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Erick: vitória contra privatização.
Erick: vitória contra privatização.

Erick Maia

Nossa ação envolveu a articulação da participação do MPF na audiência pública, com a presença da Procuradora Federal  Cristina Nascimento de Melo, e do alinhamento acerca da necessidade de pressão por uma discussão mais aprofundada do PMSB.

19 de julho vai ficar consagrado como o dia que enterramos qualquer possibilidade de privatização da água no município de Itabuna.

Com união dos trabalhadores e força movimentos sociais,  contrariamos interesses de gente poderosa.

A luta foi árdua. Dentre as estratégias que adotamos: jurídica e institucional, ocupamos a Câmara de Vereadores por 17 dias e não deixamos que o processo de privatização fosse votado e que ficou condicionado a aprovação do PMSB ( Plano Municipal de Saneamento Básico).

Após o retorno das audiências públicas pra discutir o PMSB, o nosso movimento, prevendo mais uma manobra para retomada da concessão dos serviços à iniciativa privada, de forma inteligente e precisa, deram mais uma demonstração de união e de capacidade de luta.

Nossa ação envolveu a articulação da participação do MPF na audiência pública, com a presença da Procuradora Federal  Cristina Nascimento de Melo, e do alinhamento acerca da necessidade de pressão por uma discussão mais aprofundada do PMSB.

A Procuradora entendeu que não houve uma discussão adequada com a sociedade que pudesse ser comprovada através de contribuições efetivas da população nas escolhas de proridades das ações, metas e objetivos do plano.

Assim, conseguimos adiar as audiências públicas que seriam realizadas nos dias 20 e 21 de julho, e que essas fossem transferidas para os mês meses de outubro e novembro pós o período eleitoral, a além da inclusão de 5 nomes de representantes do Comitê pela Vida e em Defesa da Emasa na comissão Executora do Plano de Saneamento.

Tudo isso inviabilizou de forma definitiva a privatização da água pelo governo Vane.

Sexta (22), o governador sinalizou um acordo com o prefeito Vane no sentido de assumir a operação dos serviços de água e esgoto do município.

Vamos seguir lutando na defesa intransigente dos trabalhadores e trabalhadoras da Emasa, contra qualquer tipo de privatização dos nossos recursos   e pelos interesses de Itabuna.

Erick Maia é membro do Comitê em Defesa da Emasa.

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claudio_rodriguesCláudio Rodrigues | aclaudiors@gmail.com

 

A depender do empenho e obsessão do nosso mandatário, Salvador poderá ter dois centros de convenções, enquanto Feira de Santana e Itabuna ficarão com seus elefantes brancos como símbolos da incompetência.

 

A determinação do governador Rui Costa em construir um novo Centro de Convenções na capital baiana, previsto para ser implantado na Península de Itapagipe, na Cidade Baixa, tem sido motivo de questionamentos por diversos representantes do setor turístico. Salvador já possui um Centro de Convenções no bairro Stiep, que sempre atendeu as demandas do mercado, o equipamento vem passando por reformas que se arrastam há quase um ano, o que gerou um manifesto de protestos do Conselho Baiano de Turismo (CBTur) e da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-BA).

Um dos argumentos apresentados pelo secretário do Turismo, Nelson Pelegrino, é que o atual é antigo e isso dificulta as reformas e serviços de manutenção. Sendo assim, teria que construir um novo Centro Histórico, já que o Pelourinho data do Brasil Colônia, ou implantar um novo elevador para ligar a Cidade Alta à Cidade Baixa, pois o Lacerda foi inaugurado em 8 de dezembro de 1873 e está prestes a completar 143 anos.  Como construir um novo equipamento se Salvador já possui um que atende e bem as suas demandas?

Enquanto isso, o mesmo Governo do Estado abandonou as obras dos centros de convenções de Feira de Santana e de Itabuna, que foram paralisadas há 10 anos, com mais de 60 por cento das obras concluídas e se transformaram num dos maiores símbolos do desperdício do suado dinheiro do contribuinte baiano.

Estrutura do Centro de convenções de Itabuna inconcluso.
Estrutura do Centro de convenções de Itabuna inconcluso.

Tanto Feira de Santana quanto Itabuna precisam de uma resposta concreta do governador Rui Costa em relação à conclusão dessas duas importantes obras. Feira de Santana tem uma população flutuante de mais de dois milhões de pessoas, é a primeira cidade do interior do Estado. Com o seu centro de convenções em atividade, daria um salto no turismo de negócios, sem falar nas mais de 20 faculdades que a cidade abriga e que seriam grandes parceiras da Bahiatursa no uso contínuo do equipamento.

Já Itabuna, um dos principais municípios do sul da Bahia, que tem no comércio e na prestação de serviços seu carro chefe, e que hoje conta com diversas instituições de ensino superior, se vê de mãos atadas pelo desrespeito por parte do Governo do Estado. A cidade poderia fomentar inúmeros congressos, seminários, shows, feiras e exposições, mas esses planos e projetos estão impossibilitados, uma vez que as obras de seu centro de convenções, a exemplo do de Feira de Santana, caminham para se transformar em ruínas e no sinônimo de uma grande vergonha.

Vale lembrar ao governador Rui Costa que figurinha repetida não completa o álbum. A depender do empenho e obsessão do nosso mandatário, Salvador poderá ter dois centros de convenções, enquanto Feira de Santana e Itabuna ficarão com seus elefantes brancos como símbolos da incompetência.

Cláudio Rodrigues é empresário.

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Durval Filho - diretor da Biblioteca Afrânio Peixoto - Foto Walmir Rosário (1)Durval Pereira da França Filho

 

Clodoaldo sonhou em escrever um livro a respeito de crítica de arte, principalmente sobre a memória do teatro baiano. Iniciou a pesquisa, mas ficou impossibilitado de dar continuidade em razão das dificuldades decorrentes de um transtorno bipolar que o levou a diversas crises e internamentos, e que foi se agravando ao longo do tempo.

 

Faleceu no dia 18 de julho de 2016, em Salvador, o jornalista e crítico teatral  José Clodoaldo Multari Lobo. Nascido em Canavieiras, em 26 de abril de 1953, era filho de Aurivaldo Lobo (Ten. Lobo) e Joselita Multari Lobo (D. Lalá). Realizou seus estudos fundamentais com a professora Florinda Barbosa (Filuzinha) e o ginasial no Colégio Estadual Osmário Batista, em Canavieiras.

Em 1967 foi para Salvador, onde fez o segundo grau no Colégio Severino Vieira, e logo depois ingressou na Faculdade de Jornalismo da Universidade Federal da Bahia – UFBA, curso que concluiu em 1974, possivelmente.

Seu primeiro emprego foi na Fundação Cultural. Depois, no jornal A Tarde, oficialmente a partir de 1984, e onde permaneceu por um período de 18 anos, na qualidade de crítico cultural, tempo em que atuou também no Correio da Bahia. Em 1997, também foi homenageado através de publicação.

Tempos depois, Clodoaldo sonhou em escrever um livro a respeito de crítica de arte, principalmente sobre a memória do teatro baiano. Iniciou a pesquisa, mas ficou impossibilitado de dar continuidade em razão das dificuldades decorrentes de um transtorno bipolar que o levou a diversas crises e internamentos, e que foi se agravando ao longo do tempo.

Mas a ideia não morreu. O projeto foi levado adiante através dos seus amigos que deram continuidade ao pensamento de Clodoaldo, por meio de suas anotações a partir de 1988. Por seu relevante trabalho de crítica teatral, Clodoaldo foi mais uma vez homenageado em 2012, através do Prêmio Braskem de Teatro e, em 2013, seus textos, publicados no jornal A Tarde, foram recolhidos e organizados no livro Memória de uma Crítica Encantada editado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia.

A organização do trabalho foi da jornalista Nadja  Miranda, doutora em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia, com incentivo da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, através do secretário Professor Doutor. Antônio Albino Canelas Rubim (belmontense) e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), representada por sua diretora Nehle Franke e outros consagrados jornalistas, como Kátia Regina M. Borges, também professora e escritora; Luiz Marfuz, doutor em Artes Cênicas, diretor teatral e professor, e Marcus Gusmão.

O trabalho reúne críticas teatrais, um conteúdo que expressa aspectos da história recente do Teatro da Bahia, com o objetivo de promover a difusão de produções sobre crítica, mais especificamente aquela relacionada às artes baianas. Trata-se de destacada contribuição em favor do debate e do incentivo às questões da área teatral. Assim, o livro cumpre um dos papéis propostos pela série Crítica das Artes: resgatar produções de profissionais notórios, tornando-os referência daquilo que a crítica é capaz de fazer.

O lançamento do livro Memória de uma Crítica Encantada ocorreu em 02 de abril de 2014. A dedicatória que ele fez no meu exemplar está ilegível, porque a doença já havia deixado suas marcas cruéis. Este é o José Clodoaldo Multari Lobo que conhecemos, ou simplesmente Clodoaldo Lobo, considerado o maior jornalista crítico de teatro da Bahia, orgulho canavieirense. Não casou, não gerou filhos biológicos, porque as suas criações foram gestadas no intelecto.

Finalmente, foi vencido pela doença que o incomodou por muitos anos, deixando um vazio no cenário intelectual baiano.

Durval Pereira da França Filho é historiador e membro da Academia de Letras e Artes de Canavieiras (ALAC).

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Allah-GóesAllah Góes | allah.goes@hotmail.com

Os candidatos poderão efetuar gastos de campanha até o limite de 70% do maior gasto na campanha anterior, devendo ser prestadas contas pela Internet durante o curso da campanha

Passado o período de realização das convenções partidárias, que nessas eleições será de 20 de julho a 05 de agosto, os partidos políticos deverão solicitar o registro dos candidatos escolhidos. Este prazo vai até as 19h do dia 15 de agosto.

O processo de registro é feito encaminhando os seguintes formulários: DRAP (Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários) e RRC (Requerimento de Registro de Candidatura), que devem ser apresentados em formato digital através do CANDex.

O formulário RRC deverá conter (art. 26 da Resolução TSE no 23.455/2015): A autorização do candidato; O número de fax ou endereço no qual o candidato receberá intimações, notificações e comunicados da Justiça eleitoral; Dados pessoais (Título de eleitor, nome completo, data de nascimento, Unidade da Federação e município de nascimento, nacionalidade, sexo, estado civil, número da cadeira de identidade com órgão expedidor e unidade da federação, CPF e telefone); Dados do candidato (partido político, cargo pleiteado, número do candidato, nome para constar na urna eletrônica, qual o cargo eletivo ocupa e a quais eleições já concorreu).

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leandro afonsoLeandro Afonso, via Facebook

Em tempos tão obscuros, que futebol e existência são motivados por uma mistura de xenofobia e falta de tesão pelo jogo, por uma combinação de todo tipo de alterofobia e gente cheia de não-me-toque, de gente sem alma mesmo, foi maravilhoso ver Portugal campeão da Eurocopa.

Particularmente, por uma questão de princípios e valores inegociáveis, sou mais Messi, só que ontem rolou um negócio doido. Horas depois de dizer abertamente que eu ia torcer pra França, porque era incapaz de vibrar com Cristiano Ronaldo, vi o Narciso dos Narcisos sair lesionado, e senti tudo menos felicidade.

Porque, nessa Euro, Cristiano Ronaldo soube entender que a derrota ia para sua conta, quisesse ele ou não; o mundo não cobra só de quem pode dar, mas certo que ia cobrar dele inclusive o que ele não pode dar. “Eu sou um só”, “os outros não estão do meu nível”, ele poderia alegar, como já fez. Mas, diferente de sua postura no pós-jogo contra a Islândia, quando talvez tenha atingido o ápice da mediocridade, a partir dali ele mudou.

Passou a fazer o que não costumava fazer, como me lembrou Bruno, ganhou o grupo. Foi um líder. Foi o Narciso de sempre, mas quis abraçar os outros também, fazê-los melhores do que o que são. Disse a um imigrante, nascido em Guiné-Bissau, que ele ia fazer o gol do título da Eurocopa. E ele fez. Olhe que maravilhoso, o gol do título de campeão da Europa, feito na casa de um país cuja letra do hino é abertamente xenófoba e belicista, foi marcado por um imigrante africano. E liderado por um cara que abraçou uma causa e um grupo, que abraçou a palavra entusiasmo, e aqui entusiasmo na sua raiz otimista e religiosa, que é (acreditar) ser inspirado por Deus.

Em tempos tão obscuros, que futebol e existência são motivados por uma mistura de xenofobia e falta de tesão pelo jogo, por uma combinação de todo tipo de alterofobia e gente cheia de não-me-toque, de gente sem alma mesmo, foi maravilhoso ver Portugal campeão da Eurocopa.

Leandro Afonso é cineasta e jornalista.

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sakamotoLeonardo Sakamoto | Blog do Sakamoto

Mas se ficar decidido que o crescimento econômico é mais importante que a dignidade das pessoas, podemos – em um esforço da nação – revogar também a Lei Áurea.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, disse que o governo federal deve promover “medidas muito duras” na Previdência Social e na legislação trabalhista para equilibrar as contas públicas. E citou como exemplo as reformas ocorridas na França, afirmando que, por lá, é permitido trabalhar até 80 horas por semana (na verdade, o limite máximo é de 48 horas, com horas-extras, podendo chegar a 60 em casos excepcionais com aval de autoridades).

A declaração foi dada após um encontro com Michel Temer e cerca de 100 empresários. Em nota, a CNI afirmou que seu presidente não defendeu o aumento da jornada.

Fico pensando o que deve passar pela cabeça de uma pessoa que mora no interior do país, trabalha até não aguentar mais, recebendo um salário de fome, tendo que depender de programas de renda mínima para comprar o frango do aniversário do filho, quando vê na sua TV empresários culpando a jornada de trabalho, as leis trabalhistas e a Previdência Social pelas desgraças planetárias.

E, na sequência, vê notícias de bilhões desviados em escândalos de corrupção envolvendo políticos e empresários, como nas operações Lava Jato e a Zelotes.

Ou quando descobre que será ele, a xepa, que vai ter que ralar duro para tirar o Brasil da crise econômica porque os mais ricos não terão que pagar mais impostos por isso. Taxação de dividendos recebidos de empresas? Alteração decente na tabela do Imposto de Renda – criando alíquotas de 35% a 40% para cobrar mais de quem ganha muito e isentando a maior parte da classe média? Regulamentação de um imposto sobre grandes fortunas? Aumento na taxação de grandes heranças? Auditoria da dívida pública?

Não, nunca! O que vocês pensam que isto aqui é? Uma democracia?

A CNI pede que o presidente interino estale o chicote – mas apenas nas costas dos trabalhadores. Michel responde com uma proposta que limita gastos públicos com educação e saúde. Mas também com o apoio a um projeto que autoriza a terceirização de todas atividades de uma empresa e a outro que fará com que o que é negociado entre patrões e trabalhadores fique acima do que está previsto na legislação, mesmo em prejuízo aos trabalhadores. E, como esquecer, com propostas para aumentar a idade mínima da aposentadoria para 65 anos (para quem já está no sistema) e 70 anos (aos que vão entrar). Vale lembrar que, no Maranhão, a expectativa de vida é de 66 anos.

Nesse momento, algumas dessas pessoas de frente para a sua TV velha sentem-se otárias, engolem o choro da raiva ou da frustração de ganharem como um passarinho, apesar de trabalharem como um camelo, e torcem para a novela começar rápido e poderem, enfim, ver outra tragédia. Não porque precisam se mostrarem fortes – eles sabem que são. Mas porque percebem que o país não é deles mesmo.

O desejo dos industriais representados pela fala de Andrade vai na direção oposta às demandas das centrais sindicais, que possuem, entre suas principais reivindicações, a redução da jornada de 44 para 40 horas semanas. A última redução ocorreu há 28 anos, na Constituição de 1988, quando caiu de 48 para 44 horas.

Aos catastrofistas de plantão: o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos calculou que uma jornada de 40 horas com manutenção de salário aumentaria os custos de produção em apenas 1,99%. O aumento na qualidade de vida do trabalhador, por outro lado, seria muito maior: mais tempo com a família, mais tempo para o lazer e o descanso, mais tempo para formação pessoal.

Há uma proposta de emenda constitucional que viabilizaria essa diminuição e também aumentaria de 50% para 75% o valor a ser acrescido na remuneração das horas extras. Ou seja, quer o empregado trabalhando mais? Que se pague (muito) bem por isso, pois eles estarão abrindo mão de sua qualidade de vida. Outros vão dizer que boa parte das empresas já opera com o chamado oito horas por dia, cinco dias por semana. Mas não todas. Principalmente em atividades rurais.

Mas se ficar decidido que o crescimento econômico é mais importante que a dignidade das pessoas, podemos – em um esforço da nação – revogar também a Lei Áurea.

Olha que ideia excelente para ser abraçada pelos empresários! Convenhamos que nunca conseguimos inserir em direitos a população libertada no final do século 19 e seus descendentes continuam a ser tratados como carne de segunda, a sofrer todo o tipo de preconceitos e a receber bem menos que os brancos pela mesma função, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho. E isso iria ao encontro de um pedido empresarial de mão de obra barata e de uma das frases de caminhoneiro que nosso presidente interino mais gosta: “não fale de crise, trabalhe”.

Que tal?

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Bernardo-Mello-FrancoBernardo Melo Franco | Blog do Juca/Folha

Se a manobra ocorresse em outro governo, o país seria varrido por uma onda de protestos e panelaços. Mas as mensagens foram assinadas por Michel Temer, que também é um homem de sorte.

O deputado Fernando Giacobo, do PR, é um homem de sorte. Em 1997, ele ganhou 12 vezes na loteria num intervalo de apenas 15 dias. A feliz coincidência lhe rendeu R$ 443 mil, em valores atualizados. A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso, mas o parlamentar não se abalou. Ele atribuiu a sequência de prêmios à graça divina. “Existe Deus, ele deu uma olhadinha lá e uma benzida”, disse.

Dezenove anos depois, o acaso voltou a sorrir para o deputado. Segundo vice-presidente da Câmara, ele cuidava de tarefas burocráticas como o ressarcimento de despesas médicas dos colegas. Em maio, Eduardo Cunha foi afastado e o vice Waldir Maranhão se inviabilizou. A cadeira da presidência sobrou para o afortunado Giacobo, que passou a comandar as sessões no plenário.

O deputado André Moura, do PSC, é outro homem de sorte. Réu em três ações penais, sob a acusação de desviar verbas públicas, ele continua a desfrutar das mordomias do mandato. Sua ficha ainda inclui três inquéritos, um deles por tentativa de homicídio. Para completar, ele foi condenado por improbidade após usar verba pública num churrasco.

Numa democracia madura, um político com esse currículo não ocuparia nenhum cargo relevante enquanto não fosse inocentado de todas as acusações. No Brasil de 2016, Moura conseguiu ser promovido a líder do governo na Câmara.

Nesta quarta (6), Giacobo abriu a ordem do dia com a leitura de mensagens presidenciais. Encaminhados por Moura, os textos retiraram a urgência na tramitação de um pacote de projetos contra a corrupção. Com isso, o Planalto adiou a votação de medidas como a criminalização do caixa dois e a tipificação do crime de enriquecimento ilícito.

Se a manobra ocorresse em outro governo, o país seria varrido por uma onda de protestos e panelaços. Mas as mensagens foram assinadas por Michel Temer, que também é um homem de sorte.

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Efigênia OliveiraEfigênia Oliveira | ambiente_educar@hotmail.com

 

A sociedade se cala, mas espera aflita, intervenção de pautas emergenciais e criteriosas de combate a esse monstro.

 

Junho (2016) chega ao final com essa notícia da imprensa, na íntegra: estudo divulgado nesta quinta-feira (30) mostra que o país ocupa o terceiro lugar em homicídios de crianças e adolescentes em um conjunto de 85 nações analisadas. Em 2013, último ano com dados disponíveis, foram assassinadas 10.520 crianças e adolescentes no Brasil, o que resulta em uma média superior a 28 casos por dia.

A situação se agrava nos últimos três anos. A violência em escala ascendente atrai meninas e meninos para a vibe perigosa contra pessoas das faixas abaixo e acima, e contra eles mesmos como num rito de passagem para algum lugar extraordinário, onde a bonança os espera. Diz o comentarista que reina silêncio sepulcral sobre o problema gerador de desastrosos impactos nas famílias e nos sistemas: de saúde, educação, econômico, prisional, previdenciário e outros mais.

Auxílios e vacinas que praticamente erradicaram doenças da infância, antes motivos de altas taxas de mortalidade infanto-juvenil, bem como assistência odontológica e psicossocial, têm garantido melhorias à saúde infantil. É claro que os benefícios citados não alcançam a todos, mas boa parte, sem dúvida. Avanços da ciência e da tecnologia têm prevenido doenças e preservado milhares de vidas, especialmente de infantes.

Incrível constatar que o custo para livrá-los da morte por doenças, é alto, mas a violência não perdoa vidas escapadas da morte na infância. Como o destino trágico em vingança primitiva contra esforços do contribuinte que não vê retorno positivo dos impostos que paga, e do cidadão brasileiro atacado em seu bem mais precioso, a família atingida sem compaixão nessa recorrente tragédia nacional.

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rpmRosivaldo Pinheiro | rpmvida@yahoo.com.br

 

A grande maioria das vítimas é jovem, negra e vive nas periferias, sinalizando ao estado brasileiro necessidade de fazer investimento na geração de oportunidades para esse segmento da população.

 

Estamos experimentando um momento difícil da convivência humana, que não é um comportamento restrito ao nosso país. A intolerância tem sido manifestada mundo afora, basta uma rápida vasculhada na programação dos canais televisivos e radiofônicos ou uma rápida passagem na internet e nos impressos para percebermos o quanto de agressividade o ser humano tem produzido em todo o planeta.

O animal humano se diferencia dos demais pelo uso da racionalidade, mas parece que abriu mão desta ao agir de maneiras que nos rebaixam às últimas posições da cadeia alimentar, causando danos irreversíveis ao habitat e degeneração da nossa própria espécie. O ódio manifestado por alguns pode ser medido a partir das reações a simples opiniões postadas nas redes sociais, no confronto das torcidas opostas após grandes clássicos de futebol, das contradições e ataques oriundos do posicionamento político-ideológico, religião ou diferença de gênero.

Essa baixa na qualidade das atitudes humanas vai de encontro ao avanço do conhecimento e da própria expansão socioeconômica e tecnológica no pós-globalização. Esperava-se que o advento das aproximações culturais e a quebra das fronteiras físicas dos países possibilitassem uma nova roupagem na organização do homem. No entanto, por questões de intolerância, estamos assistindo um comportamento que nos redireciona à barbárie.

No Brasil, a face da violência pode ser melhor percebida observando os números de mortes por arma de fogo: foram mais de 45 mil mortes em 2014, segundo o levantamento feito neste ano (Mapa da Violência, Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), que também aponta que esse número tem crescido a cada ano. Nenhum conflito bélico hoje tem esse grau de letalidade. A grande maioria das vítimas é jovem, negra e vive nas periferias, sinalizando ao estado brasileiro necessidade de fazer investimento na geração de oportunidades para esse segmento da população, além de melhoria na legislação e investimentos na estrutura policial para o enfrentamento desse fenômeno que nos envergonha enquanto sociedade. Não podemos assistir passivamente, achando que não seremos atingidos.

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ricardo artigosRicardo Ribeiro | ricardo.ribeiro10@gmail.com

 

A chuva começa a cair, atenuando os efeitos da seca, e a justiça toma providências há tempos aguardadas para estancar os saques.

 

Ainda criança eu ouvia a história de um tio emprestado que ficou embaixo de um barranco na BR 101. Ele viajava de ônibus, quando houve um deslizamento e o veículo foi soterrado. Entre mortos e feridos, meu tio permaneceu horas sob a lama, apenas com o braço esquerdo descoberto. Alguém se aproximou e, em vez de tentar salvar aquele passageiro, tirou-lhe sorrateiramente o relógio e deixou a vítima ali, à própria sorte. Felizmente, outros vieram depois e o salvaram.

Esse caso de família me vem à mente ao ler as notícias sobre a roubalheira que se cometia na Emasa. Não apenas a empresa, como também a cidade se assemelha hoje a alguém que agoniza, o que é trágico. Mas não há definição que traduza o asco que a gente sente do cara que leva o relógio. E o caso presente é ainda mais grave, porque “os caras” são os próprios responsáveis pela vida do passageiro.

Itabuna municipalizou seu serviço de abastecimento de água e saneamento há 27 anos. Desde então, houve poucos investimentos e grande parte da cidade jamais teve água com regularidade, mesmo em tempos de fartura hídrica. Agora, na escassez, o que já era ruim se converteu em tragédia. Com a empresa sob o barranco, tudo indica que alguns agiram como autênticos saqueadores de beira de estrada.

Fica provado que não havia injustiça quando se apontava a ineficiência da Emasa como um plus à estiagem. Só faltava esclarecer o que contribuía para tornar a empresa um trambolho ineficiente. Alguns municípios enfrentam apenas a seca; outros sofrem com a seca e os “saques”. Para a população, que tem passado o vexame diário da lata d’água na cabeça, é um verdadeiro tapa na cara.

Tenho visto muitos itabunenses abatidos e desesperançosos com a situação à qual a cidade chegou. Já vi gente jogar a toalha e dizer que não dá mais pra viver em Itabuna, mas agora é possível melhorar as expectativas. A chuva começa a cair, atenuando os efeitos da seca, e a justiça toma providências há tempos aguardadas para estancar os saques. Ainda vai demorar muito para o abastecimento de água se regularizar nesta cidade sofrida, mas até o seu ar já começa a ficar mais respirável.

Ricardo Ribeiro é advogado.

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Allah-GóesAllah Góes | allah.goes@hotmail.com

 

No que se refere a contas com parecer prévio pela rejeição, oriundas do TCM-BA, estas, obrigatoriamente, só tornarão inelegível o gestor que tiver este Parecer referendado, após o julgamento proferido pela Câmara Municipal, pois é este quem prevalece.

 

Sempre ocorre em eleição questionamento sobre a legalidade ou não de uma candidatura, mas com o advento da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 64/90, alterada pela Lei Complementar 135/2010), aumentou-se em muito os pedidos e as ilações que se fazem neste período.

A maior parte das impugnações de registro está relacionada a casos de inelegibilidade. As Ações de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRCs) servem para impugnar o pedido de registro de candidato que não reúne as condições de elegibilidade ou de registro – por exemplo, na falta algum documento, ou que contrarie o contido no Artigo 14 da Constituição Federal.

A AIRC é o processo que objetiva impedir a homologação judicial da inscrição de um candidato no pleito eleitoral. Por esta razão, ela tem existência num certo momento do processo eleitoral, que se inicia nos cinco primeiros dias da publicação do pedido de registro e se encerra no dia 12 de setembro (para as eleições de 2016), quando todas as ações terão de estar definitivamente julgadas. (Lei 9.504/97, Art. 16, §1º, Res. TSE nº 23.455/15, art. 57).

A impugnação deve versar sobre um dos muitos requisitos de elegibilidade do candidato, daí porque a sua previsão se encontra na LC nº 64/90, que é justamente a Lei das Inelegibilidades.

As impugnações a registros de candidatura nas eleições municipais de 2016 podem ser feitas pelo Promotor de Justiça com função eleitoral, por partidos, coligações ou candidatos no prazo de cinco dias, contados da publicação do pedido de registro (art. 3º da LC 64/90).

A impugnação tem a finalidade de impedir o deferimento da candidatura de “candidato a candidato”, que não preencha as condições legais de elegibilidade, sendo muitas destas fundamentadas na alínea “g” do inciso I do art. 1º da Lei Complementar nº 64/90, que diz respeito às rejeições de contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas – contas de gestão, decretadas pelos Tribunais de Contas, da União e dos Estados.

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AndirleiAndirlei Nascimento | andirleiadvogado@hotmail.com

 

O Tribunal do Rio determinou que fossem colhidas as informações junto à autoridade coatora, que decretou a prisão, estando há onze dias sem nenhuma resposta.

Em cada país que vive sob a égide do Estado Democrático de Direito são estabelecidas regras constitucionais rigorosas para que sempre se evite ilegalidades por agentes públicos, na prisão de pessoas.

No nosso país, o Brasil, na Carta Política é estabelecido no rol de direitos e garantias constitucionais, de forma positivada, no artigo 5º, letra LVII que: “Art. 5. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes. (EC nº 45/2004) e LVII – ninguém será culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.

Pois é, recentemente, temos presenciado no nosso país um verdadeiro dilaceramento dos princípios constitucionais, estabelecidos na nossa Carta Maior.

Há pouco, em Itabuna, um advogado no exercício das suas atividades profissionais, ao que se tem conhecimento, em conversa com um seu cliente ao telefone, de forma infeliz, falou impropérios contra uma magistrada do Rio de janeiro que decidiu contra este seu cliente, atitude esta que não comungamos, apesar de entender de que o advogado não teve interesse nenhum em induzir o seu cliente a praticar qualquer crime contra aquela magistrada.

É que, em um jogo de futebol, quando o árbitro e seus auxiliares erram na aplicação de uma das regras futebolística, os torcedores que se sentem injustiçados, passam a proferir impropérios contra a mãe daquele árbitro e auxiliares. Perguntar-se-ia: Será que o objetivo dos torcedores era, de fato, atingir a mãe daqueles profissionais ou uma forma de protesto contra o não cumprimento das regras? Evidentemente, é a segunda opção.

Tem-se conhecimento de que não havia contra este advogado nenhum inquérito, inclusive ético-disciplinar; nenhuma ação penal e qualquer decisão com trânsito em julgado. Mesmo assim, foi decretada a prisão temporária por trinta dias, sendo renovada por mais trinta dias, estando o mesmo por quarenta e seis dias preso. Vinte e três dias dos quais permaneceu no presídio da nossa cidade.

Ficou durante onze dias sem receber visita e, posteriormente, transferido para o Rio de Janeiro, algemado e transportado dentro de um camburão como se fosse um marginal perigosíssimo, sob os olhares atentos e displicentes dos nossos Ilustres representantes, que sequer opuseram àquela humilhação e a afronta a nossa Constituição Federal e da Súmula 11 do Supremo Tribunal Federal, a qual estabelece que:

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rpmRosivaldo Pinheiro | rpmvida@yahoo.com.br

 

A Conferência das Cidades deste ano, inclusive, propõe o imenso desafio de melhorar a qualidade de vida atual e possibilitar avanços consistentes para não se comprometer a sustentabilidade futura.

 

As cidades também são conhecidas como “espaços de conflitos”, tamanhas são as necessidades de atendimento a diversas expectativas dos seus residentes. Dentro desse cenário existem agravantes, um deles é que a instalação dos equipamentos físicos (fixos) atende aos interesses dos investidores públicos e privados e não à necessidade primária dos que buscam o atendimento das suas pautas reivindicatórias, gerando uma série de impactos à vida dos munícipes. A mutação da realidade após a instalação das novas construções impacta no direcionamento do fluxo – indivíduos, produtos, ideias e tudo que se move.

A alteração do espaço urbano visa atenuar os conflitos oriundos dos movimentos organizados em prol de influenciar na organização da cidade, tendo em vista a contemplação dos seus anseios, e isso exige do poder público uma série de investimentos. À medida que há uma evolução da sociedade no aspecto do conhecimento dos seus direitos, há uma intensificação dos debates, influenciando diretamente na forma de organização da cidade.

A Conferência das Cidades deste ano, inclusive, propõe o imenso desafio de melhorar a qualidade de vida atual e possibilitar avanços consistentes para não se comprometer a sustentabilidade futura. O tema da conferência das cidades esse ano atende ao objetivo de compreensão das funções das cidades: Função Social da Cidade e da Propriedade; Cidades Inclusivas, Participativas e Socialmente Justas.

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Allah-GóesAllah Góes | allah.goes@hotmail.com

 

Em Itabuna, teremos em disputa 21 vagas de vereador, o que fará com que cada partido ou coligação possa apresentar, no máximo, 32 candidatos.

Uma das alterações mais impactantes no processo eleitoral, surgida com a Lei 13.165/15 (Minirreforma Eleitoral), é a mudança no período da campanha, que ficou reduzida pela metade, implicando modificações em outros prazos referentes às eleições, tais como as convenções partidárias, registro de candidaturas, filiação partidária e tempo de propaganda, além de fortalecer o período da pré-campanha.

A pré-campanha, que compreende o período até o dia 16 de agosto, época em que há a liberação da propaganda eleitoral, foi pensado para compensar a redução do período de campanha eleitoral, que agora é de apenas 45 dias, servindo para que o ainda pré-candidato possa começar a ser conhecido, a partir de ações, em princípio, direcionadas aos filiados da sua agremiação partidária.

A lei não estabelece uma data inicial para a divulgação de uma pré-candidatura, apenas estabelece prazo para a realização da propaganda intrapartidária, que só pode começar no dia 5 de julho e tem como objetivo a nomeação do futuro candidato do partido ou coligação, que deverá ocorrer nas Convenções a partir do dia 20 de julho.

No período que antecede a campanha, o postulante pode dizer que é pré-candidato e pode divulgar seus méritos, suas plataformas, projetos políticos e qualidades pessoais. Pode até pedir apoio político. Essa divulgação pode ser pessoal, através de redes sociais e partidária. O que não pode haver é o pedido direto de voto.

Pelas regras desta eleição, as convenções partidárias devem ser realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto, lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, devendo esta ata ser publicada em até vinte e quatro horas após a realização da convenção, em qualquer meio de comunicação.

As convenções podem ser realizadas em algum espaço particular ou podem usar gratuitamente prédios públicos, desde que comuniquem ao responsável pelo local, com antecedência mínima de 72 horas antes do evento, mantendo-se o prazo de 48 horas após a publicação do edital de candidaturas, para que os candidatos, escolhidos em convenção, possam requerer, individualmente, o registro, se o partido ou coligação não tiver feito ainda.

Para concorrer às eleições, o candidato deverá ter idade mínima de 18 anos completos até o dia 15 de agosto (data-limite para o registro), possuir domicílio eleitoral pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito e estar com a filiação deferida pelo partido no mínimo seis meses antes da data da eleição, desde que o estatuto do partido não estabeleça prazo superior.

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hannah thameHannah Thame

 

A fisioterapia para cães é indicada quando o veterinário constata que o cão possui algum problema ortopédico – que pode ser causado por um acidente ou até mesmo obesidade e velhice – ou neurológico, que é o caso de algumas doenças genéticas ou adquiridas

Com um número cada vez maior de animais de estimação fazendo parte das famílias, as novidades do mundo animal estão sempre avançando. Você já pensou, por exemplo, em fisioterapia para o seu cachorrinho? Pois é, ela existe e traz inúmeros benefícios.

Ganhando cada vez mais espaço no mundo dos pets, a fisioterapia veterinária têm se estabelecido no segmento como uma das mais eficazes formas de ajudar cães e gatos com problemas neurológicos e ortopédicos, além de que, atua como uma ótima ferramenta no combate à obesidade animal e na melhora do condicionamento físico. Também exerce um grande poder de auxílio na fase pós-operatória, favorecendo o processo de recuperação dos animais que passaram por intervenções cirúrgicas.

Ao longo dos últimos anos, essa modalidade de tratamento vem caindo no gosto dos profissionais, sendo que, cada vez mais veterinários encontram nesse tipo de terapia a solução para os mais diversos problemas enfrentados pelos seus pacientes. A fisioterapia para cães é indicada quando o veterinário constata que o cão possui algum problema ortopédico – que pode ser causado por um acidente ou até mesmo obesidade e velhice – ou neurológico, que é o caso de algumas doenças genéticas ou adquiridas.

Pacientes com problemas ortopédicos, como artrites e artroses, rupturas de ligamento, displasia coxofemoral, luxação de patela e cirurgias ortopédicas podem ser beneficiados com a fisioterapia, que ajuda a diminuir o inchaço e dores nesses locais, diminuindo também quadros inflamatórios. Em casos neurológicos, a fisioterapia muitas vezes é essencial para que o animal possa voltar a andar, como nos casos de fraturas, traumas em coluna ou hérnias de disco que comprometem a locomoção, ajudando-o a se recuperar rapidamente e prevenindo sequelas.

A fisioterapia em animais é feita utilizado técnicas semelhantes às dos humanos, com equipamentos adaptados para o tamanho e as necessidades do pet. Algumas modalidades utilizadas são eletroterapia, cinesioterapia, laserterapia, magnetoterapia, ultrassom e hidroterapia. É importante ressaltar que apenas médicos veterinários podem realizar avaliação do animal e determinar quais técnicas devem ser utilizadas. Sendo assim, é muito importante procurar profissionais especializados, além de saber que fisioterapeutas humanos não têm autorização para atuar com animais.

Hannah Thame é médica veterinária e mestre em Ciência Animal com ênfase em Sanidade Animal pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).