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A ex-candidata a prefeita de Itabuna Juçara Feitosa parece que tomou gosto pela disputa política. Ontem, ela entrou em contato com o Pimenta para negar que já tenha tomado decisão sobre a sua pré-candidatura a deputada estadual, conforme nota publicada pelo colunista Marco Wense, aqui reproduzida.
Abaixo, confira o que disse ela sobre esse assunto, o esboço do que seria uma candidatura a deputada e como ela encarou o resultado eleitoral na disputa pela prefeitura de Itabuna, ano passado. E apesar de não se assumir pré-candidata, ela fez reivindicações e apresentou projeto ao governador Jaques Wagner, para a reurbanização do Jorge Amado. “É uma dívida histórica que Itabuna tem com aquela população e quem mora na periferia”, justifica. Atenção, pois, ao discurso.
Pimenta – Afinal, a candidatura é coisa do passado?
Juçara Feitosa – Olha, eu não declarei nada sobre isso. Ainda vamos tomar uma decisão, que não será só minha, mas a partir do que ouço nas ruas e da discussão com o partido. O que foi publicado não é verdade, é querer forçar. Não sei qual a intenção [da nota]. De minha parte, ainda não tomei a decisão.
E qual é seu sentimento?
Onde eu tenho andado e no trabalho que a gente continua fazendo, o sentimento é de que eu saia candidata. A minha decisão é mais para frente um pouco.
Quando?
Como disse, vai depender da vontade das pessoas, dos amigos e do partido, principalmente. Se formos falar em prazo, é algo para decidir no próximo ano. Mas tem algo que me deixa orgulhosa, satisfeita. Nas ruas, as pessoas estão pedindo que saiamos candidata.
A senhora acredita que isso seja resultado da visibilidade como candidata em 2008?
Tem muito disso. As pessoas viram que a campanha foi feita com muita verdade, sinceridade. E com muita proposta de melhoria da vida das pessoas. Em qualquer lugar, tenho recebido muitos apelos [pela candidatura].
E se a decisão fosse tomada hoje, a senhora colocaria a pré-candidatura na rua?
Hoje, pelo que tenho ouvido, conversado com as pessoas, sim. Mas não conversei com o partido. Eu me sinto feliz das pessoas quererem . Não tenho a pretensão de definir isso agora.
As discussões sobre candidatura, como elas vão acontecer?
Primeiro, devemos pensar o que queremos para o futuro de Itabuna. Não é pensar só em campanha, só em ganhar eleição, mas ter projetos para a cidade, para a região. As discussões passam pelo que a gente quer para a cidade. O que a gente tá vendo aí é um atraso. A gente respeita a opinião do povo, mas a cidade não ganhou, deu passos atrás. Se eu puder ajudar e essa for também a compreensão do partido, das pessoas, eu sairei candidata.
Analistas apontam que a sua candidatura prejudicaria o projeto de reeleição de Geraldo.
De forma nenhuma. Caso saia, minha candidatura até contribuiria nesse sentido. Tem vários candidatos que Geraldo pretende ajudar, fazer dobradinha, independente da minha candidatura ou não. Geraldo vai sim ajudar as pessoas que nos apoiaram.
Mas não seria dividir o bolo demais?
O universo é imenso. Itabuna tem 210 mil habitantes, mais de 130 mil eleitores. O sul da Bahia tem três milhões de habitantes. Embora coloquem dessa forma, que prejudico se sair candidata, eu vejo o contrário.
O discurso já é de pré-candidata…
Não, é a lógica, a realidade. Veja a eleição passada [de 2006]. Demos apoio a Jota Carlos, mas vários candidatos se beneficiaram casando a disputa com Geraldo, embora não tivessem [feito dobradinha] oficialmente. Apareceu Sena casado com Geraldo, o Capitão Fábio com Geraldo.
E você, tem trabalhado só em Itabuna ou na região?
Não tenho feito nada fora. A campanha a prefeita nos deu grande visibilidade. Tenho viajado, mas não no intuito de candidatura. Acompanho Geraldo porque ele tem mandato, mas quando posso. E ele apoiou muita gente na campanha a prefeito de outros municípios.
E falando sobre a sua candidatura a prefeita, o que ficou de aprendizado?
Olha, acho até que Geraldo fez mais campanha para os prefeitos das outras cidades do que da minha. Mas isso deu cacife eleitoral para ele. Por isso, que a minha candidatura, caso saia, não o prejudica. Mas sobre a disputa do ano passado, não me considero derrotada. Comecei com quase 2% das intenções de voto e terminei com mais de 40 mil votos.
Esse não seria discurso de pré-candidata?
Não posso esquecer de tudo isso, da campanha de 2008, e o apelo para que eu saia candidata, repito, é grande. Mas dizer que disputarei uma vaga, que serei candidata sem discutir com o partido, não dá. Essa discussão ainda não tive. A decisão será equilibrada e com muita responsabilidade. No PT, a gente primeiro tem que discutir. Mas a vontade das pessoas é essa.