Com o índice de infestação por focos do mosquito da dengue em Itabuna batendo na inédita casa dos 16%, já em agosto a 7ª Dires disparou o sinal de alerta. Caso não fossem tomadas medidas sérias, enérgicas e urgentes, a cidade enfrentaria uma gravíssima epidemia.
O secretário de Saúde à época era o contabilista Jesuíno Oliveira, que fez pouco caso do aviso. De acordo com a 7ª Dires, no ano passado, os técnicos da Secretaria de Saúde do Estado produziram um relatório, que apontava necessidade de aumento do trabalho de campo dos agentes no combate às larvas do mosquito Aedes aegypti. A resposta do secretário municipal foi negar a gravidade do problema e dizer que a situação estava “sob controle”.
“Fizemos várias reuniões, alertamos para o risco da epidemia, mas não houve abertura para um trabalho conjunto na gestão passada”, afirma o diretor da 7ª Dires, João Marcos de Lima. Segundo ele, a Dires não pode intervir diretamente no problema, sem a atuação do município.
Até algumas semanas atrás, a atual gestão da Secretaria Municipal de Saúde também relutava em reconhecer a epidemia, mas acabou por admitir a situação de emergência. Segundo João Marcos, o governo Azevedo buscou o apoio institucional do Estado no combate à dengue, enquanto “o ex-secretário Jesuíno Oliveira procurou esconder o problema, dificultando uma ação mais direta das instituições relacionadas com o setor”.
Hoje, cinco carros-fumacê são utilizados no combate ao mosquito transmissor. A Sesab também forneceu veículos para o transporte de agentes e instalou um laboratório no Hospital de Base para o diagnóstico de casos de dengue. Anteriormente, a confirmação laboratorial era feita apenas em Salvador.