ACM Neto e Luciano Bivar acenam para Lula, diz jornalista
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O secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, deu sinal verde para uma composição com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles. A disposição para a conversa tem o aval do presidente do UB, Luciano Bivar.

A adesão ao governo teria como contrapartida indispensável o apoio de Lula a uma candidatura do UB à presidência da Câmara dos Deputados, contra a tentativa de reeleição do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Na última quarta-feira (9), Lira se reuniu com Lula em Brasília, onde o petista também esteve com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Após as reuniões, Lula reafirmou que não vai se intrometer nas disputas internas das casas legislativas.

Lídice critica escolhas da campanha de ACM Neto
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A deputada federal reeleita Lídice da Mata (PSB-BA) afirmou que a campanha de ACM Neto (UB) ao Governo da Bahia cometeu dezenas de erros que o levaram à derrota contra o governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT).

– O candidato errou muito. Se manteve o tempo todo de sapato alto, achando que já tinha ganho a eleição, desde o primeiro momento. Toda sua estratégia foi construída com uma certa arrogância, com esse posicionamento do já ganhou. E isso levou à sua derrota – declarou a parlamentar, nesta segunda-feira (7), em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador.

Para Lídice, Neto também errou ao insistir, publicamente, na neutralidade em relação à corrida presidencial. O melhor caminho para o candidato do União Brasil seria o apoio ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo a deputada, mesmo sabendo que o ex-presidente estava com Jerônimo. “Ele [Neto] preferiu o tanto faz e apoiar [Lula] por baixo do pano”.

A socialista também considerou equivocada a insistência na tese segundo a qual Jerônimo Rodrigues havia sido testado e reprovado como secretário de Educação e de Desenvolvimento Rural do Estado. Apesar da relevância das secretarias estaduais, conforme Lídice, a experiência nas pastas não pode ser comparada com a responsabilidade de quem comanda uma prefeitura ao próprio governo estadual.

“[ACM Neto] subiu num salto alto, alto demais, e não conseguiu sair, terminou caindo, levando uma queda grande”, concluiu Lídice da Mata.

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Aos líderes do estado e dos municípios de Itabuna e Ilhéus estarão os extratos dos resultados e também as respostas que terão que apresentar, cada um, conforme o peso e os objetivos que o presente apresentou e também o que esperarão para o futuro.

 

Rosivaldo Pinheiro || rpmvida@yahoo.com.br

O segundo turno das eleições se findou, mas os ciclos não se encerram com ele. Vamos precisar de um pouco mais de tempo para seguirmos com menos tensões em nível Brasil. Na disputa nacional, o comportamento do presidente Bolsonaro deixa mais um ar de negacionismo e caos, que, aliás, foi uma das marcas indeléveis do seu minúsculo governo.

Na disputa eleitoral baiana, a postura de ACM Neto no discurso de reconhecimento da vitória de Jerônimo Rodrigues demonstrou maturidade política e espírito democrático, e sinalizou a linha que ele adotará para se manter vivo até a próxima disputa. Fará uma permanente vigília ao novo governo.

Nesse aspecto, faz-se necessário ao PT e aos partidos aliados no estado se debruçarem nas análises dos resultados, especialmente nas maiores cidades e também nos pontos onde o ciclo de 16 anos de gestão permitiu mais ataques do adversário. Avaliar, inclusive, o porquê da queda de desempenho nas cidades mais populosas.

Será que a melhor condição de renda nessas localidades refletiu um alinhamento da disputa com o plano nacional? E Neto se beneficiou? Ou, qual o verdadeiro fator que provocou esse comportamento do eleitorado dessas cidades? Os menores municípios se sentiram em grande maioria incluídos no ciclo da atual gestão estadual e demonstraram alinhamento e conexão com Lula e Jerônimo. Parece ter havido uma nacionalização do pleito. Consequentemente, um reflexo direto nos números da disputa avaliando de forma direta: cidades maiores e menores.

Em relação aos números, precisamos fazer uma análise mais apurada nos resultados de Itabuna e Ilhéus, cidades que estão no prisma do estado com vultosos investimentos. Ilhéus já em plena fase de colheita, e Itabuna ainda na fase de plantio. Os gestores desses municípios também vivem diferentes tempos de gestão: um faltando dois anos para encerrar o ciclo do segundo mandato, enquanto o outro está completando os dois anos do início da sua primeira gestão à frente do município. Por essas particularidades, a análise que Augusto Castro precisará fazer é de maior profundidade.

A grosso modo, diria que para Marão resta tocar a máquina mantendo o trivial e arregimentando forças para projeção de alguém seu, politicamente falando, e o fortalecendo para ser apresentado como mantenedor do grupo à frente de Ilhéus. Augusto precisará de resiliência, sabedoria emocional, visão estratégica, fortalecimento do tecido político e outros ajustes, conforme a sua análise e visão direcionarem: fazer uma leitura externa e outra interna dos resultados das urnas.

O pós-eleição é sempre um momento especial para autoanálise e para simular cenários, além, claro, de analisar as áreas e estratégias que, por incompreensões ou não incorporação das diretrizes política e de gestão, apresentaram respostas abaixo das esperadas, e tomar as devidas e necessárias providências. Aos líderes do estado e dos municípios de Itabuna e Ilhéus estarão os extratos dos resultados e também as respostas que terão que apresentar, cada um, conforme o peso e os objetivos que o presente apresentou e também o que esperarão para o futuro.

O que esses líderes não podem é deixar que a oposição e os opositores ditem os seus passos e sedimentem no imaginário popular das duas cidades que saíram enfraquecidos da eleição. Do contrário, a corrida para “apagar incêndios” fará parte do dia a dia e o planejamento se perde, dando lugar ao improviso e permitindo o crescimento dos oponentes. É importante realizar ajustes, mas não perder de vista que houve vitória do campo político ao qual eles estão alinhados, tanto no estado quanto em nível federal.

Esse diferencial só Augusto e Marão podem lançar mão, fortalecendo e sendo fortalecidos para mudar as preferências dos eleitores locais em relação ao governo do estado e, consequentemente, para as suas próprias gestões. O mapa eleitoral está posto e exposto. Agora, restam as leituras dos resultados e as interpretações. A democracia se fortalece por esse caminho e por encaminhamentos a cada ciclo de disputa.

Rosivaldo Pinheiro é comunicador, economista e especialista em Planejamento de Cidades (Uesc).

Jerônimo vê vitórias parciais de adversário em cidades governadas por aliados
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Derrotado pelo governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT) no segundo turno da eleição baiana, ACM Neto (UB) conquistou vitórias parciais em cidades importantes do estado, a exemplo de Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Porto Seguro.

O mesmo ocorreu nas duas maiores cidades do sul da Bahia, Ilhéus e Itabuna, governadas pelos prefeitos Mário Alexandre, Marão, e Augusto Castro, respectivamente, ambos do PSD e aliados de Jerônimo.

Neto recebeu 53.363 votos (54,16%) em Ilhéus ante os 45.168 (45,84%) dados ao petista na cidade. Já em Itabuna, o candidato do União Brasil foi o escolhido de 68.739 eleitores (61,16%), 25.078 a mais do que o governador eleito, que recebeu 43.661 votos grapiúnas (38,84%).

Bolsonaro discursa em ato em Guanambi || Reprodução/Facebook
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Durante visita a Guanambi, nesta terça-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu que seus apoiadores na Bahia votem no candidato a governador pelo União Brasil, ACM Neto, para derrotar o postulante do PT ao cargo, Jerônimo Rodrigues (PT).

“Por ocasião das eleições, agora no dia 30, votem para governador 44, ACM Neto, e também para presidente 22, Jair Bolsonaro”, pediu o presidente às pessoas que participaram do ato político na cidade do sudoeste baiano. Assista.

Jabes estima percentual de eleitores de Roma que votarão em Neto || Foto Alberto Coutinho
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O secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, acredita que, nesta última semana de campanha, a candidatura de ACM Neto (UB) deve concentrar ações nas maiores cidades do estado, onde, segundo ele, a influência das lideranças políticas que apoiam o candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, é menor.

“A campanha do Neto tem que ser focada na Região Metropolitana de Salvador e nas 30, 40 maiores cidades da Bahia. No mais, é o trabalho que já vinha sendo feito desde o primeiro turno”, disse o ex-prefeito de Ilhéus ao PIMENTA.

Ele contemporizou a saída de lideranças do PP da base de Neto para a de Jerônimo. Segundo Jabes, esse movimento ocorreu em diferentes partidos, inclusive no UB, e também no sentido contrário, com ganhos para a campanha do ex-prefeito de Salvador, ainda que em menor número do que os novos apoios conquistados pelo petista.

No primeiro turno, Jerônimo obteve 49,45% dos votos válidos contra 40,80% de ACM Neto. João Roma, do PL, ficou com 9,11% (734.361). Pela estimativa de Jabes Ribeiro, 80% dos votos de Roma devem ir para Neto no segundo turno. “Bolsonaro já deu até declaração [de apoio ao candidato do UB]”, disse, referindo-se a uma fala do presidente a Rodrigo Vilela, no podcast Inteligência Limitada.

Jabes acrescentou que a estratégia de comunicação da campanha de Neto melhorou muito no segundo turno, pois, segundo ele, acertou ao dar mais ênfase à comparação direta dos candidatos.

“SAÍMOS BEM”

Para o secretário, o Progressistas conseguiu bom resultado nas eleições proporcionais na Bahia. “Nós saímos bem. A gente sempre quer um pouquinho mais. Nós queríamos cinco federais, elegemos quatro; trabalhamos para eleger sete estaduais, elegemos seis. O partido saiu bem e forte na Assembleia e na Câmara”.

Sobre eventual fusão do PP com o União Brasil, possibilidade recentemente ventilada na imprensa, Jabes a considera improvável. E vê maiores chances de uma aliança como federação partidária. Também reafirmou voto em Lula, que, na avaliação dele, representa, hoje, o único caminho para a preservação da democracia, no momento que considera o mais crítico da Nova República.

ACM Neto e Jerônimo participam de atividades em Ilhéus, Itabuna e Ibicaraí
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Os candidatos ao governo da Bahia concentram agenda de atividades no sul da Bahia neste penúltimo sábado antes da votação em 2º turno das eleições 2022, marcada para dia 30. ACM Neto (UB) tem atividades em Ilhéus e Ibicaraí, enquanto Jerônimo Rodrigues (PT) participa de caminhadas e comício nos dois maiores municípios da região sul.

Neto faz caminhada nesta manhã em Ilhéus, de onde parte para carreata em Ibicaraí, também na região sul, por volta do meio-dia. O candidato do União Brasil perdeu em Ilhéus, por pouco mais de mil votos, e venceu em Ibicaraí por pouco menos de mil votos.

Mais votado do primeiro turno, Jerônimo retorna aos dois municípios duas semanas depois de atividades junto com o governador Rui Costa e o senador reeleito Otto Alencar.

Às 15h deste sábado (22), Jerônimo fará caminhada pelos bairros de Fátima e Califórnia em atividade que terá a participação do prefeito Augusto Castro (PSD) e de gestores municipais da região, além de vereadores e outros líderes políticos. A concentração será na Rua do Colégio Ciso, no Fátima.

Depois da atividade em Itabuna, Jerônimo parte para Ilhéus. Na Terra de Gabriela, o petista fará caminhada na Conquista. O compromisso em Ilhéus será encerrado com um comício no Alto da Conquista. Atualizada às 12h.

Nova pesquisa Ipec afere intenções de voto na disputa entre Jerônimo e ACM Neto
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A primeira pesquisa de segundo turno do Ipec (ex-Ibope)/Rede Bahia revela disputa acirrada ao Palácio de Ondina. De acordo com o instituto, Jerônimo Rodrigues (PT) obtém 48% das intenções de voto contra 44% de ACM Neto (UB) na corrida ao Governo da Bahia, situação de empate técnico.

Dos eleitores consultados, 5% pretendem anular ou votar em branco e 3% se disseram indecisos, conforme o Ipec.

Ainda segundo a pesquisa, 89% afirmaram que a decisão de voto é definitiva, enquanto 11% afirmaram que ainda podem mudar.

VOTOS VÁLIDOS

Quando considerados apenas os votos válidos, excluídos brancos e nulos e indecisos, outra vez a disputa apresenta diferença de apenas 4 pontos percentuais, segundo o Ipec.

Nele, Jerônimo pontua com 52% dos votos válidos ante 48% de ACM Neto.

EXPECTATIVA DE VITÓRIA

A pesquisa também aferiu a expectativa de vitória.

Para 52%, o novo governador da Bahia será Jerônimo Rodrigues, enquanto que Neto será o vencedor para 36%, percentual menor do que aquele dos que pretendem votar no candidato do União Brasil.

A pesquisa foi divulgada há pouco pela Rede Bahia. O Ipec informou ter ouvido 1.504 pessoas no período de terça-feira (18) até ontem (20) em 74 municípios do estado. O levantamento tem margem de erro de 3 pontos percentuais. Está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BA-07302/2022 e BR-05874/2022.

Sandro Régis em entrevista a Zé Eduardo, da Metrópole || Reprodução
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Líder da bancada de oposição ao Governo Rui Costa na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Sandro Régis (União Brasil) disse, na Rádio Metrópole, que a definição de apoio a ACM Neto quanto à corrida presidencial “é o grande nó” de sua eleição ao governo da Bahia. A tendência é o candidato manter-se neutro, apesar do desgaste com a opção, definida pelos opositores como “tanto faz”.

“Realmente, esse é o grande nó da nossa eleição. Temos conversado muito internamento, conversado com pessoas próximas do partido, mas convicto [de que Neto ganha a eleição]. Dos estados do Nordeste, o único que foi para o segundo turno foi a Bahia”, afirmou Sandro Régis, equivocando-se ao esquecer de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Sergipe.

Repetindo o que falou o candidato ao governo pelo União Brasil após avaliar o resultado do 2 de outubro na Bahia, Sandro Régis vê o segundo turno como um “zero a zero”.

O parlamentar foi além e disse crer que Jair Bolsonaro será reeleito presidente da República. Ainda na entrevista a Zé Eduardo Bocão, no Jornal da Bahia no Ar, Sandro Régis afirmou não ver o ex-presidente Lula com a mesma força que o fez primeiro colocado, com mais de 48% dos votos válidos, agora no segundo turno. “Acredito piamente na eleição de Bolsonaro”, completou.

O líder das minorias na Alba, para reforçar o seu argumento, citou os apoios obtidos pelo presidente ainda ontem, com os governadores Rodrigo Garcia (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais) e Cláudio Castro (Rio de Janeiro).

ACM Neto e Jerônimo Rodrigues revezam liderança nas maiores cidades sul-baianas
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Adversários no segundo turno da eleição ao Governo da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) e ACM Neto (UB) se revezam na liderança da votação nas duas maiores cidades do sul da Bahia, Itabuna e Ilhéus.

O candidato do PT venceu o primeiro turno em Ilhéus com 39.706 votos (41,68%), pouco à frente do postulante do União Brasil, que recebeu 38.666 votos (40,59%). João Roma (PL), o terceiro colocado, obteve 16.072 votos (16,87%), seguido de longe por Kleber Rosa (PSOL), em quarto, com 687 votos (0,72%). Giovani Damico (PCB) foi o escolhido de 116 (0,12%) eleitores ilheenses e Marcelo Millet (PCO), de 19 (0,2%).

Na vizinha Itabuna, Neto virou o jogo e liderou o primeiro turno com 49.120 votos (44,91%), 9.350 a mais do que Jerônimo (39.770 votos – 36,36%). João Roma recebeu 19.701 votos (18,01%) grapiúnas; Kleber Rosa 647 (0,59%); Giovani Damico 130 (0,12%); e Marcelo Millet 16 (0,01%).

Puxado pelo ex-presidente Lula, Jerônimo está praticamente eleito governador da Bahia || Foto Ricardo Stuckert
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A Bahia terá uma disputa de segundo turno para definir o novo governador depois de quase 30 anos. A última ocorreu entre Paulo Souto, então no PFL, e João Durval, no PMN, em 1994. Souto acabou eleito. No próximo dia 30, os baianos voltarão às urnas para escolher entre Jerônimo Rodrigues (PT) e ACM Neto (UB). Jerônimo chega ao segundo turno com uma frente de pouco mais de 702 mil votos, conquistada, sobretudo, nos pequenos e médios municípios.

Do pleito de 2022, surpreendeu não a decisão em segundo turno, mas a vantagem conquistada por Jerônimo, que conquistou 49,45% dos votos válidos, enquanto ACM Neto, tido como favorito, ficou em segundo, com 40,8%.

– Por muito pouco, não levamos no primeiro turno essa eleição – disse o petista ainda na madrugada desta segunda-feira (3).

Jerônimo venceu em 341 municípios dos 417 municípios, dentre eles Juazeiro, Ilhéus, Jequié, Porto Seguro, Eunápolis, Teixeira de Freitas e Barreiras.

– Agora, o trabalho segue com ainda mais pressão para garantir a nossa vitória, junto com a vitória do presidente Lula na Bahia e no Brasil. Agora é JeroLula – brinca o candidato ao governo baiano ao fazer uma fusão do seu nome com o do presidenciável petista e, ao menos tempo, dando pinta de qual será a estratégia para o segundo turno.

A quem pergunta por que Jerônimo recorre a Lula, novamente, em aposta para vencer a eleição em 30 de outubro, basta ver o que ocorreu na disputa nacional em solo baiano. No estado onde o PT governa há quase 16 anos, o ex-presidente venceu em 415 dos 417 municípios.

Jerônimo terminou o primeiro turno à frente de ACM Neto || Arte CNN
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A Bahia terá eleição em dois turnos para definir quem será o substituto de Rui Costa (PT) no comando do governo estadual, algo que não acontecia de 1994. A disputa será entre Jerônimo Rodrigues (PT), que ficou a menos de 0,67 ponto percentual de ganhar no primeiro turno, e o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (UB).

Com 99,14% das urnas apuradas, Jerônimo tem 3.977.074 votos (49,33% dos válidos) contra 3.296.288 votos de ACM Neto, que sempre liderou as pesquisas que aferiram intenções de voto sobre a disputa ao Governo da Bahia.

João Roma (PL) ficou com 9,11% dos votos válidos (734.361), seguido à distância por Kleber Rosa (PSOL), com 48.203 votos (0,6%). A disputa em primeiro turno teve ainda Giovani Damico (PCB), com 5.927 votos (0,07%) e Marcelo Millet (PCB), com 825 (0,01%).

DIA 30

O segundo turno das eleições majoritárias será em 30 de outubro, quando o baiano votará para escolher não apenas o futuro governador, mas também o presidente da República. A disputa ao Palácio do Planalto terá Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição.

A Bahia não tinha segundo turno para definir um novo governador desde 1994, quando Paulo Souto, no então PFL, enfrentou o ex-governador João Durval (PMN). Ambos foram ao turno decisivo da peleja depois de Souto obter 49,3% no primeiro turno e João Durval 25,29%. Jutahy Júnior (PSDB) ficou com 14,13%. Nilo Coelho (PMDB) obteve 8,27% e Álvaro Martins encerrou a disputa com 3%. Souto venceu o segundo turno. Atualizado às 23h58min.

Jerônimo termina 1º turno na frente de ACM Neto, que liderava pesquisas
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Os eleitores baianos devem voltar às urnas no dia 30 de outubro não apenas para a escolha do futuro presidente da República. Com 97,52% dos votos totalizados, Jerônimo Rodrigues (PT) tem 49,17% ante 40,97% de ACM Neto (UB). A diferença entre eles é de pouco mais de 640 mil votos (3.877.897 votos a 3.238.257).

João Roma (PL) aparece em terceiro, com 9,16% dos votos. Kleber Rosa (PSOL) tem 0,6%. Giovani Damico (PCB) tem 0,07%. Marcelo Millet (PCO) tem 0,01%.

Neto, Damico, Jerônimo, Roma, Kleber e Millet disputam governo baiano
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A mais nova pesquisa AtlasIntel/A Tarde, divulgada nesta terça-feira (27), traz Jerônimo Rodrigues (PT) liderando a corrida ao Governo da Bahia, com 46,5% das intenções de votos, quase 7 pontos percentuais à frente do segundo colocado, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (UB), com 39,6%.

Candidato do presidente Jair Bolsonaro, João Roma (PL) tem 9,9%, de acordo com a pesquisa feita no período que vai da última quinta (22) até ontem (26) com 1,6 mil eleitores baianos. Kleber Rosa (PSOL) surge com 1,5%. Marcelo Millet (PCO) e Giovani Damico (PCB) não pontuaram.

Jerônimo oscilou dois pontos em relação à pesquisa da semana passada, quando tinha 44,5%. ACM Neto perdeu 0,9 no período, enquanto João Roma oscilou 0,5 pontos para cima. Kleber Rosa tinha 1,2% (relembre aqui).

Votos brancos e nulos atingiram percentual de 0,4% e de não sei chegou a 2%. A pesquisa tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais e intervalo de confiança de 95% e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo TSE BA-04292/202. A pesquisa consultou 1.600 eleitores por meio de recrutamento digital aleatório (RDR), quando o eleitor recebe o link e responde as questões sem a presença do pesquisador.

Otto Alencar amplia vantagem na disputa ao Senado

OTTO AMPLIA VANTAGEM NA CORRIDA AO SENADO

A AtlasIntel também aferiu as intenções de voto na corrida pela única vaga baiana ao Senado Federal. Otto Alencar (PSD) está com a vaga praticamente garantida, conforme o instituto, ao obter 50,7%, exatamente 3,2 pontos a mais que na rodada anterior da pesquisa.

Cacá Leão (PP) manteve os 18,4% da pesquisa divulgada na semana passada. Raíssa Soares (PL) oscilou de de 13% para 13,9%. Tâmara Azevedo (PSOL) oscilou de 4,1% para 3%. O percentual de brancos e nulos atinge 5,8% e o de não sabe 7,2%.

Everaldo Anunciação contemporiza notícia de que Lula não volta à Bahia antes do dia 2 || Foto Erick Salles/A Tarde
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Membro do Diretório Nacional do PT e da coordenação da campanha de Jerônimo Rodrigues ao Governo da Bahia, Everaldo Anunciação contemporizou a notícia de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não voltará ao Nordeste antes de 2 de outubro.

Havia a expectativa, no petismo baiano, de que Lula voltasse à Boa Terra para turbinar a candidatura do correligionário, mas a prioridade – enfatiza Everaldo – é mesmo a Presidência da República. “Temos que ser estratégicos”, explicou o dirigente ao PIMENTA, nesta quinta-feira (22), por telefone.

Para o ex-presidente estadual do PT, ainda que o partido busque a vitória de Jerônimo na primeira rodada, o cenário que se desenha na Bahia é o de eleição em dois turnos. Por isso, acrescenta, o fim da disputa nacional daqui a 10 dias, com Lula eleito, pode vir a ser decisivo e favorável ao petista baiano.

Na entrevista a seguir, Everaldo Anunciação também fala da agenda e do desempenho de Jerônimo Rodrigues no sul do estado e rechaça a interpretação segundo a qual o candidato a governador pelo União Brasil, ACM Neto, seria um adversário muito mais forte do que os enfrentados pelos petistas nas últimas quatro eleições estaduais. Leia.

PIMENTAComo o PT baiano recebeu a notícia de que Lula não voltará ao Nordeste antes de 2 de outubro?

Everaldo Anunciação – Trabalhamos para eleger Lula no primeiro turno. Há um clima nesse sentido. A gente precisa melhorar a votação no Sudeste e no Sul. Temos índices extraordinários no Nordeste. Então, nada mais justo. Temos que ser estratégicos. No caso de Jerônimo, as pessoas começaram a vincular o voto [com a eleição presidencial], por isso o crescimento dele. Em qualquer estado, para qualquer candidato, a presença de Lula é uma contribuição extraordinária, mas a vinda anterior dele já nos deu essa condição.

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“Não vamos tensionar para mudar a estratégia. A contribuição que Lula deu para a arrancada de Jerônimo foi extraordinária”.

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Isso significa que não haverá insistência em trazê-lo?

Não vamos tensionar para mudar a estratégia. A contribuição que Lula deu para a arrancada de Jerônimo foi extraordinária. A presença no lançamento [da pré-campanha, em março], a presença no 2 de Julho, nas manifestações, nas mídias, nos programas eleitorais, tudo isso contribui muito. Como o cenário de hoje [indica] uma eleição de dois turnos na Bahia, para a gente, a eleição de Lula no primeiro turno é fundamental para a vitória de Jerônimo, mas trabalhamos para eleger os dois no primeiro.

Jerônimo abriu a campanha de rua em Itabuna. Ele volta ao sul da Bahia antes do dia 2?

Temos uma agenda na região para o dia 28. Já estão confirmadas Ilhéus e Camacã. Há um pleito dos partidos para um retorno a Itabuna e pedidos de cidades daquela região de Camacã, Santa Luzia, Una. A coordenação está discutindo.

Há preocupação com o desempenho de Jerônimo em Ilhéus?

Eu vi que existiria uma pesquisa apontando que o desempenho estaria aquém da expectativa das lideranças. Essa atividade do dia 28 já estava marcada. Nessa reta final, a campanha vai ganhando força. A gente tem informações muito positivas do crescimento em Itabuna. Como foi a vitória de Wagner, como foi a vitória de Rui, acredito que Jerônimo também será vitorioso.

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“Não vejo essa força na candidatura do ex-prefeito [ACM Neto]. Claro que é outro momento, outra história”.

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Entusiastas da campanha de ACM Neto dizem que ele chega muito mais forte hoje do que Paulo Souto chegou em 2014 contra o quase desconhecido Rui Costa. O senhor vê a campanha de Neto com essa força a mais?

Não vejo assim. Se a gente pegar os números das pesquisas, coincidentemente, eles apresentam os mesmos cenários das eleições de 2006 e 2014. Paulo Souto bastante conhecido, ACM Neto bastante conhecido e Wagner e Rui desconhecidos. As eleições, nesse período de setembro, apresentam números parecidos. Jerônimo é quem tá apresentando 31% no Datafolha, enquanto Rui aparecia no Ibope com 28% [em 2014]. Não vejo essa força na candidatura do ex-prefeito. Claro que é outro momento, outra história. Não se pode negar isso, mas nós estamos discutindo uma eleição que se nacionaliza, naturalmente, pelas características da conjuntura atual.