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socorrinhoO vereador Ronaldão (DEM), de Itabuna, descia o malho na unidade local do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência durante sessão plenária esta semana. Citou caso testemunhado por ele mesmo, de um cidadão que passou mal na Avenida do Cinquentenário e esperou 25 minutos até receber os primeiros-socorros do Samu.
Enquanto discursava, Ronaldão foi aparteado por Valter Oliveira de Matos, não por acaso conhecido como Valter Socorrinho, do PTN. Ao ver o colega criticar o Samu, Socorrinho não perdeu a oportunidade de vender o próprio “peixe”.
– Vereador Ronaldão, vou lhe dar o meu cartão de visita. Nessas horas o senhor pode ligar, que o serviço é rapido e não falha.
Socorrinho conquistou sua cadeira no legislativo graças ao transporte de pacientes de bairros pobres para hospitais da cidade. O serviço utilizava um  valente e destemido Fusca e muita vontade de emplacar um mandato eletivo.

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Pequenos produtores rurais da Roça do Povo, em Itabuna, recebiam até algum tempo atrás a visita quinzenal de um médico enviado pela Prefeitura de Itabuna. Há dois anos, o doutor deixou de aparecer e os trabalhadores ficaram no mais completo abandono e sendo obrigados a enfrentar as filas nas unidades básicas de saúde de Ferradas e Nova Ferradas. A expectativa é de que essa situação mude em breve.
Esta semana o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Lanns Almeida, visitou a Associação da Roça do Povo e disse que o prefeito Claudevane Leite determinou atenção prioritária para a zona rural. Segundo Almeida, a primeira ação nesse sentido foi o patrolamento e encascalhamento de estradas vicinais, inclusive o acesso à Roça do Povo.
Com a melhoria na estrada, tomara que o médico chegue!

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Ilhéus SaúdeHospitais, clínicas, consultórios e laboratórios que integram a rede de prestadores de serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) em Ilhéus ameaçam suspender o atendimento por tempo indeterminado. A paralisação se deve ao atraso de três meses no pagamento pelos serviços prestados a pacientes do SUS e é visto como forma de pressão para que a Secretaria de Saúde de Ilhéus a quitar a pendenga.
Prestadores de serviço e usuários participaram da reunião do Conselho de Saúde de Ilhéus, na noite de terça, 26, com a presença da secretária de Saúde, Ledívia Espinheira. O encontro foi tenso. O município ainda não informa quando pretende pagar os atrasados.
O governo passado deixou o mês de novembro sem pagar e o atual atrasou os repasses de dezembro e janeiro. “Há um clima de quase insolvência”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi), Raimundo Santana, ao lamentar o quadro em Ilhéus e até suscitar a possibilidade de perda da gestão plena da saúde devido aos atrasos.
Dirigentes de clínicas, laboratórios, hospitais e consultórios decidem até amanhã, sexta, 1º, quando devem suspender o atendimento. Há, ainda, a possibilidade de dar mais um prazo – curto – para que o município sinalize quando e como pretende quitar as pendências.
Os atrasos teriam ocorrido porque a nova gestão ilheense demitiu todo o quadro de funcionários do financeiro, afetando a operacionalização dos pagamentos.

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Da Agência Brasil
No Dia Internacional das Doenças Raras, lembrado hoje (28), especialistas estimam que cerca de 15 milhões de brasileiros têm alguma das cerca de 8 mil síndromes catalogadas como raras. Neurofibromatose (afeta o sistema nervoso e a pele), mucopolissacaridose (falta das enzimas que digerem alguns açúcares), síndrome de Gaucher (acúmulo de gorduras no organismo), esclerose lateral amiotrófica (degeneração dos neurônios motores) e leucoencefalopatia multifocal progressiva (afeta o cérebro e a medula espinhal) são exemplos dessas patologias.
Em entrevista à Agência Brasil, o professor do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB), Natan Monsores, criticou o tempo de espera enfrentado pela maioria desses pacientes para serem acolhidos no sistema de saúde. “O tempo de diagnóstico demora algo em torno de três a cinco anos. O itinerário de diagnóstico do paciente é muito longo”, contou.
Ele acredita que 70% dos problemas relacionados às doenças raras seriam resolvidos por meio de um sistema claro de informações sobre essas síndromes. “Boa parte dos pacientes fica perdida dentro do SUS [Sistema Único de Saúde] por não saber ao certo que especialista buscar, onde são os centros de referência”, disse Monsores.
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Reunião do Conselho de Saúde para discutir o atraso no pagamento a fornecedores (Foto Alfredo Filho).
Reunião do Conselho de Saúde para discutir o atraso no pagamento a fornecedores (Alfredo Filho).

A crise na saúde de Ilhéus recrudesceu neste início de ano. Ontem, a secretária municipal de Saúde, Ledívia Espinheira, tomou posse no Conselho Municipal de Saúde, sob intensos questionamentos de prestadores de serviço e usuários. O município atingiu atraso de três meses no pagamento A clínicas, consultórios, laboratórios e hospitais, relativos às competências de novembro e dezembro de 2012 e janeiro de 2013.
A reunião extraordinária do Conselho de Saúde foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi). Raimundo Santana, presidente do Sintesi, diz que esta é a pior situação dos últimos tempos. Segundo ele, caberia à nova gestão, pelo menos, agilizar o pagamento aos fornecedores relativo aos meses de dezembro e janeiro, o que ainda não ocorreu.
Apesar da nova secretária da Saúde sinalizar que há como pagar os atrasados, Santana diz que os prestadores de serviço estão desanimados, pois Ledívia reconheceu problemas operacionais para os pagamentos.
“O que ocorre é que o novo governo demitiu todos os servidores contratados responsáveis por empenhos e pagamentos. Isso travou a parte operacional da secretaria e, consequentemente, não houve como pagar”, disse. “Foi um erro estratégico que está sufocando toda a saúde, os prestadores”.
Raimundo Santana sugere, para amenizar a nova crise na saúde local, o pagamento aos prestadores pela média de produtividade. O sindicalista diz que a situação “sufucou” prestadores de serviço e afeta o pagamento aos trabalhadores na área de saúde. O Sintesi foi representado na reunião pela dirigente Vânia Andréa Santos.

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ledivia espinheiraA Secretaria da Saúde de Ilhéus está reforçando a equipe das unidades de saúde da família existentes no município. A ação se tornou possível por meio de adesão ao Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab), que disponibilizará 19 médicos para a rede de postos a partir da próxima segunda-feira, 4.
De acordo com a secretária Ledívia Espinheira, as primeiras unidades que terão esse reforço são as dos bairros Teotônio Vilela e Salobrinho. No programa, os médicos, especializados em saúde da família, farão atendimento em clínica geral pelo período de 12 meses, com bolsas custeadas pelo Ministério da Saúde.

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O Ministério da Saúde confirmou Itabuna e Ilhéus entre os municípios que correm risco de enfrentar uma epidemia de dengue. No primeiro, o índice de infestação predial é superior a 28%. Em Ilhéus é de 16%.
Oito municípios baianos registraram mais de 60% dos casos de dengue neste ano. No estado foram 6.500 notificações. A localidade com a maior quantidade de notificações é Jequié, que já tem 1.522.
O segundo município em número de casos de dengue é Guanambi, com 600. O terceiro é Brumado, com 261 notificações entre primeiro de janeiro e esta segunda-feira.
Na sequência aparecem Feira de Santana e Canarana. Juntos, os dois municípios registraram 400 casos da doença. Já em Itabuna, foram 180 ocorrências no ano.
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Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães(1)Os funcionários do Hospital de Base de Itabuna finalmente receberam o salário de dezembro do ano passado. O depósito em conta foi feito nesta tarde de terça, 26, após a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) efetuar o repasse dos valores.
Wilmaci Oliveira, do Sindicato dos Servidores Municipais de Itabuna (Sindserv), disse que o pagamento do salário foi efetuado “graças à mobilização dos trabalhadores”.
Os funcionários do hospital paralisaram as atividades na última quinta, mas retornaram ao batente com a promessa do diretor do Hblem, Paulo Bicalho, de quitar a dívida deixada pelo ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM) assim que a Sesab antecipasse repasse de verba.

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(Fotos Gabriel Oliveira)
(Fotos Gabriel Oliveira)

O prefeito Claudevane Leite (Vane do Renascer) disse que estão adiantadas as negociações do governo estadual para que a fábrica de sucos Del Valle, da Coca-Cola Company, seja instalada em Itabuna. A unidade deverá se instalar no Distrito Industrial, às margens da BR-415. Uma área de 72 hectares foi desapropriada pelo governador Jaques Wagner para criar o distrito e abrigar indústrias como a Del Valle.
Durante entrevista exclusiva ao PIMENTA, o prefeito itabunense também revelou a criação do que considera o maior programa social da história do município. A iniciativa envolverá 10 mil crianças e adolescentes em atividades de inclusão por meio do esporte e deverá começar “nos próximos meses”. É uma das cartadas para tentar diminuir os índices de violência no município e integra as ações do programa Cidade de Paz, prometido em campanha.
Vane também comentou sobre a força do PCdoB no governo e negou que os comunistas tenham sido desleais. “Eu desafio aqui os meios de comunicação ou qualquer pessoa a dizer onde foi que o PCdoB avançou sinal”.
A entrevista também aborda duas questões caras nesse início de governo: a nomeação – e exoneração – de azevedistas e as dívidas deixadas pelo ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM).  Apenas com a Marquise, cita, foram R$ 12 milhões não pagos, além de R$ 1 milhão com a Oi, o que deixou prefeitura e redes de educação e saúde sem telefone e internet, afetando, por exemplo, a marcação de exames e consultas. Confira principais trechos da entrevista.
BLOG PIMENTA – A mudança foi o lema da sua campanha, mas a sua gestão manteve quadros e situações do governo passado. Com isso, não há uma quebra de expectativa? O senhor não acha que faltaram ações de impacto que marcassem a diferença de um momento para o outro?
CLAUDEVANE LEITE – Eu acredito que houve choque de gestão com a revisão, agora, de todos os contratos feitos de 2009 para cá. Conseguimos reduzir o valor da maioria dos contratos. Dos cargos comissionados, nós preenchemos apenas 40%, o que é muito difícil um prefeito fazer. Quanto aos comissionados do governo anterior, foram 9, 10 pessoas, não era uma multidão e, até onde eu sei, não eram pessoas envolvidas com nada de errado. Nós terminamos por exonerá-las,  exatamente porque a opinião pública não aceitava. [A nomeação] talvez tenha sido um equívoco. Os que ficaram são efetivos e quem errou vai responder. Vamos enviar [as provas] para o Ministério Público estadual.
BP – Numa entrevista, o senhor disse que nomeou algumas das pessoas do governo passado, apresentadas pelos seus secretários,  sem mesmo conhecê-las. Essa surpresa se deu também com o ex-secretário José Alencar?
CL – Não. José Alencar é um bom técnico, tem trânsito muito bom no governo federal e tinha uma boa equipe de planejamento, de projetos. No primeiro momento, a gente precisou ficar com algumas pessoas aqui para passar informações de projetos. Chegamos e não tínhamos conhecimento de como estavam os projetos. Uma dessas pessoas foi José Alencar, que ficou e nos ajudou muito.
BP – Essa necessidade seria um indicativo de que não houve transição efetivamente?
CL – Houve transição, trabalhamos, mas, efetivamente, o governo anterior não encaminhou todas as informações. Até agora, eles não passaram as informações contábeis. Marcam a data e não cumprem. Estamos em nossa auditoria interna e vamos contratar empresa.
BP – Fará auditoria externa?
CL – Exatamente. Estamos conversando com várias empresas. Vamos fechar essa auditoria externa até a próxima semana.
Vane entrevista Pimenta5 foto Gabriel Oliveira______________

NOMEAÇÃO DE AZEVEDISTAS: Foram 9, 10 pessoas, não era uma multidão. Nós terminamos por exonerá-las,  exatamente porque a opinião pública não aceitava.

 
BP – Nos levantamentos internos, o que já foi detectado?
CL – O comprometimento das finanças, as dívidas deixadas, sem dúvida, são os maiores problemas. Itabuna está no Cadin [Cadastro de Inadimplentes] e, por isso, não pode pleitear muitos dos convênios federais por causa da inadimplência. Só de INSS, são R$ 250 milhões em dívidas. Isso é histórico, vem de muito tempo. Temos dívida de R$ 19 milhões com empresas de lixo. São R$ 12 milhões com a Marquise e R$ 7 milhões da Torre.
BP – Como será solucionado este impasse com a Marquise, que tem contrato até setembro?
CL – A Marquise está trazendo muita dificuldade para gente. Aqui em Itabuna, já encontramos empresas que podem fazer o serviço pela metade do preço da Marquise, mas com qualidade. Óbvio que iremos ver isso por meio de licitação. Ainda falando dos problemas encontrados, o ex-prefeito também não pagou os servidores, que precisam receber, mas como é que você paga R$ 11 milhões nessa dificuldade? Outro problema muito grave é com a telefônica Oi. Deixaram R$ 1 milhão de débito. A gente não tem como quitar R$ 1 milhão de um dia para o outro. Em janeiro, tivemos um mês infeliz. Nossa arrecadação caiu de R$ 23 milhões, em janeiro de 2012, para R$ 18 milhões em 2013. 70% da nossa frota estava praticamente sem funcionar, inclusive a patrulha mecânica, equipamento novo. Temos também o alto percentual gasto com a folha de pagamento. Apenas a folha dos efetivos já é muito alta e isso é extremamente preocupante.
BP – Muitos municípios têm sofrido com esse aumento do percentual de gasto com a folha não pelo empreguismo, mas por causa da queda de arrecadação. Qual a saída para aumentar receita?
CL – Nós temos que trabalhar com austeridade e buscar aumentar a receita própria, mas sem aumento ou criação de impostos, e vamos fazer isso. Volto a dizer que cortamos as funções gratificadas e deixamos de preencher 60% dos cargos comissionados como medidas de economia. Mas vamos ter que contratar para a saúde, educação, assistência social. Precisamos estruturar a saúde para que todos os postos estejam funcionando em março. A saúde está sendo preparada para receber a Plena.

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DÍVIDAS E GESTÃO: Nossa perspectiva é de um cenário melhor a partir de abril, mas já estamos fazendo muito dentro do possível. Nós pegamos uma prefeitura com débito e sem dinheiro em caixa.

BP – O retorno do Comando Único estaria condicionado, ainda, ao pagamento de dívidas deixadas em 2008, quando o município perdeu a gestão plena?
CL – Este não é um complicador para que o comando único retorne. O mais importante é melhorar a atenção básica. Nós estamos acelerando para que isso aconteça.
BP – O senhor traz um retrato de “terra arrasada”. Há perspectiva de quando o governo começa a trabalhar dentro de um cenário mais otimista?
CL – Tivemos uma melhora em fevereiro, mas nossa perspectiva é de um cenário melhor a partir de abril, mas já estamos fazendo muito dentro do possível. Nós pegamos uma prefeitura com débito e sem dinheiro em caixa. Estamos regularizando a dívida com o servidor, contratamos 150 pessoas para varrição de ruas, poda, jardinagem e estamos com operação tapa-buracos e iluminando as vias. A cidade não está melhor, mais limpa, por causa desse problema com a Marquise, que faz a coleta de resíduos sólidos. O Hospital de Base já deu uma melhorada, mesmo com toda a dificuldade. As consultas médicas estão sendo marcadas. Gente que estava há oito meses sem marcar exame já  está conseguindo.
BP – Mas quem procurou marcar consulta no início de fevereiro enfrentou dificuldades.
CL – Com certeza, mas isso foi por causa do sistema que é ligado à Oi, a quem a prefeitura deve R$ 1 milhão. Esse foi um problema operacional, que já estamos regularizando. A gente começou a limpar a cidade, tapar os buracos e limpar canais. O canal do São Caetano há seis anos que não passava por limpeza e nós começamos a limpar. E o da Califórnia, também. Então, a gente acredita que de abril em diante a gente comece a avançar muito mais.
BP – As feiras livres de Itabuna sempre foram sujas, mas hoje estão ainda mais. O centro comercial está muito sujo. O que fazer?
CL – O centro comercial é um condomínio e precisa dar uma resposta. Diante da dificuldade toda que temos, estamos fazendo grande esforço. Queria antecipar que, na conversa com o governador Wagner, nós tratamos da revitalização das feiras livres. Outro assunto foi a volta do Comando Único do SUS. A gente não quer apenas melhoramento, mas fazer revitalização total das feiras. As feiras são questão de saúde pública e um pedido de Itabuna. As feiras do São Caetano e Califórnia têm canais sujos, com ratos, urubus… Nós solicitamos ao governador, e ele pediu para encaminhar projeto. Pensamos em feira com estacionamento, pavimentos e que as pessoas que trabalham lá possam aumentar sua renda.

Vane entrevista Pimenta5 foto Gabriel Oliveira______________

FEIRAS LIVRES: As feiras são questão de saúde pública. A gente não quer apenas melhoramento, mas fazer revitalização total das feiras.

 

 
BP – Esses projetos das feiras livres implicam em mudança de local?
CL – Não temos intenção de mudança de local. Pedimos mais algumas coisas ao governador, a exemplo dos canais e apoio para a pavimentação dos bairros.
BP – Na última entrevista ao blog, ainda na condição de prefeito eleito, o senhor falou que um dos assuntos da audiência seria a geração de empregos, atração de indústrias. Isso foi tratado?
CL – Sim, o governo já desapropriou área de 72 hectares para a Sudic. Virá uma empresa para cá. Estou muito preocupado porque 90% das pessoas que vêm à Prefeitura estão em busca de emprego. Nesses 50 dias de governo, já me reuni com mais de 20 empresários. Todas essas 20 virão para Itabuna? Não, mas tentaremos trazê-las. Nós fomos o primeiro prefeito da Bahia que criou a Sala do Empreendedor, com o Sebrae, para que o pequeno empreendedor saia de lá com tudo prontinho, tenha também acesso a crédito, junto com a Caixa [Econômica Federal]. Essa semana, também, já tivemos com o Banco do Povo, para que a prefeitura possa dar suporte financeiro para que possamos expandir o microcrédito. A visão nossa é ampla, estamos preocupados com a questão da saúde, da educação, do emprego, da violência.
BP – Qual a empresa que ocupará essa área do distrito industrial?
CL – É a indústria de sucos Del Valle (da Coca-Cola) e já é uma negociação que está bem adiantada. Mas temos também aquela área onde funcionou a Kildare, que eu penso em utilizar para instalar uma incubadora de pequenas e médias empresas. Hoje nós temos diversas empresas interessadas naquele espaço e nós estamos avançando nisso, embora ainda haja uma questão judicial a ser resolvida. Mas estamos muito preocupados com a questão do emprego e renda em Itabuna.
BP – Existe possibilidade de negociação amigável com os Kaufmann, que reivindicam os galpões?
CL – Na verdade, hoje a Prefeitura tem o domínio da área, mas ainda há questões a serem vencidas.
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VIOLÊNCIA E CIDADE DE PAZ: A cada ano a violência aumenta e isso é uma coisa que nos deixa extremamente preocupados. O ano de 2013, particularmente, começou dando sinais de que será pior nesse aspecto.

BP – Como o governo está se mobilizando para transformar em realidade o projeto Cidade de Paz, que foi um de seus compromissos de campanha?
CL – Na última década, os índices mostram que a cada ano a violência aumenta e isso é uma coisa que nos deixa extremamente preocupados. O ano de 2013, particularmente, começou dando sinais de que será pior nesse aspecto. Nós vamos procurar resolver isso, fazendo políticas públicas. Temos feito diversas reuniões com nossos secretários e todas as ações, principalmente na cultura, na Fundação Marimbeta, Secretaria de Esportes, de Educação, é visando promover programas e projetos voltados à inclusão social. O que precisamos fazer é trabalhar a criança e o adolescente para reduzir sua vulnerabilidade. Estamos articulando junto ao Pronatec [Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego] a atração de diversos cursos profissionalizantes. Além da ampliação da renda, queremos oferecer esse treinamento e mais opções no que se refere ao esporte e à cultura.
BP – Já existe algum projeto pelo menos em vias de ser concretizado?
CL – Nós ainda não estamos divulgando na imprensa, mas nos próximos meses vamos lançar um programa que vai atender 10 mil crianças e adolescentes. Será o maior programa social da história de Itabuna. Somente na Vila Olímpica, sede da Usemi (União dos Servidores Municipais de Itabuna) e no Itabunão (Estádio Luiz Viana Filho),  teremos vaga para 3 mil crianças praticarem esportes. Outras 2 mil serão acolhidas na Fundação Marimbeta e mais 5 mil pela Ficc [Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania]. Será o primeiro grande passo que daremos em relação às políticas públicas de inclusão, mas também de prevenção. Itabuna terá uma programação cultural e esportiva que jamais teve. Queremos fazer grandes festivais culturais e muitas competições esportivas para que, nos próximos anos, em vez de ver a  violência aumentar, possamos vê-la diminuir.
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Pacientes que recorreram ao Hospital São Lucas, hoje, em busca de atendimento médico no pronto-socorro desistiram após espera que durou até mais de sete horas. O hospital da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna trabalha hoje com apenas um médico plantonista, segundo funcionários da recepção e pacientes.
Quem chegou pela manhã e esperou, está sendo atendido somente agora. Os pacientes que tiveram fichas preenchidas nesta tarde, informam funcionários, ainda não conseguiram passar por avaliação médica.
Ontem, a demora no atendimento era justificada pela sobrecarga gerada com a greve no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem). A paralisação no hospital público chegou ao fim às 17h.

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Funcionários retornaram ao trabalho após nova promessa de dirigentes da Saúde.
Funcionários retornaram ao trabalho após nova promessa de dirigentes da Saúde.

A greve dos funcionários do Hospital de Base de Itabuna foi suspensa com a nova promessa do secretário municipal de Saúde, Renam Araújo, de quitar, integralmente, o salário de dezembro dos servidores nesta sexta, 22. Os funcionários do hospital municipal esperam, para a mesma data, o pagamento do salário de fevereiro.
A paralisação, iniciada ontem, se deve a uma quebra de acordo dos dirigentes da saúde, que prometeram pagamento do atrasado de dezembro para o último dia 13. A não-quitação é atribuída a mudanças no sistema de repasses de recursos da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).

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Presidente da Fasi diz que salário dos servidores vai pra conta logo após repasse da Sesab (foto Wilson Oliveira)
Presidente da Fasi diz que salário dos servidores vai pra conta logo após repasse da Sesab (foto Wilson Oliveira)

O médico Paulo Bicalho, que preside a Fundação de Assistência à Saúde de Itabuna (Fasi), disse nesta quarta-feira, 20, que os salários dos servidores, referentes ao mês de dezembro, serão pagos assim que a instituição receber o repasse da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab). De acordo com Bicalho, essa transferência normalmente acontece entre os dias 10 e 25 de cada mês, mas a Secretaria da Saúde do Estado teria sinalizado que ela deverá ocorrer dentro de 48 horas.
Na manhã de hoje, os servidores do hospital paralisaram as atividades, mantendo somente os atendimentos de emergência, em protesto contra o atraso nos pagamentos, uma pendência deixada pela administração anterior.
O presidente da Fasi destacou que a solução depende dos recursos a serem disponibilizados pela Sesab. “O dinheiro será creditado nas contas dos servidores logo após o repasse. É bom esclarecer que herdamos uma situação muito complicada e que em parte já resolvemos pagando os salários de janeiro antecipadamente”, declarou.

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médicoDa Agência Brasil
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulga nesta segunda-feira, 18, novos dados sobre o perfil e a distribuição de médicos no Brasil. De acordo com a instituição, a pesquisa demonstra que o país é marcado pela desigualdade no que se refere ao acesso à assistência médica.
Segundo o estudo, fatores como a ausência de políticas públicas nas áreas de ensino e trabalho e os baixos investimentos têm contribuído para que profissionais de saúde permaneçam mal distribuídos pelo território nacional e com baixa adesão ao Sistema Único de Saúde (SUS), sobretudo em áreas de difícil provimento.
A pesquisa Demografia Médica no Brasil: Cenários e Indicadores de Distribuição foi desenvolvida em parceria com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e traz dados sobre a migração de médicos pelo país, a presença de profissionais no SUS e a distribuição de médicos formados no exterior.
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Caixas de medicamentos vencidos em posto de saúde de Ilhéus
Caixas de medicamentos vencidos em posto de saúde de Ilhéus

Entra governo, sai governo e se repete a história do descaso com a saúde pública. Fatos que indicam a persistência do problema foram constatados nesta quarta-feira, 13, em Ilhéus, pelo vereador Lukas Paiva (PMN).
No bairro do Basílio, o vereador descobriu caixas de medicamentos vencidos e esteve em uma unidade de saúde da família que está praticamente pronta, mas ainda não começou a funcionar por conta de detalhes do acabamento. No chão, aparelhos de ar condicionado e equipamentos como gabinete odontológico sofrem a ação do tempo.
Outros problemas ocorrem no posto Sara Kubitschek, na região do Malhado, onde faltam médicos para atender a população, e na Policlínica, situada no bairro da Conquista. Nesta, começou a ocorrer um desabastecimento de remédios para curativo. Em vez de resolverem o problema, fecharam a farmácia.
Até o momento, o atual governo não desenvolveu qualquer iniciativa para resolver tais situações.
 
 

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Karoline VitalKaroline Vital | [email protected]
 

A mortalidade diminuiu e a qualidade de vida subiu vertiginosamente depois que a maior parte da população adotou medidas simples como lavar as mãos.

 
Eu já estava desconfiada. Quando peguei o resultado do exame, minha suspeita foi confirmada e fez com que meu mundo desabasse. Acreditava estar tomando as precauções necessárias para evitar aquilo, porém, o que estava escrito no papel do laboratório contrariou minha certeza. Eu carregava dentro de mim algo extremamente indesejado, que me causava nojo intenso. Minha vontade foi correr até a primeira farmácia para eliminar de vez a razão de meu desespero. E foi isso que fiz. Chegando ao balcão, o meu pedido foi incisivo:
– Qual é o remédio mais potente contra lombriga e ameba que vocês têm?
O balconista da farmácia não entendia por que eu estava tão agoniada para eliminar os meus “hóspedes” nada queridos. Deve ter achado uma grande frescura da minha parte. Pegou uma caixa e disse que a droga seria tiro e queda contra os bichos.
Em casa, fui desabafar com minha mãe. Afinal, lombriga e ameba se pega através da ingestão de alimentos ou água contaminados com fezes.
– Mãe, se eu peguei esses troços, quer dizer que, indiretamente, eu comi cocô. E cocô de sabe lá quem! – como se conhecer a fonte dos dejetos fosse mudar alguma coisa.
– Filha, ter verme é normal. Todo mundo tem! – respondeu-me com desdém.
– Todo mundo tem uma pinoia! Eu não sou depósito de parasita! Estou me sentindo violada, invadida, parece que carrego um alien! Verminose não é como uma espinha, que todo mundo está sujeito a ter. Verme vem da falta de higiene. Sujeira é sinônimo de atraso de vida!
Minha mãe fez um bico, sacudiu os ombros e virou a cara como sinal claro de que estava considerando o meu discurso sanitarista uma grande baboseira. De certa forma, entendi um pouco o que Oswaldo Cruz deve ter sentido no início do século passado. Tudo bem, posso até ter exagerado na cena, porém penso que não deixo de ter razão. Afinal, a humanidade conseguiu se desenvolver mais rápido após a conscientização da necessidade de medidas higiênicas. Limpeza é um bem da modernidade e, através dela, inúmeras doenças puderam ser controladas ou erradicadas. A mortalidade diminuiu e a qualidade de vida subiu vertiginosamente depois que a maior parte da população adotou medidas simples como lavar as mãos antes de ter contato com alimentos, tomar banho diariamente, escovar os dentes, tratar a água, criar rede de esgotos, não acumular lixo, e por aí vai.
O engraçado é que, ultimamente, estão surgindo diversos produtos que garantem proteger você e sua família dos malévolos micro-organismos. Sabonetes bactericidas, álcool em gel, desinfetantes poderosos que fazem os germes gritarem de terror nos comerciais. Mas, paralelamente a isso, fico assombrada como, em pleno século XXI, a era da informação, existe ainda muita gente que encara como normais doenças provocadas pela sujeira. Morre-se de dengue porque cidadãos e cidadãs jogam lixo ao léu e, por mais campanhas educativas que o poder público faça, recusam-se a cumprir a parte que lhes cabe.
Toda essa ignorância acaba resultando em morte. Um sistema medieval coexistindo com a pós-modernidade.
Karoline Vital é comunicóloga.