O deputado federal Geraldo Simões (PT) é daqueles que faziam leitura razoável sobre o potencial de votos de Geddel Vieira Lima para o governo do estado, hoje comprovado pelo instituto Datafolha, em que o peemedebista aparece com 7% e 8% dos votos.
Ao Pimenta, Geraldo defendeu que Geddel procure logo um toco para amarrar o jegue. “A pesquisa mostrou que o pasto do jegue dele é do lado de cá”. Apesar das desavenças públicas com o ministro da Integração Nacional, o petista defende que Wagner trabalhe para ter o peemedebista no seu campo de alianças em 2010. “Foi um aliado de primeira hora (em 2006)“.
O deputado federal, no entanto, critica Geddel num ponto: “essa farromba dele desde que Wagner assumiu o poder não ajudou. Você viu para onde vão os votos dele quando ele sai da disputa?”, questiona Geraldo. O vice-líder do PT na Câmara não completa o raciocínio, apenas deixa subentendido que apenas 25% dos votos de Geddel vão para Wagner (2%). O restante é descarregado no grupo carlista (6%).
O petista completa afirmando que o que mais colabora para isso é o discurso do peemedebista, que é “ambíguo quanto a se vai ou não apoiar o governador baiano em 2010”. Geddel, por ele ou através do porta-voz Lúcio Vieira Lima, ainda sugere que pode se aliançar com o grupo oriundo do carlismo (Paulo Souto, ACM Neto ou César Borges).