Lídice critica escolhas da campanha de ACM Neto
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A deputada federal reeleita Lídice da Mata (PSB-BA) afirmou que a campanha de ACM Neto (UB) ao Governo da Bahia cometeu dezenas de erros que o levaram à derrota contra o governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT).

– O candidato errou muito. Se manteve o tempo todo de sapato alto, achando que já tinha ganho a eleição, desde o primeiro momento. Toda sua estratégia foi construída com uma certa arrogância, com esse posicionamento do já ganhou. E isso levou à sua derrota – declarou a parlamentar, nesta segunda-feira (7), em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador.

Para Lídice, Neto também errou ao insistir, publicamente, na neutralidade em relação à corrida presidencial. O melhor caminho para o candidato do União Brasil seria o apoio ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo a deputada, mesmo sabendo que o ex-presidente estava com Jerônimo. “Ele [Neto] preferiu o tanto faz e apoiar [Lula] por baixo do pano”.

A socialista também considerou equivocada a insistência na tese segundo a qual Jerônimo Rodrigues havia sido testado e reprovado como secretário de Educação e de Desenvolvimento Rural do Estado. Apesar da relevância das secretarias estaduais, conforme Lídice, a experiência nas pastas não pode ser comparada com a responsabilidade de quem comanda uma prefeitura ao próprio governo estadual.

“[ACM Neto] subiu num salto alto, alto demais, e não conseguiu sair, terminou caindo, levando uma queda grande”, concluiu Lídice da Mata.

Em Ilhéus, grupo de extrema-direita pede intervenção militar || Redes Sociais/Reprodução
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O momento da disputa, com o calor que lhe é natural, já passou. Agora é preciso retirar os adesivos dos carros e das casas e prosseguir.

 

Julio Gomes

Sábado, 29/10/2022. Flamengo e Athletico-PR se enfrentam em Guayaquil, no Equador, para decidir quem seria o campeão da Copa Libertadores da América. Com um único gol, marcado aos 48 minutos do 1º tempo, o Flamengo decidiu o jogo e sagrou-se campeão.

Domingo, 30/10/2022. Lula e Bolsonaro disputam, no Brasil, quem seria o Presidente da República nos próximos 4 anos. Com 50,9% dos votos e pouco mais de 2 milhões de votos de vantagem, Lula ganha as eleições.

Os exemplos acima são muito significativos para mostrar o quanto é descabido o questionamento quanto ao resultado final dos embates, sobretudo quando eles se dão dentro de regras claras, devidamente pré-estabelecidas e com contendores plenamente cientes de que apenas um poderia ser o ganhador.

É natural que, ao final de disputas acirradas, haja comemorações públicas nas ruas, como fizeram torcedores no sábado e eleitores no domingo. Também é natural que um sentimento mais acentuado de frustração ou mesmo de tristeza se apodere, nos momentos imediatamente seguintes ao resultado, das pessoas emocionalmente envolvidas.

Porém, o que não é natural é que se questione o resultado estabelecido, e menos ainda que se apele para uma terceira força, inteiramente estranha à disputa em questão, para tentar alterar o resultado final.

O fechamento de rodovias, com vistas a provocar transtornos de toda ordem e desabastecimento, com suas graves consequências, passa dos limites do choro natural e humanamente aceitável de quem perdeu. E muito pior são as manifestações em frente a unidades militares, incitando-as a meter os pés pelas mãos e fazerem a grossa besteira que seria intervir no resultado de uma eleição que se deu, em última análise, na conformidade com as previsões constitucionais.

A vida precisa seguir em frente.

Há quatro anos, também em uma eleição presidencial, o candidato derrotado em 2022 ganhou e teve seus quatro anos de governo. É justo, natural e necessário, para o bem do país e de todos, que o ganhador das eleições realizadas em 30/10/2022 tome posse no cargo para o qual concorreu e governe pelo período legalmente previsto.

Como ocorre em todas as eleições disputadas no Brasil nos últimos 60 anos, quem ganhou deve assumir e governar, garantindo-se a quem perdeu o direito democrático de constituir-se como oposição política, sempre dentro dos marcos e limites da lei.

Precisamos trabalhar, estudar, cumprir nossos deveres cotidianos e trazer para casa o pão de cada dia. O momento da disputa, com o calor que lhe é natural, já passou e agora é preciso retirar os adesivos dos carros e das casas e prosseguir, retirando também do coração eventuais ressentimentos que nada trarão de positivo.

Vamos seguir em frente com o resultado democraticamente estabelecido nas urnas, para o bem do Brasil, de todos e de cada um de nós.

Julio Cezar de Oliveira Gomes é graduado em História e em Direito pela Uesc.

Rosivaldo diz que município poderá solicitar conferência, caso seja confirmada a redução populacional
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Aos líderes do estado e dos municípios de Itabuna e Ilhéus estarão os extratos dos resultados e também as respostas que terão que apresentar, cada um, conforme o peso e os objetivos que o presente apresentou e também o que esperarão para o futuro.

 

Rosivaldo Pinheiro || rpmvida@yahoo.com.br

O segundo turno das eleições se findou, mas os ciclos não se encerram com ele. Vamos precisar de um pouco mais de tempo para seguirmos com menos tensões em nível Brasil. Na disputa nacional, o comportamento do presidente Bolsonaro deixa mais um ar de negacionismo e caos, que, aliás, foi uma das marcas indeléveis do seu minúsculo governo.

Na disputa eleitoral baiana, a postura de ACM Neto no discurso de reconhecimento da vitória de Jerônimo Rodrigues demonstrou maturidade política e espírito democrático, e sinalizou a linha que ele adotará para se manter vivo até a próxima disputa. Fará uma permanente vigília ao novo governo.

Nesse aspecto, faz-se necessário ao PT e aos partidos aliados no estado se debruçarem nas análises dos resultados, especialmente nas maiores cidades e também nos pontos onde o ciclo de 16 anos de gestão permitiu mais ataques do adversário. Avaliar, inclusive, o porquê da queda de desempenho nas cidades mais populosas.

Será que a melhor condição de renda nessas localidades refletiu um alinhamento da disputa com o plano nacional? E Neto se beneficiou? Ou, qual o verdadeiro fator que provocou esse comportamento do eleitorado dessas cidades? Os menores municípios se sentiram em grande maioria incluídos no ciclo da atual gestão estadual e demonstraram alinhamento e conexão com Lula e Jerônimo. Parece ter havido uma nacionalização do pleito. Consequentemente, um reflexo direto nos números da disputa avaliando de forma direta: cidades maiores e menores.

Em relação aos números, precisamos fazer uma análise mais apurada nos resultados de Itabuna e Ilhéus, cidades que estão no prisma do estado com vultosos investimentos. Ilhéus já em plena fase de colheita, e Itabuna ainda na fase de plantio. Os gestores desses municípios também vivem diferentes tempos de gestão: um faltando dois anos para encerrar o ciclo do segundo mandato, enquanto o outro está completando os dois anos do início da sua primeira gestão à frente do município. Por essas particularidades, a análise que Augusto Castro precisará fazer é de maior profundidade.

A grosso modo, diria que para Marão resta tocar a máquina mantendo o trivial e arregimentando forças para projeção de alguém seu, politicamente falando, e o fortalecendo para ser apresentado como mantenedor do grupo à frente de Ilhéus. Augusto precisará de resiliência, sabedoria emocional, visão estratégica, fortalecimento do tecido político e outros ajustes, conforme a sua análise e visão direcionarem: fazer uma leitura externa e outra interna dos resultados das urnas.

O pós-eleição é sempre um momento especial para autoanálise e para simular cenários, além, claro, de analisar as áreas e estratégias que, por incompreensões ou não incorporação das diretrizes política e de gestão, apresentaram respostas abaixo das esperadas, e tomar as devidas e necessárias providências. Aos líderes do estado e dos municípios de Itabuna e Ilhéus estarão os extratos dos resultados e também as respostas que terão que apresentar, cada um, conforme o peso e os objetivos que o presente apresentou e também o que esperarão para o futuro.

O que esses líderes não podem é deixar que a oposição e os opositores ditem os seus passos e sedimentem no imaginário popular das duas cidades que saíram enfraquecidos da eleição. Do contrário, a corrida para “apagar incêndios” fará parte do dia a dia e o planejamento se perde, dando lugar ao improviso e permitindo o crescimento dos oponentes. É importante realizar ajustes, mas não perder de vista que houve vitória do campo político ao qual eles estão alinhados, tanto no estado quanto em nível federal.

Esse diferencial só Augusto e Marão podem lançar mão, fortalecendo e sendo fortalecidos para mudar as preferências dos eleitores locais em relação ao governo do estado e, consequentemente, para as suas próprias gestões. O mapa eleitoral está posto e exposto. Agora, restam as leituras dos resultados e as interpretações. A democracia se fortalece por esse caminho e por encaminhamentos a cada ciclo de disputa.

Rosivaldo Pinheiro é comunicador, economista e especialista em Planejamento de Cidades (Uesc).

Grupo inconformado com vitória de Lula protesta em Ilhéus || Redes Sociais/Reprodução
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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) foram à porta do Exército, na Cidade Nova, em Ilhéus, nesta quarta-feira (2), pedir “intervenção” para impedir que Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito com 60,3 milhões de votos, assuma a Presidência da República (vídeo abaixo do texto).

A legitimidade da vitória do ex-presidente foi declarada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no domingo (30), logo após a totalização dos votos. Ao menos 93 países já reconheceram o fato de que Lula é o primeiro eleito três vezes para o comando do Executivo brasileiro.

O próprio Jair Bolsonaro, em reunião com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça (1º), reconheceu a derrota e disse que o processo eleitoral “acabou”, segundo declaração pública do ministro Luiz Edson Fachin.

Confira vídeo do ato em Ilhéus.

 

Bolsonaro fala após derrota eleitoral || Imagem Globonews
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez, hoje (1º), sua primeira declaração pública após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial, no domingo (30). Ele afirmou que sempre agiu conforme os princípios e regras da Constituição e continuará a obedecê-los.

– Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição – declarou Bolsonaro, que evitou improviso e leu o pronunciamento de pouco mais de 2 minutos.

Bolsonaro não mencionou Lula e chegou a levantar justificativas para as manifestações que interditaram rodovias brasileiras contra o reconhecimento da legitimidade da eleição do adversário. A vitória do ex-presidente foi declarada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e reconhecida por todas as autoridades públicas envolvidas na realização e fiscalização das eleições no país. Diversas nações também já cumprimentaram Lula pela vitória, a exemplo de Estados Unidos, China, Alemanha, Argentina, França, Reino Unido etc.

– Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça, de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento ao direito de ir e vir – afirmou Bolsonaro, que não respondeu a nenhuma pergunta da imprensa. (leia íntegra abaixo texto).

Após a fala do presidente, o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil) disse que vai dar início à transição de governo, como representante da gestão atual. Já a equipe de transição de Lula será coordenada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

Leia a transcrição do pronunciamento de Jair Bolsonaro.

Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro.

Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça, de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento ao direito de ir e vir.

A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade. Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia as consequências de uma guerra.

Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição.

É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira. Muito obrigado.

Trecho da BR-101 bloqueado em Teixeira de Freitas || Redes Sociais/Reprodução
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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) interditam ao menos cinco trechos da BR-101 na Bahia. Há registro de bloqueios em Itamaraju, Eunápolis, Itabela e Teixeira de Freitas, no extremo-sul do estado, e em Ubaitaba, na região sul.

Enquanto o presidente não se manifesta publicamente há quase 48h, os manifestantes que o apoiam protestam contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o terceiro mandato presidencial.

Caso seja demonstrado que os bloqueios têm o objetivo de incitar militantes contra o reconhecimento do resultado das eleições do país, visando impedir a transição de governo, os responsáveis poderão ser enquadrados pelo crime de atentado contra o Estado Democrático de Direito, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ontem (31), o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a liberação de todas as vias bloqueadas no país, reafirmando os deveres constitucionais das forças de segurança. O ministro Alexandre de Moraes apontou “omissão e inércia” por parte da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e estabeleceu multa de R$ 100 mil por hora para o diretor-geral da coorporação, Silvinei Vasques, em caso de descumprimento da ordem de desbloqueio das rodovias.

Até manhã desta terça-feira (1º), 192 pontos de bloqueio foram desfeitos no país, segundo a PRF.

Jerônimo também repreende João Leão por fala da pré-campanha
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O governador eleito da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), disse que o silêncio do presidente Jair Bolsonaro (PL) não corresponde ao esperado de um líder político derrotado num processo eleitoral. Bolsonaro ainda não se manifestou após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para o terceiro mandato presidencial, no último domingo (30).

– É um comportamento miúdo, um presidente da República não reconhecer o processo democrático. O Brasil deu outra aula de democracia. Ele podia ao menos dizer assim: olha, eu tô machucado, tô ferido, mas eu quero que o Brasil ganhe, saia ganhando. Não fez isso – declarou Jerônimo, hoje (1º), em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador.

De acordo com o governador eleito, os mandatos que os eleitores concederam a ele e a Lula trazem consigo a responsabilidade da pacificação. Isso num contexto em que, segundo Jerônimo, Bolsonaro atua para aumentar as fraturas sociais do país.

“Ele fez um riscado no chão e disse assim: tem dois Brasis. Não tem dois povos brasileiros, só tem um povo brasileiro. Claro que tem uma disputa, mas a gente vai ter uma missão muito grande, Mário [Kertéz], de unir esse Brasil, de não criar uma coisa de quem é verde-amarelo, de quem é azul, de quem é vermelho, essa missão é nossa”, concluiu.

ADVERTÊNCIA

Jerônimo Rodrigues também criticou o vice-governador e deputado federal eleito João Leão (PP), que deixou a base do Governo Rui Costa, em março passado, e apoiou a candidatura de ACM Neto ao Governo da Bahia. Ao sair da coalizão partidária liderada pelo PT, Leão disse que Neto venceria a eleição no primeiro turno, com mais de 60% dos votos, e que daria “um couro” nos adversários.

Para o governador eleito, o modo como o atual vice-governador se expressa não dá bom exemplo. “O senhor envergonha a gente. Esse tratamento não cabe mais na política brasileira nem baiana”, admoestou Jerônimo, dirigindo-se a João Leão.

João Leão também mudou de lado na disputa nacional. Quando rompeu com o PT, ele disse que ainda apoiaria Lula, mas, depois de eleito, anunciou apoio a Bolsonaro.

Lula e Biden conversaram por telefone nesta segunda
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu telefonema do presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, na tarde desta segunda-feira (31). A conversa durou 20 minutos e percorreu temas considerados essenciais pelo futuro governo do Brasil, a exemplo da normalização democrática do país, a conservação do meio ambiente e formas de ampliar a cooperação entre os dois países.

Biden já havia cumprimentado Lula pela conquista do terceiro mandato presidencial, na noite deste domingo (31). “Envio os parabéns a Luiz Inácio Lula da Silva pela vitória em uma eleição livre, justa e digna de confiança. Espero que possamos trabalhar juntos e manter a cooperação entre nossos dois países nos próximos meses e anos que virão pela frente”, escreveu o democrata no Twitter.

ARGENTINA

Hoje (31), o presidente da Argentina, Alberto Fernández, desembarcou em São Paulo, onde almoçou com Lula. Após a reunião, o líder argentino anunciou que a primeira viagem internacional do petista no cargo será ao país vizinho, em data ainda não definida.

Justificativa pode ser feita via internet ou presencialmente
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O eleitor que não compareceu às urnas ontem (30), no segundo turno das eleições gerais, tem 60 dias para justificar a ausência e assim não ficar em situação irregular junto à Justiça Eleitoral.

Quem não vota e não justifica fica sem poder emitir o certificado de quitação eleitoral e pode ficar impedido de emitir documentos de identidade ou passaporte, entre outras limitações. Isso ocorre porque o voto é obrigatório no Brasil, para quem tem entre 18 e 70 anos.

Para ficar quite com a Justiça Eleitoral é preciso ter votado em todas as eleições passadas ou justificado as ausências. O eleitor também não pode ter deixado de atender aos chamados para trabalhar como mesário. Caso esteja irregular, é necessário regularizar a situação por meio do pagamento de multas, por exemplo.

Cada turno de votação é contabilizado como uma eleição independente pela Justiça Eleitoral. No caso do primeiro turno das eleições deste ano, quem não votou tem até 1º de dezembro para justificar a ausência.

Existem três formas de justificar a ausência às urnas: pelo aplicativo e-Título; pelo Sistema Justifica, nos portais da Justiça Eleitoral; ou preenchendo um formulário de justificativa eleitoral.

Cada justificativa é válida somente para o turno ao qual a pessoa não tenha comparecido por estar fora de seu domicílio eleitoral. Assim, caso tenha deixado de votar no primeiro e no segundo turno da eleição, terá de justificar a ausência em cada um.

Além de preencher dados e dar o motivo para ter faltado à votação, é aconselhável anexar documentos que comprovem a justificativa, que em todo caso deve ser analisada por um juiz eleitoral, que pode aceitá-la ou não. Da Agência Brasil.

Jerônimo vê vitórias parciais de adversário em cidades governadas por aliados
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Derrotado pelo governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT) no segundo turno da eleição baiana, ACM Neto (UB) conquistou vitórias parciais em cidades importantes do estado, a exemplo de Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Porto Seguro.

O mesmo ocorreu nas duas maiores cidades do sul da Bahia, Ilhéus e Itabuna, governadas pelos prefeitos Mário Alexandre, Marão, e Augusto Castro, respectivamente, ambos do PSD e aliados de Jerônimo.

Neto recebeu 53.363 votos (54,16%) em Ilhéus ante os 45.168 (45,84%) dados ao petista na cidade. Já em Itabuna, o candidato do União Brasil foi o escolhido de 68.739 eleitores (61,16%), 25.078 a mais do que o governador eleito, que recebeu 43.661 votos grapiúnas (38,84%).

SSP-BA faz balanço de violações da legislação eleitoral || Foto Divulgação
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Forças de segurança prenderam 28 pessoas acusadas de crimes eleitorais na Bahia, neste domingo (30), dia do segundo turno das eleições 2022. De acordo com a Secretaria de Segurança do Estado (SSP-BA), não houve registro de violações graves.

O crime eleitoral mais registrado foi o de boca de urna, que consiste em tentar convencer o eleitor nas proximidades dos locais de votação. Foram 23 ocorrências dessa conduta em Ibirataia (9), Jitaúna (3), Jequié (1), Salvador (3), Monte Santo (1), Rio Real (1), Inhambupe (1) e outros municípios.

No município de Jequié, um homem foi preso em flagrante por usar o celular para registrar o próprio voto na cabine de votação. Já em Salvador, duas pessoas foram detidas por agressão física e outra por lesão corporal.

A coordenação do monitoramento das seções eleitorais coube ao Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), instalado no Centro de Operações e Inteligência, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, com a participação de mais de 30 instituições municipais, estaduais e federais.

Jerônimo com o senador Jaques Wagner, Lula e o ministro da Casa Civil, Rui Costa
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Engenheiro agrônomo e ex-secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues (PT) acaba de ser eleito governador da Bahia. Ele bateu nas urnas o candidato tido como favorito na disputa até o final do primeiro turno, o ex-prefeito ACM Neto (UB). Com 99,9% das urnas totalizadas, Jerônimo obtém 52,78% dos votos válidos ante 47,22%.

Nascido em Aiquara, no Médio Rio de Contas, Jerônimo Rodrigues foi secretário estadual de Desenvolvimento Rural da Bahia, de onde saiu para comandar a pasta da Educação, no período de 2019 até março deste ano. Ele é formado em Agronomia e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

HEGEMONIA DO PT

A vitória do professor e engenheiro agrônomo mantém a hegemonia do Partido dos Trabalhadores na Bahia. O partido está à frente do governo estadual desde 2007 e terá um ciclo de mais quatro anos pela frente. Poderá completar 20 anos no poder.

Jerônimo foi um nome bancado pelo governador Rui Costa, após o ex-governador e senador Jaques Wagner (PT) desistir da disputa. Havia sugestão de nomes como Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas, e de Luiz Caetano, ex-deputado federal e secretário de Relações Institucionais e ex-prefeito de Camaçari.

Com alto índice de aprovação no início deste ano, cofres do estado cheios e desistindo da disputa ao Senado Federal, Rui Costa lançou o nome de Jerônimo e teve apoios internos, como do líder do Governo na Assembleia Legislativa (Alba) e deputado estadual Rosemberg Pinto.

GANHOU FORÇA

O nome de Jerônimo começou a ganhar força, principalmente depois de uma movimentação em que poderia levar Otto Alencar, reeleito senador em 2 de outubro, a disputar o governo baiano. Ele resistiu. Rui costurou apoios e Jerônimo então foi lançado pré-candidato com as bênçãos do ex-presidente Lula.

Nas urnas em 2 de outubro, Jerônimo ficou a menos de 50 mil votos de liquidar a fatura ali. Foi para a disputa em segundo turno contra o ex-prefeito ACM Neto. Acabou eleito com mais de 470 mil votos de frente.

Lula é eleito para terceiro mandato presidencial
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O povo brasileiro elegeu Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República nas eleições 2022, dando ao petista 50,87% dos votos válidos ante 49,13% do presidente Jair Bolsonaro (PL). O Tribunal Superior Eleitoral confirmou o resultado do segundo turno por volta das 19h50min deste domingo (30).

Com 99,45% das urnas apuradas até as 20h19min, Lula recebeu 59.936.533 votos contra 57.892.668 de Bolsonaro. Mais de 5,6 milhões de eleitores votaram em branco ou anularam o voto.

Lula é o primeiro eleito três vezes para a o cargo de presidente do Brasil. Com 77 anos, o filho de Garanhuns (PE) também é o presidente eleito mais velho da história do país.

Após a confirmação da vitória, Lula se dirigiu a um hotel na cidade de São Paulo, onde concederá entrevista coletiva. Depois, seguirá para a Avenida Paulista, onde fará o primeiro pronunciamento como presidente eleito.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não se manifestou após o resultado da eleição. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a vontade das urnas deve ser respeitada.

Puxado pelo ex-presidente Lula, Jerônimo está praticamente eleito governador da Bahia || Foto Ricardo Stuckert
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Com 87% das urnas totalizadas, Jerônimo Rodrigues (PT) impôs vantagem de mais de 320 mil votos e deve ser eleito o governador da Bahia.

Jerônimo está com 52,25% dos votos válidos (3.886.236) e o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (UB) tem 47,75%
(3.551.162).

O Datafolha, do Grupo Folha, já projetou o petista e ex-secretário de Educação como governador eleito da Bahia.

Jerônimo Rodrigues e ACM Neto disputam o governo da Bahia
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A totalização dos votos começa com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (UB) na frente na disputa pelo Governo da Bahia contra Jerônimo Rodrigues (PT) neste segundo turno.

Conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Neto tem 50,7% dos votos válidos (552.293) contra 49,3% (537.065) de Jerônimo, que é apoiado pelo governador Rui Costa.