Henrique Oliveira aponta desequilíbrio na disputa de voto via internet
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Difícil é imaginar como a desproporcionalidade econômica e o obscurantismo sobre o funcionamento das redes sociais não afetariam a justeza das eleições.

Henrique Campos de Oliveira

O conceito de democracia liberal é a garantia de eleições livres e justas. Simples assim! Há quem concorde, como os liberais. E há quem entenda a democracia como algo para além do processo eleitoral, a democracia como algo substancial, com políticas públicas efetivas que garantam a igualdade não só na computação do voto, mas no acesso à riqueza gerada por um país, para só daí ser possível a liberdade.

De toda sorte, nosso processo eleitoral, respaldado pela Constituição, almeja essa característica liberal de eleição livre e justa. Livre é uma eleição que permite a todo cidadão votar e ser votado. Neste último caso, disputando a sua candidatura por um partido. Eleição justa significa dizer que há, minimamente, alguma equidade entre aqueles que participam do pleito. Ou seja, tenta-se atenuar o poder econômico e evitar os abusos da máquina pública, em caso de tentativa de reeleição ou de candidato apoiado por chefe de poder executivo.

Para garantir justiça, também há o Tribunal Superior Eleitoral, que estabelece regras de conduta entre os candidatos, sobretudo, na exposição e propagação dos seus argumentos e ideias. Além de permitir condições livres para participação e justas para a disputa, é também condição para ser considerada uma democracia liberal a garantia de que o candidato eleito assuma o cargo e governe.

Não é de hoje que o Brasil enfrenta dificuldades e riscos nas transições de poder. Só na redemocratização foram dois impeachments. E só tivemos dois casos na nossa história, com eleições amplas, nos quais o presidente que passou a faixa para seu sucessor era opositor político nas eleições. Esses foram os casos de JK para Jânio Quadros (1961) e FHC para Lula (2002).

Além das dificuldades históricas de transições de governos opositores, as nossas eleições seguem livres como nunca. Hoje, qualquer cidadão pode votar a partir dos 16 anos, sem distinção de cor, classe ou sexo. Inclusive, há ações voltadas para garantir o transporte público para que o gasto com passagem não afete o dever cívico do cidadão em comparecer às urnas.

No entanto, considerar nossas eleições como justas é cada vez mais difícil. Além dos abusos da máquina pública, sob a permissividade do sistema jurídico, as redes sociais afetam consideravelmente os critérios de equidade na disputa eleitoral.

Por ser uma tecnologia disruptiva, a internet empreendeu instantaneidade e intensidade a velhos hábitos e práticas na comunicação. Essas transformações criam um ambiente de terra sem lei. Foi assim, dentro da comunicação, com o rádio, a TV e o cinema. O mesmo aconteceu com a impressa. Essas mídias contribuíram com essa sociedade de massa na qual nos encontramos, com a eclosão de tensionamentos e conflitos globais, desde a primeira metade do século XX.

O nazifascismo europeu usou e abusou do rádio e do cinema para disseminar mentiras e ideologias de supremacia racial. De modo semelhante, foram adotadas táticas de comunicação de manipulação em populações marcadas por uma crise econômica sem precedentes e pelo processo de transição política de regimes dinásticos para republicanos.

A solução proposta para esses abusos, após a II Guerra Mundial, foi a regulação das concessões para responsabilizar as pessoas e empresas pelos conteúdos difundidos. A TV, por exemplo, absorveu muito do quadro regulatório do rádio por analogia. Ao longo das últimas décadas, países aprimoraram a regulamentação dos chamados meios de massa. Obviamente, esse propósito nunca foi alcançado na sua excelência. Mas, como as concessões de TV e rádio costumam ser dominadas por poucas empresas, a exemplo do Brasil, foi possível estabelecer, em tese, limites legais para o uso de canais públicos.

As redes sociais estão no limbo regulatório. Estamos aprendendo a conviver com isso e, diferente da transição do rádio para a TV, o aprendizado sobre as mídias tradicionais não esclarece muito do que vivemos na internet. As redes fundiram a comunicação privada à pública. Talvez, essa consequência peculiar à internet de afinar a linha que separa o público do privado seja a principal confusão dos seus efeitos.

Aos que reclamam de censura, alega-se privacidade, mas as postagens têm capacidade de se propagar até mais do que as mídias tradicionais, sem o mesmo rigor de verificação do conteúdo. A disseminação dos smartphones abriu caminho para a enxurrada de fakes news e mensagens de ódio.  Boatos, fofocas e declarações enfurecidas sobre algo ou alguém não são novidade, a questão está na intensidade e magnitude sem precedentes que as redes sociais, associadas a uma tecnologia que cabe na mão, permitem.

Todavia, importante lembrar que os principais integrantes dessa cadeia são empresas transnacionais. Google, Twitter, YouTube, Instagram, Facebook, WhatsApp, Apple, Samsung, Huawei são empresas que agem em uma terra sem regulação pública, porque pouco se sabe sobre ela e, geralmente, quem mais sabe são donos ou trabalham no segmento. Os negócios de Mark Zuckerberg, dono da Meta (Facebook, WhatsApp, Instagram etc.), levaram-no a prestar esclarecimentos ao Senado dos Estados Unidos.

Populistas de extrema-direita, Trump e Bolsonaro deitaram e rolaram nesse vazio regulatório, em 2016 e 2018, respectivamente. O mesmo tenta se fazer hoje aqui no Brasil, de novo. Só que, em 2022, Bolsonaro enfrenta outras condições de regulação, assim como um Lula mais maceteado do que Haddad.

Vale chamar a atenção para as novas influências do poder econômico no alcance midiático dos candidatos. Enquanto as inserções de rádio e TV são reguladas pela legislação eleitoral, o mesmo não ocorre, por exemplo, com o YouTube, onde as peças publicitárias eleitorais são veiculadas mediante o valor desembolsado.

O YouTube, hoje, tem audiência cativa maior do que muitas estações de rádio e TV. Além dos próprios algoritmos das redes sociais que induzem a visualização para determinado perfil ou não. Difícil é imaginar como a desproporcionalidade econômica e o obscurantismo sobre o funcionamento das redes sociais não afetariam a justeza das eleições.

Henrique Campos de Oliveira é ibicariense, doutor em Ciências Sociais pela UFBA e professor do Mestrado em Direito, Governança e Políticas Públicas da Unifacs.

Em artigo, Agenor Gasparetto aponta colapso da comunicação nas redes
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“A Humanidade passa por épocas que tendem a um maior grau civilizatório e outras, que tendem para graus mais elevados de barbárie. Nos encontramos neste momento num desses segundos períodos”.

Agenor Gasparetto

O escritor e filólogo italiano Umberto Eco (5 de janeiro de 1932 – 19 de fevereiro de 2016), ao receber o título de Doutor Honoris Causa em Comunicação e Cultura pela Universidade de Turim, Noroeste da Itália, em 10 de junho de 2015, em seu pronunciamento, fez incisiva crítica às redes sociais enquanto disseminadoras de informação. Isto porque teriam dado voz, palavra e palco nas telas da Internet para uma “legião de imbecis” com pretensões de serem portadores da verdade. Reconheceu Umberto Eco que esses sempre existiram. Todavia, falavam “em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade”.

Para o autor de O Nome da Rosa (1980) e de O Pêndulo de Foucault (1988), entre muitas outras obras literárias, “O drama da Internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”. Convém se fazer um registro aqui: as redes lucram com a multiplicação aos milhões de inverdades, meias verdades, verdades fora do lugar, um tsunami de informações replicadas, remunerando monetariamente também os seus principais porta-vozes. Esses lucros e esses ganhos são espúrios posto que resultam de atividade que semeia intolerância, ódios e preconceitos, e confunde as mentes, envenena corações e induz ao erro. O crime está gerando lucros e remunerando.

O mundo em geral e a sociedade brasileira, em particular de 2015 para hoje, 2022, pioraram muito em termos de capacidade de diálogo e de uma verdadeira comunicação. Cada vez mais, posições extremadas ganham corpo. Em razão disso, fica muito difícil discernir entre a verdade factual e a Fake News propriamente dita. A rigor, a verdade em si parece significar cada vez menos. Vale o que contribui para atingir objetivos, não importam custos e nem prejuízos. Tudo o que não estiver de acordo com a lógica de certos interesses é sumariamente negado, seja a Ciência, seja o Papa, seja o Supremo Tribunal Federal, seja o juiz, seja o professor, seja o vizinho ou até o amigo de longas datas, seja quem quer que ouse contrariar o interesse em jogo.

Daí, o mundo plano, a vacina com seus chips capazes de quaisquer desgraças que possam acometer a um vivente ou com o poder de converter vacinado em qualquer aberração da natureza e toda sorte de informações sabidamente falsas, mas deliberadamente utilizadas, porque úteis a propósitos e que podem se prestar para corroer a imagem de algum oponente que esteja no caminho, na presunção de que não advirão consequências pela sua disseminação.

Reduziu-se muito o espaço para o diálogo, para a capacidade de dialogar, de discutir, de ouvir o contraditório, de argumentar e de ponderar e, havendo argumentação e fatos, reconhecer que a razão pode não estar conosco. Pais se desentendendo com filhos, entre irmãos, entre vizinhos, entre colegas e amigos. Há uma dificuldade crescente e até incapacidade de empatia. Vive-se tempos de certezas indiscutíveis. Ai de quem ousar pensar diferente. Vive-se tempos em que até mesmo utilizar uma camisa de seu time de futebol pode implicar riscos à integridade física.

Em matéria de religião e teologia, há quem pareça saber mais que o próprio Papa sem sequer ler um único livro na área, xingando-o, contestando-o, condenando-o a rótulos com o propósito de desqualificá-lo. Em matéria de leis e de justiça, há quem pareça saber mais que os próprios integrantes do Supremo Tribunal Federal, de quaisquer integrantes de tribunais, de juízes, caso ousem contrariar interesses.

Vivemos tempos “estranhos”, como diria Marco Aurélio Mello, ex-integrante do Supremo Tribunal Federal. Tempos muito estranhos em que o respeito ao cargo e à sua liturgia se perdeu no caminhar que nos trouxe até aqui. Xingamentos de baixo calão passam à ordem do dia, numa muito estranha nova “normalidade”, sem respeito, sem consideração, sem escrúpulo. Fulano é isso ou aquilo por ouvir dizer; de tanto repetir, é qualquer coisa que se queira imputar, independentemente dos fatos, e é uma condenação inapelável – não há espaço para a dúvida, não há espaço para argumentos, não há razões, não há salvação nesse tribunal personalizado de quem se acha contrariado e já decidiu a priori a culpabilidade e clama por punição sumária. Está condenado ainda que essa condenação se aplique única e exclusivamente a quem se quer condenar, que seja seletiva. Para os demais em situações análogas, complacência ao máximo. Crime é o que o oponente faz. Quando feito por algum aliado, não se aplica o rigor, pelo contrário, se racionaliza com qualquer banalidade apenas para o silêncio não denunciar a  arbitrariedade. Complacência e autocomplacência ao extremo.

Não se trata de apenas uma questão do país. Por exemplo, entre as guerras que há pelo mundo, a da Ucrânia ganha relevo pelo potencial de implodir a atual ordem mundial, condenando o mundo a uma Terceira Guerra Mundial, desta vez nuclear, para azar da velha Europa e do Hemisfério Norte. No entanto, não há qualquer sinalização para ações diplomáticas. É como se a velha Europa tivesse perdido o bom senso, a sabedoria, as lições de sua própria história de conflitos, desgraças e tragédias, e estivesse caminhando inexoravelmente para o abismo, outra vez mais.

Não que esse fato seja realmente novo, inédito. A Humanidade passa por épocas que tendem a um maior grau civilizatório e outras, que tendem para graus mais elevados de barbárie. Nos encontramos neste momento num desses segundos períodos de tempo. Semelhante ao do presente, seguramente, parece ser o final dos anos 20 e nos anos 30 do século passado. Esse paralelo parece assustador, por se conhecer as consequências, ainda que aqueles acontecimentos ora sejam relativizados e minimizados pelo extremismo e pela desumanização crescentes. Parece inerente à natureza humana.

Thomas Morus, na obra Utopia, editada em 1516, falando dessa natureza humana, afirmou:

Os homens têm gostos diferentes; seu humor é às vezes tão desagradável, seu caráter tão difícil, seus julgamentos tão falsos que é mais sensato conformar-se e rir disso do que atormentar-se com preocupações, querendo publicar um escrito capaz apenas de servir e de agradar, quando ele será mal-recebido e lido com desagrado…. A maioria se compraz apenas com as próprias obras. Um é tão austero que não admite uma brincadeira; outro tem tão pouco espírito que não entende um gracejo. (….) Outros são tão caprichosos que, de pé, deixam de louvar o que aprovaram sentados. Outros têm seus assentos nas tavernas e, entre dois tragos, decidem do talento dos autores, pronunciando condenações peremptórias conforme seu humor, desgrenhando os escritos de um autor como para arrancar os cabelos um a um, enquanto eles próprios se acham tranquilamente ao abrigo das flechas, os bons apóstolos, de cabeça raspada como lutadores que não deixam um pêlo para o adversário pegar eles (Obra reeditada pela LP&M. Porto Alegre, 1997, páginas 11-12).

Essa transcrição de escrito de mais de 500 anos mostra que não há nada de novo. Contudo, esse mundo de mesquinhez e de miudezas que antes ficava no plano do cotidiano, dos mundos particulares, com a Internet e suas redes sociais de um lado e a ideologização e polarização de outro, ganha um insuspeito e grande palco, ganha voz, ganha plateias, nivelando pelo mínimo tudo e todos. Parece que se adota um comportamento de “massa” no sentido definido pelo escritor e professor, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, Elias Canetti (Bulgária, 25 de julho de 1905 – Zurique, Suiça, 14 de agosto de 1994), em Massa e Poder (Editora UNB/Melhoramentos. São Paulo, SP, 1983). Há nesse comportamento e nessas ações extremadas, marcadas pela polarização, componentes de “massa”.

O senso comum, com seus pré-conceitos, suas crendices e seus achismos, toma o lugar da Ciência. Essa, por parecer muitas vezes se subordinar em primeiro lugar ao lucro, favorece seu questionamento, desconfiança e mesmo sua rejeição. E a autoridade, seja em que âmbito for, só o é enquanto validar e contribuir para se atingir objetivos. Sendo assim, adeus ritos e liturgias. A vulgarização e a banalização se impõem como o novo referente. O velho bom senso marca sua presença sobretudo pela sua falta. Fica cada vez mais distante, no passado, a distinção entre cultura superior e cultura popular. O senso comum vai pouco a pouco impondo a sua tirania e seu domínio, e a Internet com suas redes sociais está viabilizando esse domínio.

Agenor Gasparetto é sociólogo, professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e diretor da Sócio Estatística Pesquisa e Consultoria.

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A segunda pesquisa AtlasIntel/A Tarde sobre a disputa ao governo baiano neste segundo turno revela estabilidade em relação à última semana.

Divulgado no início da madrugada deste domingo (23), o levantamento mostra liderança de Jerônimo Rodrigues (PT) com 53,2% das intenções de voto ante 43,8% de ACM Neto (UB), com percentual de brancos e nulos de 1,6% e 1,4% de indecisos (não souberam responder).

Quanto computados os votos válidos, Jerônimo aparece com 54,8% e Neto com 45,2%.

A AtlasIntel informa ter ouvido 2 mil eleitores de 300 municípios baianos no período do dia 18 até este sábado (22). A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais. Foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR 00638/2022

Rui Costa diz ter investido mais de R$ 1 bilhão no sul da Bahia || Imagem Instagram
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Rui Costa disse há pouco, em Itabuna, que o sul da Bahia foi a segunda região que mais investimentos recebeu em seus dois mandatos. O volume em obras estruturantes, de saúde, educação, cultura e saneamento somente em Ilhéus e em Itabuna chega a R$ 1 bilhão, segundo o gestor baiano, que falou de “anos, décadas” que a região não recebia a devida atenção do poder estadual.

– Tenho orgulho de dizer que a Região Metropolitana [de Salvador] e o sul da Bahia foram as duas regiões do estado que receberam os maiores volumes de investimentos ao longo dos meus mandatos – afirmou em cerimônia no 15º Batalhão da PM na tarde desta sexta-feira (21), destacando que, da lista, não faz parte a Barragem do Rio Colônia, em Itapé, que garante abastecimento de água para aquele município e Itabuna, além de controlar a vazão do Cachoeira.

Colégio Fred Gedeon foi inaugurado nesta sexta-feira (21) || Foto Manu Dias/GovBA

Ao lado do prefeito Augusto Castro (PSD), o governador assinou ordem de serviço para a construção da nova Feira Livre do São Caetano, investimento de R$ 10 milhões, reforma do estádio Luiz Viana Filho, que passará a se chamar Fernando Gomes, e construção de 80 moradias para as vítimas da enchente no município. Antes, ele entregou a Areninha do bairro Conceição, no espaço da antiga feira livre, e, pela manhã, inaugurou colégio de tempo integral Fred Gedeon, em Floresta Azul, a 50 quilômetros de Itabuna.

VETOR DE DESENVOLVIMENTO

Já durante entrevista, o governador citou as obras de construção do acesso à nova rodovia Ilhéus-Itabuna pela margem direita do Rio Cachoeira. A ligação será da região da Câmara de Vereadores, no Conceição, até a ponte que que conectará a BA-649 e a BR-415, na região do Cidadelle e dos atacadões.

Hoje, Rui autorizou a licitação desta obra no Conceição e assinou a ordem de serviço para início imediato da duplicação do trecho da Avenida Juracy Magalhães que começa na rotatória do Fátima até o viaduto em frente à churrascaria Los Pampas, no sentido Ilhéus.

As novas avenidas, afirmou o governador, abre um vetor de desenvolvimento para o município e melhora a mobilidade urbana. “Nós teremos, nos dois lados (BR-415 e BA-649), acessos viários para integração das rodovias com Itabuna. Então, a gente muda padrão urbanístico e muda sistema viário de Itabuna”, observou, acrescentando que as obras têm impacto para Ilhéus e Itabuna e municípios vizinhos.

O governador deixou o local para cumprir agenda, ainda no final desta tarde, em Ilhéus.

Lula quebra recorde de espectadores simultâneos no Flow || Reprodução/YouTube
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O ex-presidente Lula (PT) quebrou o recorde de acessos simultâneos do Youtube em uma entrevista, na noite desta terça-feira (18), durante sua participação no Flow Podcast, apresentado por Igor 3k. O papo é transmitido ao vivo (live).

Foram mais de 1,1 milhão de acessos ao mesmo tempo, quase o dobro do registrado pelo mesmo podcast quando o papo foi com o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), em agosto passado.

A conversa de Lula com o Igor 3K já foi visualizada mais de 6,9 milhões de vezes em pouco menos de 13 horas. Como comparativo, o podcast com Bolsonaro acumula 15 milhões de visualizações em dois meses.

Lula falou de diversos assuntos durante a conversa, de pouco mais de uma hora e meia, transmitida ao vivo pelo YouTube, de economia a educação e futebol, parte em que comentou de Flamengo e Corinthians a Neymar – e Bolsonaro . Confira a íntegra abaixo.

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Moro na cidade de Itabuna desde 1966. Aqui constituí família, atuei na área do comércio e da educação, incentivei o esporte e fui membro ativo de várias instituições sociais e clube de serviços. Sou apaixonado pela cidade de Itabuna e pelo seu povo.

 

Nérope Martinelli || [email protected]

Na década de noventa, Itabuna era a terceira cidade em índice populacional e de desenvolvimento na Bahia. Ficávamos apenas atrás de Salvador e Feira de Santana. Infelizmente, hoje somos a sexta cidade e logo seremos a décima. Precisamos urgente de projetos de desenvolvimento. Tivemos o êxodo rural devido à podridão parda e à vassoura-de-bruxa. Com a economia parada, estamos hoje com o êxodo urbano – Itabuna hoje é um canteiro de placas de aluga-se e vende-se.

No ano de 1915, a cidade de Enterprise, no Estado do Alabama, Estados Unidos, tinha uma economia forte, graças à monocultura do algodão. Veio a praga do Bicudo, devastando as plantações e a economia, como exatamente aconteceu na região cacaueira, com as pragas sucessivas da podridão parda e a vassoura-de-bruxa, que os fazendeiros convivem com elas até hoje, por conta do descaso dos órgãos públicos e orientação técnica equivocada das entidades responsáveis.

As lideranças políticas e empresariais de Enterprise foram em busca de novas alternativas agrícolas e industriais, conseguiram erradicar a praga e criar novas culturas agrícolas e industriais, tornando-se, assim, uma cidade pungente e próspera em apenas quatro anos. E, como resultado, em 2019 construíram um monumento ao besouro Bicudo, considerado o responsável pelo novo desenvolvimento da região.

Precisamos urgente de novas lideranças empresariais e políticas que defendam os interesses da comunidade de Itabuna nos âmbitos Municipal, Estadual e Federal.

SUGESTÕES DE “BICUDOS” PARA A REGIÃO DE ITABUNA

Agricultura Com os novos clones, a produção de cacau voltou a ser rentável. O problema é que os proprietários de terra estão descapitalizados e negativados, precisando de anistia e incentivos. Temos também a opção das áreas já desmatadas para o plantio de café, que, além de rentável, utiliza muita mão de obra, com alguns produtores regionais colhendo mais de duas mil sacas de café por safra. Pode-se também aproveitar as áreas para a pecuária de corte e leite.

Infraestrutura Duplicação urbana das BRs 101 e 415 e conclusão das três pernas que faltam do Semianel Rodoviário, abertura de novas avenidas como vetores de desenvolvimento, a exemplo das ligações da antiga estrada de Buerarema, no final do bairro São Caetano até a BR 101, e outra avenida do Hospital de Base até Ferradas, na BR-415. Todas essas opções com infraestrutura de asfalto, água e energia – possibilitando a chegada de empresários com indústrias, concessionárias de veículos, grandes redes varejistas e atacadistas etc.

Aeroporto Revitalização do Aeroporto Tertuliano Guedes de Pinho e urbanização do bairro Bananeira, com abertura do aeroporto para voos domésticos e comerciais (transporte de carga), podendo absorver passageiros de toda região cacaueira – porque todos passam por Itabuna, com exceção de Canavieiras, Una e Uruçuca.

Logística Com a chegada da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) e do Porto Sul –  como Itabuna é servida por duas rodovias federais, BRs 101 e 415 – temos que construir com urgência um polo de logística visando a exportação de grãos, gado, madeira, cacau, minério etc.

Zona Azul A cidade de Itabuna precisa urgente da implantação da zona azul, antes das atividades do Natal. Todas as vagas de estacionamento são ocupadas por profissionais liberais, empresários, comerciantes, comerciários, bancários, ambulantes e etc. os compradores motorizados circulam atrás de vagas para estacionar e não encontram, seguem para o Shopping (menos mal) ou voltam par a casa e compram pela internet.

Moro na cidade de Itabuna desde 1966. Aqui constituí família, atuei na área do comércio e da educação, incentivei o esporte e fui membro ativo de várias instituições sociais e clube de serviços. Sou apaixonado pela cidade de Itabuna e pelo seu povo. Precisamos com urgência do apoio da união de lideranças política e empresariais, profissionais liberais e população em geral. Essa luta é de todos empresários, profissionais liberais, trabalhadores e população em geral.

Nérope Martinelli é empresário e pensador regional.

Lula e Jerônimo levam milhares ao circuito Barra-Ondina || Foto Ricardo Stuckert
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O ex-presidente Lula levou milhares de pessoas ao circuito Barra-Ondina, em Salvador, na tarde/noite de ontem (12), durante caminhada com o candidato a governador da Bahia pelo PT, Jerônimo Rodrigues.

Dirigente do PT na Bahia, Éden Valadares calcula que, pelo menos, 200 mil pessoas tenham participado da atividade na capital baiana, no Dia das Crianças. De branco ou de vermelho, militantes de Salvador e de várias regiões do estado se reuniram no ato em apoio às candidaturas de Lula (presidente) e Jerônimo (governador).

É, até aqui, o maior ato das eleições 2022 em solo baiano.

Confira vídeo reproduzido do Twitter.

Jerônimo e Lula fazem nova caminhada em Salvador, agora no circuito Barra-Ondina || Foto Ricardo Stuckert
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornará a Salvador, nesta quarta-feira (12), para caminhada com o candidato do PT ao governo da Bahia, Jerônimo Rodrigues. A atividade está prevista para as 16h30min, segundo a coordenação da campanha do presidenciável.

A caminhada Brasil da Esperança ocorrerá no tradicional circuito de carnaval Barra-Ondina. Será a segunda vez, em menos de duas semanas, que o ex-presidente participa de atividades de campanha dele e do candidato petista ao governo baiano em Salvador. A última foi no dia 30, dois dias antes da votação em 1º turno.

Inicialmente, o PT baiano discutia a possibilidade de a atividade ocorrer no interior da Bahia. As cidades cogitadas foram Feira de Santana e Vitória da Conquista, mas acabou-se por escolher, novamente, a capital.

O desafio para o PT é ampliar a votação de Lula na capital, onde ficou com 66,99% dos votos totais, e reduzir a frente de 236,2 mil votos obtida por ACM Neto na disputa contra Jerônimo(783.749 a 547.531 votos) em solo soteropolitano. Embora tenha perdido em Salvador, Jerônimo venceu o primeiro turno por 49,45% dos votos válidos ante 40,8% de Neto. Os dois se enfrentam nesta etapa derradeira.

GIRO PELO NORDESTE

O presidenciável que lidera as pesquisas de intenções de voto começa pela Bahia uma viagem por estados nordestinos onde haverá segundo turno. Do roteiro, ficará de fora apenas a Paraíba. Da terra comandada pelo seu partido há quase 16 anos, Lula parte para Aracaju, Sergipe, onde tem agenda às 11h da quinta-feira (13), estado onde apoia Rogério Carvalho (PT) ao governo.

Ainda na quinta, mas à tarde, irá a Maceió para reforçar a campanha do governador afastado de Alagoas, Paulo Dantas (MDB). O giro terá, na sequência, Recife, na sexta-feira (14), às 11h, para ratificar seu apoio a Marília Arraes (SDD) ao governo de Pernambuco, estado natal do ex-presidente.

Marília Arraes, hoje no SDD, terá apoio do ex-presidente Lula || Divulgação

A disputa pernambucana tem um destaque: Marília deixou o PT, no início do ano, devido a acordos do seu antigo partido com o PSB nacional que lhe tirariam a possibilidade de concorrer ao Palácio do Campo das Princesas. Ela acabou migrando para o Solidariedade.

MULHER NO COMANDO DO CAMPO DAS PRINCESAS 

No primeiro turno, Lula apoiou Danilo Cabral (PSB) para o comando do governo pernambucano. Cabral ficou na quarta posição. Marília, que liderou a primeira etapa, tem confronto contra outra mulher, Raquel Lyra (PSDB), pelo comando do Campo das Princesas a partir de 2023. A disputa em 2 de outubro ficou parelha: 23,97% a 20,58% dos votos totais, diferença de pouco mais de 166 mil votos. Da Redação do Pimenta.

Jerônimo, ao centro, com o prefeito Augusto Castro e o governador Rui Costa em Itabuna
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Durante eventos em Itabuna e Ilhéus, neste final de semana, o candidato a governador da Bahia pelo PT, Jerônimo Rodrigues, prometeu gestão marcada por investimentos em educação alinhados à geração de empregos e criação de oportunidades para jovens.

– O futuro do Brasil e da Bahia passa por um investimento qualificado na área da Educação. Enquanto secretário, criamos 200 mil vagas no ensino profissionalizante e gerados mais de 17 mil empregos com carteira assinada para os jovens que concluíram os estudos na rede pública estadual. Vamos criar ainda mais oportunidades para os jovens – disse Jerônimo.

R$ 5 BI EM INVESTIMENTOS

O secretário deu ênfase, ainda, aos investimentos de mais de R$ 5 bilhões na construção, modernização e ampliação de escolas. “Vou atuar ainda mais na valorização do professor e na ampliação dos programas de assistência estudantil”, disse.

Jerônimo afirmou que seus planos para a área da Educação passam pela ampliação da oferta do ensino em tempo integral; distribuição de tablets, com internet, para os estudantes; expansão do ensino superior estadual; e a ampliação das políticas de assistência estudantil, como o programa Mais Futuro, Partiu Estágio, o Bolsa Presença e o sistema de monitorias.

“O avanço da Educação na Bahia passa pela necessidade de uma atuação conjunta e coordenada entre o Estado, a União e os municípios. Nós precisamos atuar com firmeza desde a base, com oferta de creches, até o ensino universitário”, garantiu o petista. “Sob a minha gestão, a Bahia irá avançar em todas áreas: educação, saúde, geração de emprego e renda e inclusão social”, complementou Jerônimo.

Caminhada de Jerônimo no bairro Santo Antônio, em Itabuna, neste sábado

APOIOS E VOTAÇÃO

O petista agradeceu a população de Ilhéus e Itabuna pela sua votação e a de Lula nos municípios e em toda Bahia no primeiro turno. O petista comemorou ainda a chegada de novos apoios políticos a sua candidatura. Além de prefeitos, ex-prefeitos, deputados e lideranças, cinco novas legendas já anunciaram apoio ao postulante na disputa pelo Palácio de Ondina: PSOL, Patriota, PSC, PV e Rede Sustentabilidade.

“Eu queria agradecer a cada um que confiou na gente, confiou no nosso projeto de desenvolvimento da Bahia, que busca gerar emprego, renda e combater a fome. Nós iremos buscar e batalhar por mais votos, nós tivemos 39.770 votos aqui em Itabuna e 39.706 em Ilhéus, mas vamos buscar mais. Nós queremos também crescer os votos de Lula. A Bahia e o Brasil deram seu recado no primeiro turno, e no segundo turno, nós iremos garantir a vitória. É como eu sempre venho dizendo: Lula é a volta da esperança para o Brasil e nós queremos isso”, affimrou.

Brasil tem disputa eleitoral acirrada entre Bolsonaro e Lula
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A primeira pesquisa Datafolha traz o ex-presidente Lula (PT) à frente nas intenções de voto, com 49%, e o presidente Jair Bolsonaro atingindo 44%. O percentual de indecisos chega a 2% e o universo dos que pretendem votar em branco ou nulo chega a 6%.

Quando considerados apenas os votos válidos, excluindo os brancos e nulos, o ex-presidente Lula tem 53% das intenções de voto e Bolsonaro atinge 47%.

A pesquisa Datafolha foi a campo de quarta-feira (5) a esta sexta-feira (7). Foram ouvidos 2.884 eleitores, segundo o instituto, em 179 municípios brasileiros. Contratado pela Folha e TV Globo, o levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 02012/2022.

Prefeito de Serrinha, Adriano, de vermelho, apoiará Jerônimo no 2º turno || Foto Divulgação
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O prefeito de Serrinha, Adriano Lima (PP), decidiu apoiar o candidato do PT ao Governo da Bahia, Jerônimo Rodrigues, neste segundo turno. Até o último domingo (2), Adriano apoiava a candidatura de João Roma (PL), que ficou em terceiro lugar na disputa estadual.

“A população de Serrinha vê o carinho e o afeto que o (governador) Rui Costa tem com a cidade e a grande capacidade de trabalho do time de Lula na Bahia”, afirma Adriano Lima. “Tenho um grande prazer de integrar esta equipe. Agora, vamos com Jerônimo rumo à vitória no segundo turno.”

Jerônimo agradeceu a chegada de Adriano Lima à sua base de apoio e à população de Serrinha pela confiança, demonstrada nos votos, dada ao time de Lula na Bahia, “Vamos continuar com a parceria que temos com Serrinha, para seguir levando melhorias à população, como as escolas, a policlínica, as redes de acesso à água, entre muitas outras, para que o prefeito possa continuar cuidando bem das pessoas”, garantiu o petista.

De acordo com a campanha de Jerônimo, a base de apoio já conta com pouco mais de 300 prefeitos. O candidato petista venceu o primeiro turno, com 49,45% dos votos, o que levou a definição do novo governador da Bahia para o segundo turno. O segundo colocado, ACM Neto (UB), obteve 40,8% dos votos. A vantagem do petista foi de mais de 700 mil votos.

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“É hora de seguir em frente na luta para manter a Bahia no rumo do desenvolvimento e para o Brasil ser feliz de novo”.

Rodrigo Cardoso

A eleição está duríssima, e o Brasil dividido. Lula venceu em todo o Nordeste com ampla maioria. Também levou os principais estados do Norte, Amazonas e Pará, além de Amapá e Tocantins. Ainda ganhou em Minas, estado tido como síntese do Brasil. Sul, Centro-Oeste, São Paulo, Rio e Espírito Santo deram a vitória a Bolsonaro.

O resultado geral é que vencemos com a maior votação que Lula já teve em primeiro turno. Bolsonaro também teve votação superior à de 2018, mas, ainda assim, ficou mais de 5 milhões de votos atrás. Portanto, é momento de comemorar a vitória parcial de Lula e nos preparar para o segundo turno.

Simone Tebet dá sinais de que pode apoiar Lula. Aguardamos o posicionamento de Ciro e do PDT.
Claro que o apoio da liderança não significa que os eleitores a seguirão. Porém, imagino que quem votou em Ciro por seu Programa Nacional de Desenvolvimento, e em Tebet, por sua ótima postura nos debates, defesa da democracia, das mulheres, do meio ambiente, dificilmente votará em Bolsonaro.

Nosso desafio é conversar com as pessoas, com os amigos e familiares, para virar esses votos, principalmente de quem escolheu esses dois candidatos ou se absteve no primeiro turno. Certamente, o bolsonarismo terá muito mais dificuldade para conseguir esse objetivo.

Na Bahia, mais uma vez, viramos na reta final, repetindo a história de 2006, com Wagner, e de 2014, com Rui. Faltou muito pouco para encerrar logo no primeiro turno. Bastariam os votos dados aos candidatos do PSOL, PSTU e PCB, pequeninos partidos de esquerda, para a vitória de Jerônimo já na primeira rodada.

ACM ficou numa sinuca. Precisará buscar os votos do bolsonarismo dados ao compadre Roma, mas, ao fazer isso, se afastará da parcela do eleitorado lulista que votou nele (teve até santinho ilegal juntando Lula e ACM).

Por outro lado, já se diz que vários prefeitos que abandonaram a base do governador Rui Costa para apoiar a oposição começam a fazer o caminho de volta.

Por último, o Congresso eleito é majoritariamente conservador e trará muitas dificuldades para um eventual governo de Lula. Contudo, tenho convicção de que, com toda sua experiência, ele terá condições de trabalhar muito pela retomada da credibilidade do Brasil e do desenvolvimento, com geração de emprego e renda, controlando a inflação e melhorando da vida do povo, mesmo nesse cenário adverso.

Portanto, é hora de seguir em frente na luta para manter a Bahia no rumo do desenvolvimento e para o Brasil ser feliz de novo. Agora é JeroLula!

Rodrigo Cardoso é presidente do Sindicato dos Bancários de Ilhéus e membro da direção estadual do PCdoB.

ACM Neto diz que segundo turno "vai ter que ser emoção" || Foto Divulgação
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ACM Neto (UB) quer fazer do segundo turno na Bahia “uma nova eleição”. Apesar de ter sofrido uma virada entre o que apontavam as pesquisas e o que foi extraído das urnas, de onde obteve pouco mais de 40% dos votos, o ex-prefeito de Salvador faz a leitura de que o povo baiano deseja mudança, pois o nome do governo, Jerônimo Rodrigues (PT), não conseguiu a eleição em primeiro turno, ficando com 49,45%.

Por isso, afirma, buscará o voto do eleitor que preferiu outros nomes da disputa – João Roma (PL), seu ex-aliado, e Kleber Rosa (PSOL), este mais à esquerda do espectro político e tendendo a Jerônimo Rodrigues.

– Se somar os votos de quem não deseja a manutenção desse grupo que está aí há 16 anos no poder e quer mudança, nós somos a maioria. Então, vamos buscar essa maioria no segundo turno. E é uma nova eleição. No primeiro turno, o candidato que representa o atual governo se escondeu. Inclusive, quando teve a oportunidade de debater comigo não o fez – afirmou ACM Neto, que, no primeiro turno, foi apenas ao debate da TV Bahia e cancelou participação nos demais.

ELEITOR CONFUSO NA HORA DO VOTO

Neto diz que o eleitor pode ter se atrapalhado ao ir às urnas votar nele, porque no primeiro turno eram cinco cargos em disputa (deputados estadual e federal, senador, governador e presidente). “Agora, [no segundo turno] não. Então estamos muito animados e, já a partir de amanhã, vamos começar a trabalhar com a convicção de que se trata de uma nova eleição e de que vamos construir essa vitória”, afirmou.

O candidato do União Brasil até lembrou ter ido para um segundo turno acirrado, em 2012, quando venceu a disputa pela Prefeitura de Salvador. “Tudo tem que ser com emoção. A gente estava lembrando aqui que há 10 anos eu venci aquela eleição passando para o segundo turno um pouquinho só à frente e construímos uma grande vitória. Agora, nós vamos construir essa mesma vitória”, ressaltou.

Otto Filho, Elmar Nascimento e Diego Coronel são os deputados federais mais votados da Bahia
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Com o quarto maior colégio eleitoral do país, formado por 10,1 milhões de eleitores, a Bahia tem direito a 39 das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados.

Nas eleições deste ano, o deputado federal Otto Filho (PSD) liderou a votação para o cargo no estado e foi reeleito com mais de 200 mil votos. O segundo mais votado foi o também reeleito Elmar Nascimento (UB), com quase 175 mil votos. Eleito para o primeiro mandato na Câmara Federal, Diego Coronel (PSD) foi o terceiro mais votado, com 171 mil votos.

O PT tem a maior bancada federal do estado, com 7 eleitos. PSD e UB elegeram 6 deputados federais cada um, e o PP fez 4 representantes.

Confira, abaixo, todos os deputados federais eleitos pelo estado para a legislatura 2023-2026.

Otto Filho (PSD)
Elmar Nascimento (UB)
Diego Coronel (PSD)
Antonio Brito (PSD)
Neto Carletto (PP)
Roberta Roma (PL)
Claudio Cajado (PP)
Mário Negromonte Jr (PP)
Léo Prates (PDT)
Deputado Dal (UB)
Gabriel Nunes (PSD)
Paulo Azi (UB)
Ricardo Maia (MDB)
Jorge Solla (PT)
Zé Neto (PT)
Daniel Almeida (PCdoB)
Alice Portugal (PCdoB)
Adolfo Viana (PSDB)
Marcio Marinho (REP)
Afonso Florence (PT)
Sérgio Brito (PSD)
Waldenor Pereira (PT)
Lídice da Mata (PSB)
Bacelar (PV)
Paulo Magalhães (PSD)
Alex Santana (REP)
Ivoneide Caetano (PT)
Arthur Maia (UB)
Joseildo Ramos (PT)
João Leão (PP)
Capitão Alden (PL)
Valmir Assunção (PT)
João Carlos Bacelar (PL)
Rogeria Santos (REP)
Leur Lomanto Jr (UB)
José Rocha (UB)
Pastor Sargento Isidório (Avante)
Felix Mendonça (PDT)
Raimundo Costa (Podemos)

Atualizado às 1h02min.

Jerônimo terminou o primeiro turno à frente de ACM Neto || Arte CNN
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A Bahia terá eleição em dois turnos para definir quem será o substituto de Rui Costa (PT) no comando do governo estadual, algo que não acontecia de 1994. A disputa será entre Jerônimo Rodrigues (PT), que ficou a menos de 0,67 ponto percentual de ganhar no primeiro turno, e o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (UB).

Com 99,14% das urnas apuradas, Jerônimo tem 3.977.074 votos (49,33% dos válidos) contra 3.296.288 votos de ACM Neto, que sempre liderou as pesquisas que aferiram intenções de voto sobre a disputa ao Governo da Bahia.

João Roma (PL) ficou com 9,11% dos votos válidos (734.361), seguido à distância por Kleber Rosa (PSOL), com 48.203 votos (0,6%). A disputa em primeiro turno teve ainda Giovani Damico (PCB), com 5.927 votos (0,07%) e Marcelo Millet (PCB), com 825 (0,01%).

DIA 30

O segundo turno das eleições majoritárias será em 30 de outubro, quando o baiano votará para escolher não apenas o futuro governador, mas também o presidente da República. A disputa ao Palácio do Planalto terá Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição.

A Bahia não tinha segundo turno para definir um novo governador desde 1994, quando Paulo Souto, no então PFL, enfrentou o ex-governador João Durval (PMN). Ambos foram ao turno decisivo da peleja depois de Souto obter 49,3% no primeiro turno e João Durval 25,29%. Jutahy Júnior (PSDB) ficou com 14,13%. Nilo Coelho (PMDB) obteve 8,27% e Álvaro Martins encerrou a disputa com 3%. Souto venceu o segundo turno. Atualizado às 23h58min.