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Felipe-de-PaulaFelipe de Paula | felipedepaula81@gmail.com

 

Nossas universidades estão repletas do que costumo chamar de praticantes de masturbação intelectual. A analogia com a prática do “auto-prazer” vem da ideia de que aquilo não gera nada além de satisfação para aquele que a pratica.

 

Li uma matéria jornalística a respeito de um projeto da Universidade do Minho, em Portugal, que desafiava seus doutorandos a apresentarem suas pesquisas num pub da cidade. Público externo ao ambiente acadêmico, exigindo uma linguagem mais objetiva, direta, que permita a comunicação com aquelas pessoas.

A proposta é, segundo os organizadores, promover um ambiente descontraído e informal, com uma linguagem e profundidade adequadas. É, na minha opinião, um pouco mais do que isso. A proposta de levar o que é feito na Academia para um ambiente externo significa refletir sobre o sentido do que se faz dentro das universidades. Qual o sentido de produzir se o que é feito se esgota nos limites do campus, preenche uma estante na biblioteca, garante uma nota ao formando ou uma progressão funcional ao docente?

Nossas universidades estão repletas do que costumo chamar de praticantes de masturbação intelectual. A analogia com a prática do “auto-prazer” vem da ideia de que aquilo não gera nada além de satisfação para aquele que a pratica. Acadêmicos das mais diversas áreas gastam infindáveis horas com discursos rebuscados, debates acalorados com os seus pares, textos de linguagem distante e destinados apenas a congressos e publicações altamente especializadas. Ruim? Não necessariamente. Útil para a sociedade? Também não necessariamente.

Complicado pensar numa instituição – e em seus profissionais – sustentada por uma população que nem ao menos tem a chance de conhecer o que se passa lá dentro. O acadêmico moderno deve ter a obrigação de apresentar a universidade “ao mundo de fora”. Ali não é (ou não deveria ser) um panteão para privilegiados. Ali está um recorte de mundo com extremo potencial para produzir conhecimento. E esse conhecimento deve ser útil para a sociedade, de domínio da sociedade, com caráter libertador a fim de desatar os nós da ignorância e da opressão que vem associada a esta.

Acadêmicos: ao mundo! Uma universidade que morre em si, ajuda a sociedade morrer junto com ela. Uma universidade que não está em seu devido lugar – em meio ao povo – não tem razão de existir.

Se o dito popular afirma que traduzir é trair, a Academia tem o dever de reverter esse pensamento. Traduzir o academicismo, no caso, é permitir. O desenvolvimento, a integração, os saberes. Construamos universidades com cada vez menos “masturbadores” e cada vez mais criadores. A sociedade agradece.

Felipe de Paula é professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

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Dr. Eric Ettinger Junior, Provedor eleitoEric Ettinger Jr.

 

É consenso que o SUS tem uma tabela de preços sem reajuste há mais de 10 anos, caracterizando o chamado subfinanciamento dos serviços.

 

Às vésperas de completar 100 anos, a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna segue mantendo o título de instituição filantrópica de saúde, mesmo tendo visto o conceito de filantropia mudar durante o próprio curso de sua história. O que antes era uma entidade que prestava serviços aos que não podiam pagar, hoje é regulada pelo Estado a partir de uma legislação específica. Muitos seguem olhando a Santa Casa com o olhar de quando ela foi criada, quando aqui existiam os benfeitores e a superabundância econômica da região do cacau para manter a receita hospitalar.

O tempo passou e, apesar de a Santa Casa garantir continuidade a diversas ações sociais e religiosas, o que tange a prestação de serviços de saúde é regulado por um contrato com o Gestor do SUS e precisamos cumprir obrigações permanentes para renovar nosso título de filantropia.

A Filantropia é assim uma concessão do Ministério da Saúde a entidades jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, certificadas como Entidade Beneficente de Assistência Social com finalidade de prestação de serviços na área da saúde, desde que cumpridas condições definidas pela Legislação. Uma dessas condições é a execução de um índice de filantropia que não pode ser inferior a 60%. Historicamente a Santa Casa alcança sempre mais de 75% deste índice, dados auditados e acompanhados, inclusive com cruzamento de informações pelo Ministério da Saúde.

O cumprimento dessa e de outras obrigatoriedades garante a manutenção do título de filantropia, e garante também a isenção no pagamento de contribuições sociais e a celebração de convênios com o poder público. No entanto, é consenso que o SUS tem uma tabela de preços sem reajuste há mais de 10 anos, caracterizando o chamado subfinanciamento dos serviços.

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ricardo ribeiroRicardo Ribeiro | ricardo.ribeiro10@gmail.com

O tal do dedo sujo é danado pra apontar o erro alheio, ignorando completamente a própria sujeira. Por falar em dedo, vem à mente a lembrança daquele caso em que médicos faziam moldes com suas digitais para enganar o sistema eletrônico de controle de ponto nos respectivos locais de trabalho… Isso enquanto embolsavam dinheiro público a título de salário pelo que não faziam. Tem safadeza maior que essa?

Muitos desses médicos “trabalham” em quatro ou cinco lugares, sem prestar um atendimento decente em nenhum deles. São os mesmos que se indignaram quando o governo resolveu trazer profissionais de outros países para suprir a carência de doutores, principalmente nas cidades mais afastadas dos grandes centros. Se o vigor que essa turma imprime para defender privilégios e ganhos ilícitos fosse aplicado ao interesse público, esse país seria outro.

Agora, surge a denúncia de que 145 servidores do Estado da Bahia apresentaram atestados falsos para se locupletar do dinheiro público sem trabalhar. Inventavam doenças para receber seus salários, enquanto davam expediente normal em prefeituras do interior. Muitos deles são médicos, que foram flagrados no contrapé e agora responderão a processo administrativo. Deveriam ser presos.

Esses picaretas somente demonstram como a corrupção é um tipo de virose endêmica no Brasil. Uma doença que se espalha por toda parte, em todos os níveis, e faz com que esse país permaneça no atoleiro do atraso.

É bem provável que muitos desses elementos flagrados com as calças na mão e os jalecos sujos de lama sejam daqueles indignados com a roubalheira na política, jactando-se da própria honestidade. Será falta de discernimento para entender que são da mesma laia? Ou é apenas cinismo?

Ricardo Ribeiro é advogado.

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Ricardo RibeiroRicardo Ribeiro | ricardo.ribeiro10@gmail.com

 

É imprescindível punir os maus, mas um autoexame também se faz necessário. Ou o combate ficará apenas na superfície e, logo que trocadas as peças no tabuleiro, o jogo continuará o mesmo.

 

Neste Domingo de Páscoa, peço compreensão a Deus para entender o momento que o Brasil atravessa. Guerra (política), epidemias (dengue, zika e chikungunya), falta de água nesta cidade sem rumo… Sensação de Apocalipse, de que o mundo está para acabar a qualquer momento!

Sobre a política, o que o momento nos diz? Possíveis interesses sub-reptícios disfarçados sob o manto do louvável combate à corrupção. Quem pode ser contra a condenação dos ladrões do erário? Mas estaremos inocentes ao acreditar que tudo se limita a essa cruzada do bem contra o mal?

O medo de que a democracia sucumba é crescente e justificável. Juízes que se portam como inquisidores, transbordando parcialidade e paixões, somente despertam desconfiança. Mas a maioria da assistência se conforta com a fachada da causa justa.

Está difícil conter o estouro da boiada e agora, aparentemente, só nos resta orar. Pedir a Deus pelo Brasil, para que este país enfim se torne uma nação de verdade, onde seus filhos sejam respeitados, onde o coletivo prevaleça sobre o individual, onde a ética se aparte da demagogia e se concretize na prática, onde o povo tenha discernimento para não ser tangido feito boi de um lado para o outro, sem saber para onde está indo.

Que a verdade seja plena e o combate, honesto! Boa parte do público já percebeu que nesse faroeste não se dá uma briga de mocinhos contra bandidos. O enredo sugere que estão todos com as mãos sujas: protagonistas, coadjuvantes e, ora, até os espectadores. Como disse Jesus diante da mulher adúltera, “atire a primeira pedra aquele que não tiver pecado”. E todos se aquietaram.

É imprescindível punir os maus, mas um autoexame também se faz necessário. Ou o combate ficará apenas na superfície e, logo que trocadas as peças no tabuleiro, o jogo continuará o mesmo.

Somente aí muitos entenderão qual é o problema real desse país…

Ricardo Ribeiro é advogado.

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marco wense1Marco Wense

Dentre os 15 poderosos executivos do empresariado brasileiro, cujas empresas aparecem nas investigações da Operação Zelotes, estão Roberto Setúbal (Itaú), Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Marcos Madureira (Santander) e Roberto Rittscher (Mitsubishi).

Aquela revolta de que somente os “peixes miúdos” eram convocados para depor nas Comissões Parlamentares de Inquérito é coisa do passado. De priscas eras, como diria o saudoso jornalista Eduardo Anunciação.

O deputado federal Félix Mendonça Júnior, único integrante do PDT na CPI do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que é um órgão do ministério da Fazenda responsável pelo julgamento de recursos contra cobranças da Receita, convocou os “peixes graúdos” para prestar esclarecimentos.

Dentre os 15 poderosos executivos do empresariado brasileiro, cujas empresas aparecem nas investigações da Operação Zelotes, estão Roberto Setúbal (Itaú), Steve Armstrong (Ford), João Inácio Puga (Banco Safra), Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Marcos Madureira (Santander) e Roberto Rittscher (Mitsubishi).

Pois é. O deputado Félix Júnior, presidente da legenda brizolista na Bahia, como diz a sabedoria popular, não contou conversa. Os tubarões da economia, antes intocáveis, vão ter que se explicar na CPI da Carf.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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claudio_rodriguesCláudio Rodrigues | aclaudiors@gmail.com

Seguindo o exemplo de seu antecessor e hoje ministro Chefe da Casa Civil Jaques Wagner, o governador Rui Costa vem tratando as duas mais importantes cidades do Sul do Estado do mesmo jeito, na base das promessas. Nesses últimos dez anos, se fosse realizada apenas uma terça parte das obras prometidas, Itabuna e Ilhéus estariam entre as melhores cidades do Brasil.

As promessas são tantas, que mais parece uma novela mexicana, aquelas tipo dramalhão. O projeto intermodal, que inclui as construções da Ferrovia Oeste-Leste, do Porto Sul e do Aeroporto Internacional, é a “campeã de audiência”. Não tem um político ligado ao governo do Estado que não exalte essa obra, ou melhor, promessa. E a tão propalada duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna? Essa foi alardeada nas duas campanhas de Wagner e o script se repetiu na campanha de Rui Costa.

Outra que é de fazer rir para não chorar é a barragem do Rio Colônia. Exemplo do completo desrespeito para com a população de Itabuna e da nossa vizinha Itapé, a barragem que resolveria em definitivo o drama do abastecimento em Itabuna é a promessa que mais irrita a todos nós, que estamos consumindo água salgada. Tem também a promessa da nova ponte do Pontal, em Ilhéus. Essa obra (ops, desculpem, promessa) em seu lançamento teve fogos, apresentação de máquinas, instalação de canteiro e, quando todos acharam que a coisa iria acontecer, ficou só na, adivinha… Isso mesmo, na promessa.

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marco wense1Marco Wense

 

A disputa, que promete ser acirrada, fica por conta da briga pela vice. O DEM com o forte argumento de que é o partido de ACM Neto e o PMDB com o tempo que dispõe no horário eleitoral.

Tenho dito aqui, toda vez que comento sobre o processo sucessório soteropolitano, que o apoio do PSDB à reeleição de ACM Neto tem como contrapartida o do DEM de Itabuna ao prefeiturável Augusto Castro.

O deputado tucano não faz mais arrodeios em relação a sua candidatura e, muito menos, a uma coligação com o Democratas, que considera como favas contadas.

Antes, quando questionado sobre sua pretensão, respondia com um acanhado “vamos ver”. Agora, sem nenhuma cerimônia e subterfúgios, diz que a candidatura é “irreversível”.

Aliás, o que se comenta nos bastidores é que ACM Neto não teria como negar um pedido da cúpula estadual do tucanato com o aval da executiva nacional.

Ficar do lado de Fernando Gomes e José Nilton Azevedo em detrimento do PSDB seria de uma ingenuidade imperdoável. E mais: o aborrecido fantasma da inelegibilidade vive atormentando os ex-alcaides. Sem falar que Castro ocupa a primeira posição nas pesquisas de intenção de votos.

O problema é que Augusto pode levar o DEM e não ter o apoio de suas principais lideranças, já que é do conhecimento de todos que Fernando e Azevedo não gostam e não confiam no tucano.

O deputado-prefeiturável, na incontrolável ânsia de ficar na frente de Fernando e Azevedo nas pesquisas, continua dizendo que os ex-gestores estão inelegíveis, que são fichas sujas.

A presidente do diretório municipal do DEM, Maria Alice, chegou até a convocar uma reunião para discutir sobre a posição da legenda diante das maldades do tucano.

No tocante ao PMDB, presidido pelo advogado Pedro Arnaldo, e que tem o médico Renato Costa como uma espécie de conselheiro-mor, Augusto acha que o partido caminha para uma composição com o PSDB.

A inesperada declaração do engenheiro Fernando Vita, pré-candidato do peemedebismo à sucessão de Claudevane Leite, de que Fernando Gomes está “ultrapassado”, que não tem mais condições de governar Itabuna, deixou Augusto entusiasmado.

Para muitos tucanos, a confissão de Vita é a prova inconteste de que o PMDB está de olho na indicação do vice de Augusto Castro, dando um chega-pra-lá no ex-alcaide.

A declaração de Fernando Vita, considerado um aliado fiel e histórico, deixou os fernandistas estupefatos. Alguns lembraram até da famosa frase atribuída a Vita: “Sou macaco de auditório de Fernando”.

Lá por cima, lá na “capitá”, é dada como certa uma composição PSDB-DEM-PMDB, obviamente com o deputado Augusto Castro encabeçando a chapa majoritária.

A disputa, que promete ser acirrada, fica por conta da briga pela vice. O DEM com o forte argumento de que é o partido de ACM Neto e o PMDB com o tempo que dispõe no horário eleitoral.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Daniela Borges psicólogaDaniela Borges

Todos nós precisamos de um pouco de estresse para funcionar. O problema é quando ele se torna excessivo ou prolongado, resultando em baixa imunidade e dificuldade do organismo em lutar contra doenças, tornando o indivíduo vulnerável.

 

O estresse surge da necessidade do corpo de se adaptar a situações de tensão, desencadeando componentes psicológicos, físicos e hormonais. É a tentativa do corpo de restabelecer o equilíbrio diante do evento estressor.

Ele pode ser positivo quando nos ajuda a atingir metas e objetivos, quando nos impulsiona à ação e nos tira da zona de conforto. Torna-se negativo em situações em que o indivíduo permanece “ligado” por muito tempo, sem desfrutar dos momentos de lazer, incapaz de relaxar mesmo após ter vencido seus desafios, trazendo dano à qualidade de vida, podendo resultar no adoecimento.

O que determina o bom enfrentamento do estresse é a nossa capacidade de resiliência, de lidar com os eventos estressores e retornar ao estado inicial de relaxamento.  O quanto algo é estressante depende da maneira pela qual o indivíduo interpreta as situações e as estratégias que dispõe para lidar com o evento estressor.

Alguns acontecimentos considerados positivos também podem ser geradores de estresse, a exemplo do nascimento de um filho, o casamento, o ingresso na universidade, uma promoção no trabalho, pois todos estes fatos exigem adaptação e uma reorganização de vida.

Confira alguns sintomas que são indicativos de estresse:

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OzielOziel Aragão

O rebento chegou às 22h19min, há 30 dias, 08/02/2016, no Hospital Pediátrico Manoel Novaes, em Itabuna. Bernardo de Jesus Lima Aragão, filho que trouxe emoção de marejar os olhos e de me dar oportunidade de ver, presenciar, testemunhar o nascimento de mais um filho. Aos 41 anos, não esperava mais vivenciar tamanha felicidade, ainda mais registrar cada momento, do sair da barriga às mãos da médica Najla Gody, oportunidade que não tive antes com as minhas filhas.

Tenho agora quatro, na verdade, três filhas (Luiza, Monick e Isabelle) e Bernardo. Claro, ainda tenho um neto, Pietro, filho da mais velha, Monick. Alegria que sempre veio a cada dois anos, depois com oito anos de diferença. Quando chega, sempre pensamos: “e agora?” Contas, leite, fraldas, medicamentos, e quando começamos a pensar na escola daqui a 3 anos, caramba, a cabeça dá um nó. No fundo, gostamos de nos precipitar, jogar a toalha antes da luta, bem brasileiro.

Os filhos são dádivas de Deus, sempre chegam para trazer alegria, desafios, vitórias e, às vezes, não. Costumo dizer que filho é caro para quem cuida, para aquele que faz e lança no mundo para tentar a sorte, aí fica barato mesmo. Então 10 ou até mais, não fará diferença. Contudo, existem os pais e mães que lutam até o fim e depois tem um orgulho danado de dizer criei meus filhos todos, estão formados, graças a Deus.

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Jaciara Santos PrimoreJaciara Santos | jaciarasantos@primoreconsultoria.com.br

 

Imediatamente as lágrimas vieram aos meus olhos e fiquei ali observando uma amiga dar força à outra e, instantaneamente, aquelas duas amigas se abraçaram e compartilharam tamanha cumplicidade que me fez indagar uma vez mais: “De onde vem tanta força?”.

 

Ao longo dos anos, a mulher conseguiu novos direitos. Refiro-me mais especificamente às conquistas pelos direitos trabalhistas e pelas leis de proteção à mulher, que ganha notoriedade a cada dia.

Porém, falo hoje do espaço que nós mulheres estamos ganhando no mercado de trabalho, nas faculdades, no caminho em busca de maior aprendizado para evoluirmos em nossas carreiras e vidas. A mulher busca qualificar-se melhor e aprender mais, mesmo com todos os desafios e dificuldades.

Enfrentamos a vida com muito amor e bom humor. Ao mesmo tempo em que lidamos com uma jornada de trabalho às vezes fatigante e desafiadora, chegamos a casa para cuidar de nossa família.

Muitas vezes observo o exemplo de algumas mulheres e penso… “De onde vem tanta força”?

Em uma de minhas caminhadas pela cidade, encontrei duas senhoras conversando e compartilhando suas experiências… Reparei quando uma disse a outra: “Não desista, se a vida te enche de desafios é porque, com certeza, com a força que você tem irá superá-los. O que é um câncer para te derrubar?”

Imediatamente as lágrimas vieram aos meus olhos e fiquei ali observando uma amiga dar força à outra e, instantaneamente, aquelas duas amigas se abraçaram e compartilharam tamanha cumplicidade que me fez indagar uma vez mais: “De onde vem tanta força?”.

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Allah-GóesAllah Góes | allah.goes@gmail.com

 

Aqueles que forem possuidores de mandato de vereador e tenham já exercido cerca de três anos e três meses do seu mandato, poderão mudar de legenda, sem prejuízo para os seus mandatos, durante o período de 2 de março a 2 de abril deste ano,

Após meses de debate, aquilo que se convencionou chamar de minirreforma eleitoral foi bem menor do que se supunha. De alteração realmente significativa, trouxe, além das questões de propaganda e da alteração do prazo para a filiação partidária, que ficou em 6 meses antes do pleito, criou a possibilidade do detentor de mandato eletivo, mesmo “sem justa causa”, poder mudar de partido sem a perda do mandato, o que na prática pôs fim à fidelidade partidária.

Devemos ressalvar que, mesmo em havendo a possibilidade de filiação partidária há 6 meses do pleito – ou seja, até 2 de abril deste ano -, a regra quanto à questão da inscrição no domicílio eleitoral não foi alterada. Assim, as pessoas que desejam se candidatar nas próximas eleições devem ter domicílio eleitoral um ano antes do pleito na respectiva circunscrição eleitoral.

Antes da minirreforma, para que o detentor de um cargo eletivo pudesse mudar de partido e sem que perdesse o mandato, teria que demonstrar, perante a Justiça Eleitoral, que houve: 1) A incorporação ou fusão do partido ao qual pertencia; 2) A criação de novo partido; 3) A mudança substancial ou o desvio reiterado do programa partidário; e 4) A grave discriminação pessoal.

Agora, com o advento das alterações feitas pela Lei nº 13.165/2015, as situações de justa causa para a desfiliação partidária passam a ser apenas três, conforme o parágrafo único do artigo 22-A da Lei 9.096/95. São elas, 1) mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; 2) grave discriminação política pessoal; e 3) mudança de partido efetuada durante o período de 30 dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei (seis meses) para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente.

Assim, excetuando-se a mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário e a grave discriminação política pessoal, a oportunidade de mudança do partido para o detentor do mandato eletivo só poderá ser exercida quando cumprido cerca de três anos e três meses do seu mandato, ou seja, nos 30 dias que antecedem o início do mês de abril (seis meses antes do pleito).

Mas uma duvida foi criada com a promulgação da Emenda Constitucional nº 91, de 18/02/16, que, em seu bojo, faculta “ao detentor de mandato eletivo desligar-se do partido pelo qual foi eleito nos trinta dias seguintes à promulgação desta Emenda Constitucional, sem prejuízo do mandato”, impondo como prazo fatal para esta mudança o dia 18 de março de 2016, data menor que aquela contida na Lei 13.165/15, que seria o dia 2 de abril.

Ocorre que a Emenda promulgada pelo Congresso, além de casuística, vez que visa permitir a que Deputados e Senadores, no meio da atual legislatura, possam mudar de legenda sem serem punidos pelo “Instituto da Fidelidade Partidária”, e perderem seus mandatos, não pode gerar efeitos para as eleições deste ano, em virtude do Princípio Constitucional da “anualidade eleitoral”, e isto, mesmo que se argua que uma Emenda Constitucional seja autoaplicável, pois, neste caso, se estaria contrariando o próprio texto da Constituição.

O Art. 16 da CF estabelece que: “a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência”. E o aprovado na Emenda 91, por incidir na questão da fidelidade, permitindo a mudança de legenda, altera o processo eleitoral, não podendo, desta forma, ser aplicado para o pleito de outubro próximo.

Ressalte-se que regras e os fatos constituídos podem sim, ser alterados até as eleições, mas não se aproveitarão às eleições que se avizinham. É possível criar novas regras ao longo desse período, entretanto, elas não afetarão o próximo pleito.

Assim, em relação à “janela eleitoral”, aqueles que forem possuidores de mandato de vereador e, portanto, tenham já exercido cerca de três anos e três meses do seu mandato, poderão mudar de legenda, sem prejuízo para os seus mandatos, durante o período de 02 de março a 02 de abril deste ano, ficando o prazo até o dia 18 de março, para os outros detentores de mandato eletivo.

Allah Góes é advogado municipalista e especialista em Direito Eleitoral.

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marco wense1Marco Wense

 

Jairo Xavier, respeitado cardiologista, diz que “toda essa boataria é a prova inquestionável do crescimento da candidatura de Mangabeira, que começa a deixar desesperados as múmias e os coveiros de Itabuna”.

 

O pré-candidato do PDT a prefeito de Itabuna, o médico Antônio Mangabeira, já se acostumou com os boatos inerentes ao processo político.

O mais recente é requentado. Ou seja, que Mangabeira vai ser vice de Geraldo Simões. Esquecem os boateiros de plantão, as mariquinhas da política, que o doutor já mandou o seguinte recado para o ex-alcaide: “Não quero ser vice de Geraldo e nem quero que ele seja meu vice”.

Venho dizendo que Mangabeira vem tomando a sopa pela beirada do prato. Mais: minha modesta intuição política aponta que o prefeiturável do PDT vai ter mais votos do que o petista.

Jairo Xavier, respeitado cardiologista, diz que “toda essa boataria é a prova inquestionável do crescimento da candidatura de Mangabeira, que começa a deixar desesperados as múmias e os coveiros de Itabuna”.

O presidente estadual da legenda brizolista, deputado Félix Júnior, emitiu uma nota reafirmando a autonomia do PDT de Itabuna para decidir sobre qualquer assunto referente à sucessão municipal.

Mangabeira desabafa: “Mais uma vez boatos lançados nas redes sociais procuram nos desestabilizar. Estamos construindo uma candidatura séria, com pessoas de bem, trabalhadoras e que prezam pela cidade de Itabuna, contribuindo para o seu crescimento. Aqueles que a administraram ao longo de trinta anos, não fizeram o papel que lhes coube, visto o panorama atual, com esgotos a céu aberto em todos os bairros, saúde destroçada, com postos de saúde fechados, destruídos, funcionando de forma precária, falta de água e crise na educação. A população encontra-se indignada e já identifica os responsáveis por tamanho descaso”.

Todo esse disse-me-disse me faz lembrar o Big Brother. Só que em vez de BBB, fica BBD: Bobagem, Boato e Desespero. Deixem o doutor se candidatar! Que coisa, hein!

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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josias gomesJosias Gomes | dep.josiasgomes@camara.gov.br

 

Juristas renomados, muitos deles não alinhados com o PT, inclusive um ministro do Supremo Tribunal Federal, estão criticando abertamente a condução coercitiva decidida pelo juiz Sérgio Moro, considerando-a como contrárias às regras judiciais.

 

O inconformismo toma conta do PT e de seus militantes, e tal sentimento encontra razão de ser em função de tudo o que as elites brasileiras vêm armando contra o partido e  contra as conquistas sociais que vêm marcando a história do Brasil, desde 2003.

Na verdade, também essas elites estão inconformadas pelo fato de que alguém vindo das camadas menos favorecidas da população chegou ao poder, e, então, trabalhou incansavelmente na busca de construir uma sociedade menos injusta, no país.

Arma-se todo um aparato para comprometer moral e eticamente o PT, seus líderes e todos os que ousaram, desde 2003, colaborar na construção de um país mais justo para com os seus filhos, o que aos poucos vai sendo conseguido.

Essa turma, a mesma que deseja dar sequência a toda uma história de poder inteiramente voltada para os interesses dos mais ricos, aproveita um período de crise econômica, provocada por uma situação econômica mundial desfavorável, para pregar a desarmonia.

Não é preciso muito conhecimento de história, afinal, para reconhecer que em 500 anos de existência, o povo brasileiro apenas assistiu à sucessão de gestores com o mesmo objetivo: o de fazer perpetuar os interesses dos poderosos.

Desde o início desse processo, agora, de tentativa de desmoralização do PT e de seus líderes que o objetivo é um só, sempre buscado de forma escancarada: destruir a imagem do companheiro e ex-presidente Lula, símbolo maior das mudanças ocorridas no Brasil, nos últimos anos.

Nesse tenebroso 04 de março de 2016 acabou se materializando o maior objetivo das elites, quando, não contentes em revistar a casa de Lula, acabaram levando o ex-presidente, à força, para prestar depoimento à Polícia Federal.

Juristas renomados, muitos deles não alinhados com o PT, inclusive um ministro do Supremo Tribunal Federal, estão criticando abertamente a condução coercitiva decidida pelo juiz Sérgio Moro, considerando-a como contrárias às regras judiciais.

Como disse Lula, ele nunca se negou a prestar depoimento à Polícia Federal, e o fez em outros momentos, tão logo foi chamado para tal procedimento, inexistindo, portanto, causa para que a condução coercitiva fosse determinada.

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ricardo artigosRicardo Ribeiro | ricardo.ribeiro10@gmail.com

É muito difícil negar que a artilharia da Operação Lava Jato esteja intencionalmente direcionada ao governo e ao PT. Não que inexistam motivos para tanto, mas quando a Polícia Federal e o MPF escolhem o que investigar, e depois o que levar ao público, demonstram o direcionamento de suas baterias.

O PT merece toda reprimenda pelas falcatruas em que se meteu. Não importa se o fez para sustentar a governabilidade ou se, entusiasmada com a facilidade do acesso, gente do governo aproveitou a deixa para também se beneficiar no campo pessoal. Pouco importa até mesmo se “sempre foi assim”, pois o fato é que precisa deixar de ser, urgentemente, e se a bomba caiu no colo do PT, azar o dele.

É plausível acreditar que a rapinagem não terá fim, com o Partido dos Trabalhadores ou sem ele. O “sempre foi assim” traz implícita a mensagem de que “sempre será”, mas a esperança é que, após o escárnio ter vencido o cinismo, como disse a ministra Carmem Lúcia, a justiça se estabeleça de uma vez por todas, e para todos.

Pode ser ilusão, utopia, ingenuidade. A Lava Jato pode não passar de uma farsa das elites para tirar o PT do poder e varrê-lo do mapa político nacional… Pode ser e em vários momentos realmente isso fica muito claro, até porque há precedentes históricos.

No entanto, o Brasil de 2016 não é o mesmo de 1954. Espera-se que uma sociedade mais informada, atuante e exigente continue a cobrar um padrão ético de comprometimento dos políticos e de si mesma. Quem experimentou os avanços conquistados nos últimos anos dificilmente aceitará o retrocesso, e a forte rejeição ao atual governo demonstra isso.

Espera-se que o mesmo nível de exigência se mantenha, não importa quem venha a despachar no Palácio do Planalto.

Ricardo Ribeiro é advogado.

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fernando caldasFernando Caldas | marimbeta@hotmail.com

 

Que Davidson e Roberto dialoguem (nos moldes propostos por Habermas), cientes de que o bem maior é Itabuna, sua história, seu futuro e seu povo, cuja antropologia tem uma longa jornada de dor e miséria.

 

Infelizmente, a política nacional realça as diferenças em detrimento aos pontos convergentes. O que resulta em fragmentação e, por empréstimo, quem sofre os resultados é o povo. Outra vez estamos à beira das eleições municipais. Sem uma definição clara de quem são os candidatos, embora haja vários pré-candidatos. Toda movimentação já está por aí.

Já não sonho com perfeições, mas com pequenos passos capazes de resultar num avanço para Itabuna. Em 2016, há nomes interessantes se apresentando. Ao meu ver, uma parte almeja contribuir com o desenvolvimento da cidade, cada uma numa perspectiva. Ocorre que há imensos vícios culturais na orbe política. Dessa forma, guetos se formam, quase sempre raivosos e caluniosos, repletos de adeptos fanáticos, capazes de ir às vias de fato se necessário.

Acho bom que Mangabeira coloque seu nome à prova. Trata-se de um médico que possui outras graduações e que já está engajado na ação política há alguns anos. Conheci Mangabeira quando eu era presidente do Grupo Grama e ele um militante ambiental. Época em que já discutíamos sobre dengue, Sucam e rio Cachoeira. Acho que seria um ótimo prefeito para Itabuna, sobretudo porque pretende um governo fora dos vícios políticos vigentes.

Também gosto de Carlos Lee ser candidato. Conheço Carlinhos desde AFI e sempre foi uma pessoa preocupada com o próximo, além de filho de John Leahy, médico que faz parte da história de Itabuna. Um homem do bem.

Não sei se Fernando Gomes será ou não candidato, mas também gosto da possibilidade dele voltar a ser prefeito. Fernando é indiscutivelmente o maior político da história de Itabuna. Acabei de escrever sua biografia, o que resultou em arrancar de mim preconceitos estereotipados que eu tinha em relação a ele. Fernando é muito preparado para o cargo, além de uma pessoa muito inteligente e generosa.

Acho Leninha e Zé Roberto pessoas especiais e bem intencionadas. Pedro Eliodório é também um homem sério e corajoso. Pena que as regras da política brasileira atem as mãos dos candidatos sem recursos financeiros.

Em 2016, não obstante, parece-me que o mais ousado para Itabuna será uma chapa que reúna Davidson Magalhães e Roberto José, como candidatos a prefeito e vice-prefeito. Essa ideia talvez cause espanto em alguns militantes dos dois lados. Contudo, raciocinando em profusão, creio ser essa a combinação capaz de garantir a evolução política de Itabuna, rumo à consolidação de uma etapa que não foi cumprida ainda com o governo Vane.

Davidson e Roberto se complementam em vários aspectos. O Deputado do PCdoB possui uma história belíssima de luta pelo Brasil e por Itabuna, em particular. Conheço-o desde meninos, jogamos muito futebol juntos e fiz parte de uma reunião (eu tinha 14 anos) em que Luiz Nova veio à Itabuna buscar jovens para ingressar na clandestinidade da luta por liberdade. Eu não me interessei, porque desde já eu era muito mais espiritualista que outra coisa. Não cria em luta armada ou em saída através do viés revolucionário (sempre fui e sou evolucionário). Mas, admirei muito a coragem de Davidson que transferiu sua missão na Igreja Presbiteriana para a causa socialista. Sofreu ameaças, foi preso, correu risco de vida. Votei nele para vereador, para deputado e para prefeito, em 1996. Davidson, tecnicamente falando é o candidato mais preparado.

Roberto José é a grande novidade da política itabunense. Em apenas 3 anos ele conseguiu fazer parte de um universo que muitos levam décadas para atingir. Graças, sem dúvida, a sua competência administrativa. Tanto frente à FICC quanto à Settran, ele conseguiu demonstrar como é possível ações objetivas e ótimas no confronto com problemas históricos. Aprendi a gostar de Roberto e a perceber boas intenções em suas ambições. Sua junção numa chapa ao lado de Davidson será perfeita por várias razões. Primeiro porque ambos são humanistas.

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