Mudança de rota na gestão do Colo-Colo || Foto Jéssica Santana/Arquivo
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Não avançaram as tratativas do Colo-Colo Futebol e Regatas com a Global Ativos, e a negociação do time ilheense com o grupo de investimentos do Rio Grande do Sul foram encerradas na última semana. Agora, o Tigre negocia com a empresa RLopes Sports Manager, que pretende assumir a cogestão do Departamento de Futebol do clube.

Apesar da mudança de rota, segundo o presidente do Colo-Colo, Hermano Fahning, está confirmada a participação do time na Série B do Campeonato Baiano de Futebol 2023. A estreia da equipe está prevista para o dia 14 de maio, um domingo, contra o Juazeiro, no Estádio Adauto Moraes, em Juazeiro.

Temporada promete ser de maior equilíbrio entre os grandes clubes do país || Pixabay
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O grande equilíbrio de forças entre os clubes do Brasil sempre foi um dos charmes do nosso futebol. Enquanto na maioria dos países há duas ou três equipes que todos os anos conquistam os principais títulos, aqui sempre houve uma grande alternância. E a temporada 2023 deverá ser uma das mais equilibradas dos últimos anos, afinal, muitos times se reforçaram e outros conseguiram manter suas principais peças. Por isso, torcedores de diversos estados já estão fazendo suas apostas para este ano. Se você também gosta de tentar prever resultados, leia mais sobre o assunto e dê os seus palpites.

Quem vencerá o Brasileirão 2023? E a Libertadores? Essas são algumas das perguntas mais feitas pelos torcedores brasileiros. Bem, há muitos clubes fortes na atual temporada, a começar por Palmeiras, Flamengo e Atlético Mineiro. O trio vem, ao longo dos últimos anos, mantendo uma certa hegemonia no futebol nacional.

Com elencos muito valiosos, os três clubes, sem dúvidas, são fortes candidatos tanto ao título do Brasieirão quanto ao da Libertadores. Mas os outros quatro brasileiros que estão disputando a competição continental também têm muitos pontos fortes. Talvez o mais pronto, no momento, seja o Athletico Paranaense, que já ficou com o vice-campeonato da América no ano passado.

De todo modo, os torcedores de Corinthians, Fluminense e Internacional também têm bons motivos para confiar em seus clubes. Além do peso das camisas, os três fizeram uma boa temporada no ano passado e contam com bons jogadores no elenco. Em uma competição como a Libertadores, disputada no formato mata-mata, eles podem complicar a vida de qualquer rival.

LIBERTADORES

Todos esses clubes que estão na Libertadores também são fortes candidatos no Brasileirão, embora esta seja uma competição que já exige um elenco mais encorpado. Portanto, Palmeiras, Flamengo e Atlético Mineiro, atualmente, parecem estar um pouco à frente dos demais. No entanto, o futebol é bastante movido pelo lado psicológico e se uma equipe conquistar algumas vitórias em sequência e embalar, muito dificilmente será alcançada.

Mas como se não bastassem todos os times já citados, há outros que viraram SAF e já estão montando elencos interessantes, como o Botafogo, o Bahia e o Vasco. Dessa forma, a temporada 2023 tem tudo para ser uma das mais emocionantes dos últimos tempos. Com tanto equilíbrio, os times que quiserem vencer os principais títulos terão de encarar cada jogo como uma verdadeira decisão. Que os torcedores já se preparem para assistir a jogos muito emocionantes ao longo do ano.

Os grupos da Libertadores em 2023 || Arte Conmebol/Twitter
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A Conmebol sorteou os grupos da edição 2023 da Copa Libertadores na noite desta segunda-feira (27) em Luque (Paraguai). O Brasil será representado na competição por sete equipes – Athletico-PR, Atlético-MG (que garantiu a vaga na fase prévia do torneio continental), Corinthians, Flamengo, Fluminense, Internacional e Palmeiras.

Atual campeão da Libertadores, o Flamengo é cabeça de chave do Grupo A, que também conta com Racing (Argentina), Aucas (Equador) e Ñublense (Chile).

Apenas duas chaves não contam com representantes do Brasil. O Grupo F é formado por Boca Juniors (Argentina), Colo-Colo (Chile), Monagas (Venezuela) e Deportivo Pereira (Colômbia). Já o Grupo H tem com Olimpia (Paraguai), Atletico Nacional (Colômbia), Melgar (Peru) e Patronato (Argentina).

Após ser campeão da Série B, Itabuna ficou em terceiro no Baianão de 2023, apesar da arbitragem
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Esperemos que a diretoria continue no esforço e consiga manter uma equipe aguerrida e preparada para derrotar as jogadas extracampo que, por certo, teimarão em dar o ar da graça (totalmente sem graça) nos próximos certames.

 

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Bastou o “Meu time de fé”, agora chamado de “Dragão do Sul”, se soltar dentro das quatro linhas dos campos baianos para incomodar uma legião de personalidades, chamadas, por engano, de desportistas. Foi pinote pra tudo quanto é lado, principalmente pras bandas de Salvador, pois não gostaram do assanhamento dos meninos vestidos de azul e branco pra cima deles, como se fosse proibido dar um chute na hegemonia soteropolitana.

Em 2022, o Itabuna Esporte Clube volta aos campos baianos, dá uns dribles desconcertantes e se sagra campeão baiano da série B (reveja aqui). Até a disputa final foi parar na justiça, como se a vitória mais bonita não fosse em campo, com jogadas alegres, algumas delas convertidas em gol para o delírio da torcida vencedora. Contra tudo e contra (quase) todos, venceu e convenceu.

Relembrando 53 anos passados, a modesta equipe do Itabuna, porém compromissada com o bom futebol, tem o desplante de baixar, saravá, e incomodar, vencendo, seguidamente, os adversários. Foi como mexer num vespeiro. Sem quê nem pra quê, a surpresa dos adversários se transformou em ameaça, não de violência dentro e fora de campo, mas da soberania no futebol baiano.

Entra ano e sai ano, o Campeonato Baiano é aquela mesmice, com Bahia e Vitória disputando as finais, uma ou outra ganhando, às vezes, por anos seguidos, salvo algumas intromissões de pouquíssimos clubes do interior. Acredito, até, que o culpado foi o próprio time do Itabuna, empolgado com a vitória do campeonato da série B, resolveu “meter o ferro na boneca”, como dizia França Teixeira.

Foi só mexer nos brios dos velhos caciques que a maré começou a ficar “caroçuda” e elementos estranhos ao (bom) futebol passaram a interferir nos resultados. E isso já era esperado pelos mais antigos, ou experientes, como manda a regra do politicamente correto. Também foi muito atrevimento um time do interior, hibernando por longos anos, acordar para o futebol de vitórias.

Na realidade, se os meninos do Itabuna chegassem de mansinho, comendo o mingau pelas beiradas, não despertaria tamanha ira dos dominantes, e como na capoeira, ao final, aplicasse um asfixiante, uma ponteira, deixando o adversário estendido ao chão. Às vezes acredito que a culpa tenha sido do técnico que orientou “mal” os seus atletas incitando-os a ganhar todos os jogos.

O Itabuna pensava que era quem? A seleção amadora de Itabuna da década de 1960, que vencia e convencia, não se importando nem mesmo com os árbitros? Pois é, esse tempo já passou e hoje para se formar um time vencedor custa muito dinheiro, depende de investidores, que somente colocam seus recursos para colher os resultados, de forma imediata. É toma lá, dá cá.

Não sou um especialista em futebol, apesar de ter trabalhado na comunicação esportiva. Muito menos do Itabuna, do qual sou apenas fiel torcedor. Mesmo de fora, acompanhei como pude a formação do time, modesto mas aguerrido. Sempre estava atento aos jogos, acompanhando em canais no YouTube. A cada jogo analisava a coragem da diretoria em formar uma equipe após 12 anos fora do campeonato baiano da série A.

Barreiras por toda parte, a começar pela falta de estádio para treinar e mandar seus jogos junto de sua torcida, sem falar na contratação da comissão técnica e jogadores e a manutenção de toda a estrutura. Pensando nisso, vinha à memória o Itabuna Esporte Clube mantido pelos cacauicultores, pecuaristas, industriais e comerciantes, isso há cinco décadas. Os tempos são outros.

Em cada jogo que assistia me vinha à mente os jogadores do passado e os atuais, cuja comparação não pode mais ser feita, haja vista – também – a qualidade dos adversários. E me perguntava se não seriam válidas nos treinos as presenças de jogadores como Carlos Riela, para mostrar como desarmava o adversário e construía uma jogada; e de Bel (Abelardo Moreira), que posicionado frente a nossa defesa dava um passe certeiro na cabeça do centroavante, posicionado na área adversária, para finalizar com um gol.

Mas tudo tem seu tempo, os mais experientes param pela ação dos anos e aos novos ficam a obrigação de fazer um futebol melhor, dar a alegria aos torcedores sempre que colocar a bola no fundo das redes adversárias. Se pensamos assim para os que se posicionam dentro de campo, esperamos que comportamento igual seja destinado aos que mandam no futebol. Ou será uma simples utopia?

Parabéns ao Itabuna que continua no campeonato baiano da série A, disputará o campeonato brasileiro da série D e ainda participará da Copa Brasil. Mas como o calendário cheio é em 2024, esperemos que a diretoria continue no esforço e consiga manter uma equipe aguerrida e preparada para derrotar as jogadas extracampo que, por certo, teimarão em dar o ar da graça (totalmente sem graça) nos próximos certames.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Itabuna garante vaga na Copa do Brasil e na Série D do Brasileiro em 2024 || Foto Rafael Machado/ECB
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A campanha histórica do Itabuna Esporte Clube no Baianão de Futebol deste ano assegurou participação do time do sul do estado na Copa do Brasil de 2024. Será a primeira vez que O Dragão do Sul disputará a Copa do Brasil. O Itabuna ainda garantiu vaga na Série D do Campeonato Brasileiro.

O Itabuna havia terminado a fase de classificação em quarto lugar, mas a vitória contra o Bahia no jogo de ida das semifinais levou a equipe do sul do estado a superar a Juazeirense em número de pontos (18 a 16).

O time de Juazeiro perdeu as duas partidas contra o Jacuipense, equipe que disputará o título do Baianão pela segunda vez consecutiva, agora contra o Bahia em datas que ainda serão confirmadas pela Federação Bahiana de Futebol (FBF).

Bremer volta a ser convocado pela Seleção Brasileira || Lucas Figueiredo/CBF
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Nascido em Itapitanga, no sul da Bahia, o zagueiro Bremer, da Juventus, mais uma vez foi convocado para defender a Seleção Brasileira. Ele substituirá o zagueiro Marquinhos, do PSG, cortado do amistoso contra o Marrocos, no dia 25, em Tânger, no estádio Ibn Batouta,  no país africano, por causa de lesão.

A Seleção Brasileira se apresenta nesta segunda-feira (20), em Tânger. A equipe será comandada pelo técnico interino Ramon Menezes, campeão invicto do Sul-Americano Sub-20 na Colômbia. O treinador da Seleção comandou cinco atividades antes da partida no sábado (18).

Bremer é o terceiro jogador da esquerda para direita ao fundo || Lucas Figueiredo/CBF

Não será a primeira vez que o zagueiro Bremer vestirá a camisa da Seleção Brasileira. Ele esteve na Copa do Mundo do Catar, estreou na partida em que o Brasil sofreu derrota por 1 a 0 para Seleção de Camarões,na última fase de grupos, no Estádio Lusail. No confronto, o então treinador Tite usou uma equipe reserva.

O zagueiro Bremer é desconhecido no Brasil. O atleta começou a carreira em 2014 nas categorias de base do Desportiva Brasil, do interior de São Paulo, onde ficou até 2016. Emprestado ao São Paulo, onde atuou por um ano, teve passe adquirido pelo Atlético Mineiro em 2017, que pagou R$ 380 mil. Depois de um ano, tendo jogado 33 partidas, acabou negociado para o futebol italiano.

DOIS SUL-BAIANOS CONVOCADOS

Bremer se torna o segundo nome do sul da Bahia convocado pelo treinador Ramon Menezes para a partido contra Marrocos. No início deste mês, o volante André, do Fluminense-RJ, também foi chamado para a partida do próximo sábado (relembre aqui). O jogador do Fluzão é natural de Ibirataia. Atualizado às 15h30min.

Jogadores de Canavieiras no registro do duelo contra Belmonte, em 1960 ||
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“Foram quinze dias de treinamento tático e físico. Seria agora ou nunca quebrar o tabu de uma década de maus resultados. E os canavieirenses partiriam pro tudo ou nada”.

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Imaginem o clima de rivalidade no futebol entre duas cidades-irmãs (ou mãe e filha, como queiram), a exemplo de Itabuna e Ilhéus, ou entre dois países “hermanos”, do tipo Brasil e Argentina…não queiram nem pensar! Pois aqui, no Sul da Bahia, tem jogos mais acirrados quando os contendores são os selecionados de Canavieiras e Belmonte, cidades que têm muitas afinidades, digo mais, parentescos.

Se a partida for disputada em Belmonte, no estádio Orlando Paternostro, então, o buraco é mais embaixo, como dizem na gíria. E as dificuldades para esse jogo envolvem um planejamento diferente, como se os dois times fossem se enfrentar numa guerra. E era! A começar pelos preparativos, que requeriam muito estudo sobre a maré que permitiria viajar tranquilamente pelos canais que cortam o imenso manguezal.

E essa etapa a ser cumprida era por demais importante, pois a maré baixa era uma ameaça de interrupção da viagem e qualquer dos dois poderiam tomar um WO, mesmo que não fosse um jogo valendo pelo campeonato intermunicipal. E explico: caso a maré permitisse, viajariam no mesmo dia do jogo, para evitar as manifestações contrárias da torcida belmontense, conhecida pelo fanatismo. Do contrário, teriam de ir no dia anterior.

Em 1960, como conta o ex-jogador João Xavier, a Seleção de Canavieiras estava há 10 anos sem conseguir vencer o selecionado belmontense. Já era considerado um tabu difícil de ser batido, dito e conhecido como freguês de carteirinha. E nessa condição, os dirigentes de Belmonte convidaram os canavieirenses para disputar uma partida superimportante, que marcaria a reinauguração do Estádio Orlando “Setentão” Paternostro.

Desafio aceito, a Seleção de Canavieiras se prepara para o jogo do século, prometendo quebrar o tabu de uma década de derrotas e empates. E aqui, vale a pena salientar, que belmontenses e canavieirenses são grandes amigos, parentes, desde a fundação das duas cidades, quando por aqui chegaram os portugueses, franceses, italianos e escolheram em qual foz dos rios Pardo ou Jequitinhonha fincariam moradia.

Fora do futebol, os moradores das duas cidades se completavam, mas ao anunciarem uma partida entre eles, o clima esquentava. E uma partida para reinaugurar o importante estádio ficaria na história da cidade. E não era pra menos, seriam lembrados eternamente, com placa de bronze com os nomes de dirigentes, jogadores e o placar vencedor em letras garrafais na placa inauguratória.

E pela qualidade dos seus jogadores, Belmonte tinha direito a sonhar alto. Quem ousaria desafiar uma seleção com os goleiros Padre, Edmílson e Urbano, além de Carlos Gama, Carioca, Arcanjo Cara de Osso, que depois jogou no Vitória da Bahia, Sandoval, Herculano, Totônio, Porto Seguro, Diniz, Cabo Jorge, que jogou no Galícia e Ypiranga, Edílson e Lubião? Todos presididos pelo aviador Nena Lapa.

A Seleção de Canavieiras não ficava atrás, pois era formada por craques de primeira, agora reforçada pelo bancário e craque João Xavier, e Bené, um garoto que viria a fazer muito sucesso no Botafogo Carioca com o nome de Canavieira. Foram quinze dias de treinamento tático e físico. Seria agora ou nunca quebrar o tabu de uma década de maus resultados. E os canavieirenses partiriam pro tudo ou nada.

No dia da viagem apareceram no porto grande para pegar a lancha os jogadores Gilvan, Nondas, Leto, Chico, Talminho, Natal, Teotônio, Xavier, Super Coelho, Jorge, Bené (Canavieira), Duzinho, Pequeno, Cavaquinho, Miruca, dentre outros que a memória falha. A primeira baixa apareceu logo no porto, com o goleiro reserva incapacitado para viajar, tudo por conta da farra na noite anterior.

Como não tinham tempo para convocar outro goleiro, tentaram a sorte levando apenas Chico. Sabedores do ponto fraco de Canavieiras, os jogadores de Belmonte não contaram conversa até tirar o goleiro Chico de campo, com uma grande pancada na perna, após marcarem um gol. E agora, quem substituiria Chico? E a escolha recaiu sobre o centroavante Cavaquinho, um craque que atuava em qualquer posição, e goleador nato.

Conta João Xavier que, na hora, os canavieirenses lembraram do tabu que tanto queriam quebrar, e o desespero tomou conta da turma. Mas, os jogadores foram se refazendo e, aos poucos, começaram a dominar o jogo. Os belmontenses ainda não conheciam o garoto Bené, que logo marcou um gol, seguido de Miruca. E o placar do estádio Orlando Paternostro marcava 2X1, a primeira derrota em 10 anos. Justamente para Canavieiras.

E os torcedores e jogadores de Belmonte pressionaram os adversários até quando o árbitro, finalmente, deu o espetáculo por encerrado, para o desespero dos belmontenses, desacostumados a perder uma partida para Canavieiras há longos 10 anos. Na volta, uma festa e tanta na lancha, em que até o garoto Bené entrou na comemoração, bebendo e fumando pela primeira vez.

Pelo serviço de rádio do aeroporto, o resultado do jogo já era conhecido em Canavieiras, e sua torcida foi ao porto grande recepcionar os jogadores. E a festa entrou noite adentro e somente terminou com os primeiros raios do sol. O tabu foi quebrado na casa do adversário e justamente em tarde de gala na reinauguração do estádio, orgulho dos belmontenses. E em Belmonte nunca mais se falou desse jogo.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Neném, primeiro agachado à esquerda, com demais jogadores do Janízaros de 1961
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Dono de uma saúde invejável, Neném costumava, nos dias de jogos, sair correndo de sua casa, no bairro da Conceição, até o campo da Desportiva. Dizia ser o preaquecimento.

Walmir Rosário

Jesuíno José da Conceição era o seu nome de batismo, mas todos o conheciam como Neném. Em campo, não escolhia a posição: ponta-direita, lateral-direita ou quarto zagueiro, pouco importava, ele apenas atendia à determinação do técnico. Atleta de fôlego, corria no campo os 90 minutos e a prorrogação, se fosse necessário. No fim do jogo ainda apresentava muita disposição.

Neném passou por vários times amadores, como o Botafogo do bairro da Conceição, onde foi vice-campeão em 1958, bicampeão pelo Janízaros, Flamengo e Seleção de Itabuna nos anos de 1964, 65 e 66. Como profissional, passou pelo Itabuna Esporte Clube, Vitória da Conquista, Confiança de Aracaju e Fluminense de Feira. Em todos eles, colecionou amigos entre os jogadores, torcedores e dirigentes.

Neném era daqueles que gostavam do futebol alegre e jogado com amor. Como profissional, aceitou ganhar apenas um salário mínimo no Itabuna, apesar de receber muito mais nos times amadores. E fez isso para atender ao apelo de dirigentes como Zelito Brandão Fontes, que considerava um dos baluartes do Itabuna Esporte Clube, ao lado de outros, a exemplo de Charles Henri.

Jogava bola porque gostava, principalmente ao lado de craques da qualidade de Fernando Riela, Santinho, Mágua, Wilson Longo, Armandinho, Luizinho, Betinho e outros jogadores espetaculares de sua geração. Encarava o futebol como coisa séria, tanto que se empenhava com muita seriedade nos treinamentos e nos jogos, para a alegria de dirigentes e treinadores.

Dono de uma saúde invejável, Neném costumava, nos dias de jogos, sair correndo de sua casa, no bairro da Conceição, até o campo da Desportiva. Dizia ser o preaquecimento. Nos treinos físicos fazia o mesmo e era sempre o escolhido para puxar a fila, o que causava certo desespero em outros atletas nem tão corajosos ou que não gostavam muito da educação física.

Esse empenho nas partidas e o fato de não se “mascarar” lhe valiam o apoio da torcida, o que considerava fundamental nos jogos na Desportiva, principalmente na hora de encarar times grandes. Com a mesma determinação com que jogava contra um adversário do campeonato de amadores, enfrentava times do Rio de Janeiro ou Salvador, a exemplo do Flamengo, Bonsucesso, América, Madureira, ou Bahia e Vitória.

Apesar de ter trabalhado com técnicos experientes como Paulo Emílio, Ivo Hoffmann, dentre outros, admitia que naquela época os próprios jogadores discutiam entre eles a forma de jogar. Geralmente, os técnicos apenas davam as camisas e os incentivavam. Na seleção amadora de Itabuna, dentro de campo, eram eles quem resolviam, sob a liderança de Tombinho.

Na avaliação de Neném, jogar no interior exigia bem mais do que atuar na capital, onde os times eram protegidos da Federação Bahiana de Futebol. Para vencer um jogo, não só era preciso jogar bem, precisavam se defender da marcação dos jogadores adversários, bem como dos árbitros, que já vinham determinados a fazer valer a decisão dos dirigentes da capital.

Neném ressaltava a péssima qualidade dos campos do interior, onde prevaleciam buracos de até 30 centímetros e gramados imprestáveis. Ele dizia gostar dos gramados que pareciam uma mesa de sinuca, onde a bola rolava macia. Disse-me certa vez que se antes houvesse televisão, onde os atletas do interior pudessem ver os jogos de grandes equipes, eles teriam aprimorado técnicas e jogado muito mais.

Mas nem sempre tudo são flores na carreira de um jogador, seja ele amador ou profissional. Neném jogou como ponteiro-direito, lateral-direito e encerrou a carreira como zagueiro. Em 17 de julho de 1968, jogando pelo Itabuna Esporte Clube contra o Bahia, Neném teve a infelicidade de marcar dois gols contra, e o Itabuna perdeu pelo placar de 3X2. De início a torcida pega no seu pé, mas, como ele tinha um grande saldo positivo, logo esquece e Neném joga outras partidas brilhantes.

Apesar de todas essas facilidades tecnológicas, ele critica a falta de campos de futebol nos bairros, responsáveis pela revelação de inúmeros craques. Outro problema citado por Neném é a falta de visão dos dirigentes de Itabuna, que poderiam arregimentar bons jogadores em toda a região e treiná-los, colocando-os para disputar posição, em vez de contratá-los fora.

Neném admite não ter ganhado muito dinheiro com o futebol, mesmo com as oportunidades que teve. E não foi por falta de chances, já que foi convidado para jogar em equipes do Rio de Janeiro e da Venezuela, onde abundavam os petrodólares. Um exemplo é que o empresário Mituca permaneceu nove dias em Itabuna aguardando sua resposta, negativa, por sinal.

E Neném era uma pessoa querida por todos por onde passou. Era uma presença obrigatória no Bar Avenida, onde se falava muito de futebol e política, e no Beco do Fuxico. Além do futebol, Neném foi comerciante de gado, fazendas e açougues, e deixou muitas saudades no meio desportivo baiano.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Direção do Barça anuncia desligamento de Gelson Conte
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O Barcelona de Ilhéus anunciou, nesta quinta-feira (16), a demissão de toda sua comissão técnica. De saída, o técnico Gelson Conte será substituído pelo colega Paulo Sales, que comandou o time ilheense na boa campanha no Baianão 2022.

Paulo retorna ao clube com a missão de liderar o Barça na nona e última rodada do Campeonato Baiano de Futebol 2023. No jogo contra o Vitória, em Salvador, a Onça entrará em campo com chances remotas de classificação e sob ameaça de rebaixamento.

Paulo Sales retorna ao Barcelona de Ilhéus

Os quatro primeiros colocados avançam às semifinais. O Barcelona tem 9 pontos e está na sétima colocação. O único dos quatro times das primeiras posições que pode ser alcançado pela equipe ilheense é o Itabuna, que tem 12 pontos. Na última rodada, o Itabuna recebe o Bahia, que lidera a competição com 21 pontos e está classificado, assim como a Juazeirense (16 pontos). O terceiro lugar é do Jacuipense, com 14 pontos.

Para se classificar, o Barça tem que vencer o Leão da capital, torcer por uma derrota do Itabuna e secar o Bahia de Feira, que tem 10 pontos e enfrentará o Jacobinense, penúltimo colocado com 7 pontos.

O jogo entre Bahia de Feira e Jacobinense também interessa o Barça nas contas para evitar o rebaixamento. Em caso de derrota para o Vitória, a Onça poderá ser rebaixada caso o Jacobinense some três pontos na última rodada.

Alexsandro marca o segundo gol na goleada aplicada pelo Bahia de Feira || Imagem TVE-BA
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O Itabuna sofreu goleada do Bahia de Feira, na Arena Cajueiro, em Feira de Santana, na noite deste domingo (12), pela oitava rodada do Campeonato Baiano de Futebol 2023. O time da Princesinha do Sertão aplicou 4 a 0 no Dragão do Sul, que completou cinco jogos sem vencer e tem classificação à segunda fase ameaçada.

O placar foi aberto aos 22 minutos do primeiro tempo. Deon aproveitou cruzamento de Thiago Correia, na medida, para superar o goleiro Thiago Passos e estufar a rede adversária. O Tremendão não demorou para ampliar. Numa jogada de contra-ataque pela lateral direita, o Bahia de Feira fez 2 a 0 com o atacante Alexsandro.

Depois do segundo gol sofrido, o Itabuna conseguiu suportar a pressão do adversário, mas o técnico Sérgio Araújo preferiu lançar o time no ataque com substituições que enfraqueceram o meio de campo. A estratégia permitiu ao adversário investir nos contra-ataques.

A goleada começou a ficar clara nos últimos 12 minutos de jogo. O terceiro gol do Tremendão pintou após um contra-ataque. Caíque aproveitou lançamento do campo de defesa e bateu o goleiro Thiago Passos.

Um dos principais nomes do Dragão do Sul nas rodadas iniciais do Baianão, o goleiro azulino vacilou no quarto gol, aos 47 minutos, ao ser envolvido em bela troca de passes do ataque feirense. Clecione superou a zaga itabunense e tocou para Emerson decretar o placar final.

CONFRONTO COM O BAHIA

Apesar da goleada e da série de cinco jogos sem saber o que é vencer, o Itabuna permanece no G-4, o grupo dos times que avançam para a próxima fase do Baianão. Porém, o último desafio da equipe na fase de classificação será contra o líder da competição, o Bahia, que tem 21 pontos, nove a mais que o Dragão do Sul. O jogo será no próximo dia 26, no Estádio Municipal de Camacan, a 86 quilômetros de Itabuna.

ASSISTA AOS GOLS DA PARTIDA

Barcelona vence e sobe para quarta colocação do Baiano || Reprodução TVE-BA
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O Barcelona de Ilhéus entrou na zona de classificação para a segunda fase do Campeonato Baiano. Jogando na noite deste domingo (29), no Estádio Mário Pessoa, dm Ilhéus, a equipe venceu o Doce Mel por 3 a 0 e subiu para a quarta colocação, com oito pontos, quatro a menos que o Bahia. O Tricolor venceu o Vitória por 1 a 0 e chegou à liderança isolada, com 12 pontos.

Os gols do Barcelona foram marcados por Diego, Everton e Bernardo. Além de Bahia, o time de Ilhéus está atrás de Itabuna e Jacuipense. Ambos dividem a segunda colocação do Campeonato Baiano, com 10 pontos em cinco jogos. Na quarta-feira (1º), o Barcelona recebe o Bahia, no Estádio Mário Pessoa.

O lanterna Doce Mel, que tem apenas um ponto, enfrentará a Juazeirense, no sábado (4), no Estádio Waldomiro Borges. O time de Juazeiro tem um jogo a menos e seis pontos. Além do Barcelona vencendo o Doce Mel e o Bahia derrotando o Vitória, a quinta rodada teve empate de 1 a 1 entre Jacuipense x Itabuna, e vitória por 1 a 0 do Atlético de Alagoinhas contra o Jacobinense. A quinta rodada será concluída na terça-feira, com a partida entre Juazeirense e Bahia de Feira.

Barcelona, de vermelho, empata com o Bahia de Feira em 0 a 0 || Imagem TVE-BA
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O Barcelona de Ilhéus conseguiu um pontinho no jogo contra o Bahia de Feira, na Arena Cajueiro, em Feira de Santana. Encerramento da quarta rodada do Campeonato Baiano de Futebol, a partida terminou sem gols, na noite desta quinta-feira (26).

Com o resultado, a equipe ilheense chegou aos 5 pontos e caiu para a sexta colocação devido às vitórias de Juazeirense e Jacobinense na rodada. As duas equipes somam 6 pontos cada uma e estão em quarto e quinto lugares, respectivamente.

JOGO CONTRA O LANTERNA

O Barça de Ilhéus tem novo compromisso no domingo (29), às 18h, no Estádio Mário Pessoa. Pegará o lanterninha da competição, o Doce Mel, que tem apenas um ponto em quatro jogos. Ontem (26), a equipe de Ipiaú perdeu para o Vitória por 3 a 0, no Barradão, em Salvador.

Itabuna perdeu na quarta rodada, mas se beneficiou de derrota do Bahia || Foto Itabuna EC
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Itabuna e Bahia chegaram à quarta rodada do Campeonato Baiano de Futebol com 100% de aproveitamento. Após  se recuperar e empatar a partida, na terça (24), o Dragão do Sul vacilou nos instantes finais e perdeu por 2 a 1 da Juazeirense, no Estádio Mário Pessoa, em Ilhéus. Conhecia ali a sua primeira derrota no certame. Poderia ser ultrapassado pelo Tricolor na noite seguinte.

Mas… Na noite desta quarta-feira (25), o Itabuna teve uma ajudinha do Jacobinense para se manter na liderança do Baianão. A equipe do interior derrotou o Bahia por 1 a 0 e subiu para a quinta colocação. O Bahia é o vice-líder do Estadual. Assim como o Itabuna, possui 9 pontos, mas perde para a equipe sul-baiana no saldo de gols: 4 a 3.

O Itabuna volta a campo no próximo sábado (28). Jogará contra a Jacuipense, no Estádio Eliel Martins, às 16h. O Bahia terá o maior clássico do Norte-Nordeste pela frente. Enfrentará o Vitória, na Fonte Nova, em Salvador, às 16h, no próximo domingo (29).

BARCELONA JOGA HOJE

Um dos três representantes do sul da Bahia na Série A do Baianão, o Barcelona de Ilhéus parte em busca de reabilitação no campeonato, nesta quinta-feira (26), às 21h30min, na Arena Cajueiro, em Feira de Santana. Enfrentará o Bahia de Feira. A partida fecha a rodada.

A equipe ilheense soma quatro pontos e conheceu a primeira derrota diante do Itabuna, no último sábado (21). O Dragão do Sul superou a força da torcida ilheense ao vencer o Barcelona por 1 a 0, em pleno Mário Pessoa.

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O Itabuna manteve 100% de aproveitamento no Baianão 2023 ao bater o Barcelona de Ilhéus, por 1 a 0, em jogo válido pela terceira rodada do campeonato. A partida foi disputada no Estádio Mário Pessoa, na tarde deste sábado (21).

O gol da vitória do Dragão do Sul foi marcado pelo agora artilheiro do Campeonato Baiano de Futebol 2023, Cesinha, no finalzinho do primeiro tempo. O atacante chegou a 3 gols no Baianão.

O Itabuna lidera o Estadual. Tem 9 pontos, empatado com o Bahia, mas leva vantagem no saldo de gols. O Dragão tem saldo de 5 contra 4 do Tricolor. O Barcelona de Ilhéus tem 4 pontos e está na quarta posição, provisoriamente.

Na próxima rodada do Baianão, o Itabuna enfrentará a Juazeirense, na terça-feira (24), no Mário Pessoa, em Ilhéus, às 20h30min. Na quinta (26), o Barcelona enfrenta o Bahia de Feira, em Feira de Santana, às 21h30min. Confira o gol do jogo.

TVE-BA transmite Barcelona de Ilhéus e Itabuna neste sábado || Foto Fernando Vivas GOVBA
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TVE-BA transmite, neste sábado (21), rodada dupla no Campeonato Baiano de Futebol. No clássico regional, o Barcelona enfrenta o Itabuna, às 16h, no Estádio Mário Pessoa, em Ilhéus. No segundo jogo da terceira rodada, o Jacuipense encara o Jacobinense, às 18h30min, no Estádio Eliel Martins, em Riachão do Jacuípe. Além da TV, os torcedores também podem acompanhar pelo Youtube.com/tvebahia e Facebook.com/tvebahia da emissora.

Em quarto lugar na tabela, com 4 pontos, o Barçalona de Ilhéus, após derrotar o Juazeirense fora de casa por 1 a 0, quer vencer a segunda partida seguida para se manter entre os primeiros. Já Itabuna, atual segundo colocado na competição com 100% de aproveitamento e um saldo de quatro gols, quer aproveitar a boa fase e voltar para liderança. O atual líder é o Bahia, que tem 9 pontos, mas já jogou na rodada. O Dragão do Sul tem seis pontos em dois jogos.

O Jacuipense e o Jacobinense se enfrentam em uma partida por posições na tabela. Respectivamente em 6º e 5º lugares, as duas equipes vêm de jogos bem equilibrados, estão empatadas com 3 pontos cada e buscam a vitória para entrarem na zona de classificação.

As coberturas terão narração de Rainan Peralva e Manuela Avena, com comentários de Rodrigo Araújo. Os torcedores poderão participar, também, pelo WhatsApp 71 99626 0307. Os programas TVE Esporte (segunda-feira, às 19h), TVE Revista (diariamente, às 12h) e TVE Notícias (diariamente, às 18h30) fazem a cobertura especial da competição.