Contrato investigado é da gestão do ex-ministro Ricardo Barros
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A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (21) a Operação Pés de Barro, que investiga uma compra de R$ 20 milhões do Ministério da Saúde, que foi obrigado pela Justiça a distribuir medicamentos raros e essenciais à sobrevivência de pacientes do SUS.

Os fatos investigados ocorreram de maio de 2016 a abril de 2018, no governo de Michel Temer, quando o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), hoje líder do governo Bolsonaro na Câmara, era ministro da Saúde. A compra foi feita com a empresa Global Saúde, que nunca entregou os remédios ao Governo Federal.

O caso envolve a aquisição dos medicamentos Aldurazyme, Fabrazyme, Myozyme, Elaprase e Soliris/Eculizumabe. O Coletivo Aliança Rara, que representa familiares de portadores de doenças raras, afirma que o golpe dado no Ministério da Saúde foi responsável pela morte de 14 pessoas.

CPI

O caso ganhou repercussão na CPI da Pandemia, porque a Global Saúde é do mesmo grupo da Precisa Medicamentos, do empresário Francisco Maximiano, que intermediou a compra da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde. Após as suspeitas de corrupção e de sobrepreço, o Ministério cancelou a compra de R$ 1,6 bilhão

Conforme depoimento do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) à CPI, quando o presidente Jair Bolsonaro foi alertado sobre investidas anormais para agilizar pagamentos do contrato, com direito a ligações insistentes para servidores do Ministério da Saúde, Bolsonaro teria atribuído a origem das pressões a Ricardo Barros. O presidente da República nunca desmentiu Miranda.

A secretária da Saúde em exercício Tereza Paim
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A secretária da Saúde da Bahia em exercício, Tereza Paim, anunciou nesta sexta-feira (17) que a Bahia vai retomar a vacinação de adolescentes sem comorbidades contra covid-19, conforme posicionamento firmado hoje pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que reúne representantes do estado e de todos os municípios baianos.

A decisão da CIB contraria o Ministério da Saúde. Na última quarta-feira (15), a pasta recomendou a suspensão do atendimento desse público. O ministro Marcelo Queiroga disse que o governo federal tomou a iniciativa para avaliar os casos de reações adversas.

Ao anunciar a posição da CIB, Tereza Paim destacou que a medida tem o respaldo técnico da Sociedade Baiana de Infectologia, da Sociedade Brasileira de Infectologia e da Vigilância Epidemiológica do Estado.

Além disso, o uso da vacina da Pfizer em adolescentes de 12 a 17 anos foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Autoridades sanitárias de diversos países também autorizaram a imunização de menores de 18 anos. Nos Estados Unidos, a Pfizer pediu autorização para que seu imunizante seja usado em crianças de 6 meses a 5 anos.

Suspensão da vacina para adolescentes sadios segue recomendação do Ministério da Saúde
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A Secretaria Municipal de Saúde de Itabuna suspendeu a vacinação contra covid-19 de adolescentes sem comorbidades, a partir desta quinta-feira (16), após recomendação do Ministério da Saúde para todos os estados e municípios brasileiros.

Na justificativa da recomendação, publicada ontem (15), o Ministério da Saúde não cita o posicionamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a vacinação desse público. No último mês de junho, o órgão autorizou o uso da vacina da Pfizer em adolescentes com 12 anos ou mais.

A pasta alega que a Organização Mundial da Saúde não recomendou a imunização de adolescentes sadios.

O que a Nota Informativa do Ministério não menciona é que a OMS também não se posicionou contra a vacinação de menores de 18 anos. O organismo internacional apenas recomenda que faixas etárias maiores e pessoas com a saúde debilitada tenham prioridade em relação a crianças e adolescentes saudáveis.

MPT exige vacina para acesso às suas unidades
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Nesta quarta-feira (25), o Ministério da Saúde anunciou que o Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19 destinará, a partir de setembro, a 3ª dose de vacina para idosos acima de 70 anos vacinados há 6 meses. A dose de reforço também será aplicada em todos os indivíduos com o sistema imunológico debilitado, no prazo de 28 dias após a 2ª dose.

O reforço da imunização deverá ser feito, preferencialmente, com uma dose da Pfizer ou, de maneira alternativa, com a Janssen ou AstraZeneca.

O PNI também reduziu o intervalo entre as doses da Pfizer e AstraZeneca de 12 para 8 semanas.

As decisões foram tomadas na noite desta segunda-feira (14), em reunião do Ministério da saúde com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass),o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e a Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (Cetai).

Governador Rui Costa estará em Camacan, no sul da Bahia
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O governador Rui Costa (PT) disse que o Ministério da Saúde enviou à Bahia 900 mil doses a menos de vacinas contra a Covid-19 do que deveria, conforme a regra da distribuição proporcional das doses segundo o tamanho da população de cada estado. Ele comentou o caso na tarde desta segunda-feira (16), em entrevista a emissoras de rádio da região de Barreiras, no oeste do estado.

Para Rui, trata-se de uma grande injustiça com a Bahia. “Eu diria até de uma grande perseguição”, acusou.

Ele prometeu recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso o Ministério da Saúde não reponha os lotes enviados a menor para a Bahia. “Se não for resolvido essa semana, nós ingressaremos no STF com uma ação, cobrando a imediata reposição e correção dessa perseguição, porque o povo baiano não merece ser tratado dessa forma e precisa receber a mesma quantidade de vacina, proporcional à sua população, que outros estados estão recebendo”, afirmou.

Com as 283.190 doses de vacinas que chegarão ao estado na tarde desta segunda-feira, a Bahia chegará ao total de 13.577.758 doses recebidas.

SEM DATA PARA VOLTA DOS TORCEDORES AOS ESTÁDIOS

Perguntado sobre a liberação da presença de torcedores nos estádios de futebol durante a pandemia de Covid-19, o governador disse que não há perspectiva de data para que isso aconteça.

Ministro Marcelo Queiroga anuncia atualização de recomendações da pasta sobre a aplicação de vacinas contra a Covid-19 em gestantes e puérperas
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Após reincluir grávidas e puérperas (mulheres no período pós-parto, de 45 dias) entre os grupos prioritários para receber a vacina contra a covid-19, o Ministério da Saúde alertou, hoje (8), que isso deve ser feito com os imunizantes da Pfizer (ComiRNAty) ou da Sinovac/Butantan (CoronaVac e ButanVac).

“Os imunizantes que podem ser utilizados em mulheres grávidas são os da Pfizer e da Coronavac. AstraZeneca e Janssen não”, declarou o ministro, Marcelo Queiroga, esta manhã.

A exceção à recomendação ministerial é para as grávidas e puérperas que já tenham recebido uma primeira dose da vacina da AstraZeneca. Nestes casos, o ciclo vacinal deve ser completado com a aplicação da segunda dose com o imunizante do mesmo fabricante.

“Para as grávidas que tomaram a AstraZeneca, a orientação é a mesma: que após o puerpério seja feita a imunização com a mesma vacina e, com isso, completada a imunização”, disse o ministro, assegurando que, nestes casos, a vigilância sanitária será reforçada de forma a “monitorar a possibilidade de eventos tardios que, embora raros, podem acontecer.”

O ministério já tinha incluído grávidas e puérperas no Programa Nacional de Vacinação (PNI) no fim de abril deste ano, mas, em maio, a pasta recomendou a suspensão temporária da vacinação de gestantes sem comorbidades depois da morte de uma mulher que havia recebido uma dose da AstraZeneca, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o ministério anunciou que acompanharia todas as gestantes que já tinham sido vacinadas a fim de verificar as reações aos imunizantes.

“Após a análise dos dados e do debate amplo com especialistas, houve o entendimento de se voltar a vacina nas gestantes sem comorbidade”, afirmou Queiroga, hoje.

De acordo com o ministro, a decisão de retomar a vacinação de grávidas e puérperas levou em conta o elevado índice de mortalidade entre este grupo de mulheres, bem superior que o do restante da população, conforme assinalou o secretário nacional de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, sustentando os riscos de eventuais reações adversas superam os benefícios já comprovados das vacinas.

“Temos que pesar o risco benefício. Principalmente com a nova variante, a epidemia da covid-19 afetou as grávidas. Tanto que a letalidade [da doença] entre elas está em torno de 10%, enquanto entre a população geral é menor que 2%. Portanto, ao avaliarmos o custo benefício [de aplicar o imunizante], não há nenhuma discussão: é muito favorável o uso das vacinas nas grávidas de forma geral”, disse o secretário.

INTERCAMBIALIDADE

O ministério desautorizou a combinação de vacinas, a chamada intercambialidade – estratégia já adotada por alguns municípios, que, em alguns casos, aplicaram a primeira dose de uma vacina para, em seguida, utilizar, na mesma pessoa, o imunizante de outro fabricante. Segundo Queiroga, ainda não há nenhuma comprovação médico-científica que valide a prática da intercambialidade, que não é recomendada em nenhum caso.

“Estudos de intercambialidade estão sendo realizados, mas ainda não são suficientes para tomarmos decisões como estratégias de saúde pública. Na hora que houver mais estudos, aí sim os especialistas vão se manifestar no [âmbito] do Programa Nacional de Imunização, apoiado pela câmara técnica”, disse o ministro ao fazer um alerta para os secretários de saúde de estados e municípios que, porventura, tenham adotado a combinação de vacinas.

“Os secretários estaduais e municipais de Saúde que, por acaso, queiram modificar as orientações do PNI não devem fazê-lo por conta própria. Devem fazê-lo após aprovação do grupo intergestor do PNI, apoiado pela Câmara Técnica. Claro que eles têm sua autonomia, mas não para mudar o cerne do que foi discutido na política tripartite”, disse Queiroga.

“Se é uma questão operacional do município, o secretário tem autonomia plena, mas não pode ficar criando esquemas vacinais diferentes, de maneira discricionária, sem ouvir ao PNI. A melhor maneira de termos eficiência na nossa política de vacinação é a discussão ampla, com o apoio dos especialistas”, acrescentou o ministro. Informações da Agência Brasil.

Roberto Dias foi detido no Senado pela Polícia Legislativa || Foto Pedro Ladeira/Folhapress
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O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid, ordenou a detenção do ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, acusado de mentir no depoimento aos senadores. Após a ordem, o parlamentar encerrou a sessão desta quarta-feira (7).

Segundo Aziz, Roberto Dias mentiu em diversos momentos. Por isso, o presidente  determinou que a Polícia Legislativa detivesse o ex-diretor.

“Ele vai ser recolhido agora pela polícia do Senado. Ele está mentindo desde a manhã, dei chance para ele o tempo todo. Pedi por favor, pedi várias vezes. E tem coisas que não dá para… os áudio que nós temos do Dominghetti são claros”, afirmou Aziz.

A fala do senador fez referência às informações obtidas com a quebra do sigilo telemático do PM mineiro Luiz Dominguetti, que depôs à CPI na última sexta-feira (2), após acusar Roberto Dias de cobrar propina de US$ 1 por cada dose de vacina negociada pelo Ministério da Saúde com a empresa norte-americana Davati.

Zé Cocá faz alerta para riscos de aglomeração e cobra vacinas do governo federal
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O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Zé Cocá, faz um alerta sobre o risco de aglomeração nos municípios durante o período dos festejos juninos. Segundo o gestor, que também é prefeito de Jequié, os prefeitos pretendem reforçar a fiscalização nas cidades, mas a população precisa ter a consciência de não se aglomerar, sob o risco de haver colapso nos leitos de UTI.

“A gente viu um boom de casos logo após a Semana Santa, quando as famílias se reuniram, e o São João é preocupante. Se a população não tiver consciência, não tem órgão fiscalizador que conseguirá conter a situação. É momento de manter o distanciamento, não aglomerar, para que a gente não tenha uma terceira onda com muito mais força. Os leitos de UTI estão com ocupação oscilando em 80% e se tivermos um aumento drástico agora corremos sérios riscos de ter um colapso na rede de saúde do estado da Bahia”, recomendou o gestor.

Zé Cocá falou ainda da expectativa sobre a vacinação e disse que é preciso cobrar da União a compra de vacinas. Ele afirmou que o sistema de saúde tem registrado o aumento de internações da população na faixa etária de 30 a 40 anos e que é preciso ampliar a vacinação para conter a transmissão do coronavírus. “Quando chegarmos aos 30 anos, que é a população mais ativa, imagino que a gente tenha uma queda. Mas precisamos pressionar o governo federal para aquisição de mais vacinas. O que vai resolver nosso problema é a vacinação”, reforçou.

Vice-presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Belo Campo, José Henrique Tigre (Quinho)
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O gargalo do financiamento de leitos de tratamento da Covid-19 na Bahia foi tema da 19º Reunião da Comissão Intergestores Bipartite da Bahia (CIB), ocorrida nesta quinta-feira (10), na qual foi discutido o aumento da demanda nos municípios baianos por atendimento de pessoas infectadas pelo coronavírus.

De acordo com prefeitos e secretários municipais de saúde, o recurso encaminhado pelo governo federal para a manutenção de leitos não tem correspondido com o crescimento da demanda por atendimento. Nesta quarta-feira (9), a Bahia registrou em 24 horas o segundo maior número de novos casos da Covid-19, desde o início da pandemia. Foram 6.733 pessoas infectadas, conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab).

Para buscar uma solução, o vice-presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Belo Campo, José Henrique Tigre (Quinho), afirmou que a entidade mobilizará a bancada baiana de deputados e senadores e a Confederação Nacional de Municípios (CNM) para agendar uma reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Quinho explica que a situação é gravíssima.

– A população entende que foram repassados milhões aos municípios, mas uma caixa de luvas que custava R$ 17,00 antes da covid, hoje custa R$ 110,00. O município não tem como arcar com essa situação. O problema da covid em nosso país não é só do prefeito, do secretário, do governo estadual ou federal, mas de todos nós gestores. Não podemos deixar o munícipe morrer à míngua”, explicou o prefeito.

VITÓRIA DA CONQUISTA

Municípios da macrorregião de Vitória da Conquista já enfrentam dificuldades em regular pacientes para leitos de tratamento da covid. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, há seis meses o Estado da Bahia não recebe recurso novo, além do já pactuado, e é inviável ampliar o número de leitos sob responsabilidade da Sesab. Diante da questão, a CIB deliberou que será realizada uma reunião de emergência para discutir a situação da região Sudoeste, com prefeitos, a UPB e a Sesab, com o objetivo de debater a estrutura de financiamento dos municípios que compõem a macrorregião.

Na Bahia, atualmente, 19 municípios aguardam habilitação de leitos para tratamento da covid, junto ao Ministério da Saúde, e outros 14 manifestaram interesse em obter novos leitos. A presidente do Conselho Estadual de Secretários Municipais da Saúde (Cosems-BA), Stela Souza, acrescentou que “proporcionalmente, todos estão sofrendo” com a falta de recurso, seja município pequeno ou de macrorregião. Segundo Stella, o Cosems da Bahia tem acompanhado atentamente a situação, mas o financiamento da saúde sofre com a falta de investimento em diversas áreas, inclusive, com perda de recursos na atenção básica.

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O Ministério da Saúde começa a distribuir a partir desta segunda-feira (10) mais um lote com 1,12 milhão de doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech. As doses são destinadas para a primeira aplicação em pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas e pessoas com deficiência permanente.

Segundo o ministério, todos os estados e o Distrito Federal receberão o imunizante de forma proporcional e igualitária. Na semana passada, o governo distribuiu o primeiro lote de vacinas da Pfizer com 1 milhão de doses.

De acordo com a pasta, a logística de distribuição das vacinas da Pfizer foi montada levando em conta as condições de armazenamento do imunizante. No Centro de Distribuição do ministério, em Guarulhos, as doses ficam armazenadas a uma temperatura de -90°C a -60°C.

Ao serem enviadas aos estados, as vacinas estarão expostas à temperatura de -20°C. Nas salas de vacinação, onde a refrigeração é de +2 a +8°C, as doses precisam ser aplicadas em até cinco dias.

“Em função disso, o Ministério da Saúde orienta que, neste momento, a vacinação com o imunizante da Pfizer seja realizada apenas em unidades de saúde das 27 capitais brasileiras, de forma a evitar prejuízos na vacinação e garantir a aplicação da primeira e segunda doses com intervalo de 12 semanas entre uma e outra”, informou o ministério.

A vacinação contra a covid-19 começou no país no dia 18 de janeiro. Até o momento, contando com esse novo lote, foram destinadas a todas as unidades da Federação aproximadamente 75,4 milhões de doses de imunizantes.

Vacina nacional da Fiocruz só no segundo semestre
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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve começar a fabricar a vacina da Oxford/AstraZeneca contra a covid-19 com o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) produzido no Brasil no dia 15 de maio. A previsão foi feita pelo vice-presidente da instituição, Mario Moreira.

De acordo com o dirigente, a fundação está em condições de produzir e obteve a certificação de boas práticas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda há procedimentos de avaliação a serem realizados, além do processo do registro definitivo do imunizante.

“Vamos ter que produzir lotes de validação acertados com procedimentos internacionais e a partir daí a gente já começa a produzir em escala industrial. Os testes deverão aguardar o registro definitivo da Anvisa. A expectativa é que em outubro tenhamos a liberação para entregar estes lotes produzidos de maio em diante”, disse Moreira.

A produção com o IFA nacional é resultado de um acordo de transferência de tecnologia entre a Fiocruz e o consórcio formado pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. Até o momento as doses produzidas dependem de IFA importado da China.

FALTA DE MATÉRIA-PRIMA

A lentidão no envio dessas substâncias tem dificultado o andamento da imunização no Brasil. Na entrevista coletiva, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, foi perguntado sobre as ações para acelerar a liberação dos IFAs pela China diante do quadro da previsão do Instituto Butantan de cessar a produção da Coronavac na semana que vem pela falta da matéria-prima, anunciada pelo diretor da instituição, Dimas Covas.

Contudo, Cruz acrescentou que o Ministério da Saúde não tem ainda informações do governo chinês quanto ao envio de IFAs.

BALANÇO

O secretário executivo apresentou um balanço das vacinas contra a covid-19 adquiridas. Até o momento, haveriam 532,5 milhões de doses contratadas. Perguntado por jornalistas se todo este montante já teria garantia em contrato, Cruz respondeu que esse quantitativo estaria “pactuado”.

“Não dá para falar que vacina não está contratada. Ela está formalizada. Não há chance de não receber essas doses conforme previsão contratual. Existem doses que são contratadas diretamente pelo governo e outras que são entregues pela Fiocruz”, colocou.

De acordo com a previsão do governo federal, ainda há 20 milhões de doses da indiana Covaxin e mais 10 milhões da russa Sputnik V, mas os dois imunizantes tiveram as importações negadas pela Anvisa. No caso do imunizante russo, a direção da Anvisa afirmou que da forma como ele foi desenvolvido seria impossível a aprovação. Da Agência Brasil.

Queiroga depõe na CPI da Pandemia nesta quinta || Foto Marcello Casal Jr/ABr
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Após os depoimentos dos dois primeiros ministros da Saúde do governo do presidente Jair Bolsonaro, a CPI da Pandemia recebe nesta quinta-feira (6) o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, às 10h, e o diretor-presidente da Agência de Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, às 14h.

Marcelo Queiroga está à frente do Ministério da Saúde desde 23 de março deste ano. O médico cardiologista assumiu o cargo com o desafio de chefiar a pasta no pior momento da pandemia no país, quando se somavam cerca de 300 mil mortes no Brasil.

O ministro é fortemente cobrado pela vacinação em massa da população. Há poucos dias, em 26 de abril, Queiroga participou de audiência pública da Comissão Temporária da Covid-19 (CTCOVID19).

À época, Queiroga afirmou que o governo não reduziu suas metas iniciais de imunização, apenas retirou do cronograma vacinas que ainda não foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como a indiana Covaxin, que inicialmente teria previsão de 20 milhões de doses em calendário do Ministério da Saúde.

Quatro requerimentos de convocação, de autoria do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), do vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Eduardo Girão foram aprovados pelo colegiado para o testemunho do atual titular da Saúde.

TRAGÉDIA

Para Randolfe, a constante troca de ministros da Saúde em meio à pandemia é, por si só, um enorme problema para a gestão do ministério. “Só foi possível chegar a essa situação catastrófica por conta dos inúmeros e sucessivos erros e omissões do governo no enfrentamento da pandemia da covid-19 no Brasil. O senhor Marcelo Queiroga pode ajudar esta comissão parlamentar de inquérito a elucidar se o Brasil segue no mesmo caminho de erros nesta tragédia que vivemos”, expôs o parlamentar em entrevista à Agência Senado.

Marcone cobra do Ministério da saúde profissionais para a rede básica
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Preocupado com a perda de profissionais do programa Mais Médicos em todo o país, o presidente da Amurc e prefeito de Itajuípe, Marcone Amaral (PSD), disse que a entidade fará levantamento de dados dos municípios que estão necessitando da reposição de profissionais que atuam na saúde básica. No sul, extremo-sul e sudoeste da Bahia, essa realidade tem afetado grande parte dos municípios, segundo Marcone.

A solução para o déficit, sugere Marcone, seria a contratação de novos profissionais, ação que deve partir do Ministério da Saúde. “Nesse sentido, a Amurc está protocolando um pedido, com o apoio da UPB e da CNM, solicitando do Governo Federal a reposição desses profissionais, a partir do envio das demandas municipais e suas deficiências”.

O Programa Mais Médicos foi criado pelo Governo Federal, em 2013, em parceria com os municípios. A intenção foi melhorar o atendimento no SUS e ampliar o acesso dos médicos a diversas regiões onde há escassez de profissionais de saúde. O programa sofreu boicote federal em 2019. Um novo edital para 2021 foi lançado. O Ministério da Saúde aguarda informações dos municípios.

Vacina Pfizer começa ser distribuída em maio
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O Ministério da Saúde anunciou, na quinta-feira (22), que enviará a estados e municípios 1 milhão de doses da vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 no mês de maio. Serão distribuídas inicialmente 500 mil doses no início do mês para a primeira dose. Uma semana depois, será encaminhada nova remessa com mais 500 mil doses.

Semana passada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, divulgou que a Pfizer adiantará a entrega de 2 milhões de doses do imunizante para o Brasil no primeiro semestre. O governo brasileiro tem um contrato com a farmacêutica para a entrega de 100 milhões de doses até o final de 2021. Segundo Queiroga, estão garantidas 15,5 milhões de doses da vacina da Pfizer para os meses de abril, maio e junho.

A orientação do Ministério da Saúde é que as secretarias estaduais de saúde priorizem cidades com câmaras refrigeradas. Isso porque a vacina da Pfizer/BioNTech demanda temperaturas especiais de armazenamento.

Em condições normais, ela deve ser guardada em um ambiente de -90º à -60º. A Anvisa permitiu uma flexibilização desse patamar, autorizando de – 25º à -15º. Contudo, essa condição só pode ocorrer por até 14 dias.

Uma vez retiradas dos refrigeradores e colocadas na rede de frio nacional, cuja conservação é de temperaturas de 2 graus Celsius a 8 graus Celsius, as equipes de saúde têm até cinco dias para fazer a aplicação sem risco de prejudicar a eficácia do imunizante. AB.

Sesab critica nota em que Ministério da Saúde recomenda uso de vacinas reservadas para 2ª dose de imunização em pacientes que não receberam a primeira
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A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) anunciou que recebeu com surpresa a divulgação, nesse domingo (21), pela área de Comunicação Social do Ministério da Saúde, de nota à imprensa que contraria o acordo firmado em reunião técnica com estados e municípios, realizada em 19 de março, e o próprio Informe Técnico encaminhado na mesma data pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS).

De acordo com a Sesab, a orientação correta a ser observada é a de que somente as vacinas Coronavac/Butantan entregues nos dias 17 e 20 de março (8ª e 9ª pautas de distribuição) devem ser integralmente utilizadas como primeira dose, conforme acordado.

A Sesab reitera que não é possível a utilização de todo o estoque existente, pois as doses distribuídas em etapas anteriores já estão sendo utilizadas como segunda dose, garantindo a imunização em 28 dias, conforme previsto no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, pela fabricante da vacina e na autorização emergencial da Anvisa para utilização da Coronavac.