Faz algum tempo que a API não é mais o sindicato que representa os professores da rede municipal de Itabuna. Mas, por outro lado, também não parece haver quem faça essa defesa. Essa é a mensagem que se tira de um documento assinado pela cinquentenária entidade e distribuído entre a categoria essa semana.
Entre outras coisas, a API questiona a independência do sindicato da rede municipal, o Simpi, do governo do Capitão Azevedo. Um exemplo. No panfleto intitulado “Façam-nos rir…”, a API denuncia a tentativa de boicote do Simpi ao movimento pela implantação do piso nacional do magistério em Itabuna.
Segundo o panfleto, a justificativa do Simpi foi que em Itabuna o piso já é assegurado, o que gerou protesto da API. Diz o texto: “O município não paga o piso. E todos sabem disso, inclusive elas e o secretário de Educação (itálico nosso)”.
O texto continua, demonstrando que “o reajuste de 12%, que elevou o salário base de R$ 415,00 para R$ 469,00 (por 20 horas), equivale a R$ 938,00, e não a R$ 1.126,00, conforme elas declararam que o município paga”. E o piso nacional é de R$ 1.132,00.
Em tempo: Elas são um grupo de ex-filiadas à API, que se rebelou e fundou o Simpi, tendo como mentora intelectual a professora Anorina Smith, ‘eterna’ desafeta da então presidente da API, Miralva Moitinho. Na época os dois grupos ficaram conhecidos como as Miralvetes e as Anorinetes. Hoje, Miralva dirige a Direc 7 e Anorina responde pelo escritório regional da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).