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As pastilhas de freio são peças que trabalham em “parceria” com os discos de freio, e esses têm a função de diminuir a velocidade ou parar um veículo. A atenção principal deverá ser voltada às pastilhas. Os condutores e/ou proprietários de carros devem ter maior perícia sobre essas peças até mais que os próprios mecânicos nas respectivas manutenções, pois elas são itens de desgaste de uso. Ou seja, se você não usa, elas não acabam.

As pastilhas de freio são feitas de resinas, fibras sintéticas e partículas metálicas. Elas se desgastam de acordo à fricção aplicada aos discos – e o seu volume material vai diminuindo.

Abaixo veja a ilustração de uma pastilha nova e uma usada até o fim de sua vida útil:

Pastilhas novas, acima, e em ponto de substituição, abaixo || Foto MixAut

Quando a pastilha chega ao seu ponto de troca, o atrito com os discos apresenta um som “anormal” é perceptível para qualquer pessoa, bastando conhecer o som “tradicional” da frenagem do seu veículo. É importante que se faça a troca imediata para que não gerem ranhuras excessivas nos discos, e tenha que trocá-los também, pois, quando trocadas as pastilhas corretamente, os discos têm prolongamento em sua vida útil.

Em alguns carros, a exemplo do Chevrolet Ônix, as pastilhas vêm com um pino de aço que irá apontar em direção ao disco. À medida em que ela perde volume, esse pino vai ficando mais próximo dos discos, até que ambos cheguem ao ponto de se tocar. Esse encontro fará um barulho “ensurdecedor”. E aí, até criança de colo vai te avisar que chegou a hora de substituir esse componente.

Mas qual a quilometragem indicada para efetuar a troca das pastilhas?

Não existe quilometragem correta para efetuar a troca. Tudo depende do quanto os freios são usados.

Em carros equipados com câmbio automático, as pastilhas tendem a durar menos do que em carros com câmbio manual, pois as pastilhas sofrem atrito tanto na saída quanto na frenagem/parada. Mas, retifico, as pastilhas se desgastam de acordo ao uso e a sua durabilidade depende de motorista para motorista.

Caso você não tenha segurança sobre o estado atual das pastilhas de freio do seu carro, leve-o até um mecânico, para que ele lhe dê uma noção aproximada da durabilidade, avaliando o seu tipo de rodagem e sua média de quilometragem por período. Eu indico aos meus clientes que seja feita uma verificação a cada 15 mil ou 20 mil km rodados. Dessa forma, você terá sempre a segurança de que está rodando com um conjunto de freio apto e eficiente e, também, haverá a prevenção de gastos financeiros desnecessários.

É importante salientar que o interessante é sempre fazer o uso de peças de marcas originais, pois, além de ter maior custo/benefício, por aumentar a vida útil, e o item se agregar ao sistema de frenagem com perfeição, você estará investindo em maior segurança para você e sua família.

Ícaro Mota é consultor automotivo e diretor da I´CAR. A coluna é publicada às sextas-feiras.

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O óleo lubrificante tem funções específicas dentro de um motor, além de ser um item fundamental na longevidade de um propulsor, ele também carrega alguns mitos que precisamos evitar a disseminação.

AS QUATRO FUNÇÕES DO ÓLEO

LUBRIFICAÇÃO

Essa é a função primária. Por ação de trabalho, duas superfícies sólidas em movimento, uma contra a outra, sofrerão desgaste. Mas, com o uso do lubrificante adequado, ele se transforma numa película fina, e por meio dela há uma redução desse atrito. Isso faz com que os componentes durem por mais tempo.

REFRIGERAÇÃO

Nos motores a combustão interna, há o aquecimento das peças, e estas, em contato com o óleo, também aumentam a sua temperatura. Porém, ao passar pelo sistema de arrefecimento dele, ajuda a refrigerar e manter a temperatura dentro do propulsor.

LIMPEZA

As peças que estão em atrito geram partículas microscópicas, e estas são suspensas através do lubrificante, evitando que se acumulem na “zona de trabalho”. 

VEDAÇÃO

Pelo fato de o óleo ocupar o seu espaço dentro de um propulsor, ele acaba por evitar que entre sujeira. Então, ele se torna uma vedação.

O óleo precisa ser trocado periodicamente, de acordo com as recomendações do fabricante de cada veículo. Ao longo do tempo e do seu uso, ele vai perdendo a sua viscosidade e aderência com o calor do motor, tornando-o ineficiente.

Cada fabricante de veículo possui uma recomendação quanto ao tempo e/ou quilometragem para efetuar a troca e qual o tipo de óleo deve ser utilizado. Também há indicação da troca do filtro junto ao lubrificante. É ideal trocar sempre juntos para obter a melhor qualidade do óleo circulando no propulsor.

Um motor com falta de lubrificante ou com baixa viscosidade causa maior atrito, ocasionando o desgaste e até mesmo o seu travamento.

Um mito muito comum é que, com o passar do tempo, o carro vai colecionando “anos de vida”, e os vendedores de autopeças, mecânicos e os próprios donos de veículos queiram trocar o tipo de lubrificante recomendado pelo fabricante do motor. E isso está completamente errado.

Todo lubrificante tem a sua especificidade e variação de viscosidade – esta última é vista na própria embalagem do óleo. Por exemplo: 0w-20, 5w-30 e 20w-50. O primeiro número é a referência da viscosidade do lubrificante no momento da partida do motor, e o segundo, é a representação durante o funcionamento.

Quanto menor for a viscosidade, significa que há maior fluidez. Ou seja, o óleo percorre todo o sistema mais rapidamente – e isso dá maior vida útil. Mas não pense que, por isso, você deverá colocar um lubrificante menos viscoso no seu carro. Lembre-se que deverá ser colocado o indicado de fábrica, e esta informação constará no manual do seu veículo, e também, poderá ser solicitado na concessionária, através do número de chassi.

O lubrificante, enquanto na embalagem, não tem validade. Porém, ao ser colocado no motor, ele entra em contato com agentes contaminantes, e isso faz com que ele passe a valer por 6 meses. Então, o correto é trocá-lo ao atingir o km de uso recomendado pela fábrica ou ao atingir os 180 dias.

Fique sempre atento às revisões periódicas. Isso trará benefícios para o seu bolso – e, principalmente, para o seu veículo.

Ícaro Mota é consultor automotivo e diretor da I´CAR. A coluna é publicada às sextas-feiras.

Um tiro no pé da Ford e do consumidor que opta por veículos com câmbio Powershift || Foto Reprodução
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A Ford lançou no mercado brasileiro, em 2012, New Fiesta, Ecosport e Focus equipados com o câmbio (automatizado) Powershift (DPS6). Uma transmissão que prometia trocas rápidas, suaves e economia de embreagem, uma para as marchas ímpares e outra para as pares. Enquanto uma estava “trabalhando”, a outra (anterior ou posterior) já estava à espera para entrar em ação.

Logo passou a fase da bonança e começaram os problemas. Trepidação na saída, perda de potência, ruídos, apagões, super aquecimento do câmbio e pane seca (travamento).

No Brasil, a Ford somente se responsabilizou em 2016, após notificação do Procon-SP. Daí deu início aos reparos. Foi constatado, na época, uma contaminação por falha de vedação – um fluído de transmissão estava passando para uma parte seca da caixa. Houve reparação.

A fábrica (Estados Unidos) garantia ter resolvido a situação e ampliou a garantia de 3 para 5 anos ou 160.000 Km. Porém, continuaram os mesmos problemas. Então, a Ford decidiu ampliar a garantia para 10 anos ou 240.000 Km. Mas isso lhe conferiu uma nomenclatura popular. E o câmbio ganhou um trocadilho. Foi “carinhosamente” apelidado pelos norte-americanos de power “shit” (merda).

A Ford teve custos bilionários em procedimento de garantia, atingido a faixa dos 3 bilhões de dólares, além de ter que pagar indenizações aos proprietários, passando a cifra dos 35 milhões de dólares.

Fizeram estudos e análises sobre esses problemas, e constataram que a falha na vedação acarretava na oxidação de garfos e rolamentos, causando o travamento da embreagem, além dos atuadores, que são muito sensíveis à umidade, ficarem muito expostos.

A Ford, apesar disso, insistiu no câmbio até 2019 no Focus. E adotou o CVT somente no Ecosport a partir de 2018. Pela fama de power shit, esses carros perderam bastante mercado, e sua desvalorização só aumentou, além de conferir uma enorme dificuldade de venda, pois o custo de reparo é muito alto e pode chegar facilmente à casa dos R$ 10 mil. Por isso, tanto a Ford quanto o consumidor que adquira um carro com este câmbio atira no próprio pé.

Ícaro Mota é consultor automotivo e diretor da I´Car. A coluna é publicada às sextas-feiras.

Novo Hyundai Creta tem design polêmico, mas colunista não fica no muro e opina
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O novo Hyundai Creta, lançado no último semestre de 2021, tem visual bastante polêmico. Sua beleza é considerada “8 ou 80”. Agrada ou desagrada! Não existe meio termo.

Muitos o acham lindo, tem design futurista, representado por suas linhas externas, grade alongada na parte frontal, faróis e lanternas redesenhadas com aspecto singular, se comparado a todos os carros encontrados no mercado. Por outro lado, são esses mesmos aspectos que desagradam a muitas outras pessoas.

O que não se pode negar é que o seu visual desperta olhares por onde ele passa.

Será esse o “patinho feio” que figura em nossas lembranças de infância?

Um carro muito feio que se tornará lindo?

Ou já chega com status de “Príncipe Encantado montado em seu alazão”?

Pois, bem. Vamos falar sobre os respectivos modelos, motorização e preços atuais. Na concessionária Hyundai de Itabuna, o Creta é comercializado em 4 versões.

Inicialmente, falemos de valores das versões Comfort, Limited, Platinum 1.0 TGDI 12V Flex automático de 6 marchas, com 120 cavalos. Os respectivos modelos estão à venda por R$ 114.990,00, R$ 129.490,00 e R$ 145.990,00, respectivamente.

Já a versão topo de linha, garoto-propaganda, é o Creta Ultimate 2.0 16V Flex, automático de 6 marchas, que gera 167 cavalos. Sai por R$ 161.990,00. Todos os valores estão atualizados para janeiro de 2022.

Os detalhes da parte traseira do novo Hyundai Creta 2022

O Creta Ultimate conta com faróis e luzes diurnas (DLR) em LEd, spoiler traseiro, teto solar panorâmico, interior com acabamento premium, banco do motorista com ventilação, saídas de ar para os passageiros traseiros, sensores de estacionamento traseiro e frontal, painel digital colorido supervision cluster de 7¨ e carregador de smartphones por indução.

A versão Ultimate conta ainda com ar-condicionado digital, chave presencial smart key com telecomando de travamento para todas as portas, partida start-stop, freio de estacionamento eletrônico com auto hold, volante com comandos multifuncional, som bluenav touch screen com GPS integrado, comando de voz para diversas funcionalidades, como ar-condicionado, vidros e ventilação dos bancos.

Quanto ao item segurança, ele conta com sistema smart sense, câmeras que permitem visão 360º do carro, frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixas, controle de velocidade adaptativo, detector de fadiga, alerta de presença no banco traseiro, farol alto adaptativo, seis airbags e controle de tração e estabilidade.

Seleção de modo de condução: smart, eco, normal e sport.

Hoje, no mercado de SUV compacto, o Creta se destaca, bastante, pela imponência e – principalmente – pela tecnologia embarcada. Eu, particularmente, acho um carro lindo. Creio que o seu design seja tendência e ele figurará com excelência pioneira.

E você, o que acha do novo Creta?

Ícaro Mota é consultor automotivo e diretor da I´Car. A coluna é publicada às sextas-feiras.

Por que é importante contratar um consultor automotivo?
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O sonho de comprar um carro está internalizado na maioria das pessoas desde criança. Quando finalmente chega o dia da realização, é comum à hora da compra haver muitas dúvidas e incertezas, pois existem várias marcas e diversos modelos de veículos. E a primeira questão é qual comprar?

Mas essa não é nem a pior das situações, porque, após ter respondido a esta simples pergunta, vêm as demais, caso seja seminovo, usado: Já foi batido? Tem repintura? As revisões foram feitas em dia? Tem passagem por leilão? O motor está bom? Qual o consumo de combustível? Qual o preço do seguro? Qual o preço da manutenção?

A essas perguntas, somam-se outras: Tem boa revenda? Acho peça com facilidade? Tem mecânico que “mexe” aqui na cidade? Quanto gasto para transferir? Tem multa? Está emplacado? Os pneus estão bons? A parte elétrica está boa? Será que a quilometragem foi adulterada? A lataria está boa? Por baixo do carro tem ferrugem?  A suspensão precisa ser “feita”?

São muitas questões.

Talvez você ainda não tenha passado por isso ou nunca se deu conta de quantos problemas podem surgir num veículo. A pior situação é não ter sido atento na hora da compra. E o sonho acaba virando um pesadelo. Você passa dias e mais dias “andando” em oficinas. E, por isso, torna-se íntimo de mecânicos e vendedores de autopeças. Aí começam as desculpas, que não são poucas: eu não entendo nada de carro! Me venderam uma bomba! Ou, eu não tinha ninguém para olhar comigo!

Muitos procuram somente os mecânicos, mas o máximo que estes profissionais conseguem te falar é sobre o motor, suspensão… Não lhe dão a precisão de um scanner automotivo sobre os componentes elétricos de funcionamento. Não podem te alertar a respeito de um histórico ruim desse veículo, analisar a estrutura da carroceria comprometida, dentre muitas outras situações.

Quero te alertar sobre a existência do consultor automotivo, que são pessoas preparadas para desmistificar muitas questões sobre a diversidade de carros, os problemas recorrentes que incidem sobre cada um, fazer análise técnica sobre a sua escolha, fazendo até com que o comprador mude de opinião e opção em algumas situações.

O comprador faz um investimento irrisório tendo a certeza de que estará fazendo uma ótima compra e estará se livrando de gastos excessivos que superam, facilmente, investimento feito no profissional.

Nas minhas consultorias existem diversas etapas e cada situação e veículos são tratados de forma distinta no que diz respeito à necessidade de cada carro e à necessidade do cliente.

É muito importante entender que por trás da compra tem a problemática. O consultor está preparado para ajudar a tornar o seu sonho uma realidade e não um pesadelo.

Ícaro Mota é consultor automotivo. A coluna é publicada às sextas-feiras.

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marco wense1Marco Wense

 

A escolha deve ser feita com muito cuidado, sob pena de uma desagradável surpresa. Tem pretendente, por exemplo, que pode ter uma recaída pelo fernandismo.

 

Conforme anunciou o blog PIMENTA, a secretaria de Governo Maria Alice, fiel escudeira do prefeito Fernando Gomes, vai para o PSD do senador Otto Alencar.

A ida de Alice para o PSD se deu até mesmo por falta de opção, já que outros partidos da base aliada do governador Rui Costa (PT) foram descartados.

Não sei como será o relacionamento da secretaria com o prefeito ACM Neto. O alcaide soteropolitano sempre teve uma grande admiração pela “dama de ferro”.

Outro detalhe é que Alice vai para uma legenda que tem um bom relacionamento com Neto, adversário de Rui na disputa pelo Palácio de Ondina na eleição de 2018.

Como em política as nuvens de hoje podem ter outros formatos a qualquer momento, fica a hipótese, ainda que remotíssima, de se encontrarem em um mesmo palanque na sucessão estadual.

Agora, é encontrar alguém que possa substituir Maria Alice com a mesma disposição e vontade política inerentes a fernandista de carteirinha.

A escolha deve ser feita com muito cuidado, sob pena de uma desagradável surpresa. Tem pretendente, por exemplo, que pode ter uma recaída pelo fernandismo.

Todo cuidado é pouco. A política não costuma socorrer os que dormem e, muito menos, os ingênuos e incautos.

Marco Wense é editor d´O Busílis e articulista do Diário Bahia.

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Pimenta é associada a maior longevidade (Foto Reprodução).
Pimenta é associada a maior longevidade (Foto Reprodução).

Da BBC Brasil

Uma pesquisa realizada na China sugere que o consumo frequente de comida apimentada – especialmente a temperada com pimenta malagueta fresca – pode aumentar a longevidade. Pesquisadores examinaram a dieta de quase 500 mil pessoas na China durante sete anos e observaram que os que consumiam comida picante uma ou duas vezes por semana tinham uma redução de 10% no risco de morte na comparação com os que consumiam este tipo de refeição menos de uma vez por semana.

O risco foi reduzido ainda mais, em 14%, entre aqueles que consumiam comida picante entre três e sete dias por semana. Os cientistas notaram que o principal componente ativo da pimenta, a capsaicina, já tinha sido apontado como antioxidante e anti-inflamatório.

Os pesquisadores, da Academia Chinesa de Ciências Médicas, afirmaram que os dados são resultados apenas de observação e que ainda são necessários mais estudos. A pesquisa foi publicada na revista especializada BMJ.

O estudo envolveu pessoas entre as idades de 35 e 79 anos de dez regiões geográficas diferentes da China. Estas pessoas foram acompanhadas entre 2004 e 2008 relatando seu estado de saúde, consumo de bebidas alcoólicas, consumo de comida picante, principal fonte de consumo de pimenta (fresca ou seca, em molho ou em óleo) e também o consumo de carnes e verduras.

Cerca de sete anos depois, os pesquisadores voltaram a acompanhar estas pessoas e registraram 20.224 mortes. Os participantes com um histórico de doenças graves foram excluídos e fatores como idade, estado civil, educação, atividade física, histórico familiar e dieta em geral também foram levados em conta.

Os participantes do estudo foram questionados sobre o tipo de comida picante que consumiam e qual era a frequência. Pimenta malagueta, que está entre os ingredientes mais tradicionais da China, foi o tempero que mais apareceu entre as respostas.

Mais análises mostraram que os que consumiram a pimenta apresentavam uma tendência a menor risco de morte causada por câncer, diabetes, doenças respiratórias e doenças cardíacas isquêmicas.

Uma análise mais profunda revelou que a pimenta fresca tinha um efeito até mais forte na proteção contra estas doenças.

Segundo o autor do estudo, Lu Qi, professor associado da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Harvard, ainda são necessárias mais pesquisas para comprovar o efeito protetor da pimenta.

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Desde o último sábado (2), uma instabilidade no serviço de hospedagem da Locaweb está afetando o acesso e atualização do Pimenta. De acordo com a empresa, um problema em larga escala no banco de dados provoca a instabilidade, deixando este blog e vários sites nacionais fora do ar. A promessa é de que tudo seja solucionado ainda hoje. Por isso, pedimos desculpas aos leitores, colaboradores e anunciantes.

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Itabuna clicada ("de longe") pelas lentes do mestre José Nazal.
Itabuna clicada (“de longe”) pelas lentes do mestre José Nazal. Clique para ampliar.

José Nazal, um dos mestres da fotografia sul-baiana, nos presenteou com esta foto de Itabuna (“vista de longe”, brinca) neste mês de aniversário do Pimenta. O blog completa oito anos. Nós, daqui, agradecemos a homenagem e, ao mesmo tempo, a oportunidade de ter uma vista diferente, uma linda paisagem de Itabuna – que fica ainda mais bonita dando um clique na foto.

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Festival atraiu cerca de 30 mil pessoas em cinco dias (Foto Pimenta).
Festival atraiu cerca de 30 mil pessoas em cinco dias (Foto Pimenta).

Números divulgados hoje (12) pelo Sebrae revelam que o Festival Internacional do Cacau e Chocolate da Bahia movimentou R$ 3 milhões em cinco dias de evento. O festival atraiu cerca de 30 mil pessoas ao Centro de Convenções de Ilhéus.

Neste ano, o número de estandes de expositores saltou para 65. Segundo pesquisa de satisfação feita pelo Instituto Compasso, 99,6% dos participantes elogiaram a organização e estrutura do festival, “além da oferta de produtos e equipamentos para a agroindústria regional”.

Para a pesquisa, o Sebrae ouviu 504 visitantes do sul da Bahia, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Tocantins. Esta foi a quinta edição do festival.

Técnicos da EBDA em estande no festival (Foto Pimenta).
Técnicos da EBDA em estande no festival (Foto Pimenta).

No espaço da Feira dos Municípios, havia réplica de barcaça de cacau e expositores como a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola. O escritório regional em Ilhéus reuniu culturas do sul e baixo-sul do Estado e cerca de 40 técnicos da empresa puderam esclarecer dúvidas dos visitantes e mostrar novidades do setor agropecuário, observou o chefe do escritório local, Luciano Anunciação.

Para Eduardo Andrade, do Sebrae, este foi o ano que trouxe melhores resultados de comercialização para os empresários e produtores atendidos pelo Sebrae na Feira do Chocolate, espaço mais visitado da feira.

O evento, realizado pela MVU Eventos, em parceria com Governo Baiano e Sebrae, também teve apoio do PIMENTA. Além de expositores da cadeia produtiva do cacau, o evento teve apresentação de artistas locais e atrações como Saulo (ex-Banda Eva) e Sambô.

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COMO DEUS AMOU A JACÓ E ODIOU A ESAÚ?

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br

1Esaú e JacóA forma preposicionada do verbo amar, aqui referida há dias, possui uma exceção muito nobre, que não foi citada. É que o Livro Sagrado dos católicos (no qual se esperava o respeito à regra de amar a Deus) abriga, em Romanos 9:13, esta joia de tradução: “Amei a Jacó, e odiei a Esaú”, palavra de Deus. A expressão, incompatível com um ser de infinita bondade, incapaz de abrigar o ódio (segundo os que Nele creem e O explicam), suscitou variadas interpretações. Destaca-se entre elas a do respeitado teólogo John Murray, no livro Romanos, resumida a seguir.

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“Sem malícia, perversidade ou vingança”

Para o exegeta (nascido na Escócia, em 1898), não se pode dar a esse ódio divino as mesmas características do ódio exercido pelo homem mau. “No ódio de Deus não existe qualquer malícia, perversidade, vingança, rancor ou amargura profanos”, diz o estudioso. Ele acrescenta que “o tipo de ódio assim caracterizado é condenado nas Escrituras, e seria uma blasfêmia atribuí-lo ao próprio de Deus.” E assim vão os crentes tentando explicar as profundas contradições do seu livro-texto, nem sempre com êxito. Voltemos, então, ao verbo, sem intenção de trocadilho.

Noel: “Jurei nunca mais amar ninguém”

Se Cartola escreveu “Não quero mais amar a ninguém”, ferindo a regra, e Pixinguinha foi pelo mesmo caminho, com “Amar a uma só mulher/ deixando as outras todas”, há exemplos do emprego “certo” do verbo: Noel Rosa (na charge de Pedro Thiago) grafou “Jurei nunca mais amar ninguém” e Dora Lopes (na voz de Noite Ilustrada) quase repete o Poeta da Vila, com “Jurei não amar ninguém”. Na poesia, abramos ala para a lusitana Florbela Espanca, que cultua a forma “clássica”: “Eu quero amar, amar perdidamente!/ Amar só por amar: aqui… além…/ Mais este e aquele, o outro e toda a gente…/Amar!  Amar!  E não amar ninguém!”

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ESPUMA RAIVOSA CAINDO SOBRE A GRAVATA

Eu que (quem acompanha esta coluninha sabe) não sou chegado a tevê, recebi de uma gentil leitora a sugestão de dar uma olhada no comentário de Arnaldo Jabor (Jornal da Globo, 12 de junho). Encontrei a preciosidade nos arquivos do Google. Trata-se, todos sabem, de um cineasta (ou ex-cineasta) que se fez popular na última campanha presidencial, pelo uso que a direita faz do seu discurso raivoso. Desta vez, falando sobre as manifestações de rua, ele se superou. Juro a vocês que lhe vi a espuma a escorrer pela a gravata. Felicitando-me por ainda considerar a tevê uma “máquina de fazer doido”, anotei umas frases da fala do homem.
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“Revoltosos não valem nem 20 centavos”
Protesto passagem em Itabuna foto Pimenta www.pimenta.blog.brÓdio puro: “No fundo, tudo é uma imensa ignorância política, burrice misturada a um rancor sem rumo”. Falso desconhecimento: “Se vingam de quê?” Brincando de ser inteligente: “A causa deve ser a ausência de causa”. Em defesa do interesse da Globo: “Por que não lutam contra a PEC 37?” A face da direita: “Esses caras vivem no passado de uma ilusão. Eles são a caricatura violenta da caricatura de um socialismo dos anos 50, que a velha esquerda ainda defende aqui”. A explosão final: “Realmente, esses revoltosos classe média não valem nem 20 centavos”. Depois perguntam por que a Globo estava na lista dos protestos.

ENTRE PARÊNTESES, OU…

Pra não dizer que só falo de espinhos
Aos que me acusam de muito falar mal da mídia – alguns afirmam que caço erros, uma injusta inversão, pois são os erros que me perseguem – vai aqui o que pode ser uma surpresa: o signatário desta coluna é leitor de cabresto de um certo Ricardo Ribeiro, que no Pimenta publica, volta e meia, análises sobre o nosso conturbado viver quotidiano. O defeito do estilo de Ricardo está em não publicar com a frequência que eu gostaria. Ou não. Talvez essa falta de vocação para arroz de festa contribua para fazê-lo avis rara, ou vinho de safra incomum, trigo que se sobressai ao joio. Importa é que a linguagem clara, a lucidez do texto e a visão crítica do autor o levantam ao nível dos “clássicos” do jornalismo regional.

ÂNGELA E A LUZ DIFUSA DO ABAJUR LILÁS

7Ângela MariaO nome é Abelin Maria da Cunha, apelido Ângela Maria, ex-vocalista de coro de igreja que, escondida da família, se apresentava em shows de MPB. Cantou durante quase 70 anos, de 1945 até hoje. E cantou tudo o que lhe caiu às mãos: o verso clássico de Ari Barroso e Noel Rosa, rimas ricas e indigentes, dores de amores derramados ou contidos, a deliciosa cafonice da “luz difusa do abajur lilás que nunca mais irá iluminar outras noites iguais”. Cantou famosos e anônimos, transformou desconhecidos em clássicos, foi de Capiba a Chico Buarque, de Dolores Duran a Paulo Vanzolini. Cauby Peixoto disse que com ela aprendeu a cantar os “finais” das canções. Elis Regina diz que deve a Ângela Maria ser cantora.
Vítima de roubo, agressão e humilhação
Discreta, Ângela não alardeia seus nove casamentos e que seus maridos a submeteram a humilhações, agressões físicas e prejuízos financeiros, quase a levando ao suicídio. No fim dos anos 60, em desespero, mudou-se do Rio para São Paulo, mas continuou sendo roubada, caindo ao estado de grande pobreza. Deu a volta por cima, com uma nova união, a décima (conviveu por 33 anos e casou-se em maio último). Diz que seu melhor amigo sempre foi Cauby Peixoto (ele já confessou ser apaixonado por ela – e que só não se casaram porque ele chegou “atrasado”, Ângela já estava casada). No vídeo, o depoimento de Elis Regina e o canto inconfundível da Sapoti (show da TV Globo, em 1980).

(O.C.)

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Este blog concorda com a necessidade de tempo razoável para que o novo governo itabunense resolva todos os problemas deixados pela administração passada e, quando faz cobranças, não é por desconhecer ou ignorar o quanto a administração passada prejudicou a cidade. É, simplesmente, porque só há um governo ao qual hoje a população pode recorrer, e não se trata, claro, da gestão finada em dezembro.
É óbvio e não precisa ser repetido a todo momento que o prefeito Claudevane Leite recebeu uma “herança maldita”, mas é preciso ter muito cuidado para que a exaustiva repetição de um fato notório não se transforme em pretexto para a falta de ações. A população está sendo até econômica na bronca, pois tem simpatia pelo prefeito e grande parte dos itabunenses certamente ainda confia nele.
O que se exige não é solução imediata para tudo, num ilusório passe de mágica. Mas as cobranças não podem ser vistas por certos setores do governo como negativismo ou apedrejamento. Por mais que a crítica incomode, ela deve servir – quando justa e correta – para indicar correções que precisam ser feitas.
Em vez de lembrar a todo momento da óbvia herança maldita, por que não se concentrar no principal lema do prefeito em campanha, que foi a palavra “mudança”? Um motorista, quando pretende mudar de direção, olha num primeiro momento o retrovisor para ter a segurança do que irá fazer. Depois, segue em frente e não precisa ficar o tempo todo mirando o que já passou. É essa a atitude que a população quer ver o governo adotar.
Se as condições não permitem grandes mudanças imediatas, que pelo menos o governo dê sinais claros de que ela ocorrerá em algum momento não tão distante. Evitar e combater velhos vícios, buscar soluções criativas para administrar com eficiência os recursos disponíveis e ter a transparência como princípio são posturas extremamente necessárias para que se vislumbre que há algo realmente novo na política local. Por outro lado, discursos e práticas repetidos, e bastante conhecidos, tendem a produzir uma frustração que Itabuna não merece viver mais uma vez.