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Valorizar o servidor não é uma mera condescendência do gestor. É, sobretudo, um dever legal.

 

 

Osias Lopes

O SERVIDOR PÚBLICO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – O subtítulo deste modesto artigo parece até um lugar comum, eis que por obviedade o servidor público é imprescindível para que ocorra, de fato, o funcionamento da chamada máquina pública. Todo serviço público é executado pelo servidor, é ele quem faz acontecer a entrega dos produtos e serviços essenciais à vida na municipalidade. Mas, na prática não é assim que ele é visto e tratado por um determinado segmento de “gestores” que teimam em enxergá-los de maneira estranhamente enviesada, esdrúxula até, a começar por terem a folha de pagamento de pessoal como incômoda despesa. E mais, quase sempre se utilizam da verba de pessoal para a prática nefasta de política assistencialista/clientelista, deturpando todos os princípios básicos que regem a administração pública, resultando no que todos vemos, uma máquina pública entrevada, coxa, sem foco, sem eira nem beira, que pouco ou quase nada serve ao público, sua única razão de existir.

A ESCOLA DE GOVERNO – Contrapondo-se a essa realidade, é interessante lembrar que lá pelos idos dos anos primeiros da primeira década do século XXI, de maneira pioneira, a gestão pública itabunense experimentou a implementação do projeto de uma Escola de Governo, quando foi desenvolvida uma importante fase embrionária com o apoio da sociedade e efetiva participação de autoridades locais, membro do Ministério Público Estadual, profissionais liberais e, fundamentalmente, de professores da UESC, quando ministraram aulas extraordinárias acerca das mais variadas temáticas, tudo voltado à formação e ao crescimento intelectual do servidor, conferindo-lhe conhecimentos de todos os naipes, inclusive e especialmente os voltados à melhoria da gestão municipal.

O MODELO DE CAMPINAS, SÃO PAULO – Essa Escola foi inspirada no modelo então adotado no Município de Campinas, São Paulo, sem formalismos estruturais físicos ou burocráticos que demandassem custos extras, haja vista que para o seu mister eram utilizadas salas de reuniões e auditórios já existentes, com uma programação elaborada a partir das mais ingentes e urgentes carências detectadas no quadro de pessoal decerto que poderia ter progredido mais, mas a mudança de hábitos e de rotina assusta, fez a Escola sofrer os mais variados ataques, até de quem não deveriam vir.

A institucionalização da Escola de Governo. E o fato é que, a preocupação em fazer andar esse projeto era tamanha que o legislador municipal foi convencido da necessidade de institucionalizar a iniciativa, e foi assim que, através da Emenda nº 007/2003, se inseriu no Capítulo II da Lei Orgânica do Município de Itabuna – LOMI, dedicado aos servidores municipais, no § 3º do art. 94, a seguinte obrigação:

Art. 94- …
§ 3º O Município criará Escola de Governo, sob a denominação “Escola de Governo e Desenvolvimento do Servidor Público Municipal de Itabuna” para a formação e o aperfeiçoamento dos Servidores Públicos Municipais, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção de carreira, facultada, para isso, e elaboração de convênios ou contratos entre os entes federados ou privados.

CONSECTÁRIOS ÓBVIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DA ESCOLA DE GOVERNO – É fácil de imaginar o melhoramento da gestão municipal, imbuída de capacidade satisfatória para enfrentar os desafios impostos pelas constantes mudanças e transformações trazidas pelos novos tempos, tivesse havido a concretização da criação dessa Escola há mais de vinte anos. Certamente que todos os servidores estariam praticando as melhores técnicas, com melhores conhecimentos, atualizados e muito mais aptos a exercerem suas funções. Para isso bastava aos alcaides que se sucederam anos afora, cumprir com esse dever legal, insculpido na mais elevada norma municipal, popularmente considerada como constituição municipal. Mas o fato é que tal dispositivo foi solenemente ignorado, desprezado, e não bem avaliado também e até pela instituição sindical, que em última análise, poderia e pode requerer em juízo a criação da Escola, ferramenta estratégica e de fundamental importância para o aprimoramento da prestação do serviço público.

RESPEITO À VERDADEIRA MEMÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO – Em vez disso, estamos testemunhando alguns “incidentes” que afetam de maneira demasiadamente negativa membros dos quadros de servidores municipais, especialmente o segmento dos mais antigos, demonstrando até mesmo uma certa insensibilidade no trato com quem realmente dedicou e ainda dedica a vida à causa pública, desprezando o conhecimento e a experiência que carregam, verdadeiras memórias vivas da Administração que, observadas pelo gestor com inteligência, sobriedade e respeito, em muito poderiam e podem contribuir para a boa fluência e qualidade dos serviços públicos prestados, assim como para o aprimoramento da atuação dos novos servidores.

O DEVIDO CUMPRIMENTO DA LEI – A mais disso, tem-se ouvido falar sobre o dever de se cumprir a Lei, afirmativa essa, claro, que não merece qualquer reparo. Mas não se pode dizer isso distante da prática e seletivamente, pois não é razoável que se eleja para cumprimento apenas normas que mais satisfaçam ao ego de quem, precipuamente e por ofício, tem esse dever.

A EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 103/2019 – Não é assim que, sob esse mesmo argumento de cumprimento da Lei, em nossa cidade se levou a efeito um dispensar indistinto de servidores aposentados, sob o argumento de se estar no cumprimento de ditames constitucionais, o que não passa de meia verdade, pois a Emenda Constitucional nº 103/2019 quer fora do serviço público somente os que a partir de sua vigência se aposentaram, fazendo ressalva expressa quanto aos aposentados anteriormente a ela, excetuando-os, permitindo-lhes, ipso facto, a permanência no emprego.

TODA APOSENTADORIA SERÁ CASTIGADA (??!) – Aliás, se tem notícia de que os servidores aposentados pelo RGPS vêm sofrendo retaliações faz tempo, pois o enquadramento nos cargos criados, coisa que a todos os demais servidores foi garantido, não lhes foi deferido, sendo mantidos, ao que se sabe, num quadro à parte, numa anomalia inexplicável, posto que, antes da EC nº 103/2019, tinha-se por certo que a aposentadoria não causava rutura contratual laboral. Daí, infere-se que, se não havia, como não houve, rutura do pacto laboral, liame esse que seguia indene mesmo ante a aposentadoria, impunha-se o enquadramento do servidor

FUNCIONÁRIO E CARGO. CARGO E FUNCIONÁRIO – Fala-se também que aos servidores aposentados pelo regime geral de previdência gerido pelo INSS foi imposto o regime estatutário. Ora, como dito acima, não houve enquadramento dos mesmos nos cargos criados, não havendo portanto que se falar, in casu, em mudança de regime, pois não há funcionário sem cargo (aqui, ambos os termos, funcionários e cargo, tomados na acepção técnico jurídica trazida pelo Direito Administrativo). Essa situação leva a uma outra perversa anomalia, posto que, não ocupando o aposentado cargo público não há que se falar em vacância de cargo, o que impede a aplicação da Lei Municipal que trata da matéria, pela óbvia impossibilidade de se declarar vacância de cargo sem existir, no particular, cargo a ser vacante.

Pois é… Valorizar o servidor não é uma mera condescendência do gestor. É, sobretudo, um dever legal.

Osias Lopes é ex-secretário de Administração de Itabuna.

Agentes da Polícia Federal cumprem mandado na Prefeitura de Gongogi, no sul da Bahia || Foto Divulgação/PF
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Um esquema que movimentou mais de R$ 7 milhões na pequena Gongogi, no sul da Bahia, levou a Polícia Federal a deflagrar operação com cumprimento de mandados de busca e apreensão no próprio município, além de Itabuna, Ipiaú e Ibicaraí. A Operação Pacto Infame cumpriu 13 mandados na manhã desta quinta-feira (24).

De acordo com a corporação, a Pacto Infame investiga desvios de recursos públicos, fraudes licitatórias e associação criminosa envolvendo contratos na área de engenharia civil em Gongogi. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal Cível e Criminal da SSJ de Itabuna-BA.

Segundo a PF, os mandados são para coletar “elementos probatórios para robustecimento da investigação, bem como identificação de novos crimes e envolvidos”. Conforme a polícia, diversos processos licitatórios teriam sido fraudados (direcionados) para beneficiar empresa sediada na cidade de Gongogi, que celebrou quase duas dezenas de contratos e recebeu mais de R$ 7 milhões de pagamentos da Prefeitura local em quatro anos.

As evidências apontam que o grupo investigado estaria envolvido em fraudes desta natureza desde o ano de 2017, com atuação também em outras cidades baianas.

Marão diz que vai recorrer contra parecer do TCM-BA || Foto Divulgação
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Por meio de nota, o prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), anunciou que irá recorrer do parecer prévio pela rejeição de suas contas de 2020 pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA). Ontem (15), os conselheiros do Tribunal decidiram pela negativação das contas do gestor devido ao montante inscrito em restos a pagar naquele ano, último exercício do primeiro mandato (relembre aqui).

Marão deixou R$ 63,9 milhões inscritos em restos a pagar para o segundo mandato sem saldo suficiente em caixa para cobrir tais despesas, segundo relatório do TCM-BA. O prefeito informou que irá recorrer da decisão de ontem, “apresentando as devidas justificativas”.

Ainda na nota, o gestor cita que 2020 foi o primeiro ano da Pandemia da Covid-19 e a maior preocupação de governo era salvar vidas. Disse que o município cumpriu essa missão com excelência:

– Nosso compromisso com Ilhéus é inegociável. A responsabilidade com o dinheiro público e a transparência sempre foram prioridades na nossa gestão, e continuaremos trabalhando em prol da cidade – disse o gestor ilheense.

Tribunal de Contas do Estado multa gestores e desaprova contas
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O Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) desaprovou, por maioria de votos, a prestação de contas da Bahiatursa, hoje Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Sufotur), referente ao exercício de 2021. Os conselheiros votaram pela aprovação do relatório que apontou graves irregularidades.

Foram aplicadas multas a sete gestores da unidade – R$ 5 mil ao diretor-superintendente Diogo Rodrigues Medrado; R$ 3 mil a Ângela Fucs, diretora administrativa e financeira; de R$ 2 mil a Godofredo Teixeira da Paixão, coordenador financeiro; de R$ 2 mil a Termutes Alves dos Santos, coordenador de contratos e convênios; de R$ 1 mil, a Valquíria de Barros Fonseca, coordenadora II; de R$ 1 mil, a Carolina Marinho e a Zitomir Souza de Jesus, servidores alocados na Diretoria de Operações Turísticas.

Os conselheiros também aprovaram a expedição de recomendações aos atuais gestores da unidade, para que adotem as providências administrativas necessárias no sentido de corrigir as irregularidades discriminadas no relatório auditorial que instruíram o processo, sem embargo da adoção de medidas de caráter preventivo que objetivem evitar a sua ocorrência no futuro.

LISTÃO DE IRREGULARIDADES

Entre as irregularidades apontadas no Relatório de Auditoria que levaram à desaprovação à aplicação das demais sanções estão: empenhos em valores simbólicos no exercício de origem da despesa, subavaliando os valores efetivos dos gastos e possibilitando a utilização de dotação orçamentária já comprometida; e fragilidades na fiscalização dos contratos de cotas de patrocínio no que diz respeito à comprovação dos serviços realizados, vez que não foi comprovada a contrapartida nem a apresentação dos relatórios de execução pela empresa contratada; antecipação indevida de pagamento em contrato de apoio a eventos.

O relatório votado ainda cita pagamentos de despesas a título indenizatório que não se enquadram em circunstância emergencial, no montante de, pelo menos, R$ 20.423.990,92; assunção de despesas em 2021 que extrapolaram a dotação orçamentária do exercício, uma vez que foram realizados gastos não reconhecidos anteriormente no montante de, pelo menos, R$ 6.676.267,40; e ausência de fundamentação e de parâmetros para a concessão da Cota de Patrocínio.

Secretário de Governo, Rosivaldo Pinheiro saúda os novos servidores municipais || Foto Pedro Augusto/PMI
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Oitenta e quatro servidores aprovados no último concurso público em Itabuna tomaram posse em solenidade nesta segunda-feira (30), no auditório do Sicoob-Coopec, na Avenida do Cinquentenário, Centro. Todos serão lotados na Secretaria Municipal da Educação. São 83 professores e um servidor para a área administrativa.

A solenidade contou com a presença de secretários municipais e técnicos. “Continuamos cumprindo o compromisso da atual administração municipal de renovar o quadro de servidores, abrindo novos postos de trabalho e oferecendo atendimento de qualidade ao cidadão itabunense”, afirmou o secretário municipal de Governo, Rosivaldo Pinheiro.

Titular da Pasta da Educação, a professora Adriana Tumissa abordou a realização de sonho para quem é aprovado em concurso público. “É com satisfação que iniciamos esta semana com a posse de 84 pessoas que, assim como aconteceu comigo, pois sou concursada, também sonharam com esse momento”, afirmou.

ViaBahia administra a BR-324, que liga Salvador a vários municípios da RMS e à 101 || Reprodução/Site ViaBahia
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Após anos de descasos, a ViaBahia finalmente perderá a concessão de duas das mais importantes rodovias do estado, as BRs 116 e 324, segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que participou de evento de campanha do petista Waldenor Pereira em Vitória da Conquista, no sábado (21).

O governo instalou câmara de conciliação para os contratos revistos desde a posse do presidente Lula, em janeiro do ano passado. Conforme Rui Costa, o contrato da empresa que explora as rodovias baianas era visto como o mais grave, pelo descumprimento de suas cláusulas.

Ainda de acordo com Rui, não se chegou a acordo quanto ao contrato e a ViaBahia terá que devolver a concessão de exploração de praças de pedágio, principalmente por não fazer os investimentos necessários nas rodovias. “Nós solicitamos, então, que a ViaBahia saísse, deixasse o contrato. Está encaminhada essa saída”.

Mas a saída da ViaBahia, porém terá que ter o aval do Tribunal de Contas da União (TCU). O governo federal deverá assumir a gestão das rodovias somente em 2025. Por contrato, a empresa teria direito a explorar a concessão até 2035.

Concurso público da Câmara de Ilhéus prorroga inscrições
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A Câmara de Vereadores de Ilhéus prorrogou, nesta sexta-feira (20), as inscrições para o primeiro concurso público de sua história. O prazo, que se encerraria na quinta-feira (19), foi estendido até a próxima segunda-feira (23), conforme retificação no Edital 001/2024 .

O concurso público da Câmara de Ilhéus oferta 19 vagas para candidatos(as) com ensino médio e ensino superior, em diferentes áreas. Os salários variam de R$ 3.000 a R$ 5.000 para a jornada semanal de 40h. A taxa de inscrição é de R$ 65 para os cargos de nível médio e de R$ 95 para os que exigem ensino superior.

As vagas de nível superior são para os cargos de Analista Contábil (1), Analista Jurídico (1), Analista de Controle Interno (1), Analista de Licitações e Contratos (1), Analista Administrativo (1), Analista de Recursos Humanos (1), Analista Legislativo (1), Analista de Tecnologia da Informação e Comunicação (1), Analista de Comunicação Social (1) e Intérprete de Libras (2).

Já as oportunidades de nível médio são para os cargos de Assistente Administrativo (4), Assistente de Licitações e Contratos (1), Assistente Legislativo (2) e Assistente em Tecnologia da Informação (1).

As provas estão marcadas para o dia 13 de outubro, um domingo. Os horários ainda não foram divulgados. O prazo de validade do concurso será de dois anos contados da data de sua homologação, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período. O resultado será publicado no dia 26 de dezembro. O edital pode ser acessado aqui.

Jerônimo visitará Itororó nesta quarta-feira (28) || Foto Divulgação
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O governador Jerônimo Rodrigues visita Itororó nesta quarta-feira (28). No município, o mandatário baiano inaugura o Novo Centro Territorial de Educação Profissional do Médio Sudoeste da Bahia Eurides Evangelista Pinto e o novo terminal rodoviário.

Com o prefeito Paulo Rios e o líder do Governo na Assembleia Legislativa, Rosemberg Pinto (PT),
Ainda em Itororó, Jerônimo entrega a pavimentação e drenagem de ruas, um ônibus escolar e participa da autorização de outras obras, com recursos da Prefeitura e do Ministério das Cidades.

Esther Dweck, ministra de Inovação e Gestão em Serviços Públicos, diz que abstenção era esperada || Foto Bruno Peres/ABr
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A ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, fez um balanço preliminar do comparecimento ao Concurso Público Nacional Unificado (CNPU), neste domingo (18), afirmando que cerca de 1 milhão de pessoas fizeram o certame.

O número de inscritos no CNU somou 2,14 milhões, o que significa um percentual de abstenção acima de 50%. “Está dentro da nossa expectativa, comparando com outros concursos desse tamanho, nesse quantitativo de gente”, afirmou a ministra.

De acordo com Esther, o Distrito Federal teve a menor taxa de abstenção e o Ceará teve a maior. Os dados são preliminares e o Ministério da Gestão divulgará hoje (19) os dados consolidados.

Segundo ela, a taxa de abstenção ficou abaixo de que outros certames recentes, como o do Banco Central. “A média histórica é em torno de 40%, chegando a 50% em concursos maiores”.

Durante coletiva, a ministra disse que a taxa de abstenção foi puxada sobretudo pelos faltantes que concorriam a vagas de ensino médio, enquanto os candidatos de nível superior compareceram em maior número.

“O maior percentual de abstenção foi no nível médio, o bloco 8, que tinha a maior relação candidato por vaga. Nos outros blocos ficou abaixo da média. O menor bloco de abstenção foi o 3, da área ambiental, agrária e biológica. Mas, em geral, os percentuais de [abstenção] de nível superior ficaram em percentuais muito próximos. E o que destoou mesmo foi o nível intermediário”, avaliou a ministra.

O MAIOR CONCURSO

Ela comemorou a presença de 1 milhão participantes no CNU, o que mantém o concurso como o maior já realizado no país. “Nosso objetivo era mudar a cara do serviço público brasileiro e deixa-lo com a cara do Brasil, podendo incorporar nesse concurso a grande diversidade brasileira”, frisou ela.

Segundo dados do MGI, os inscritos no concurso foram oriundos de quase todos os municípios brasileiros, com a exceção de apenas dez cidades.

Questionada, a ministra considerou não ter sido grande o impacto do adiamento do concurso para a taxa de abstenção elevada. “A questão da mudança da data pode sim ter interferido na decisão das pessoas, por isso a gente permitiu que as pessoas desistissem e tivessem a taxa [de inscrição] devolvida, mas tivemos muito poucas pessoas que decidiram por isso”, destacou.

Inicialmente, as provas ocorreriam em 5 de maio. Contudo, dois dias antes da data marcada, em 3 de maio, o governo federal adiou o concurso, por causa das fortes chuvas que atingiram quase 95% (468, dos 497) dos municípios gaúchos.

ELIMINADOS

De acordo com a ministra, o concurso foi realizado sem grandes problemas, com o registro de ocorrências em 0,2% dos locais de aplicação do CNU. “Nada que tenha afetado efetivamente a realização da prova, apenas atrasou um pouco”, disse.

Ainda segundo ela, cerca de 500 candidatos (0,05% do total) foram eliminados neste domingo por terem apresentado condutas proibidas pelo edital, entre elas sair da sala da prova levando o caderno de questões, o que era proibido.

“Isso não é um vazamento de provas, não teve nenhum problema de segurança com essa pessoas que saíram com o caderno de provas”, assegurou Esther Dweck, que destacou ainda a baixa judicialização do certame.

Presente na entrevista coletiva após o encerramento do CNU, o advogado-geral da União, Jorge Messias, também ressaltou o número baixo de processos envolvendo um concurso dessa magnitude. “Não tivemos uma única ação judicial apresentada nas últimas 48 horas. Temos muita segurança da correção na aplicação”, afirmou.

Prefeitura de Ilhéus divulga lista de beneficiários do Fundef || Divulgação
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A Comissão Especial para Acompanhamento da Aplicação dos Recursos publicou a lista dos beneficiários dos recursos do Precatório do Fundef em Ilhéus. A relação completa está disponível na edição desta terça-feira (13) do Diário Oficial de Ilhéus (confira clicando aqui).

O prazo para contestação da lista foi aberto nesta quarta-feira (14) e será encerrado no dia 23, por meio da Associação Profissional dos Professores de Ilhéus (APPI-Ilhéus) ou  da Associação Defensora
dos Interesses dos Profissionais Ativos, Aposentados, Pensionistas e Herdeiros da Educação
do Estado da Bahia (Adipaaphe). Para o recurso, é exigido que apresente documentação comprobatória numa das associações.

Ainda conforme a Portaria 362, de 13 de agosto de 2024, a Comissão Especial de para Acompanhamentos de Aplicação dos Recursos do Precatório Fundef deverá se reunir no dia 28 de agosto, no Anexo de Secretarias, para apresentação de lista de possíveis novos habilitados.

Jerônimo tem contas aprovadas pelo TCE || Foto Divulgação
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Por unanimidade, o Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) aprovou as contas relativas ao primeiro ano do governo Jerônimo Rodrigues (PT). A votação das contas de 2023 ocorreu em sessão plenária presidida pelo conselheiro Marcus Presídio, nesta terça-feira (6).

O relator do processo na corte foi o conselheiro Antonio Honorato Neto, que apresentou relatório decidindo pela aprovação das contas de 2023 do chefe do Executivo. Os conselheiros Carolina Matos, Inaldo Araújo, João Bonfim e Gildasio Penedo seguiram o relator. Com a decisão pela aprovação no TCE, as contas agora seguem para apreciação na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

Durante sustentação oral, a procuradora-geral do Estado, Bárbara Camardelli, pontuou a importância da atuação do Tribunal de Contas para o aprimoramento da gestão pública. “O papel do TCE vem com este olhar opinativo, olhando a administração a partir da sua condução, se houve a concepção e a execução de políticas públicas dentro de uma perspectiva de orçamento. E, como usualmente é feito, o Estado se debruçará sobre os apontamentos para melhorar cada vez mais a sua atuação”, destacou.

CAPAG A

No ano passado, o Estado da Bahia desembolsou R$ 8,38 bilhões para investimentos públicos. Em paralelo, no primeiro ano de gestão de Jerônimo, o governo baiano manteve o equilíbrio das contas e conquistou a capacidade de pagamento (Capag) A, nota máxima para a gestão das contas estaduais, conferida pela Secretaria do Tesouro Nacional.

Concurso da Prefeitura de Buerarema é suspenso || Foto PMB
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O prefeito de Buerarema,Vinícius Ibrann (UB), anunciou, nesta quarta-feira (24), o rompimento de contrato com a Getsêmani Projeto, Consultoria e Ensino Ltda, empresa que deveria organizar o concurso público para o preenchimento de 100 vagas para diferentes áreas. O gestor informou que a decisão foi tomada porque os candidatos vinham encontrando dificuldades para efetivar as inscrições.

De acordo com o Vinícius Ibrann, houve problemas técnicos que a Getsêmani não conseguiu solucionar. O prefeito prometeu contratar uma nova empresa para organizar o concurso e será aberto um novo período de inscrições. Apesar da mudança, Vinícius afirmou que pretende manter a data de provas que, anteriormente, estavam previstas para o dia 13 de outubro, nos períodos matutino e vespertino. Assista ao vídeo do prefeito ao final do texto.

O concurso público na Prefeitura de Buerarema visa o preenchimento de 100 vagas, além de formação de cadastro de reserva. Os salários variam de R$ 1.412,00 a R$ 10 mil, a depender da jornada e cargos. Haverá oportunidades para candidatos com ensinos fundamental, médio, técnico e superior. O concurso terá validade de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período.

AS VAGAS

As vagas serão para Auxiliar de Serviços Gerais (10 vagas); Auxiliar Administrativo (5 vagas); Auxiliar de Classe (10 vagas); Auxiliar de Saúde Bucal (4 vagas); Condutor Socorrista (4 vagas); Educador Social (2 vagas); Fiscal Sanitário (1 vaga); Guarda Civil (5 vagas); Técnico de Enfermagem Socorrista (4 vagas); Técnico em Enfermagem (10 vagas); Fiscal de tributos (2 vagas) e Técnico em Farmácia (1 vaga).

Além de Agente comunitário de saúde (1 vaga); Recepcionista (2 vagas); Assistente Social (3 vagas); Psicólogo (4 vagas); Médico PSF (9 vagas); Educador Físico (1 vaga); Enfermeiro (9 vagas); Fisioterapeuta (3 vagas); Fonoaudiólogo (1 vaga); Médico Veterinário (1 vaga); Nutricionista (2 vagas); Odontólogo (4 vagas); Terapeuta Ocupacional (1 vaga); e Intérprete de Libras (1 vaga).

Ministério da Fazenda editou portaria tratando do problema || Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A alegria da corretora de seguros aposentada Maria Aparecida Leandro Ferreira, 62 anos, durou pouco. Ao receber a primeira aposentadoria, ela descobriu que tinha direito a cerca de R$ 3,4 mil dos antigos fundos do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Ao ir a uma agência da Caixa Econômica Federal, em janeiro deste ano, ela descobriu que o dinheiro está preso na conta única do Tesouro Nacional e, pelo menos até outubro, não pode ser sacado por causa de um atraso na elaboração de um sistema informático pelo Ministério da Fazenda.

“Não fui avisada em nenhum momento de que tinha um saldo a receber [as cotas antigas do PIS/Pasep]. Só soube quando recebi aquele documento do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social], ao me aposentar, que dizia que eu poderia ir a uma agência da Caixa e efetuar o saque do PIS/Pasep”, recorda. O Fundo PIS/Pasep beneficiou quem trabalhou com carteira assinada entre 1971 e 1988, data de promulgação da Constituição brasileira.

Por alguns instantes, Aparecida achou ter sido vítima de fraude, quando o sistema da agência da Caixa no Guará 2, cidade a 10 quilômetros de Brasília, informou que o dinheiro não estava mais no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “Depois, a gerente da agência desceu com a informação de que o dinheiro estava no Tesouro Nacional e que era passível de resgate, mas ela não sabia como, onde, nem quando fazer a retirada”, relembra a aposentada.

Em nota à Agência Brasil, o Ministério da Fazenda informou que uma portaria editada pela pasta no fim de junho adiou, para 28 de outubro, o prazo para a conclusão do sistema de tecnologia da informação que vai operacionalizar os pagamentos das cotas em poder do Tesouro ao trabalhador. O prazo anterior estava fixado em 30 de junho deste ano. A pasta também informou que a Caixa Econômica fará os pagamentos após a conclusão do sistema.

Em junho do ano passado, um chamamento público do Ministério do Trabalho e Emprego estabeleceu que os pedidos de saque após a transferência dos recursos para o Tesouro podem ser feitos nas agências da Caixa. As requisições, no entanto, estão paradas no banco até a conclusão do sistema informático.

HISTÓRICO

O dinheiro, na verdade, esteve disponível para Aparecida e a cerca de 23,8 milhões de brasileiros desde agosto de 2018, quando o governo liberou o saque das antigas cotas. Por oito meses, o dinheiro pôde ser retirado nas agências da Caixa (no caso do PIS) e do Banco do Brasil (no caso do Pasep). Na ocasião, havia R$ 35 bilhões que poderiam ser resgatados.

Em 2019, o governo anterior flexibilizou as regras e simplificou o saque por herdeiros de pessoas falecidas que tinham cotas no antigo fundo. Em abril de 2020, no início da pandemia de covid-19, o governo editou uma medida provisória que extinguiu o antigo Fundo PIS/Pasep e transferiu os recursos à conta do FGTS em nome do trabalhador. Em vez de ir a uma agência bancária, bastava o titular ou herdeiro requerer o dinheiro por meio do aplicativo FGTS, que transferia o saldo para qualquer conta bancária indicada pelo beneficiário.

O saque das cotas do Fundo PIS/Pasep começou em 2017, mas era restrito a pessoas com mais de 60 anos. Na ocasião, cerca de 4,8 milhões de cotistas resgataram R$ 6,6 bilhões. Com a ampliação do saque, em 2018, o número de pessoas que poderiam sacar subiu para 23,8 milhões, que tinham R$ 35,7 bilhões a receber. Em 2019, restavam 10,8 milhões de trabalhadores para sacar as cotas do PIS e cerca de 30 mil para retirar as cotas do Pasep.

Apesar de intensas campanhas na mídia, quando o dinheiro foi transferido ao Tesouro, em agosto do ano passado, 10,5 milhões de trabalhadores e aposentados, entre os quais Aparecida, ainda não tinham sacado R$ 26,3 bilhões. O valor equivale aos R$ 25,2 bilhões transferidos em 2020 mais os rendimentos do período em que o dinheiro ficou nas contas do FGTS. Cada cotista tem, em média, direito a R$ 2,4 mil, segundo o Conselho Curador do FGTS.

DÉFICIT PRIMÁRIO

No fim de 2022, a Emenda Constitucional da Transição determinou a transferência dos recursos do FGTS à conta única do Tesouro Nacional. Em junho do ano passado, o Conselho Curador do FGTS autorizou a transferência ao Tesouro. O dinheiro foi repassado em agosto do ano passado.

A devolução dos recursos reforçou o caixa do governo federal no ano passado, impedindo que o déficit primário subisse ainda mais. Resultado negativo das contas do governo sem os juros da dívida pública, o déficit primário encerrou 2023 em R$ 230,54 bilhões, por causa do pagamento de precatórios (dívidas com sentença judicial definitiva) adiados pelo governo anterior.

Mesmo com a transferência ao Tesouro, o trabalhador poderá resgatar o recurso em até cinco anos. Em caso de morte do beneficiário, os dependentes e herdeiros têm direito aos recursos. No entanto, a liberação dos saques depende da conclusão do sistema informático.

Maria Aparecida afirma ter recebido os esclarecimentos sobre a situação apenas por meio da reportagem. “Na Caixa, a orientação era abrir uma ocorrência interna, e quando o valor estivesse disponível, automaticamente ia cair na conta do banco que informei. A gerente me disse ainda que não havia necessidade de voltar para saber da ocorrência. Desde janeiro, não procurei mais a agência e só soube o que realmente está acontecendo pela Agência Brasil”, afirmou a aposentada.

DOCUMENTOS

Caso o saque seja pedido pelo próprio titular, basta apresentar documento oficial de identificação. Caso as cotas sejam requeridas por herdeiros, dependentes e sucessores, além do documento oficial de identificação, é necessário apresentar a certidão PIS/Pasep/FGTS ou carta de concessão – pensão por morte previdenciária e sua relação de beneficiários, emitida pela Previdência Social.

Os sucessores também podem apresentar, no lugar da carta de concessão, um dos seguintes documentos: declaração de dependentes habilitados à pensão emitida pelo órgão pagador do benefício; autorização judicial; escritura pública assinada por todos os dependentes e sucessores, se capazes e concordantes. No caso da escritura pública, é necessário atestar por escrito a autorização do saque e declarar não haver outros dependentes ou sucessores conhecidos.

Operários trabalham na expansão da rede de água no Novo São Lourenço || Foto Divulgação
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A expansão na rede de abastecimento de água no Novo São Lourenço, em Itabuna, beneficiará, diretamente, cerca de 800 pessoas, informou a gerência técnica da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa). O serviço de expansão foi concluído no último sábado (15).

A Emasa implantou cerca de 500 metros de rede para beneficiar a comunidade que não recebia água potável encanada em suas residências, segundo o presidente Raymundo Mendes Filho. “A principal bandeira da gestão do prefeito Augusto Castro (PSD) é o cuidar das pessoas. Quando a Emasa realiza esse tipo de intervenção, está melhorando a qualidade de vida da gente de Itabuna”, disse o presidente da Emasa.

Raymundo Mendes Filho, presidente da Emasa

Segundo Raymundo, o investimento é parte do esforço para universalizar o abastecimento de água e tratamento de esgoto no município, seguindo o que determina o Novo Marco Legal do Saneamento Básico. O prazo final para que o serviço atenda a toda a população é 2033.

– Com o Projeto Mais Água para a Cidade, a atual administração municipal estará resolvendo em mais de 80% o problema do fornecimento intermitente de água. Já temos pronto o projeto de ampliação para a zona norte, na região do Califórnia – afirmou.

CAPTAÇÃO DE ESGOTO

Itabuna, segundo Raymundo, iniciará no segundo semestre deste ano a implantação do sistema de captação de esgoto em tempo seco. O sistema, observa, “vai amenizar a carga dos dejetos lançados in natura no Rio Cachoeira, melhorando suas características naturais.

Jerônimo Rodrigues parabeniza Ilhéus pelos 490 anos de fundação||Foto Mateus Pereira/GovBA
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O governo baiano anunciou, hoje (11), que antecipará metade do salário dos servidores estaduais. O dinheiro cairá em conta no dia 21, já com o reajuste aprovado pela Assembleia Legislativa da Bahia e sancionado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT). A outra metade do salário será paga em 28 de junho, conforme o cronograma oficial.

Segundo o governo, a antecipação vai beneficiar diretamente 270 mil pessoas, entre eles servidores ativos e inativos – aposentados e pensionistas – do Estado. “Além do reajuste de 4% para servidores ativos e inativos e pensionistas, também reajustarei o auxilio-alimentação. E para os servidores da Educação Básica, darei reajustes complementares para as carreiras com menores remunerações”, assegurou o chefe do Executivo estadual.