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PCdoB não se intimida com ameaças do DEM

A imprensa noticiou no último domingo (18/10) a decisão do DEM, partido do prefeito de Salvador, ACM Neto, de entrar na Justiça contra o PCdoB, por conta de nossas inserções no rádio e na TV.

Durante a ditadura militar, apoiada pela família Magalhães e pelos partidos que antecederam o DEM, os comunistas eram perseguidos com tortura, exílios e assassinatos, pelos que não aceitavam a nossa presença no cenário político. Não será com ameaças agora, quando vivemos em um ambiente mais democrático, que o partido herdeiro da ditadura vai nos calar.

É necessário esclarecer que o DEM tentou tirar do ar todas as nossas inserções, tendo conseguido seu intento em apenas duas, em caráter liminar. Como no período dos generais, eles não aceitam vozes discordantes, não toleram crítica, querem impor um discurso único, de que Salvador vai às mil maravilhas na gestão de ACM Neto, o que vem a ser rigorosamente falso.

Alegam os dirigentes do DEM que as nossas inserções teriam passado a ideia de que o prefeito estaria associado às denúncias do Ministério Público do Estado contra o ex-secretário Alexandre Paupério. No nosso texto, e nas imagens reproduzidas, não há uma passagem sequer afirmando isso. A mensagem diz que o Paupério, que foi presidente do Conselho de Ética da Prefeitura de Salvador e secretário de Gestão indicado por ACM Neto, mesmo já havendo as denúncias contra ele, foi acusado de desviar R$40 milhões do erário.

Dissemos que o dinheiro seria suficiente para construir as encostas que poderiam ter evitado as tragédias da chuva e, no final, cobramos apuração e punição dos envolvidos. O DEM faz esse tipo de interpretação apenas porque não quer que o povo saiba que o prefeito manteve por tanto tempo em sua gestão um secretário reincidente em denúncias feitas pelo Ministério Público, e que, quando pediu demissão, recebeu rasgados elogios públicos de ACM Neto.

A tentativa de intimidação por parte do DEM esconde outras razões. A verdadeira preocupação dos “Democratas”, neste momento, é com o fato de o PCdoB ter uma forte candidata a prefeita de Salvador, capaz de fazer o enfrentamento para valer com o atual prefeito. Eles temem que a população de Salvador dê um basta em um modelo de gestão elitista, autoritário e antidemocrático. A deputada federal Alice Portugal simboliza o sentimento de uma cidade com foco no social, com mais democracia.

O PCdoB repele a calúnia dos dirigentes do DEM de que nossas inserções são “ataques vindos do PT”, conforme matéria do jornal A Tarde de domingo (18), como se o nosso partido não tivesse autonomia e funcionasse a serviço de outra agremiação. O PCdoB vai interpelar o presidente estadual do DEM, José Carlos Aleluia (ex-Arena e ex-PDS) para que ele demonstre com provas que o PCdoB terceiriza seus programas de TV e de rádio ao Partido dos Trabalhadores.

Por fim, desafiamos o prefeito a liberar o apoio da sua bancada de sustentação na Câmara Municipal à criação de uma Comissão Especial de Inquérito para investigar todos os contratos da prefeitura que tiveram o aval de Alexandre Paupério, durante a atual gestão. Se ACM Neto diz que as irregularidades aconteceram somente na gestão anterior, seria uma boa oportunidade para provar que não houve na atual.

Comitês estadual e municipal do PCdoB

Salvador, 19/10/2015

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Guima teria exonerado servidora motivado por vingança política.
Guima teria exonerado servidora motivado por vingança política.

O prefeito de Buerarema, José Agnaldo Barreto, o Guima (PDT), exonerou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica do Município, Hercília Bonfim da Silva, no último dia 1º. A enfermeira foi demitida mesmo estando grávida, o que é proibido de acordo com a legislação trabalhista.

Hercília entrou com mandado de segurança e obteve liminar de reintegração de posse ao cargo, concedida pelo juiz da Comarca de Buerarema, Marley Cunha Medeiros.

A servidora apresentou, à justiça, laudo médico que comprova estar no quinto mês de gravidez. O juiz determinou multa diária de R$ 1 mil, caso o prefeito não cumpra a liminar.

Mulheres gestantes, mesmo ocupando cargo comissionado, têm direito à estabilidade durante o período de gestação e licença-maternidade.

Guima teria decidido pela exoneração de Hercília, mesmo ela grávida, para vingar-se do vereador e ex-aliado político Elio Almeida, também do PDT. O prefeito Guima Barreto não foi encontrado pelo blog.

Cópia de trecho da liminar em que juiz manda prefeito reintegrar servidora grávida.
Cópia de trecho da liminar em que juiz manda prefeito reintegrar servidora grávida.
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Felipe-de-PaulaFelipe de Paula | [email protected]

 

Uma obra pensada para criticar uma realidade passada segue aberta. Sigamos em busca de conhecer cada vez mais de nossa história através daquilo que também nos constitui fundamentalmente enquanto nação: nossa arte.

 

 

O jogo político se desenha com dois rumos possíveis. Um, de vertente política mais conservadora, liberal, defendendo a necessidade do desenvolvimento da nação. Outro, de caráter mais populista, próximo da massa, com políticas sociais.

O jogo midiático exerce forte papel nos rumos da política e o financiamento empresarial surge como elemento fundamental. Campanha presidencial – ou qualquer outra – brasileira de 2014? Não. Disputa pelo poder em Eldorado, país latino fictício criado por Glauber Rocha para o filme Terra em Transe.

Narrado pela visão de Paulo Martins (Jardel Filho), jornalista e poeta, que, desiludido com as posturas do senador, migrou entre a assessoria do conservador Porfírio Diaz (Paulo Autran) para o populista Felipe Vieira (José Lewgoy), por acreditar que o novo líder que emergia poderia ser o responsável por tirar o país da miséria. Este, assim que eleito, foi motivo da dúvida de Paulo: “Será que o governador dará conta de executar as promessas do candidato?”. Como se os dois fossem pessoas diferentes.

Terra em Transe pode ser lido como uma profunda crítica aos acontecimentos políticos do Brasil dos anos 60, contudo, ao exibi-lo aos estudantes do Bacharelado Interdisciplinar em Artes da UFSB na última semana, percebemos o quanto a obra de Glauber continua atual, 48 anos depois de seu lançamento.

Antes da sessão, fizemos um produtivo debate sobre análise fílmica. Destacamos a necessidade de entender o cinema não como um retrato fiel da realidade, mas uma leitura de alguns aspectos dessa. O olhar do diretor. Olhar que aparece descrito pelas palavras do roteiro, dos figurinos, dos movimentos de câmera, pelas luzes utilizadas, pelas subjetividades. Além disso, destacamos também a obra filme enquanto peça historiográfica. Aberta, porém conectada a uma realidade específica, a um tempo específico. E tais critérios devem ser levados em conta na sua leitura.

Contudo, no processo de análise fílmica, o que surge como elemento fortemente significante, é a capacidade que um filme tem de circular entre aspectos objetivos e subjetivos. Como técnica fotográfica, tem a capacidade de trazer quase que uma fiel representação da realidade. Contudo, como obra artística, tem suas narrativas repletas de subjetividades – na produção e nas “leituras” possíveis a serem feitas após sua finalização.

Terminada a exibição, durante o componente curricular Cinema e Alteridade nas Américas, questionei a turma: E então? O que acharam? Foi então que uma estudante, que migrou para o Bacharelado de Artes após um ano de curso na Área Básica de Ingresso no Colégio Universitário de Ibicaraí destacou suas impressões: “Professor, na política, independente do lado político que se adota, parece não ter lugar para idealismo. No final das contas, parece que nenhum lado vale nada”.

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Dutra lutava contra câncer (Foto ABr).
Dutra lutava contra câncer (Foto ABr).

Morreu na madrugada deste domingo (4), em Belo Horizonte, o ex-senador José Eduardo Dutra (PT-SE), ex-presidente do PT e da Petrobras. Ele tinha 58 anos e lutava contra um câncer. O corpo dele deve ser velado e cremado na capital mineira, nesta segunda-feira (5).

Carioca, Dutra trilhou sua trajetória política em Sergipe. Dirigente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) entre 1988 e 1990, presidiu o Sindicato dos Mineiros do Estado de Sergipe (Sindimina) de 1989 a 1994, ano em que se elegeu senador.

José Eduardo Dutra foi presidente da Petrobras de janeiro de 2003 a julho de 2005. Dois anos depois, presidiu Petrobras Distribuidora, onde permaneceu até agosto de 2009.

Ele presidiu o PT entre 2010 e 2011, quando renunciou ao mandato que só terminaria em 2012 por problemas de saúde. Dutra foi um dos coordenadores da campanha da primeira eleição da presidente Dilma, ao lado do ex-ministro Antônio Palocci e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Com o agravamento da doença, ele se afastou da vida partidária para cuidar da saúde. Atualmente era o primeiro suplente do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).

Do Congresso em Foco

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OS 13.357 eleitores de Maracani, no sudoeste baiano, voltam às urnas neste domingo (4) para escolher novo prefeito.

A disputa de 2012 foi anulada após a cassação, em agosto, do prefeito Antonio Carlos Macedo Araújo, por abuso de poder econômico e compra de votos na campanha eleitoral.

A disputa do domingo será entre Armando de Souza Porto (PSD) e Olisandro Pinto Nogueira (PP).

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Durval Libânio, à esquerda de Lídice, é lançado pré-candidato em Gandu.
Durval Libânio, à esquerda de Lídice, é lançado pré-candidato em Gandu.

O PSB decidiu lançar pré-candidatos a prefeito em Gandu e Ubaitaba, no sul da Bahia. O presidente do Instituto Cabruca, Durval Libânio Neto, será o nome do partido em Gandu, enquanto a vereadora Sueli Carneiro (Suka) disputará a prefeitura de Ubaitaba.

As pré-candidaturas foram lançadas em atos realizados neste domingo (27) nos dois municípios, com as presenças da senadora Lídice da Mata e do deputado federal Bebeto Galvão, ambos do PSB.

Durval Libânio filiou-se ao PSB neste domingo, também sendo anunciado como pré-candidato por Bebeto e Lídice, além da deputada estadual Fabíola Mansur.

Vereadora Suka, ao centro, disputará prefeitura de Ubaitaba (Fotos Divulgação).
Vereadora Suka, ao centro, disputará prefeitura de Ubaitaba (Fotos Divulgação).
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Ex-ministro do STF Ayres Britto.
Ex-ministro do STF Ayres Britto.

O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto disse ontem (25) que não caberia ação de impeachment da presidenta Dilma Rousseff por eventuais fatos que tivessem ocorridos no mandato anterior. Ayres Britto sustenta a tese de que os mandatos presidenciais não se comunicam entre si para crimes de responsabilidade.

“É preciso ver como a Constituição fala do impeachment. À luz da Constituição, os mandatos não se intercalam. Os dois mandatos presidenciais se intervalam, para fim de crime de responsabilidade. Não para fim de crime eleitoral, não para fim de infração penal comum. Mas, para crime de responsabilidade, cada mandato novo é uma nova história. O mandato velho é uma página virada. Não tem serventia para crime de responsabilidade”, disse.

No último dia 17, o jurista Miguel Reale Júnior e a advogada Maria Lúcia Bicudo, filha do ex-deputado e um dos fundadores do PT Hélio Bicudo, entregaram à Câmara o complemento do pedido de impeachment da presidenta, protocolado no dia 10 deste mês. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dera prazo até o dia 23 para que Bicudo fizesse ajustes formais, como o reconhecimento de firma em cartório. O pedido é o 13º em análise sobre o tema. Outros cinco já foram arquivados.

CRIME DE RESPONSABILIDADE SÓ NO ATUAL MANDATO

Segundo o Ayres Britto, a presidenta só responderia por crime de responsabilidade por atos praticados no atual mandato. “Ela jurou, fez um novo compromisso, perante um novo Congresso, para manter, defender e cumprir a Constituição, no curso deste mandato, que se iniciou em 1º de janeiro. Então, não se pode dar pedaladas constitucionais. À luz da Constituição, o crime de responsabilidade incide a partir de atos atentatórios à Constituição, como diz o Artigo 85, na fluência deste mandato”, afirmou.

Para o ministro, crime de responsabilidade está ligado a fatos que atentem contra a Constituição. “É um comportamento grave, a ponto de corresponder a um insulto, a um desapreço pela Constituição. É como se ela, para incidir em crime de responsabilidade, decidisse governar de costas para a Constituição, levando o povo a ter que decidir entre a sua Constituição e a sua presidente.”

Quanto a crime eleitoral, Ayres Britto, que, além de ter presidido o STF, presidiu também o Tribunal Superior Eleitoral, disse que é possível ação contra a presidenta, mas lembrou que, caso a medida fosse contrária a Dilma, também alcançaria o mandato do vice-presidente Michel Temer.

“Há uma ação de impugnação de mandato eletivo tramitando pelo TSE. Se for julgada procedente a ação, a desinvestidura do cargo pode ocorrer. E dos dois cargos, com dupla vacância.”

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Para Levy, manutenção de vetos evita novos impostos (Foto Valter Campanato/Agência Brasil).
Para Levy, manutenção de vetos evita novos impostos (Foto Valter Campanato/Agência Brasil).

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje que a manutenção – pelo Congresso Nacional – dos vetos da presidenta Dilma Rousseff a projetos que aumentavam gastos do governo evitaram a introdução de novos impostos no bolso do contribuinte. “[A presidenta] vetou porque era [preciso] evitar novos impostos”, disse Levy, ao fazer uma palestra no Fórum de Segurança Jurídica e Infraestrutura, na sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília.

Deputados e senadores mantiveram na madrugada de hoje (23) os vetos a projetos que tratavam do fim do Fator Previdenciário e ao que acaba com a isenção do PIS/Cofins para o óleo diesel. Foram mantidos também outros 22 vetos. Eles constam da pauta de 32 vetos da presidenta Dilma Rousseff a diversos projetos de lei.

Segundo Levy, o Brasil – por meio do Congresso Nacional, “deu uma mostra de maturidade com a votação”.

O ministro da Fazenda disse também que o sucesso da votação se deveu ao empenho da presidenta Dilma Rousseff em favor da manutenção dos vetos. Segundo Levy, se os vetos fossem derrubados, haveria o risco de o aumento de gastos onerar “o bolso do contribuinte”.

O ministro disse a sociedade brasileira tem de ter consciência de que, sempre que há uma despesa, é necessário aumentar os impostos para manter a estabilidade fiscal. Segundo ele, é importante que o Brasil obtenha avanços em favor da diminuição da desigualdade de renda, mas é necessário também que haja atenção para os custos custos tributários decorrentes dessa decisão.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado Coelho, criticou – durante o seminário – o ajuste proposto pelo governo que inclui a proposta de aprovação da nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para custear a Previdência Social. Em resposta, Levy disse que comunga com as palavras do presidente da OAB, mas acrescentou que é preciso que o Brasil tenha uma estratégia para quitar despesas.

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Dilma considera golpe caminho tomado pela oposição (Foto Wilson Dias/Agência Brasil).
Dilma considera golpe caminho tomado pela oposição (Foto Wilson Dias/Agência Brasil).

A presidente Dilma Rousseff disse hoje (16) que querer usar a crise econômica que o país atravessa como instrumento para chegar ao poder é “uma versão moderna do golpe”. Segundo Dilma, vários países passaram por crises nos últimos anos e, em nenhum, a “ruptura democrática” foi proposta como solução.

“Em todos esses países que passaram por dificuldades, você não viu nenhum país propondo a ruptura democrática como forma de saída da crise. Esse método que é querer utilizar a crise como um mecanismo para chegar ao poder é uma versão moderna do golpe”, comparou Dilma, em entrevista para a Rádio Comercial AM, de Presidente Prudente, antes de viajar para um compromisso na cidade do interior paulista.

Dilma disse que há pessoas “que não se conformam” com o fato de o Brasil ser uma democracia sólida, baseada na legitimidade do voto popular. “Essas pessoas geralmente torcem para o quanto pior, melhor. E aí é em todas as áreas, quanto pior, melhor na economia, quanto pior, melhor na área política; todas elas esperando uma oportunidade para pescar em águas turvas”.

Para a presidente, o Brasil “tem uma solidez institucional” e voltou a pedir união das forças políticas para fazer o país voltar a crescer. “O que temos de fazer é o seguinte, nos unirmos, todos juntos o mais rapidamente, independente das nossas posições e interesses pessoais ou partidários, e tomarmos o partido do Brasil, o partido que leva à mudança da nossa situação”.

Dilma considera “fundamental muita calma nesta hora, muita tranquilidade e a certeza que eu posso garantir: o governo trabalha diuturnamente, incansavelmente para garantir a estabilidade econômica e política do país.”

Standard&Poor’s

Na entrevista, Dilma comentou o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de riscos Standard&Poor’s, mas disse que a economia brasileira não tem problemas de crédito internacional nem dificuldades para atrair investimento estrangeiros.

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marco wense1Marco Wense

 

Mangabeira defende a formação de um bloco com o PSB, PPS, PV e Solidariedade (SD). Vai conversar com os prefeituráveis Carlos Leahy, Leninha Duarte e Alfredo Melo.

 

Algumas pessoas, entre elas alguns jornalistas, achando que o médico oncologista Antônio Mangabeira, pré-candidato pelo PDT, vem adotando um discurso duro em relação ao processo sucessório.

Alegam que Mangabeira erra quando descarta qualquer aproximação com os ex-gestores Fernando Gomes e Azevedo. O civil querendo ser prefeito pela quinta vez e o militar atrás do segundo mandato.

Ora, Mangabeira está no caminho certo. Quem prega mudança na política de Itabuna não pode ficar de convescote com políticos que representam a antítese do novo, que simbolizam a mesmice.

Se Mangabeira estivesse com outra postura, outro comportamento, essas mesmas pessoas iriam dizer que sua pré-candidatura é de mentirinha, que a intenção é ser vice.

“Não vou praticar a velha e carcomida política do toma-lá-dá-cá e nem me aproximar de quem eu acho que não serve mais para Itabuna”, diz o prefeiturável do PDT.

Mangabeira defende a formação de um bloco com o PSB, PPS, PV e Solidariedade (SD). Vai conversar com os prefeituráveis Carlos Leahy, Leninha Duarte e Alfredo Melo. “Não podemos ficar assistindo uma eventual polarização entre Fernando Gomes e Geraldo Simões”, finaliza.

PS: Além de médico, bacharel em direito e administrador de empresas, Mangabeira cursa engenharia civil e ambiental.

INFIDELIDADE

claudevane leiteCostumo dizer que o anzol da fidelidade partidária só consegue fisgar os peixes miúdos, sem dúvida os vereadores e dirigentes partidários. Quando o peixe é graúdo, o anzol entorta, o “peixão” escapole.

O prefeito Vane, só para citar um exemplo bem tupiniquim, desconsiderou a orientação do seu partido, o PRB, para apoiar o então candidato Paulo Souto. Vane ficou com o petista Rui Costa na última sucessão estadual.

Tudo caminha para que o chefe do Executivo venha novamente cometer infidelidade partidária na eleição municipal de 2016, se tornando um reincidente.

O PRB tende a ficar com a oposição, se juntando ao DEM, PSDB e PMDB. Se não for candidato ao segundo mandato, Vane vai apoiar o nome que o governador Rui Costa apontar.

Fica no ar a pertinente, provocativa e intrigante pergunta: os vanistas antipetistas, incluindo aí os evangélicos, seguiriam o prefeito no seu apoio ao candidato do PT?

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Fernando, Aleluia e Azevedo durante convenção no final de semana.
Fernando, Aleluia e Azevedo durante convenção no final de semana.

O ex-prefeito Fernando Gomes retornou ao DEM e figura entre os nomes do partido à sucessão itabunense em 2016. A ficha de filiação do político foi abonada pelo presidente estadual do partido, o deputado federal José Carlos Aleluia, em convenção do DEM local no último sábado (22). Fernando sonha com o seu quinto mandato como prefeito de Itabuna.

O DEM terá, além de Fernando, outros três pretendentes na sucessão de 2016, o ex-prefeito Capitão Azevedo, o vereador Ronaldo Geraldo dos Santos (Ronaldão) e o ex-secretário de Saúde de Itabuna e ex-vice-prefeito Antônio Vieira. Contra Fernando Gomes e Capitão Azevedo pesa o fato de ambos terem contas rejeitadas nos tribunais de contas da União (TCU) e dos Municípios (TCM).

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(4) Luiz      ConceiçãoLuiz Conceição | [email protected]

A Ilha de Aramys – 40 anos de eleições em Itabuna consegue superar-se ao falar de personagens, histórias e fatos com riqueza de detalhes, ancorado em pesquisas a arquivos de jornais da época, universidades e conversas com antigos companheiros de infortúnio ou de heroísmo

 

Com capítulos bem fechados, narrativa leve e uma tessitura a apontar um nascente escritor, A Ilha de Aramys – 40 anos de eleições em Itabuna, editado pela Via Litterarum, marca o segundo livro do radialista e jornalista Waldeny Andrade. A obra é recheada de contos curtos. Há um bem-sucedido “thriller” que mistura política com polícia num enredo bastante original, sem esquecer o amor, as paixões humanas e as desilusões amorosas.

O recado do autor, logo nas primeiras das 300 páginas, busca situar o leitor mais jovem e aqueles de mais idade e desavisados que a ficção e a realidade se justapõem ao longo de toda a sua narrativa com estórias bem contadas e pitorescas recheadas, com dados históricos da sucessão municipal, desde a eleição do ex-prefeito José Oduque (1973 e 1976) até a de José Nilton Azevedo (2009 a 2012).

Desnecessário dizer que “o livro alterna ficção inspirado num fato ocorrido em Itabuna na segunda metade do século passado, e realidade enfocando 40 anos de eleições neste município”. A curiosidade instigante do leitor em descobrir o que guarda a memória desse homem que dedicou parte de sua vida à mídia regional se satisfaz com sua narrativa concisa sobre o que pensa deva ser a política, a administração pública, o rádio e jornal em cidade de porte médio como Itabuna ou qualquer outra cidade.

A ilha de AramysDirigente por 29 anos de uma emissora, onde a programação era copiada de outra que fez história no Rio de Janeiro, Waldeny ousou, acertou a mão e elevou a audiência da emissora que dirigiu, a partir da década de 1970, dois anos e meio depois de sua chegada. Moldou moderna e dinâmica programação em contraponto ao fazer rádio ancorado no binômio música-hora certa.  A partir de sua ousadia provocou as duas outras emissoras AM existentes.

O rádio itabunense – que era bom – viveu um clima de euforia e disputa jamais vista, com a qualidade, o profissionalismo e a ética sempre a serviço do ouvinte. O mesmo se pode aplicar ao jornal elaborado a quente em linotipos que, substituídas pelos atuais microcomputadores, viraram peças de museu. Ninguém delas mais se lembra ou sabe para que servem.

Pena que a cidade não tenha um local adequado a exibir às novas gerações o quanto heroico era se fazer imprensa no interior, com gigantes dificuldades tecnológicas e incompreensões de todo o gênero.  Bons tempos aqueles, que jamais serão igualados, principalmente pelas dificuldades crescentes de se fazer imprensa como no passado pela chegada da Internet, um lugar onde os cidadãos satisfazem suas necessidades comunicacionais diárias a qualquer hora nem sempre em fonte limpa e séria.

Neste seu segundo livro, o escritor supera a ansiedade e o medo de Vidas Cruzadas – Confissões de um enfermo, que marcou sua estreia na literatura há dois anos. Se naquele Waldeny faz um constante ziguezague em sua prodigiosa memória para recordar o passado, em A Ilha de Aramys – 40 anos de eleições em Itabuna consegue superar-se ao falar de personagens, histórias e fatos com riqueza de detalhes, ancorado em pesquisas a arquivos de jornais da época, universidades e conversas com antigos companheiros de infortúnio ou de heroísmo.

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Zem defende Davidson e Augusto no parlamento (Foto Agora).
Zem defende Davidson e Augusto no parlamento (Foto Agora).

Do Agora na Rede

O pré-candidato a prefeito de Itabuna pelo PSOL, Zem Costa, afirmou hoje, em entrevista ao Jornal Agora, que por uma questão de estratégia de sobrevivência, Itabuna não deveria votar em Augusto Castro ou Davidson Magalhães. Ele explicou seu raciocínio:

“Temos uma grande dificuldade com a representação parlamentar. A cidade tem apenas um representante em cada casa legislativa, no caso Augusto Castro (PSDB) na Assembleia Legislativa Estadual e Davidson Magalhães (PCdoB) na Câmara Federal. Se algum desses sai para ser candidato e, na hipótese de ganhar, fatalmente estaremos sem representação em uma ou até nessas duas esferas”, argumentou.

Na mesma entrevista ele também avaliou o governo do prefeito Vane, ao qual atribuiu uma nota 5. “O prefeito, pessoalmente, não é um indivíduo ruim. Mas como gestor, deixa muito a desejar”.

A entrevista de Zem Costa será publicada na edição do Agora que circula no próximo sábado.

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Hélio Tavares presidiu Câmara de Ibicaraí no início dos anos 70 (Foto Blog do Boró).
Hélio Tavares presidiu Câmara de Ibicaraí no início dos anos 70 (Foto Blog do Boró).

Hélio Tavares, ex-vereador e pai da ex-prefeita de Ibicaraí Monalisa Tavares (PMDB), faleceu na noite de ontem (15) em um incêndio na residência da ex-gestora.

A suspeita é de que um curto-circuito tenha causado a tragédia. Ele estava em seu quarto quando o fogo começou. De acordo com o site Políticos do Sul da Bahia, Hélio inalou muita fumaça tóxica e acabou morrendo asfixiado.

O Corpo de Bombeiros ainda foi acionado, mas sofreu acidente no caminho, não conseguindo chegar a tempo à residência de Monalisa.

A casa onde ocorreu o sinistro é a mesma onde, em 2012, a ex-prefeita perdeu o filho. A criança morreu afogada na piscina da residência.

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marco wense1Marco Wense

Assim que veio à tona o escândalo do mensalão, Tarso Genro, um dos mais lúcidos petistas, defendeu a tese de que o PT teria que fazer uma reciclagem, uma profunda reflexão.

Tarso, ex-governador do Rio Grande do Sul, hoje articulador de uma frente nacional de esquerda, foi pisoteado pela cúpula do PT, faltando pouco para declará-lo como “persona non grata”.

O tempo passou. Agora tem o petrolão, as propinas, os mensalinhos, os “pixulecos” e, para piorar, uma justiça que só enxerga a roubalheira do PT.

Tarso diz, e com toda razão, que “o PT chegou ao fim de um ciclo, que a candidatura de Lula seria inviável com a crise do governo Dilma. Finaliza dizendo que “o partido precisa ter mais humildade de verificar, no sistema de alianças que pretende compor, se há um nome mais adequado para 2018”.

Concordo com o ilustre Tarso Genro, mas faço uma ressalva: a humildade tem que ser mostrada na sucessão municipal de 2016, sob pena do PT ficar isolado na eleição de 2018.

Só agora, depois da prisão de José Dirceu, do leite derramado, é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala em “reflexão profunda no PT”. O creme dental quando sai do tubo não volta mais.

mangabeiraBOAS NOTÍCIAS

O pré-candidato do PDT, Antônio Mangabeira, tem recebido boas notícias para sua campanha: 1) 65% do eleitorado não pretendem votar em candidatos que já foram prefeitos de Itabuna. 2) o seminário sobre educação que o PDT vai realizar em Itabuna poderá contar com a participação do senador Cristovão Buarque 3) o partido está prestes a receber filiados do PSB insatisfeitos com o rumo da legenda na sucessão do prefeito Vane. 4) cresce o número de médicos declarando apoio a sua candidatura. 5) os 4,5% nas pesquisas de intenção de votos. Para quem começou agora, sem dúvida um bom começo. 6) a opinião, até mesmo entre os eleitores de outros candidatos, de que é um bom nome. O vereador Ruy Machado, presidente do PTB, tem razão quando diz que “Mangabeira é um candidato sem vícios”.

Augusto-Castro12-300x221COM A MESMA MOEDA

Um conhecido petista de Itabuna, quando questionado sobre a dianteira do deputado e prefeiturável Augusto Castro (PSDB) nas pesquisas, usa a mesma expressão dos tucanos em relação ao ex-presidente Lula: “Sua vez vai chegar”. O que se comenta nos bastidores é que existe uma espécie de dossiê contra o parlamentar tucano, que o documento é arrasador.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.