Clínica Amo tem unidades em Ilhéus, Salvador, Aracaju e Natal
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Uma das maiores redes de serviços em saúde o País, a Dasa anunciou, na manhã desta quinta (1º), a aquisição da Clínica Amo, especializada em Oncologia e com unidades em Salvador e Ilhéus, na Bahia, além de Aracaju (SE) e Natal (RN). A operação ainda está sujeita a aprovação dos órgãos reguladores, conforme comunicado.

A AMO é das maiores no país na área de oncologia e está posicionada entre os principais players do setor em faturamento. É a primeira na Bahia a receber a certificação internacional QOPI (Quality Oncology Practice Initiative) pela Sociedade Americana de Oncologia.

“Com 27 anos de história, a Clínica AMO é reconhecida pelo alto padrão de atendimento no cuidado multidisciplinar, integrado e efetivo em oncologia, hematologia e especialidades correlatas por meio da prevenção, diagnóstico, tratamento, cura, suporte paliativo e pesquisa clínica”, reforça o comunicado da Dasa.

AQUISIÇÕES

A aquisição é a terceira realizada pela companhia no Nordeste em 2021. Em março, a empresa anunciou a aquisição do Hospital São Domingos (HSD), sediado em São Luís, Maranhão, e, em junho, integrou-se ao Hospital da Bahia, unidade de alta complexidade em Salvador (BA). A Dasa informa que todos os negócios ainda estão sujeitos à aprovação dos órgãos regulatórios.

Prefeitos de Itacaré e Maraú anunciam medidas para acabar com lixões
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Os municípios de Itacaré e Maraú deram mais um grande passo para acabar de vez com os lixões e assegurar um novo destino para os resíduos sólidos, levando para os aterros sanitários. Os prefeitos de Itacaré, Antônio Anízio, e de Maraú, Manassés Souza, se reuniram nesta quarta-feira (30) com os representantes da empresa CVR Costa do Cacau Rodrigo Zaché e Maurício Ramos Sena para discutir sobre a parceria de operação logística de transbordo nesses dois municípios, com destinação final para o aterro sanitário, que fica entre Ilhéus e Itabuna.

As estações de transbordo são pontos de transferência intermediários de resíduos coletados nos municípios, criados em função da considerável distância entre a área de coleta e o local de destinação final. Nas estações de transbordo que serão criadas nesses municípios, os resíduos coletados pelos caminhões compactadores são descarregados e depois colocados em carretas de maior capacidade que levam estes resíduos até o aterro sanitário. Já as áreas onde estão hoje os lixões de Itacaré e Maraú serão recuperadas, devolvendo a vegetação e preservando as nascentes, rios e manguezais.

Durante o encontro os prefeitos discutiram sobre uma série de vantagens da criação da estação de transbordo, que vão desde as questões ambientais e de legislação, como também os fatores sociais e econômicos, criando a coleta seletiva, melhorando o aproveitamento dos produtos reciclado e garantindo mais renda para os catadores. Eles enumeram ainda vantagens para o turismo, com áreas mais limpas, natureza preservada e a divulgação de uma cidade verdadeiramente sustentável.

O próximo passo dos municípios será providenciar todas as questões legais para firmar o convênio, criando a estação de transbordo e garantindo a logística de transportes pela CVR Costa do Cacau. O objetivo, segundo os prefeitos, é resolver o mais rápido possível a situação do destino do lixo em Itacaré e Maraú, enviando para os aterros sanitários e acabando de vez com os lixões nesses dois municípios, garantindo mais saúde, qualidade de vida e a preservação do meio ambiente.

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Nova ligação entre centro e zona sul, ponte estaiada completa um ano || Foto José Nazal

A Ponte Jorge Amado melhorou a mobilidade urbana e já é dos mais fotografados cartões-postais de Ilhéus, no sul da Bahia. A belíssima paisagem natural da Baía do Pontal, onde o Rio Cacheira se encontra com o mar, ganhou uma novo composição com a primeira ponte estaiada da Bahia. A obra completa um ano de sua inauguração amanhã, dia 1º.

Altran: mobilidade melhorou muito

Primeira ponte estaiada da Bahia, a obra recebeu investimentos de cerca de R$ 100 milhões e foi entregue há um ano pelo governo estadual. Para a população ilheense, o primeiro ano de entrega da ponte é motivo de orgulho e satisfação, numa cidade repleta de encantos naturais, grande patrimônio cultural e arquitetônico e agora um promissor polo de produção de chocolates de origem que conquistam mercado no Brasil e no exterior.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Ilhéus, Anselmo Clemente, destaca o impacto da ponte. “Foi totalmente positivo, porque havia uma única ponte [antes], que travava o trânsito pela manhã e final de tarde, com prejuízos para o comércio. Hoje tudo ficou mais ágil. As pessoas se deslocam com rapidez. É um divisor de águas na história da cidade”.

O fluxo médio diário é de 8 mil veículos durante a semana e de 10 mil veículos por dia nos finais de semana, sem o registro de congestionamentos, segundo a Superintendência de Infraestrutura de Transporte (SIT), da Secretaria Estadual de Infraestrutura.

“MOBILIDADE MELHOROU MUITO”

O profissional liberal Jorge Guerra lembra da espera pela nova ponte. “Esperamos por essa ponte há mais de 30 anos. Ela desafogou o tráfego na cidade e agora a ligação entre o centro e a zona sul ficou muito mais rápida. Trata-se de uma grande obra do Governo do Estado”, afirma

Nilson dos Santos Carneiro, que trabalha em uma cabana de praia, ressalta que “com a ponte, melhorou muito o movimento, já que as pessoas que frequentam o litoral não perdem mais tempo em congestionamentos”. O motoboy Altran Lima diz que “o nosso trabalho melhorou muito porque podemos atender mais clientes. O trajeto ficou mais rápido, mas os benefícios são para toda a população. Ilhéus só tem a agradecer ao Governo do Estado pela concretização de um projeto tão importante”.

Pedro Hora diz que trânsito hoje flui normalmente || Foto Daniel Thame

TURISMO PÓS-PANDEMIA

Para o operador de turismo José Humberto Sá Nery, a obra não só melhorou a autoestima do ilheense. “A ponte é um grande vetor de desenvolvimento, com a valorização das áreas próximas, o impulso na construção civil e as perspectivas para o turismo, no pós pandemia, quando a cidade certamente terá um grande impulso no setor que gera milhares de empregos”.

Já o estudante Pedro Hora diz que a ponte melhorou a vida de quem mora na zona sul e precisa se deslocar diariamente para o centro e vice-versa, facilitando também o acesso às praias. “O trânsito hoje flui normalmente em qualquer horário. Além disso, a ponte deixou a cidade ainda mais bonita. As pessoas param e tiram fotos. Ilhéus ganhou um cartão-postal que é orgulho para todos nós”.

Como obra complementar do acesso à ponte, o Governo do Estado realizou a recuperação e duplicação da rodovia BA-001, no trecho entre as proximidades do Hotel Opaba e o entroncamento da BR-251. Com extensão de 5,4 quilômetros, a duplicação teve um investimento de R$ 10,5 milhões.

Secretário afirma que município só recebeu na semana passada documento necessário para iniciar processo licitatório de terceirização da unidade
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Parte considerável da população de Ilhéus esperava que o Hospital Materno-infantil fosse inaugurado nesta segunda-feira (28), quando o município comemorou os 487 anos da fundação da antiga Vila de São Jorge. Um outdoor sobre a obra, instalado perto do Viaduto Catalão, reforçou a expectativa frustrada por novo adiamento.

No dia 12 de janeiro de 2021, o governo estadual informou que o equipamento seria inaugurado em abril deste ano. Ajustes da previsão adiaram o prazo para maio e, finalmente, até este mês de junho, o que levou muitas pessoas a acreditar que a entrega seria um presente de aniversário do estado para o município.

A nova maternidade de Ilhéus ocupa o terreno do antigo Hospital Regional Luiz Viana Filho, no Alto da Conquista. Apesar de ter sido construída pelo estado – informação omitida no outdoor da Prefeitura, a unidade funcionará sob gestão municipal.

A Secretaria de Saúde de Ilhéus (Sesau), por sua vez, vai terceirizar a administração da maternidade para uma organização social, que será selecionada por meio de processo licitatório.

Procurado pelo PIMENTA, o secretário de Saúde Geraldo Magela contestou a tese segundo a qual a maternidade não foi inaugurada ontem por demora da Prefeitura para licitar a terceirização. “Somente na semana passada foi assinado o documento de transferência do hospital do estado para o município. Portanto, o município não poderia licitar nada [antes de receber o documento]”, informou.

O secretário estima que a terceirização será licitada até meados de julho, de modo que a maternidade seja inaugurada ainda no final do próximo mês.

Ele acrescentou que a Sesau corre para comprar o oxigênio que será usado na unidade, pois o insumo não foi fornecido pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

ESTRUTURA

Segundo o Governo da Bahia, a obra custou R$ 24 milhões. O hospital tem 105 leitos, distribuídos entre diferentes especialidades, para o atendimento de gestantes, puérperas, recém-nascidos e crianças, inclusive 10 leitos de UTI neonatal, que serão os primeiros da microrregião de saúde de Ilhéus.

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O novo coronavírus já matou 521 moradores de Ilhéus, conforme o boletim epidemiológico divulgado neste domingo (27) pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Já o levantamento mais recente da Secretaria de Saúde do município, publicado no sábado (26), aponta 514 óbitos.

Até o momento, 19.210 pessoas tiveram contato comprovado com o novo coronavírus no município e 18.509 se recuperaram da infecção.

Ilhéus tem 187 casos ativos de Covid-19, enquanto 145 pessoas aguardam o resultado do exame RT-PCR para descartar ou confirmar o contágio.

O SUS mantém 81 leitos de UTI-Covid nos hospitais da cidade e 61 estão ocupados, sendo 27 por pacientes de Ilhéus.

VACINÔMETRO

Ilhéus aplicou a primeira dose de vacina contra a Covid-19 em 66.285, das quais 26.887 receberam também a segunda. Os dados são do painel de Acompanhamento da Cobertura Vacinal mantido pela Sesab.

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Hans criou o Chocolate Caseiro de Ilhéus. Caseiro, pero no mucho, porque foi questão de tempo para que seu chocolate (aí incluídas as impagáveis versões Nacib e da Gabriela)  conquistasse o Brasil, vendido em aeroportos e lojas de grife.

Daniel Thame

Prestes a completar 500  anos (487 neste 28 de junho), Ilhéus ficou conhecida mundialmente como a Terra do Cacau por meio das obras de Jorge Amado. Com seus coronéis, jagunços, trabalhadores explorados,  aventureiros de todos os matizes, moçoilas dadivosas, gabrielas e nacibs, Jorge criou um universo mítico, em obras traduzidas para dezenas de idiomas e adaptadas para incontáveis versões na televisão.

No  último quarto de século, quando o cacau atravessou uma de suas piores crises e Jorge partiu para ser amadamente eterno, três personagens que poderiam ter saído de seus livros decidiram subverter a (des)ordem natural das coisas. Como é que uma região que produzia as melhores amêndoas do mundo não produzia nem o mais miserável dos chocolates?

Aí veio Hans Schaeppi, hoteleiro, produtor de cacau, mas principalmente visionário. Hans criou o Chocolate Caseiro de Ilhéus. Caseiro, pero no mucho, porque foi questão de tempo para que seu chocolate (aí incluídas as impagáveis versões Nacib e da Gabriela)  conquistasse o Brasil, vendido em aeroportos e lojas de grife.

Hans Schaeppi viu a uva – perdão, o chocolate -, mas ninguém se atreveu a seguir o caminho. Freud, perdão de novo, Jorge explica.

Até que entrou em cena outro visionário (meio gênio, meio louco, naquele momento mais louco do que gênio. Seu nome: Marco Lessa.

Pois não é que o empresário e produtor de eventos decidiu criar em Ilhéus o Festival Internacional do Cacau e Chocolate. O nome pomposo (pretencioso?), escondia uma realidade bem menos glamourosa:  de chocolate sulbaiano mesmo só havia o de Hans.

Mas Marco Lessa já nem via a uva: via chocolate mesmo. E chocolate de origem, feito com cacau fino, para disputar mercado com os melhores chocolates do mundo, que eram  feitos com as nossas amêndoas do sul da Bahia. Precisa desenhar?

Uma década depois, já são cerca de  70 marcas regionais, Chor (eleito recentemente um dos três melhores chocolates do mundo), Sagarana, Yrerê, Maltez, Modaka, Mendá, Benevides, Seno, Cacau do Céu, Natucoa, Sul da Bahia, Terravista  e  companha limitada. Todos nascidos na esteira do festival, que, sim, hoje  faz mais do que jus ao nome, maior do gênero na América Latina.

Chocolates para se degustar de joelhos!

Junto com o chocolate de origem, veio  a produção de amêndoas de altíssima qualidade. E aí entra o personagem com dotes de alquimista  na sua fazenda/santuário Leolinda. Jeitão  simples de monge franciscano, talento de Papa na excelência do seu (Santo) Ofício. O que ele fez com o cacau, antes destinado apenas às moageiros e plantados aos Deus dará (às vezes vinha uma praga e Deus não dava), ao elevar os padrões de seleção, cultivo e, consequentemente de qualidade, só tem uma definição: revolução.

João Tavares, Hans Schaeppi, Marco Lessa. Cacau e agora também chocolate.

Embalados e inspirados nas histórias de Jorge que amou o cacau e certamente amaria os chocolates hoje mundialmente amados.

Histórias que dariam um livro, mas que nos satisfazem o corpo e a alma quando nos dão um divina barra de cada chocolate que brota dessa sagrada terra grapiuna, onde também brotam pioneiros/visionários sempre dispostos a reescrever essa história de quase  meio milênio, onde ainda há muito o que reescrever  e escrever.

Bem vindos às terras do cacau e do chocolate!

E Salve Jorge. Sempre.

Daniel Thame é jornalista, blogueiro, escritor e editor do site Cacau&Chocolate.

Cesta básica custa em média R$ 416,20 no município
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O custo da cesta básica em Ilhéus passou a custar R$416,20 no mês de maio de 2021, aumento de 4,64 % na comparação com abril. Isso significa que o preço da ração mínima essencial – expressão usada no Decreto lei 399, de 30 de abril de 1938 – consome mais de 40% do salário mínimo.

Dos 12 itens que compõem a cesta básica, oito produtos aumentaram de preço: arroz (46,72%), tomate (24,44%), óleo (11,30%), açúcar (10,67%), feijão (7,53%), farinha (3,48%), carne (2,65%) e manteiga (1,46%).

Por outro lado, reduziram de preço os seguintes itens: café (-16,24%), banana (-10,40%), leite (-7,69%),e pão (-3,60%).

Os dados são do Projeto de Extensão Acompanhamento de Custo da Cesta Básica, do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

Bahia recebe mais uma carga de vacinas nesta quinta
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A Bahia receberá, nesta quinta-feira (24), 343.630 doses de vacina contra o novo coronavírus. A primeira remessa com 181 mil doses de imunizantes Coronavac está prevista para chegar às 9h35min ao aeroporto de Salvador, em um voo comercial. A segunda carga, com 162.630 doses da vacina Pfizer/BioNTech, será trazida em um voo com previsão de pouso no aeroporto de Salvador às 15h.

As vacinas começarão a ser enviadas, na sexta-feira (25), para as regionais de saúde em aeronaves do Grupamento Aéreo da Polícia Militar e da Casa Militar do Governador, após conferência da equipe da Coordenação de Imunização do Estado.

As doses serão remetidas para os 417 municípios. As vacinas da Pfizer/BioNTech serão encaminhadas em sua totalidade enquanto que metade do quantitativo da Coronavac será reservada para a segunda aplicação.

Com esta nova remessa, a Bahia chegará ao total de 8.348.770 doses de vacinas, sendo 3.360.200 da Coronavac, 4.285.400 da AstraZeneca/Oxford e 703.170 da Pfizer/BioNTech.

Atendimento continua para público que deve completar ciclo de imunização com 2ª dose da Coronavac ou da AstraZeneca/Oxford
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A Prefeitura de Ilhéus informa que usou todo o estoque de vacinas contra a Covid-19 destinadas à aplicação da primeira dose. Por isso, a campanha de imunização foi interrompida nesta quarta-feira (23).

O atendimento continua para quem deve completar o ciclo vacinal até 30 de junho com a 2ª dose da Coronavac ou do imunizante da AstraZeneca/Oxford. Esse público deve ir à Clínica Municipal de Atendimento Especializado (CMAE), na Avenida Canavieiras, das 8h às 12 horas e das 13h às 15h.

VACINÔMETRO

Ilhéus aplicou a primeira dose de vacina contra a Covid-19 em 63.823 moradores do município, dos quais 26.081 receberam também a segunda. Os dados são do painel de Acompanhamento de Cobertura Vacinal e foram atualizados às 16 horas desta terça-feira (22).

PROBLEMA NACIONAL

Na divisão das competências dos entes federativos, a responsabilidade de comprar e distribuir as vacinas para os estados é do governo federal, por meio do Ministério da Saúde. Os estados, por sua vez, repassam os lotes dos imunizantes aos municípios, que administram as doses conforme as diretrizes do Plano Nacional de Imunização.

Com o público-alvo cada vez maior do estágio atual da campanha, da faixa etária de 40 a 50 anos, pelo menos sete capitais brasileiras interromperam a vacinação nesta quarta (23).

Jaqueline Andrade fala pela primeira vez após o parto de Fanny, sua quarta filha, que nasceu na calçada da Maternidade Santa Helena
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Jaqueline Andrade não recorda o que aconteceu nos momentos seguintes ao instante em que Fanny começou a deixar seu útero, na manhã do último dia 15, na calçada da Maternidade Santa Helena, em Ilhéus. Do parto na rua, lembra apenas de ouvir a voz do marido, Felipe, pedindo que ela tentasse se manter acordada. Nesta entrevista ao PIMENTA, a jovem de 27 anos fala pela primeira vez sobre a experiência, que define como humilhante.

Para Jaqueline, o parto só ocorreu na rua porque o serviço de recepção da maternidade não ouviu os apelos de Felipe por ajuda. Ela estima que decorreram 20 minutos desde a chegada ao local, às 6 horas, e o rompimento da bolsa.

Por outro lado, a direção da Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus, responsável pela maternidade, afirmou, em nota pública, que a parturiente já chegou ao local em trabalho de parto num estado muito avançado, inclusive com a expulsão do feto, o que impossibilitou o uso de cadeira de rodas para acolhê-la dentro da unidade.

Momento do parto foi registrado em fotos que circularam nas redes sociais

O advogado da família, Dimitre Carvalho Padilha, informou, em nota enviada ao site, que vai solicitar as gravações das câmeras de segurança instaladas em torno do hospital. Com isso, espera esclarecer a cronologia dos eventos daquela manhã e outros pontos controversos. Para ele, a demora do atendimento submeteu a família, sobretudo a criança e a mãe, a um constrangimento desumano e degradante.

“Mesmo após o parto, não foi fornecida cadeira de rodas pelo hospital. A criança foi enrolada em uma toalha suja trazida pela família para enxugar o líquido perdido pela parturiente. Uma pessoa que presenciou os fatos foi quem entrou na maternidade e pegou uma cadeira de rodas para ajudar a família”, relata Dimitre Padilha.

O advogado também afirma que, considerando o risco da gravidez de Jaqueline – diagnosticada com mioma intrauterino e pedra na vesícula -, ela deveria ter sido internada na noite de segunda-feira (14), quando esteve na Santa Helena. “Caso [a maternidade] adotasse a referida conduta, a vida da gestante e sua filha não seriam expostas aos riscos experimentados”, escreveu o advogado.

Segundo Jaqueline, a enfermeira que lhe atendeu naquela noite recomendou que ela voltasse na manhã seguinte. Pelas suas contas, Fanny, quarta filha do casal, nasceu após 41 semanas de gravidez. Ontem (22), a família levou o caso ao conhecimento da Polícia Civil.  Leia a entrevista.

BLOG PIMENTANa última terça-feira, você deu à luz na calçada da Maternidade Santa Helena. Qual é o significado disso para você?

JAQUELINE ANDRADE – Eu achei muita humilhação, porque é uma coisa que nunca pensei que eu iria passar. A gente vê acontecendo com outra pessoa, mas nunca imagina passar por isso. É muita humilhação.

Por que sua gravidez era de risco? Quando você descobriu isso?

Antes de engravidar, eu já sabia que estava com pedra na vesícula e o mioma.

Onde você fez o acompanhamento pré-natal?

Eu fiz o pré-natal no CSU [Centro Social Urbano] e CMAE [Clínica Municipal de Atendimento Especializado].

A maternidade foi informada que era uma gravidez de risco?

No dia anterior, eu estive lá e eles já sabiam.

Na segunda-feira (14), você teve a oportunidade de dizer – para uma médica, enfermeira ou outra pessoa do hospital – que a sua gravidez era de risco?

A enfermeira olhou a caderneta. No ultrassom, ela circulou o peso da criança, que estava marcando um número grande [Fanny nasceu com 4 quilos, segundo Felipe]. Ela perguntou porque eu estava fazendo o acompanhamento com a doutora Cintia [Maria Freire Silva], no CMAE, que é só gravidez de risco. A gente falou que eu tenho pedra na vesícula e um mioma.

Quando você foi à maternidade pela primeira vez?

Eu não lembro o dia exato.

Foi no início da gravidez?

Eu fui na maternidade com 41 semanas e 5 dias de gravidez.

Foi fazer uma avaliação?

Foi, porque já estava saindo o tampão [do colo do útero].

Isso foi quando?

No dia 14 [de junho], à noite.

A primeira vez foi no dia 14?

Eu já tinha ido duas semanas antes, mas elas [as enfermeiras] fizeram o toque e falaram que não estava tendo dilatação, e o útero ainda estava alto. Disseram que a contagem [do tempo de gravidez] do ultrassom estava errada. O ultrassom estava marcando 41 semanas e 5 dias. Aí ela falou que refez a contagem e o ultrassom estava errado. [Explicou] que o último ultrassom não conta as semanas; eles usam só para olhar o tamanho do bebê, como o bebê está, a placenta, mas não conta as semanas. Ela foi olhar no caderno da gestante, a caderneta. Ela olhou o primeiro ultrassom e falou que faltavam três dias para fazer 41 semanas. Era para eu retornar no dia 12 [de junho], no máximo, caso sentisse alguma coisa. Como não senti nada, fui lá no dia 14, na segunda-feira. Lá, ela falou que eu estava com dois dedos de dilatação e mandou eu vim embora. Era para voltar caso sentisse dor ou se a bolsa tivesse estourado, tivesse sangrando, alguma coisa. De madrugada as dores já começaram. Eu cheguei lá 6 horas da manhã. Quando [Felipe] foi fazer a ficha, ela pediu para esperar, porque estava ocupada. A contração já estava vindo muito. Foram duas na porta da maternidade. A bolsa estourou na segunda, e a menina nasceu.

Como foram os momentos seguintes ao parto?

Eu só lembro da hora que a cabeça dela estava saindo. E daí eu só lembro depois, lá dentro, quando botaram o soro em mim.

Você chegou a desmaiar?

Eu não lembro. Eu só lembro do meu esposo me chamando, pedindo para eu reagir, enquanto eles colocavam remédio na minha veia para voltar ao normal.

Felipe disse que Fanny nasceu com falta de ar.

Ela nasceu com o cordão [umbilical] enrolado no pescoço e com insuficiência respiratória, baixa saturação. Foi para a incubadora e ficou lá a manhã inteira, da hora que nasceu até 1 hora da tarde, recebendo oxigênio e sendo monitorado os batimentos dela.

Você também ficou lá?

Eles me levaram para o quarto umas 11 horas da manhã. Eu fiquei esperando até o horário dela subir.

A partir desse momento, então, a maternidade lhe acolheu?

Acolheu ela [Fanny], porque só deram remédio na minha veia para eu reagir. Quando eu estava lá, eles não me deram nem um remédio para dor.

Você passou quanto tempo lá?

Passei um pouquinho mais de 24 horas. A gente não foi liberado de manhã porque estavam esperando o resultado do exame dela sair.

Na nota de esclarecimento, a direção da Santa Casa afirma que sempre acolhe todo mundo e explica que não foi possível levar você para dentro da maternidade porque o trabalho de parto já estava muito avançado. Você avalia que não deu mesmo tempo?

Se eles tivessem feito a ficha na hora que eu cheguei, daria tempo, sim, porque eu cheguei e esperamos uns 20 minutos. Daria tempo de eu ter entrado.

Houve um intervalo de 20 minutos desde a sua chegada até o momento do parto?

Isso, então daria tempo de eu ter entrado.

Você se sentiu maltratada?

Lá dentro mesmo me senti como se eu fosse ninguém, porque eu fiquei lá isolada, como se não tivesse acontecido nada. Eu [estava] sentindo muita dor. Não vieram perguntar se eu estava precisando de alguma coisa, um remédio, se eu estava sentindo alguma coisa. Não, eu só fiquei lá num canto. Teve uma hora que eu chamei a enfermeira, porque não estava aguentando e pedi para ir no banheiro. Na hora que levantei, desceu muito sangue. Aí ela foi olhar. Como eles não me deram atenção, quando ela pegou na minha barriga, minha barriga estava cheia de coágulos de sangue. Ela teve que ficar mexendo para os coágulos descer. Se eles tivessem prestado atenção antes, não tinha dado o coágulo.

Secretaria de Saúde do município aponta 9 óbitos a menos no total (497)
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A Covid-19 já tirou a vida de 506 moradores de Ilhéus, informa a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) no boletim epidemiológico desta segunda-feira (21).

O levantamento da Sesab, disponível na ferramenta digital da pasta para acompanhamento da pandemia, diverge dos dados da Secretaria de Saúde de Ilhéus (Sesau),  que aponta 497 óbitos causados pela doença, conforme o boletim do último sábado (19), o mais recente do município.

As 506 mortes de Ilhéus equivalem a 2,2% do total de óbitos provocados pelo novo coronavírus no estado (23.212). A população do município, de 159.923 habitantes, corresponde a 1,05% dos moradores da Bahia.

Os seis municípios com mais mortes por Covid-19 na Bahia || Fonte: Business Intelligence/Sesab

Na Bahia, ainda conforme a Sesab, apenas cinco municípios têm mais mortes por Covid-19 do que Ilhéus: Salvador (7.213), Feira de Santana (900), Itabuna (616), Camaçari (586) e Vitória da Conquista (540).

UFSB abre inscrições em colégios universitários
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A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) abre, nesta segunda-feira (21), inscrições para o processo seletivo para ingresso em Licenciaturas Interdisciplinares (Lis), por meio dos colégios universitários (CUNI). As vagas são disponibilizadas em municípios do sul e extremo-sul do estado.

De acordo com o edital, podem participar do processo de seleção os candidatos que tenham feito prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) nos últimos quatro anos e que comprovem a conclusão do Ensino Médio ou equivalente. A relação de selecionados será divulgada no dia 7 de julho.

São ofertadas 397 vagas, distribuídas entre as cidades de Coaraci, Ibicaraí, Ilhéus, Itabuna, no sul da Bahia; e Eunápolis, Itamaraju, Porto Seguro, Posto da Mata, Teixeira de Freitas e Santa Cruz Cabrália, no extremo sul da Bahia.

Os candidatos têm até o próximo dia 28 para se inscrever, pela internet. Acesse aqui o edital com todas as informações sobre o processo Seletivo para Rede Anísio Teixeira de Colégios Universitários.

Barry Callebaut planeja investimento de mais de R$ 120 milhões no sul da Bahia
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A Barry Callebaut assinou protocolo de intenções com o governo baiano para investir R$ 121 milhões em suas unidades em Itabuna e em Ilhéus, sul da Bahia, gerando 86 novos empregos. Nas plantas instaladas na região, a empresa produz cacau em pó, manteiga, líquor e torta de cacau.

Segundo explicou Alexandre Martinez, diretor financeiro da Barry Callebaut para a América do Sul, a empresa vai manter sua capacidade instalada de moagem de 60 mil toneladas ao ano de amêndoas de cacau e incrementar o faturamento em R$ 350 milhões reais/ano.

“A nossa história com a Bahia iniciou-se em 1999 e estamos comprometidos em continuar esta jornada por um longo período. Estamos certos de que com nossos investimentos e nossa estratégia de sustentabilidade, auxiliaremos o desenvolvimento da produção de cacau da Bahia, bem como o desenvolvimento da indústria e economia locais”, disse Martinez em audiência com o secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Nelson Leal.

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A Agência Transfusional do Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, iniciou, na última segunda-feira (14), Dia Mundial do Doador de Sangue, atividades de conscientização sobre a doação de sangue. Orientações são repassadas para funcionários e pacientes da unidade e estão inseridas no Junho Vermelho, campanha realizada por instituições, públicas e privadas, com o objetivo de angariar mais doadores voluntários.

Durante este período, a farmacêutica bioquímica Fraana Andrade, coordenadora operacional da Agência Transfusional do HRCC, realiza visitas aos setores do hospital para repassar informações sobre a importância da atitude de doar sangue. “A doação é um gesto de solidariedade que pode salvar até quatro vidas, com isso o doador contribui para salvar muitos pacientes, que podem ser um pai, uma mãe, um irmão, um filho de alguém, pessoas amadas por suas famílias”, ressaltou.

O médico clínico e sanitarista Alfredo Boa Sorte, habilitado em Hemoterapia pela Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (HEMOBA) e responsável técnico da Agência Transfusional do HRCC, orientou na última terça-feira (15), pacientes ambulatoriais da unidade sobre a importância da doação de sangue.

O médico demonstra preocupação com a queda do número de doadores de sangue devido à pandemia da Covid-19. “Gostaria de alertar a população que há necessidade de manter a doação de sangue, porque os problemas continuam os mesmos. O hospital continua tendo que realizar cirurgias, procedimentos, temos pacientes que são vítimas de acidentes das mais variadas formas. Temos necessidades de uso de sangue para transfusão, para salvar vidas”, enfatizou.

LOCAIS DE DOAÇÃO

Ilhéus: Banco de Sangue de Ilhéus, no Hospital São José – Rua Dom Manuel Paiva, Ladeira do Café, 226, bairro Teresópolis – Ilhéus / BA. Telefone: (73) 3234-5774.

Itabuna: Banco de Sangue do Núcleo de Hemoterapia da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna – Rua Antônio Muniz, 200 (Prédio Anexo ao Hospital Calixto Midlej Filho), bairro Pontalzinho – Itabuna / BA. Telefones: (73) 3214-9126 / 9127 / 9154.

Unidade do Sesi em Ilhéus oferece 200 vagas|| Foto Alfredo Filho
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O Serviço Social da Indústria (SESI Bahia) está com inscrições abertas para 2.140 vagas gratuitas do Programa EJovem, que é uma iniciativa da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da entidade. As oportunidades são para ingresso nas unidades de Ilhéus (200), Feira de Santana (390), Juazeiro (300), Salvador (600), Vitória da Conquista (350) e Teixeira de Freitas (300).

As vagas são para jovens de 18 a 24 anos que não concluíram o Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e o Ensino Médio (1º ao 3º ano). As inscrições devem ser feitas pela internet, no site do SESI Bahia: www.sesibahia.com.br, até 31 de julho.

O EJovem está sendo oferecido nos polos da EJA do SESI de Salvador, Feira de Santana, Juazeiro, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas e Ilhéus. As aulas serão 80% online e 20% presenciais, estas, serão retomadas assim que autorizadas pelos órgãos de Educação e Saúde. O contato com a unidade de Ilhéus pode ser feito pelos telefones (73)3222-7077/(73)3222-7069.

PERCENTUAL DE JOVENS FORA DA ESCOLA NA BAHIA

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, 23% dos jovens de 15 a 29 anos não estudavam e nem trabalhavam no Brasil. Entre os de 18 a 24 anos, o índice sobe para 27,9%. Na Bahia, no recorte de 15 a 29 anos, o índice dos chamados nem nem é de 28,2%.

Diante destes dados e com a acentuação do déficit escolar provocado pela pandemia, que deixou milhares de jovens nesta faixa etária fora da escola, surgiu a iniciativa do SESI Bahia de implantar o EJovem por entender que a falta do ensino básico compromete a inserção desta parcela da população no mercado de trabalho.