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Xula critica projeto familiar de GS.

O ex-candidato a vereador Ricardo Xula desfiliou-se do PT disparando críticas ao projeto “familiar” do deputado federal Geraldo Simões. “Não tenho como ficar em um partido em que só uma família domina”.

A carta de desfiliação foi entregue na última sexta, 23, momentos antes do almoço de aniversário de Geraldo. “Fiz questão de entregar a carta naquele momento, pois ele só trabalhou contra mim, contra a minha candidatura [a vereador]”. Só hoje o ex-candidato decidiu falar.

Técnico em radiologia, Ricardo Xula fundou o núcleo do PT no Jardim Primavera, do qual era presidente, e também integrou a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi). Segundo Xula, cerca de 50 pessoas ligadas a ele deixarão o partido.

Xula diz que a insistência de Geraldo com o projeto familiar resultou em derrota eleitoral “pior do que da outra vez”, numa referência às derrotas petistas em 2008, quando Juçara Simões teve pouco mais de 40 mil votos, e em 2012, quando acabou em terceiro lugar e obtendo 16 mil votos.

O agora ex-petista disse não ter decidido ainda o seu destino político-partidário, mas irá apoiar quem possa “bater de frente com Geraldo Simões” no campo progressista. Xula diz que as perseguições à sua candidatura começaram quando parte do grupo decidiu apoiar a eleição de Vane do Renascer.

Xula não acredita em mudança na direção do PT itabunense no processo eleitoral de 2013. Juçara é a candidata de Geraldo para a presidência do partido. O ex-petista diz que o grupo que retornou ao partido não terá força para enfrentar o grupo geraldista. “Geraldo, oferecendo horrores, filiou três vezes mais pessoas que os outros grupos”.

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Mais uma revelação preocupante do diretor da Vigilância à Saúde de Itabuna, Florentino Souza Filho, feita hoje à tarde na Câmara de Vereadores (ver nota abaixo). Servidores que atuavam no combate à dengue foram dispensados pelo prefeito Capitão Azevedo, o que compromete ainda mais o controle de focos.

O próprio Florentino está em uma situação peculiar na Prefeitura. Chegaram a lhe avisar que ele estaria demitido, mas não houve publicação nem comunicação oficial a respeito. Ainda assim, o diretor informou que está fora da folha de pagamento desde 30 de setembro.

Diante de tal quadro, vereadores decidiram fazer um encaminhamento ao Executivo, solicitando providências emergenciais para assegurar o combate à dengue.

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Florentino (centro) expôs o caos nas ações de combate à dengue em Itabuna

A informação de que Itabuna possui hoje o maior índice de infestação de dengue do Brasil (veja aqui) coincidiu com a ida do diretor do Departamento de Vigilância à Saúde do município, Florentino Souza Filho, à Câmara de Vereadores. Ele compareceu à sede do legislativo nesta terça-feira, 27, a convite do vereador Paulo Luna (PSDB), e não se preocupou com floreios. O diretor da Vigilância confirmou que seu setor é prejudicado, entre outros fatores, pelo deslocamento de agentes de combate a endemias para outras funções, fato já denunciado pelo PIMENTA.

Durante a sessão, a vereadora Maria do Carmo Ferreira, a Carmem do Posto Médico (PR), fez um pronunciamento-desabafo que chamou atenção. Com 28 anos de trabalho na área da saúde, ela observou que Itabuna está entregue à sujeira, o que ajuda a proliferar diversas doenças, inclusive a dengue.

“Não é possível garantir a saúde da população com a cidade suja do jeito que está”, afirmou a vereadora, acusando prefeito e secretários de omissão. Segundo Carmem, “Itabuna não tem prefeito, quem governa até 31 de dezembro é a dengue”. Ela disse ainda, sem citar nomes, que  secretários municipais não estão preocupados com a situação, pois pensam apenas em “encher os bolsos”.

O pronunciamento surpreendeu alguns vereadores, pelo fato de Carmem do Posto Médico ser de um partido da base do prefeito. Porém, mesmo pertencendo ao PR, a vereadora tem demonstrado independência com relação ao governo, já tendo criticado a gestão de Azevedo em pelo menos outra sessão.

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Comerciários e lojistas de Itabuna voltam a travar um cabo de guerra ao som de canções de Natal.

Como a proximidade dos festejos de fim de ano coincide com as discussões em torno da campanha salarial dos trabalhadores, a necessidade de ampliação do funcionamento do comércio vira moeda na barganha.

Os comerciários reivindicam reajuste salarial de 12%, enquanto o segmento patronal oferece pouco mais da metade: 6,6%. As negociações estão travadas.

Fala o presidente do sindicato, Gilson Costa: “sem assinatura da Convenção Coletiva, o comércio, assim como as lojas do shopping e as do São Caetano, fica impedido de funcionar em horários especiais e no período natalino”.

O filme é repetido. No final, as partes se acertam e as lojas abrem em horário diferenciado no mês de dezembro. É assim todos os anos.

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O prefeito Capitão Azevedo (DEM) se movimenta para ter suas contas de 2009 aprovadas pela “Câmara dos Suplentes”. Pelas contas de bastidores ele teria os nove votos necessários, mas não quer se arriscar e tem chamado cada um dos “aliados” para conferir o terreno e “sensibilizá-los”.

Um dos vereadores suplentes sentou-se à mesa com o capitão. Eis a transcrição literal de parte da conversa entre ambos, narrada pelo vereador.

– Conto com seu voto pra aprovar minhas contas…

– O senhor está preparado para gastar dinheiro com advogados?

– Que dinheiro? Minhas contas estão bloqueadas. E eu não tenho dinheiro pra gastar com advogados.

– Como não tem dinheiro? Tem secretários seus que entraram no governo pobres e hoje fazem questão de mostrar que estão ricos. Não é por isso que o senhor está com problemas na Justiça?

A resposta do prefeito ao vereador, que promete votar pela reprovação das contas, foi um estrondoso silêncio.

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Na cidade que parece não ter governo e onde alguns moradores não demonstram a menor educação ou respeito pelo espaço público, os depósitos de lixo se formam em cada esquina.

O PIMENTA já mostrou o do cruzamento entre a Rua Adolfo Maron e a Avenida Amélia Amado (veja aqui), mas ele não é o único. Este da foto fica na Rua 1º de Dezembro, no  bairro Santo Antônio, onde o lixo se mistura ao entulho.

A imagem foi enviada por uma leitora, que reclama do aparecimento de ratos na vizinhança em virtude do acúmulo indevido de sujeira na rua e em terrenos baldios.

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A rede de fast food Giraffas abrirá 510 vagas em todo o país e parte delas será nas novas unidades de Salvador e Itabuna, na Bahia. A unidade de Itabuna funcionará na praça de alimentação do shopping center da cidade. As vagas são para atendente, encarregado e gerente. Os currículos para as lojas baianas deverão ser enviados para o email [email protected].

A rede exige para as vagas de gerência que os candidatos tenham, no mínimo, ensino médio completo. A preferência é por profissionais que tenham experiência em fast food, entretenimento ou refeições coletivas ou varejo. São exigidos conhecimento de informática e possuir dinamismo, organização e experiência com gerenciamento de equipes e estoques. Informações do Sport News.

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Moradores da Travessa dos Eucaliptos, no Conceição, estão há duas semanas sem água. Uma das vítimas da Emasa diz que os consumidores são tratados “com desdém” quando entram em contato com o serviço de atendimento da empresa. “Não temos a quem recorrer. Não há um órgão regular nem ouvidoria”, lamenta Vanderson Rocha.

O presidente da Emasa, Geraldo Briglia, disse em entrevista à TV Santa Cruz, hoje, que a cidade tem enfrentado problemas no abastecimento de água. E culpou em grande parte a Coelba pela queda de energia na captação de água, principalmente em Rio do Braço.

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Interessante a entrevista concedida ao jornal A Região pela futura secretária de Educação de Itabuna, Dinalva Melo. Ela fala dos desafios a serem enfrentados na Pasta, diz que buscará o diálogo (com alunos, pais e mestres) e defende a associação da educação com a ciência e a tecnologia.

Queremos uma escola em que o computador não seja apenas um objeto decorativo, mas que o professor se habilite cada vez mais a fazer uma docência online. São ações que motivam o estudante. Às vezes os métodos são medievais. É a escola em que se fala e se ouve, sem questionamento.

Confira a íntegra da entrevista

 

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Capitão Azevedo (DEM) se omite. As empresas agradecem.

O itabunense enfrenta o caos no transporte público há duas semanas sem que o prefeito Capitão Azevedo (DEM) e o secretário de Transporte e Trânsito, Wesley Melo, movam uma palha para sanar o problema. Os rodoviários dizem que as empresas forçaram a categoria a um locaute para tentar aumentar o preço da passagem. São Miguel e Expresso Cachoeira, que detêm as concessões do sistema, são acusadas de ampliar a jornada diária para 7h20min, quando a justiça determinaria 7 horas.

Na voz do diretor da São Miguel, João Duarte, o patronato diz que a greve iniciada há duas semanas e em plena eleição dos rodoviários (a diretoria tentou manter-se à frente do sindicato, mas perdeu) não teria sentido, pois a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT 5ª da Região) não estipula limite de jornada, mas cita a possibilidade de ser 7 horas.

João Duarte se posicionou em coletiva à imprensa na semana passada. Ao citar que a greve é sem sentido, o empresário “instigou” ainda mais os rodoviários. Se antes estes permitiam 60% da frota em circulação também fora dos horários de picos, depois da fala de Duarte o caldo engrossou: são apenas 40% dos ônibus nos horários de menor movimento. Está um “Deus nos acuda” para os 40 mil usuários do sistema que, não esqueçamos, é precário.

Diante da guerra dos donos das empresas e dos rodoviários, não se tem notícia de que o secretário de Transporte e Trânsito, Wesley Mello, tenha sentado à mesa com as duas partes para negociar. Nem mesmo o prefeito Capitão Azevedo. A postura do Governo Municipal é descabida e apenas favorece as empresas e prejudica os usuários do sistema. Quanto mais dias parados, mais força as empresas terão para cobrar a fatura. Ou seja, aumento de passagem.

Se antes a conta pedida pelas empresas era de aumento de tarifa para R$ 2,69, agora fala-se em R$ 2,75. O prefeito Capitão Azevedo e o seu secretário de Transporte e Trânsito podem deixar o governo no dia 31 de dezembro com a pecha de que, ao se omitirem nesta guerra, operaram em favor das empresas para que a passagem cheguasse a R$ 2,50.

Não se admite a postura dos dois representantes do povo – pelo menos, são representantes até o dia 31 do próximo mês e assim devem agir. Por enquanto, atuam como se estivessem fazendo o jogo das empresas – e deixando o pepino para o próximo gestor. Não custa lembrar: Quem manda no sistema de transporte é o município – e a ele as empresas respondem.

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O movimento “Marcha das Vadias” tem gerado certa polêmica. De um lado, estão os (e “as”) que concordam com a causa, mas discordam do título; do outro, mulheres (e homens também) que desejam provocar a discussão sobre o termo utilizado tantas vezes para diminuir e humilhar.

O assunto proporciona um bom debate e o espaço de comentários do PIMENTA tem recebido qualificados argumentos, de ambos os lados. A discussão é válida, pois, apesar de se ater ao termo indigesto, tem como pano de fundo uma questão mais importante e que precisa ser tratada com a maior seriedade: a violência contra a mulher.

Segue transcrito abaixo um comentário da professora Indaiara Célia, uma das organizadoras da marcha, que ela vê como um momento de reflexão (fazemos questão de receber outras opiniões, que também terão destaque neste espaço):

 

Indaiara Célia

Vadias são todas as mulheres culpabilizadas pela opressão patriarcal

 

Que tal cortar o nó górdio? Vamos pensar sobre o contexto de produção e enunciação de discursos sobre a mulher? Onde, quando, para que, por que e como são usados termos e nomes como vadia?

Quando demostramos gostar de sexo, rejeitamos um homem, saímos de casa para nos divertir, não aceitamos exploração em casa e no trabalho, denunciamos a desigualdade social, quando reclamamos do comportamento masculino, terminamos um relacionamento, não aceitamos a submissão imposta, quando nos violentam, nos estupram, quando sentimos a dor do parto e nos agridem com um: “agora aguente, não tava bom na hora do rala e rola?”, quando denunciamos a violência cometida pelo próprio estado, não aceitamos uma cantada, quando não respeitam nossa orientação sexual, quando engravidamos…

Será que não conseguimos enxergar que em todos esses casos vadia é o nome dado a vítima?! Vadias são todas as mulheres culpabilizadas pela opressão patriarcal que gera o machismo, o sexismo, a misoginia, e cujo resultado é a violência moral, psicológica, física, patrimonial e sexual.

Não esqueçamos que o patriarcado é um sistema tão poderoso e com raízes tão profundas que antecede o próprio sistema capitalista. Por isso mesmo não espero que todas as mulheres se identifiquem imediatamente como vadias, afinal, a vítima traz as marcas indeléveis da condição de oprimida e reproduz muitas vezes os mecanismos de exclusão a que estão sujeitas, visto que internalizam e naturalizam o modo de agir do opressor.

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O PIMENTA denunciou na semana passada a imundície em que se encontra a esquina da Rua Adolfo Maron com a Avenida Amélia Amado, nos fundos da FTC (reveja). No local, bem no centro de Itabuna, um amontoado de sacos de lixo chama a atenção  e assusta.

Neste sábado, 24, o blog flagrou um carroceiro tranquilamente descarregando resíduos no local, que está se transformando no mais novo lixão da cidade. Surpreendido na maior sujeira, o homem explicou que recebe de terceiros para recolher o material. Serviço clandestino numa cidade que paga verdadeira fortuna pela coleta de lixo.

Para acrescentar à coleção de absurdos: em Itabuna, existem moradores que atravessam a rua para deixar seu lixo na porta do vizinho. É a velha esperteza, combinada com falta de respeito e cidadania zero.

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O vice-prefeito eleito de Itabuna, Wenceslau Júnior, disse discordar de nota aqui publicada e que aponta certo desprestígio do empresário Roberto Barbosa, do PP, na composição do secretariado do Governo Vane. O cururu disse que a escolha do advogado José Humberto Martins para a Secretaria de Indústria e Comércio foi em comum acordo com o PP estadual e o próprio Barbosa.

“Roberto viu que, para ele, como empresário, seria melhor não compor o secretariado, não fazer parte do governo. Foi uma decisão consensuada”, disse Wenceslau. O vice-prefeito eleito disse, também, que o empresário será das vozes que serão consultadas pelo governo nas decisões. “O diálogo será das marcas deste governo do prefeito Vane [do Renascer]”.

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Pelo segundo ano consecutivo, a Marcha das Vadias levou seu grito para as ruas de Itabuna. Centenas de mulheres participaram da mobilização, que denuncia a violência e o machismo.

Na marcha de hoje, um dos temas lembrados foi a tentativa de homicídio cometida contra Ingrid Dantas. No dia 22 de setembro, o marido dela, Rogério Gomes, a atropelou propositalmente no centro de Itabuna (relembre). Indrid foi arrastada pelo veículo, teve os cabelos arrancados e ficou entre a vida e a morte. Sobreviveu, mas até hoje não anda por causa da violência.

De janeiro a setembro deste ano, cerca de 1.400 mulheres foram agredidas por seus maridos, ex-maridos ou companheiros na cidade.

Abaixo, algumas imagens captadas pelo jornalista Luiz Carlos Júnior durante a marcha:

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Marcha das Vadias atrai homens para a luta pelos direitos da mulher (Foto Zeka/Pimenta).

Homens e mulheres retornam às ruas neste sábado, 24, às 9h, para a segunda Marcha das Vadias de Itabuna. Os manifestantes se concentram no Jardim do Ó e caminharão pela Avenida do Cinquentenário. O movimento defende os direitos da mulher e denuncia o alto índice de violência praticada contra o sexo feminino.

De janeiro a outubro, foram registradas 1.389 casos de violência contra a mulher em Itabuna, segundo estatística da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). O Coletivo Feminino fez mobilizações nesta sexta, 23, na Avenida do Cinquentenário, convocando a população a participar do ato deste sábado. Confira vídeo da marcha.