QUEM É ESSA MULHER?

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Do Política Etc:

A mulher que Lula apresenta como candidata a presidente não é Dilma Rousseff, mas um simulacro, um arremedo, uma personagem fictícia. Como não aprendeu a arte da interpretação, Dilma – antes conhecida como gestora eficiente e resoluta – transformou-se em uma péssima atriz.

Duda Mendonça, o mago das campanhas, o homem que criou o “Lulinha Paz e Amor”, já avisou que Dilma é uma mulher de personalidade formada, portanto é inviável querer transformá-la no que não é. Na pele de outra pessoa, a candidata fica pouco à vontade, dá escorregadelas perigosas, foge ao script, comete gafes imperdoáveis.

Lula já detectou a embrulhada em que se meteu. Foi só o barbudo descolar-se de sua ex-ministra para ela mostrar que sozinha não decola. Talvez seja tarde para recriar a personagem, mas o presidente aposta em seu próprio cacife. Em breve, ficará grudado em sua escolhida para ver se a performance melhora num voo a dois.

Enquanto isso, Dilma precisa apurar o discurso e evitar deslizes. Na festa do 1º de maio, em São Paulo, a matéria editada pelo Jornal Nacional mostrou a candidata declarando que os trabalhadores tinham que agradecer pelo salário mínimo. Um salário que obteve expressivo ganho  real na era Lula, mas está bem longe de garantir uma vida digna para o trabalhador.

Dilma precisa ter cuidado, sobretudo com os próprios gestos e a própria língua.

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Alexandre Oltramari | Revista Veja

A agência Matisse é um dos mais intrigantes casos de sucesso da propaganda brasileira. Em 2003, com a chegada de Lula ao governo, a empresa deixou de ser uma nanica regional para tornar-se uma potência. Comandada pelo publicitário Paulo de Tarso Santos, marqueteiro de Lula em 1989 e 1994, ela entrou para o time das grandes ao vencer a licitação para administrar a milionária verba publicitária da Presidência da República. Seu sucesso, a partir daí, foi estrondoso.

Nos últimos sete anos, a Matisse conseguiu a proeza de se manter como a única agência a prestar serviços ininterruptos à Secretaria de Comunicação do governo. Há dois meses, porém, essa escalada de sucesso sofreu um revés. Sem explicação, Paulo de Tarso Santos anunciou que estava abandonando a empresa para se dedicar a outros negócios. O que se descobre agora é que o publicitário, na verdade, deixou a Matisse por suspeita de desviar recursos públicos.

Sua agência recebia as verbas do governo para pagar anúncios de campanhas oficiais, mas o dinheiro não chegava ao destino – pequenas emissoras de rádio e jornais do interior. O que aconteceu? Por enquanto o máximo que se pode dizer é que alguém embolsou os valores, e o publicitário, como sócio da empresa, foi responsabilizado por isso.

A saída de Paulo de Tarso da Matisse tem relação direta com as irregularidades. No início do ano, a Secretaria de Comunicação (Secom), chefiada pelo ministro Franklin Martins, tomou conhecimento de que um grupo de pequenas empresas de comunicação reclamava ter sido vítima de um calote de 5 milhões de reais por parte do governo federal. Os casos não se encaixavam nos tradicionais atrasos provocados pela burocracia e, curiosamente, envolviam sempre a mesma agência, a Matisse.

Dívidas que se arrastavam havia mais de cinco anos e que começaram a criar dificuldades para o próprio governo. Além do constrangimento, algumas emissoras passaram a recusar publicidade oficial. A Secom tentou contornar o problema, notificando formalmente a Matisse para que quitasse as dívidas. Em outra frente, também mudou seu sistema de pagamento. Antes, o órgão repassava dinheiro às agências depois que elas comprovavam a exibição da propaganda. Agora, além de comprovar a exibição, as agências precisam atestar o pagamento aos veículos.

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A deputada estadual Ângela Sousa (PSC) perderá todos os cargos que ainda possui no governo do petista Jaques Wagner, segundo antecipa o Jornal Bahia Online. Sob a parlamentar pesa a acusação de optar pelo muro na votação que autorizava o estado a contrair empréstimo superior a meio bilhão de reais por parte do Estado.

A orientação no partido, que está na canoa geddelista, era para votar contra. Ela, como se sabe, faltou à sessão. Disse que estava dando papinha ao filho Marcus Vinicius, o Marcão, submetido que foi a uma cirurgia. Como a sessão durou mais de 30 horas e nada da parlamentar pisar os pés na Assembleia Legislativa, o governo sentiu umas pontinhas mais que protuberantes na testa. Vai cortar os 40 cargos indicados por Ângela.

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EPIGRAMISTAS NÃO GANHAM BUSTOS

Ousarme Citoaian
Epigramistas não são bem vistos. Nenhum deles ganha homenagem. Meu estimado leitor e minha não menos querida leitora já viram algum busto de epigramista? Uma praça ou viaduto? Uma reles placa em rua desimportante identificando-a como “Epigramista Fulano de Tal”? É provável que não. Sarcastas (como Horácio, na foto) distraem as pessoas comuns e atraem o ódio das autoridades. São cobradores, e ninguém aprecia ser cobrado. Em público, menos ainda. Os lexicólogos também não gostam de epigramista: com mais de 2.500 anos de registro (vem dos 500 a. C.), o termo (que ou aquele que faz epigramas) ainda é solenemente ignorado pelos dicionários.

OS FILHOS DE GREGÓRIO DE MATOS

O grego Simônides de Ceos é uma espécie de pai do epigrama. Mas o modelo cunhado na Grécia foi modificado pelos romanos, com proximidade da forma maldosa, crítica e humorística de nossos dias. Sem querer demarcar fronteiras, coloquemos nesse gênero dois expoentes brasileiros (Emílio de Menezes e Gregório de Mattos) e um português (Bocage). Os três fustigaram os costumes e deixaram herdeiros. Aliás, a Bahia é pródiga em “filhos” de Gregório de Mattos, o Boca do Inferno (foto) – quase fazendo da arte de mal dizer um gênero baiano: Aloysio de Carvalho, Pinheiro Viegas, Ildásio Tavares, Lafayette Espínola, Clovis Amorim, Sílvio Valente e outros.

HOISEL, O HOMEM QUE CRITICAVA

Em Ilhéus, com assento no Diário da Tarde e no Bar de Barral, o grande nome do epigrama foi Alberto Hoisel, retratado por Antônio Lopes em Solo de trombone (Editus/Uesc). A partir dos anos cinquenta (morreu em 2000), Hoisel movimentou a cidade e, sobretudo, infernizou a vida de todos os prefeitos do período. A Pedro Catalão (prefeito de 1951 a 1955) coube a maior crueldade: “Nunca no mundo supunha/Ser verdade absoluta/Que um filho da Catalunha/Virasse filho da puta!…”. Sobre o judiciário, ele fez uma quadrinha que está ainda muito atual: “A Justiça em seus julgados/Anda sempre em dois sentidos:/Ora de olhos vendados,/Ora de olhos vendidos”.

EMÍLIO DE MENEZES, O IMPIEDOSO

O epigramista (os dicionários preferem epigramatista, sem apoio na vida literária) precisa de talento, coragem e maldade. Nesse último quesito, a sátira em versos nunca teve ninguém tão bem aparelhado quanto Emílio de Menezes, para quem a impiedade era uma segunda natureza.  Lulu Parola está mais para o gracejo do que para a ofensa, enquanto Ildásio Tavares (foto acima) é agressivo a ponto de ter epigramas concluídos, mas retardar a publicação. “Primeiro preciso comprar um colete à prova de balas”, brinca (com fogo!) o poeta grapiúna. O Pimenta abriga o bissexto Agulhão Filho, que – ao estilo Lulu Parola – prefere o divertimento à crueldade.

DISPARATES QUE SÃO BEM-VINDOS

Volta e meia alguém emprega um verbo como sinônimo de outro, equivocadamente. É o caso de ter por haver, muito comum nas transmissões de futebol na televisão. “Tinham dois jogadores impedidos”, diz o comentarista. Pedrada: em português, diz-se “havia dois…”. Mas deixemos pra lá, pois bater na tevê é como bater em defunto: ela sempre foi o quarto de torturas da língua portuguesa. Pior é quando o jornal, cujo texto tem tempo para ser lido, pensado, analisado e emendado, sai com disparates parecidos. E eles, os disparates, não são avis rara nem personas non gratas em nossas redações. Bem ao contrário, são recebidos com tapete vermelho.

LIBRA E SINAIS DE FUMAÇA

Um dos principais diários de Itabuna é useiro e vezeiro em misturar os sentidos dos verbos. “Prazo para transferência de presos encerra na segunda-feira”, diz ele, em edição recente. Aos dicionários: o verbo encerrar encontra oito acepções no Aurélio,  nove no Michaelis e 11 no Priberam. Nenhum deles mostra o verbo como sinônimo de terminar (o que parece ter sido a intenção do jornal). É claro que vai aparecer algum “liberal” pra dizer que “está certo” como foi escrito, pois a mensagem nos chegou. Mas não tratamos aqui de filosofias baratas, Libras ou sinais de fumaça, e sim de língua portuguesa culta.

SIMPLICIDADE NÃO É HUMILHAÇÃO

Nunca será demais lembrar que simplicidade não é humilhação, mas qualidade do estilo. Se eu posso escrever “Prazo para transferência de presos termina…”, por que empregar um encerra, que o leitor medianamente informado não sabe de onde veio nem para onde vai? Vã complicação. Longe de melhorar o texto, o torna empolado, torto, questionável. Afinal, o sentido mais corriqueiro de encerrar é de transitivo direto, levantando no leitor a dúvida imediata: “Encerra o quê?”. E aí fica uma confusão dos pecados, até que se encontre o sujeito dessa construção canhestra.

DA ARTE DE ESCREVER BEM

André Iki Siqueira fez, em João Saldanha, uma vida em jogo (Companhia Editora Nacional), o que entendo ser a biografia definitiva do polêmico treinador de futebol. Ao menos, é a mais consistente das que li. Personagem talhado para a ficção, Saldanha tem sua vida cercada de mitos (muitos criados por ele mesmo), de forma que, muitas vezes, a gente não percebe a diferença entre o real e o imaginário. O livro não põe luz sobre toda essa incerteza, mas aponta aspectos novos da vida do João sem Medo (epíteto criado pelo amigo Nelson Rodrigues), úteis, sobretudo, para as novas gerações de pesquisadores e, por que não dizê-lo, fãs.

JOÃO SALDANHA, A FERA DAS FERAS

Uma vida em jogo mostra que Saldanha não foi comunista de praia e mesa de bar, mas ativo militante do PCB. Teve vida clandestina (era o camarada Souza) foi preso e fichado pela ditadura de Getúlio, comandou greves importantes como a dos 300 mil (São Paulo, 1953), organizou camponeses no Paraná (1950), enfrentou os gorilas de 1964 (disse que Médici era “o maior assassino da história do Brasil”), protegeu perseguidos políticos às custas do próprio bolso. Na Seleção (que ganhou invicta as eliminatórias), não abriu mão da militância e carimbou o time com sua personalidade.  As feras do Saldanha, como seu líder, não tinham “complexo de vira-lata”.

“COMO NUM ROMANCE DE AVENTURA”

André Iki Siqueira (foto), o autor, é um desses jornalistas de muita competência e pouca badalação. É carioca, consultor de comunicação, trabalhou na grande imprensa, dedica-se também à música (como compositor) e a fazer roteiros de televisão e cinema. Além de João Saldanha, uma vida em jogo, foi co-diretor do longametragem João, sobre o mesmo personagem. Atualmente, dirige a revista Brazilian foreign trade. Voltando ao livro, lê-se na contra-capa: “Como num romance de aventura, é uma história de tirar o fôlego, em que fato e ficção se confundem para criar um personagem inesquecível, o João Sem Medo – um grande brasileiro”. Assino.

COM OS DEFEITOS NECESSÁRIOS

Nelson Rodrigues (ilustração) foi, desde o começo, o grande defensor do João Sem Medo para dirigir a seleção. Está nesta crônica de À sombra das chuteiras imortais: “Tenho-lhe um afeto de irmão. Quebrei minhas lanças para que a CBD o escolhesse. João Havelange e Antônio do Passo tiveram um momento de lucidez ou mesmo de gênio, e o chamaram. Ao ler a notícia, berrei: ´É o técnico ideal!’ . Um amigo meu, bem pensante insuportável, veio me perguntar: ´Você acha que o João tem as qualidades necessárias?’. Respondi: ´Não sei se tem as qualidades. Mas afirmo que tem os defeitos necessários´. E, realmente, o querido Saldanha possui defeitos luminosíssimos”.

A PARCEIRA QUE BRECHT NÃO VIU

A “Ópera dos três  vinténs” (Brecht),  que no Brasil virou “Ópera do malandro” (Chico Buarque), teve uma canção muito divulgada: Mack the knife (1955). Foi cantada por Armstrong, Bobby Darin, Frank Sinatra e um monte de gente. Curiosidade: foi a primeira gravação de Elza Soares (foto), versão em português, claro, em 1959 (o outro lado do disco tinha Se acaso você chegasse, de Lupicínio Rodrigues). A letra, como costuma ocorrer na música americana, é pouco expressiva. Mas o balanço é irresistível. As coisas estavam assim, até que Ella Fitzgerald cantou Mack the knife numa apresentação ao vivo, em 1960. Foi um show mágico, eletrizante, algo ainda não visto.

ÓPERA DA “MALANDRA” ELLA FITZGERALD

Na abertura, Ella avisa que não está segura quanto a lembrar-se de toda a letra da canção (We hope we remember all the words). Antes de chegar ao meio, a cantora tem um “branco” (ops!), mas é aí que começa o verdadeiro show. Ela não perde a cadência nem a classe: começa com “Qual é o próximo refrão dessa música, agora?” (What´s the next chorus to this song, now?) e prossegue citando, com ritmo e rima, os cantores Bobby Darin (foto) e Armstrong (que popularizaram a composição de Brecht e Weill), ri de si mesma – “Nós estamos fazendo um naufrágio” (We’re making a wreck) – manda uma imitação de Satchmo, e arremata tudo com aquele scat singing que tornou ambos famosos.
</span><strong><span style=”color: #ffffff;”> </span></strong></div> <h3 style=”padding: 6px; background-color: #0099ff;”><span style=”color: #ffffff;”>E FRED JORGE CRIOU CELLY CAMPELLO!</span></h3> <div style=”padding: 6px; background-color: #0099ff;”><span style=”color: #ffffff;”>No auge do sucesso, em 1965, a música teve uma versão no Brasil, gravada por Agnaldo Timóteo. Como costuma ocorrer com as

O IMPROVISO QUE GANHOU O GRAMMY

Próxima ao final, Ella se diverte, cantando: “vai ser uma surpresa se essa gravação virar Mack the knife” (it´s a surprise this tune comes Mack the knife). De fato, àquela altura, já pouco restava da letra original, “adaptada” à ocasião. No fim, com os aplausos da platéia, a cantora abre o sorriso: missão cumprida, o imprevisto tinha sido dominado.  A improvisação ganhou o Grammy de 1960. Ella tinha também o dom de imitar vozes e instrumentos: em One note samba (Samba de uma nota só), de Tom, ela “toca” uma cuíca; aqui, tira um sarro com seu amigo rouco Louis Armstrong. O vídeo, ao que me consta, não é do show original.
(O.C.)
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O site do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Tecnológico de Ilhéus (Cepedi) sofreu invasão, possivelmente neste final de semana. Quem acessa a página eletrônicado centro ligado à Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e empresas do polo de informática de Ilhéus depara-se com uma mensagem pra lá de explosiva.

Site sofreu invasão-protesto. Às 22h, já estava fora do ar.

Atualizada às 11h (03/05)

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Um grupo de juízes de Itabuna foi recebido em audiência nesta sexta-feira (30) pela desembargadora Telma Brito, presidente do Tribunal de Justiça da Bahia.  O encontro foi marcado para tratar da proposta de construção do novo fórum do município em uma área oferecida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). De acordo com o superintendente regional deste órgão, Saulo Pontes, o terreno de 10 mil metros quadrados, no bairro São Caetano, pode tranquilamente ser transferido para o judiciário.

Segundo os magistrados que estiveram no Tribunal, entre eles o diretor do Fórum Ruy Barbosa, Wilson Gomes, a desembargadora demonstrou entusiasmo com a proposta e a encaminhou para sua assessoria a fim de que sejam realizados os estudos técnicos necessários. A reunião contou com a participação do presidente da Associação dos Magistrados da Bahia, Nartir Weber.

Os outros juízes de Itabuna que fizeram parte da comitiva foram Adriano Borges (Vara de Família), Antônia Marina Faleiros (1ª Vara Crime), Benedito Alves Coelho (5ª Vara Cível), George Alves de Assis (2ª Vara Cível do Sistema de Juizados) e Érico Bastos (3ª Vara Cível).

A subseção da OAB de Itabuna, comandada pelo advogado Andirlei Nascimento, foi responsável pelo início dos entendimentos com o DNIT para a doação do terreno ao judiciário.

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Quem se debruça sobre as receitas da Prefeitura de Itapé não entende a matemática do governo. É que o dinheiro tem entrado normalmente, mas os pagamentos aos fornecedores e servidores não caminham no mesmo ritmo.

Em abril, o pequeno município arrecadou quase R$ 1,3 milhão, porém os salários do mês ainda não foram pagos. Não é à toa que vários prestadores de serviços – principalmente médicos – se cansaram do desrespeito e pediram o boné.

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Rogério Andrade, César Borges e Geddel. Tá legal?

Em território baiano, o PMDB e o DEM estão trocando figurinhas sem a menor cerimônia e, se ainda não estão oficialmente unidos, tudo indica que estarão em um eventual segundo turno. Por todo canto, surgem lideranças democratas revelando apoio ao ministro Geddel Vieira Lima, como ocorreu há pouco na cidade de Conceição do Almeida, onde o deputado estadual Rogério Andrade (DEM) andou se derrentendo todo para os lados do ex-ministro.

Certo que também há casos em que o PT se vale da rebeldia existente em partidos adversários. Por exemplo, o prefeito de Alagoinhas, Paulo Cezar Simões, do PSDB, defende a reeleição de Jaques Wagner. Mas o chamego entre democratas e peemedebistas é algo que está ocorrendo com maior frequência.

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O Azulino tomou dois gols em pouco mais de três minutos e deixou a missão do título mais difícil. Mas Felipe Lima fez o segundo e ainda há chance do Itabuna ‘resgatar’ a taça do Baiano de Juniores 2010.

Por enquanto, Bahia 4×2 Itabuna.

Como venceu o primeiro jogo por 2×0, o time itabunense precisa de só mais um gol para levar o ‘caneco’.

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Juca Kfouri

Corria o ano de 1956, e, sem pieguice, eu não podia correr.

Uma tuberculose ganglionar quase tinha me matado, e eu andava fraco.

Já fora de perigo, me mandaram passar uns dias em Ilhéus, na Bahia, na casa de parentes.

Tio Pacheco era médico, dono do hospital da cidade, e um figuraço, casado com tia Esther, irmã de minha avó.

Estava lá eu em franca recuperação quando foi anunciada a presença do Fluminense em Itabuna, ali perto.

Foi então que tio Pacheco chegou em casa no fim de uma bela quinta-feira com dois ingressos na mão e prometeu que iríamos ao jogo.

Havia dias que eu não tinha febre, mas, sei lá se a excitação mexeu demais comigo, fato é que na sexta-feira amanheci febril.

Assim foi durante todo o dia, 38, 39 graus de febre, e, quando o tio Pacheco chegou e soube, nem pestanejou: sentou-se ao meu lado e disse que era melhor esquecer o jogo, mas que de todo modo me faria uma surpresa no domingo. Desnecessário contar o tamanho da frustração, e, na verdade, não havia surpresa possível que me interessasse ou consolasse.

Passei o sábado bem jururu e fui acordado no domingo com o anúncio de que tinha uma surpresa para mim na sala.

Lavei o rosto, escovei os dentes, fui para a sala e dei de cara com um bando de gente que eu não sabia bem quem era.

Era o time do Fluminense!

Tio Pacheco havia conseguido levar o time do Flu à casa dele, para visitar o sobrinho doente.

Ganhei autógrafos do Castilho, do Pinheiro, do Telê Santana, do Escurinho, uma beleza!

Muitos anos depois, às vésperas da Copa de 82, perguntei a Telê se ele se lembrava do episódio, e ele disse que sim, vagamente. E, sempre que de alguma maneira divergíamos, ele me ameaçava: “Vou espalhar para todo mundo que você já sentou no meu colo”.

Mas foi em 1984 que essa história teve seu fecho de ouro.

Num programa de tv, com Castilho, o maior goleiro da história do Flu, e Telê, perguntei a eles, piscando o olho para Telê, se guardavam alguma lembrança de visitas a crianças doentes em excursões do Flu.

E Castilho imediatamente se virou para Telê e disse: “Sim, é claro. Você se lembra, Telê, de um menino paulista que fomos visitar na Bahia, estava com uma doença grave, bem fraquinho, acho até que morreu?”

Antes que Telê falasse qualquer coisa, eu disse a Castilho que o garoto era eu.

O velho e sensível goleiro se emocionou às lágrimas.

Foi a última vez que o vi.

Três anos depois, deprimido, Castilho suicidou-se.

Deixou saudade.

Extraído do livro “Meninos, eu vi”, de Juca Kfouri.

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O juiz titular da 6ª Vara Cível, Carlos Geraldo Rodrigues Reis, condenou o Banco Bradesco e o ex-diretor financeiro da Universidade Católica de Salvador (Ucsal) Raimundo Gabriel de Oliveira ao pagamento de uma indenização no valor de R$ 36.475.657,14, mais juros de 12% ao ano a partir da data da citação. Ex-prefeito de Maragojipe, Raimundo Gabriel foi condenado, em julho do ano passado, a dez anos e oito meses de prisão pelo desvio do mesmo valor da indenização.

No processo criminal, Raimundo Gabriel foi réu confesso do desvio de promover o desfalque de mais de R$ 36 milhões da Ucsal, por meio de desvios de dinheiro. Ele confessou efetuar pagamentos indevidos a empresas laranjas, criadas e geridas por ele próprio, familiares e amigos. O valor corrigido dos desvios, em março do ano passado, ultrapassava R$ 84 milhões. Informações do jornal A Tarde.