionista é a tábua de salvação do partido, sua sobrevivência política. Do contrário, é a desmoralização de uma legenda criada para substituir o “saudoso” PFL.

A cúpula do DEM, que já ameaça o tucanato com candidatura própria ao Palácio do Planalto, não vai aceitar o desdém e o menosprezo de alguns setores do PSDB contrários a um democrata como vice de Serra.

O DEM, com toda razão, não quer ser o “patinho feio” da eleição de 2010, sob pena de desaparecer na sucessão municipal de 2012.

INGRATIDÃO

FHC é desprezado pela cúpula tucana.

O Partido da Social Democracia Brasileira, o PSDB do saudoso Mário Covas, não pode tratar FHC como se fosse uma figura sem nenhuma importância política.

A legenda, que tem como símbolo o exótico tucano, quer distância do ex-presidente da República. O tucanato, principalmente o da Avenida Paulista, não quer FHC nem pintado de ouro.

Fernando Henrique Cardoso tem história de luta na redemocratização do Brasil. Não pode ser tratado com desdém. O senador Arthur Virgílio tem razão quando diz que FHC merece respeito pela “figura que representa”.

A pior coisa no movediço e traiçoeiro processo político é a ingratidão.  O ex-presidente vai ficar de fora da lista de oradores no evento do lançamento da pré-candidatura de José Serra ao Palácio do Planalto.

Que coisa feia, hein! Pura crueldade ao modo tucano. O deputado federal Ciro Gomes, presidenciável do PSB, acerta quando diz que o PSDB é “cruel”.

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Alegrete comemora gol e vitória do Itabuna (Foto José Nazal).

Uma sacolada de 4×0 no rival Colo Colo fez o Itabuna voltar a sonhar com a permanência na 1ª Divisão do Campeonato Baiano. O jogo no estádio Luiz Viana Filho começou com o Azulino abrindo o placar logo a um minuto de jogo. O autor do gol foi Wagner que, aos 8min, também fez o segundo.

Alegrete, que hoje atuou no meio campo, deixou o dele aos 24min. O experiente Lei fez o quarto gol do Azulino em uma jogada individual, pela direita, no segundo tempo. 4×0 aos 33min do segundo tempo.

Ao final da partida, o técnico Ferreira disse que a partida marca “o começo de uma grande virada”. Ele se reuniu com os jogadores ainda em campo e fez questão de ressaltar que “a vitória empolga todo mundo, mas ainda somos quarto colocados”.

E o técnico arrematou: “Do jeito que vocês jogaram, não tenho dúvida do que vai acontecer”. Essa foi a primeira vitória do Itabuna no Torneio da Morte e também o primeiro jogo em que o clube fez mais de dois gols em um jogo. Esta foi a 15ª partida do clube no Baianão 2010.

No outro jogo do Torneio da Morte, o Ipitanga bateu o Madre de Deus, fora de casa, por 1×2. O próximo jogo do Azulino será contra o Ipitanga, no Itabunão, às 16h. No mesmo horário, o Colo Colo recebe o Madre de Deus.

O Torneio da Morte é liderado pelo Ipitanga, com 7 pontos, seguido pelo Colo Colo, com 6. O Madre de Deus tem 5 pontos e o Itabuna, na lanterna, tem 4. Para ainda sonhar com a permanência na 1ª Divisão, o Azulino deve ganhar os dois últimos jogos. A última partida será contra o Madre de Deus. Os dois piores caem para a Segundona.

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Lei mandou um ‘tiro’ pela direita, sem chances para o goleiro Rafael, e o Itabuna faz 4×0 no Colo Colo.

O gol foi marcado aos 33min do segundo tempo.

A torcida do Tigre Ilheense deixou o estádio Luiz Viana Filho mais cedo.

(É a primeira vez que o Itabuna faz mais de dois gols em um jogo do Baianão 2010.)

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O cronômetro ainda não marcava dez minutos de jogo e o placar no estádio Luiz Viana Filho já registrava 2 x 0 para o Itabuna em cima do Colo Colo. Foram dois gols de Wagner, um assinalado no primeiro minuto e outro aos oito minutos da partida.

O Azulino bota pressão no Tigre e parece que vai tirar o pé da lama. As equipes já se enfrentaram três vezes neste Baianão, todas com triunfo do Colo Colo.

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Indicadores da Aneel mostram oficialmente o que todos os ilheenses já haviam percebido. O município é o campeão baiano em apagões de energia. Somente em 2009, as interrupções no fornecimento somaram 34 horas, superando em 14 horas o que é considerado aceitável pela agência reguladora.

Comerciantes e moradores reclamam dos prejuízos causados pelos blecautes e a Coelba – pra variar – arranja desculpas esfarrapadas, como a de que a dificuldade de manutenção da rede é provocada pela grande extensão do território baiano.

O fato é que, na Bahia, o serviço tem piorado absurdamente nos últimos anos. Em 2004, apenas dois municípios tinham ficado mais horas sem energia do que o considerado normal pela Aneel. No ano passado, o número de municípios chegou a 59.

E Ilhéus é a primeira na fila da escuridão.

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No podcast da Folha Online, o jornalista Fernando Rodrigues analisa a pesquisa Datafolha realizada nos dias 25 e 26. A aferição mostra crescimento de José Serra (PSDB), que abriu vantagem de 9 pontos com relação à Dilma Rousseff.

Para o jornalista e colunista político da Folha, a pesquisa não significa o fim do mundo para Dilma nem a salvação para Serra. É apenas a largada da corrida sucessória.

Clique no player para ouvir o comentário.

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Daqui a exatos quatro meses Itabuna chegará ao centenário de sua emancipação. Data histórica e esperada, mas que provavelmente não será comemorada como deveria.

Próxima de tão importante marca, Itabuna está feia, suja, desorganizada, mal-iluminada,mal-administrada… Um time que bate cabeça em campo não alimenta boas esperanças  e a população se encontra na iminência de ver o aniversário passar em branco.

Obras que poderiam dar algum brilho à festa estão sob ameaça de não ficar prontas em 2010 e até de permanecer por muito tempo adormecidas no papel. A do canal da Amélia Amado, por exemplo, foi atropelada por erros na concepção do projeto e sabe-se lá quando sai.

A revitalização da Avenida do Cinquentenário até pode ser concretizada, mas é uma intervenção quase cosmética, que não resolve um dos maiores entraves que Itabuna tem hoje: o estrangulamento de sua estrutura viária.

Com quase 60 mil veículos circulando em suas ruas apertadas e de péssima sinalização, Itabuna corre o risco de sofrer o que nas grandes cidades já chamam de “paradão” (o apagão no trânsito). Apesar disso, não se fala em grandes obras estruturantes, que ajudem a desafogar o tráfego.

Na cidade centenária, um dos maiores pecados é a  falta de ambição e a pobreza de espírito dos governantes, que administram sem planejamento, sem pensar no futuro. Azevedo, o atual prefeito, também sofre desse mal, embora goste de dizer da boca para fora que as ações de seu governo são planejadas. Conversa mole.

O prefeito foi coerente ao menos quando admitiu, diante do presidente Lula, a obviedade de que Itabuna carece de melhor infraestrutura. Carece também de quem governe além do óbvio e sem improvisos. A cidade precisa de um governante que, quando fale em planejamento, saiba exatamente do que se trata e aplique o conceito na prática.

É triste a situação de Itabuna. Aos 100 anos, é uma cidade sem sorte e sem norte.